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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!

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Ora viva! 🖖

Se tens acompanhado as minhas publicações nas redes sociais, já deves saber que o fim de semana foi intenso até dizer chega. A todos os níveis. Além do cansaço extremo, pelas incontáveis horas passadas na bilheteira do Festival de Bem-estar, a ver e a ouvir de tudo, os últimos três dias foram de muita emoção.

Abro aqui um parêntesis para lembrar que lidar com o público é uma tarefa que implica um enorme desgaste emocional, muito mais do que físico. Sobretudo quanto parte dessa gente considera que merece aceder a um evento sem pagar ou pagar um preço irrisório, só porque sim, sem atentar-se aos custos que a a sua realização implica. Enfim... só um desabafo.

Voltando à narrativa, a também conhecida como Feira Alternativa correu lindamente, e melhor teria corrido não fosse a dona chuva resolver dar o ar da sua graça em dois dos seus três dias. Na sexta-feira à noite, o público até que resistiu, mas ontem à tarde... não houve determinação ou resiliência capazes de resistir à tromba de água que assolou Lisboa.

Eu sei que a chuva é uma bênção, sobretudo num país em que grande parte do território se encontra em seca severa ou extrema. Mas esta tinha que vir justamente no fim de semana em que decorria a nossa feira, que ainda por cima era ao ar livre? Boicote puro e duro do São Pedro.

Faço questão de referir esse ponto como forma de te fazer entender o significado da presença das pessoas na minha palestra, a qual encerrou o festival. Só mesmo o interesse pela causa e o apreço pela minha pessoa fez com que elas permanecessem até ao final, só para assistirem à minha intervenção. Em nome do empoderamento feminino, dei o meu melhor para lhes proporcionar um momento inspirador, revelador e impactante, no fundo, empoderador.

Reitero aqui a minha mais profunda gratidão e admiração às empoderadas que atenderam ao meu chamado e deram o ar da sua graça no Espaço Crescer. Um bem haja a cada uma que dançou, riu, chorou, emocionou, abraçou, partilhou, acreditou e sentiu a magia do Empodera-te! É isto que me move, é isto que faz com que tudo valha a pena.

Disse o grande Fernando Pessoa que "tudo vale a pena quando a alma não é pequena". Garanto-te que de pequena a minha alma nada tem e que a causa que abracei como propósito de vida vale verdadeiramente a pena. E sou feliz por constatar que cada vez mais mulheres acreditam em mim, no Empodera-te!, na causa, mas, acima de tudo, nelas próprias e no seu direito à capacitação, ao desenvolvimento pessoal, ao autoconhecimento, à igualdade, à liberdade, à sororidade, à equidade e à felicidade.

Cada uma delas são, sem sombra de dúvida, uma Superwoman, com tudo o que precisa para mudar o mundo. E juntas vamos promover uma sociedade mais justa e igualitária. Termino com estas palavras que ontem proferi no final da palestra:
Em nome do empoderamento feminino
Juntemos as mãos
Unamos os corações
Alinhemos os chacras
Iluminemos a alma
Celebremos as conquistas
Despertemos as consciências
Aceitemos as fragilidades
Assumamos o poder pessoal
Lutemos pela igualdade
Ergamos a cabeça e digamos sim, mil vezes sim
A mim, a ti, a ela e a todas as outras deste planeta

Um abraço amigo e até breve!

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Ora viva! 🖖

Como este fim de semana vou estar inteiramente dedicada ao Festival de Bem-estar, como já dei conhecimento através das redes sociais, aproveito este momento de pausa numa semana muito corrida para trazer-te mais uma crónica amiga, ainda que não seja inédita.

Ainda que um bocado desfasada no tempo, já que o assunto sobre o qual esta se debruça acabou há exatamente um mês, este meu texto foi publicado no portal de notícias Balai Cabo Verde no passado dia 1 de agosto, precisamente no dia em que arrancou a Jornada Mundial da Juventude a quem dediquei uma reflexão, sob o olhar do lisboeta. Espero que gostes!

Lisboa é palco do sagrado encontro entre o pontífice e a juventude

Lisboa, a cidade das sete colinas, acolhe, de hoje e até domingo, um evento inédito, inesquecível, quiçá irrepetível: a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). É com devoção, entusiasmo e orgulho que o faz, afinal trata-se do sagrado encontro da juventude católica com o seu líder máximo.

A capital portuguesa torna-se assim um ponto de convergência para a fé, a celebração e a diversidade. Semanas há que os seus residentes e visitantes começaram a sentir uma energia singular, especial, mágica. Obras um pouco por toda a parte, ruas ornamentadas com bandeiras dos países representados, murais coloridos, novos painéis de sinalização, mensagens de boas-vindas nos transportes públicos e cartazes afixados em pontos estratégicos eram indícios claros de que se preparava para receber o maior evento da sua história.

As emoções estão à flor da pele, os sentimentos ao rubro, os corações em êxtase. A presença de milhares e milhares de jovens, vindos de praticamente todos os cantos do mundo e unidos numa atmosfera de fé, esperança e comunhão, visando unir suas crenças, valores, sonhos, expectativas e aspirações para o futuro, a ninguém deixa indiferente, a qualquer um comove.

Durante os próximos (seis) dias, os jovens hão de espalhar-se pelas ruas da urbe que viu nascer Luís de Camões, Fernando Pessoa e Amália Rodrigues, participando em iniciativas como missas, orações, workshops, concertos e atividades comunitárias. Nesta primeira semana do mês de agosto do ano de 2023, a pluralidade de origens, idiomas e culturas entrelaça-se com a hospitalidade de quem recebe, numa linguagem universal de amor, fraternidade e solidariedade.

Nas suas artérias é perceptível a disposição vibrante da mocidade misturada com a devoção espiritual, criando uma sinergia única, solene, divina. Os sorrisos radiantes e os cânticos de louvor estão em todo o lado, num inequívoco testemunho da força e da fé que os une. A eminência da presença de Sua Santidade o Papa Francisco, bem como a expectativa de ouvir as suas inspiradoras palavras, faz ecoar nos corações um frenesim de entusiasmo, uma sensação de júbilo, uma aura de esperança, uma lufada de divindade.

A cidade da luz boa é hoje um verdadeiro símbolo da fé cristã, da partilha de experiências e da construção de laços de amizade que transcendem fronteiras, imune às diferenças étnicas, políticas, culturais e linguísticas. As suas calçadas ganharam uma vida muito mais rica e interessante do que aquela que os 4,5 milhões de turistas que anualmente recebe é capaz de proporcionar.

Paira no ar uma aura de união, comunhão, emoção e devoção. Para quem vive no coração da metrópole, a pouco mais de um quilómetro de dois dos principais palcos das atividades, o Parque Eduardo VII e o Terreiro do Paço, como é o meu caso, a vivência desta realidade chamada JMJ assume diferentes contornos, acrescenta novas perspectivas, provoca outras experiências, desperta inéditas emoções. Nestes dias memoráveis, Lisboa afigura-se como um farol de fé, onde os jovens católicos contatam com o seu pastor, estreitando os laços que os unem e fortalecendo a fé que os move.

A importância do evento é pujante, o ir e vir dos peregrinos constante, o aumento da circulação de pessoas flagrante e a troca de histórias e calor humano contagiante. Ouve-se falar praticamente todas as línguas, com predominância – pelas razões óbvias – do inglês, do espanhol e do francês. Entre quem está e quem chega compartilham-se vivências, dificuldades e alegrias, revelando a heterogeneidade e a unidade do catolicismo ao redor do planeta. O gosto em receber, acolher, ajudar, amparar, orientar, desfrutar é algo que se guardará na memória e no coração para todo o sempre.

É legítimo esperar que a JMJ 2023 impacte profundamente todos que dela fizeram parte, sejam residentes ou visitantes, reforçando a crença na força da juventude, no poder da união e no respeito à diferença. Faço votos para que este encontro histórico sirva como uma luz para iluminar o caminho dos mais novos, guiando-os na busca pelo bem comum e na construção de um mundo mais justo e fraterno.

Mas afinal, o que é a JMJ?

É um encontro dos jovens de todo o mundo com o Papa. Foi instituído em 1985 pelo papa João Paulo II. De acordo com a sua organização, é também “uma peregrinação, uma festa da juventude, uma expressão da Igreja universal e um momento forte de evangelização do mundo juvenil”.

Os números da JMJ Lisboa 2023:
– Entre 1 e 1,5 milhões de pessoas;
– Um custo à volta dos 160 milhões de euros;
– Dois concelhos envolvidos e 100 hectares de terreno ocupado;
– Cerca de 16 mil efetivos alocados à segurança;
– Cinco línguas oficiais;
– Um milhão de hóstias e duas toneladas de trigo para o seu fabrico;
– 128 horas de visita do Papa a Lisboa;
– Presença do Papa em 19 cerimónias;
– Mais de 313 mil peregrinos inscritos;
– 151 países representados;
– Cerca de 33 mil voluntários inscritos;
– 737 bispos inscritos;
– 29 cardeais inscritos;
– 350 milhões de euros de retorno financeiro para Portugal.

Nos próximos três dias, se puderes dá um salto até ao Parque de Jogos do Inatel, em Alvalade, de preferência no domingo, que é o dia em que vou dar uma palestra "em nome do empoderamento feminino". Vou lá estar o tempo todo e seria um prazer ver-te por lá.

Aquele abraço amigo e até breve!

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Ora viva! 🖖

Para esta primeira segunda-feira de setembro, em que grande parte dos mortais regressa à rotina, proponho dar-te conta da crónica de junho para o Balai Cabo Verde, dedicada a outro dos meus temas favoritos, aquele que me levou a criar o movimento social Empodera-te!, através do qual intento dar um ativo e efetivo contributo para a causa feminina.

Antes disso, deixa-me dizer-te que, tendo em conta as responsabilidades acrescidas que agora tenho em mãos, dificilmente conseguirei cumprir a pauta de três publicações semanais, como foi hábito desde a criação deste blog. Ainda não me decidi se as minhas visitas aqui serão semanais ou bissemanais, o que estou em condições de garantir é que não voltarei a estar ausente por tanto tempo. Tens a minha palavra!

Retomando ao assunto que me trouxe aqui, eis a minha homenagem às mulheres inspiradoras com quem tenho o privilégio de cruzar e conviver nesta minha caminhada. Boa leitura.

Mulheres que impactam são mulheres que importam

No passado dia 20 de junho, tive o privilégio de estar presente na primeira edição da Forbes Women’s Summit, decorrida em Lisboa e focada no "poder do agora". O evento era de requinte, o programa - que juntou líderes inovadoras e visionárias - de excelência e o painel de oradoras de luxo. Tudo foi concebido e concretizado ao pormenor, de modo a que cada um de nós se sentisse bem-acolhido, especial, na verdade. O feminino esteve presente em cada detalhe, cada pitch, cada conversa, cada momento. Do início ao fim, marcado pela entrega de um prémio de mérito à Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud.

Enaltecer a mulher e a sua performance é uma atitude que jamais se esgota na sua significância, na sua relevância, na sua pertinência, na sua magnificência. Prova disso é o movimento social em prol do empoderamento feminino por mim criado em janeiro deste ano e que têm estado a inspirar, impactar e transformar tanta gente em Portugal, em Cabo Verde e até no Brasil.

Por considerar que iniciativas que engrandecem e enobrecem o feminino, causa pela qual sou admiradora confessa e na qual tenho intensificado a minha atuação nos últimos meses, são de se louvar e aplaudir, visa esta crónica partilhar com quem não teve a sorte de estar presente nessa atividade da Forbes Portugal as suas declarações mais impactantes.

A atleta olímpica Patrícia Mamona, a primeira convidada a dar a cara, e voz, deixou claro que "Somos invencíveis se acreditarmos que somos invencíveis" e que a "persistência leva à excelência". Nini Andrade Silva, uma das mais prestigiadas designers de interiores do mundo, que se assume como uma simples garota do Calhau, local onde nasceu, foi das que mais inspirou as dezenas e dezenas de pessoas presentes no Palacete Tivoli. Da boca dela bebi cada palavra, cada afirmação, cada recado, cada recomendação, que passo a citar: "O planeta não precisa de nós, nós é que precisamos do planeta", "Projetei-me no futuro e comecei a andar para lá", "Quem tem mais possibilidade, mais visibilidade, tem a obrigação de ajudar", "Somos todos especiais", "Há que ter respeito pelos outros, respeito por nós próprios, e isso faz de nós pessoas importantes" e "Autenticidade, naturalidade, trabalho bem feito e certeza do que estamos a fazer é o que nos conduzirá ao sucesso".

Da body shaper expert Izabel de Paula, a mais emotiva e emocionada de todas as intervenções, retive que "Ser honesto, humilde e saber fazer as perguntas certas leva-nos aonde quisermos" e que "Nós nascemos para fazer, para ajudar alguém, e essa coisa de ajudar alguém vai ser algo que vai fazer-nos prosperar na vida. Então, cria algo para alguém, para ajudar alguém, que ficarás rico". Por ter-me identificado tanto com o posicionamento dela, convidei-a para testemunhar na terceira edição do Empodera-te!, prevista para janeiro de 2024, na cidade da luz boa. O convite foi aceite de bom grado, já que para esta self-made woman brasileira apoiar é algo que faz parte da sua essência.

Da Rita Piçarra, diretora financeira da Microsoft Portugal, que decidiu reformar-se aos 44 anos de idade, por ter atingido o patamar de estabilidade financeira pela qual trabalhou durante mais de 20 anos, ouvimos que "temos o poder de fazer da nossa vida aquilo que bem entendermos". Das restantes intervenientes, demasiadas para serem citadas uma a uma, destaco as seguintes declarações: "O óbvio para nós pode ser o milagre para alguém", "Dar felicidade aos outros é uma alegria", "É possível sermos a probabilidade de um em um milhão", "Desde que se tenha ambição, pode-se chegar ao topo", "Influenciar é ser autêntico e um influencer tem a responsabilidade para com aqueles que o seguem, mas principalmente, e acima de tudo, para consigo próprio", "Uma das grandes responsabilidades da liderança é falar a verdade" e "O caminho natural do sucesso é mentorar".

Depois de tudo o que acabaste de ler, pergunto: para quando o teu agir? Para quando o teu compromisso contigo e com os outros? Para quando o efetivar da tua pegada neste mundo? Para quando o teu poder do agora?

Aquele abraço amigo e até à próxima!

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01
Set23

A felicidade não tem regras

por Sara Sarowsky

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Ora viva! 🖖

A tua solteira favorita está de volta, cinco meses depois, e intermináveis acontecimentos pelo meio. Quanta saudade de estar aqui, quanta vontade de partilhar coisas, quanta necessidade de voltar a ser a voz amiga dos solteiros da lusofonia.

Escuso dizer que tenho muito para contar, o que prometo ir fazendo aos poucos. Por ora, neste primeiro dia de setembro, o mês da rentrée, ou seja, dos recomeços, trouxe a minha última crónica para o Balai Cabo Verde. Espero que gostes, comentes, partilhes e recomendes.

A felicidade não tem regras

O anúncio de uma conhecida marca de gelados em Portugal, cujo jingle tem tomando de assalto os meus ouvidos ao longo deste verão, inspirou-me a escrever esta crónica, dedicada a um dos meus temas favoritos, aquele sobre o qual jamais me canso de escrever. Consegues adivinhar a que me refiro? Dou-te uma dica: é o mesmo com que me estreei aqui no Balai Cabo Verde, já lá vão dois anos e cinco meses.

Na vida, há poucas certezas. Uma delas é que a felicidade não se encontra num manual de regras, muito menos se sujeita aos caprichos alheios. Ela é uma jornada única e pessoal, uma aventura que nos leva por caminhos inexplorados e desafios imprevistos. É como o vento que toca suavemente a nossa pele, impossível de segurar, mas maravilhoso de se sentir.

Ser feliz não se enquadra em fórmulas mágicas ou padrões pré-definidos. É mais do que apenas um sorriso no rosto; é uma atitude que cultivamos no íntimo, na essência, ao longo da existência. A felicidade reside nas pequenas coisas, nos ínfimos gestos e momentos da vida. Ela está nos raios de sol que atravessam as cortinas pela manhã, no riso inocente de uma criança, no cheiro da terra molhada depois da chuva, no canto de um pássaro, num abraço sincero, num beijo apaixonado, numa presença amiga.

A busca pela felicidade assemelha-se a uma odisseia no espaço, a uma aventura no deserto, a uma expedição à selva, a uma escalada ao Evereste. É notar a alegria nas entrelinhas da vida, mesmo nas situações mais desafiadoras. É encontrar beleza na imperfeição e lições nos obstáculos. A felicidade está entrelaçada com a nossa perspectiva e disposição para abraçar o desconhecido, para aceitar o imprevisto e para gerir o incontrolável.

Ela é um estado de espírito e um estado de espírito feliz transcende as circunstâncias externas. Podemos encontrá-la tanto sob o sol escaldante como sob a chuva fria, tanto nas lágrimas de tristeza como nos sorrisos de alegria. Trata-se de uma escolha diária: ver o lado luminoso da vida, mesmo quando as sombras nos rodeiam. Trata-se de uma vontade imensa, intensa, inabalável, de estar bem e de estar bem com tudo o que nos rodeia.

Praticar a felicidade é uma arte que requer dedicação, disciplina, treinamento e experiência. Assim como qualquer habilidade, exige esforço e persistência. É um ato de autocompaixão e autoaceitação, de aprender a valorizar a jornada tanto quanto o destino. Praticar a felicidade é cultivar relacionamentos saudáveis, perseguir sonhos, abraçar o presente e nutrir a mente e o corpo com boas energias.

Sempre que liberta das amarras das regras convencionais, ela flui como um rio sereno, manifestando-se quando nos permitimos ser autênticos, quando abraçamos nossas peculiaridades e quando escolhemos a gratidão em vez da reclamação. Não é uma meta distante, antes uma experiência que vivemos a cada momento, transformando as nossas vivências numa tapeçaria rica de emoções e recordações.

A felicidade aguarda por aqueles que ousam aceitar a vida de braços abertos e olhos transbordantes de curiosidade e esperança. Então, nessa busca por ela, lembra-te que não há um manual a seguir. Que o caminho é teu, as escolhas são tuas e a jornada igualmente tua. Que possas praticar a arte de ser feliz, encontrando alegria não apenas nos destinos grandiosos, mas acima de tudo nas pequenas coisas, nos pequenos gestos e momentos que compõem o puzzle da nossa existência.

Aquele abraço amigo de sempre e até breve!

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Ora viva! 🖖

Interrompo este longo interregno, ainda que perfeitamente justificável, para dar-te conta de que já se encontram abertas as inscrições para a segunda edição daquele evento em prol do empoderamento feminino do qual dei-te conhecimento em várias publicações, tanto aqui como nas redes sociais. 

Desta vez, acontecerá no dia 27 de maio (sábado), entre as 10 e as 19 horas, no CCB - Centro Cultural de Belém, em Lisboa, com o apoio institucional da Câmara Municipal de Lisboa, do Dino D’Santiago (padrinho) e da embaixatriz de Cabo Verde em Portugal (madrinha).

Será um evento de dia inteiro, com pausa para almoço, repleto de palestras motivacionais, testemunhos, partilhas, música, dança, networking e feira de negócios. O programa promete momentos inesquecíveis, que só quem esteve no primeiro evento saberá confirmar.

Num total de 6 painéis, 12 palestras, 4 momentos musicais, 3 testemunhos e muitas surpresas, estão confirmadas as presenças de:
Lura (cantora cabo-verdiana)
- Manuela Brito (embaixatriz cabo-verdiana)
Carla Nunes Semedo (vereadora da Câmara Municipal de Cascais)
- Abdul Seco (vereador da Câmara Municipal da Amadora)
Carla Visi (cantora brasileira)
Ellah Barbosa (cantora cabo-verdiana)
Núria Barros (cantora de ópera lírica)
Natália Corte (empreendedora de origem cabo-verdiana)
Maria João Liso (personal trainer portuguesa)
José Acácio (personal trainer brasileiro)
Valquiria Porto da Rosa (co-fundadora brasileira da escola Manamiga)
Evódia Graça - mentora de líderes cabo-verdiana 
Ana Gomes - hipnoterapeuta clínica portuguesa 
Liliana Brazuna - terapeuta de casal portuguesa 
Georgina Angélica - formadora e consultora luso-cabo-verdiana 
Kwenda Lima - artista e fundador da Art Kaizen
Flávia Bravo - empreendedora e mentora de negócios brasileira 
Sara Coimbra - empresária e empreendedora luso-cabo-verdiana 

Por confirmar estão as presenças de Carlos Moedas (presidente da Câmara Municipal de Lisboa), Filipa Roseta (vereadora da Câmara Municipal de Lisboa) e de Lin Man (vereadora da Câmara Municipal da Amadora).

O evento contará ainda com a atuação das Batucadeiras Ramedi di Terra, que farão a abertura do evento, juntamente com a Lura, e uma homenagem ao Dia de África, celebrado a 25 de maio.

A inscrição custa 25 euros e pode ser feita através deste link.

Garante já a tua vaga e vem (re)viver a magia do Empodera-te!, movimento social que visa inspirar, impactar e transformar em nome do empoderamento feminino.
 
Empodera-te! connosco 💪🏻
 
Aquele abraço amigo e até um dia destes!

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Foto de capa Podcast.png Ora viva! 🖖

Antes tarde do que nunca, diz a sabedoria popular. Absolutamente de acordo, digo eu. Ainda que com um dia de atraso, eis o novo episódio da saga Ainda Solteiros, o qual assinala o final da primeira temporada do podcast.

Neste 20º episódio, que deveria ter ido para o ar ontem, faço um apanhado daquilo que foi uma aventura que começou há cinco meses e que tanta aprendizagem, partilha, prazer e orgulho me proporcionou. O saldo é absolutamente positivo, apesar de não ter conseguido atingir todos os objetivos a que me propus.

Como tal, a pausa que vou agora fazer, vai-me permitir, não só dedicar com mais afinco à segunda edição do Empodera-te!, movimento de empoderamento feminino por mim criado, mas também recarregar baterias, alinhar expectativas, traçar outras estratégias, definir novas metas e procurar boas parcerias, com sorte, obter patrocínios que me permitam regressar à gravação em estúdio, podendo assim voltar a receber convidados. No fundo, este período de pausa visa igualmente renovar as esperanças e revalidar o propósito de levar uma voz amiga aos solteiros da lusofonia.

Escuso dizer que o episódio Chega ao fim a primeira temporada já está disponível nas plataformas do costume: Spotify, Apple Podcasts e Google Podcasts. Clica em qualquer um destes três links e estarás com a Sara Sarowsky.

Nesta hora di bai (como se diz na minha língua materna), quero expressar o meu profundo agradecimento pela tua audiência, pela tua reação, pela tua interação, mas sobretudo, pela confiança depositada nesta tua solteira favorita.

Não se trata de um adeus, mas antes de um até já. Vou sentir saudades e estou em crer que tu também, afinal foram meses e meses de companhia semanal, recheada de partilhas íntimas, sempre na primeira pessoa.

Beijo 💋 em ti e até breve!

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03
Abr23

Sou solteira, sim!

por Sara Sarowsky

6E373445-0E24-49F5-A10E-0071A37DD7F0.jpegOra viva! 🖖

Para este início da semana santa, proponho uma crónica assinada pela Rita Dias e publicada na rubrica Megafone do jornal Público, em 2 de novembro de 2022, através do qual a autora assume, sem complexo nem bazófia, a sua condição amorosa, reconhendo os prós e contras da solteirice feminina e ambicionando esclarecer se estar junto compensa.

Gosto de princípios felizes e de finais felizes, mesmo quando são tristes. Sou romântica. Demorei algum tempo a perceber que isto não corresponde aos princípios tristes e aos finais felizes dos filmes da Disney, que consegui ver infinitas vezes no mesmo dia. O amor real é outra coisa e nem sempre anda de mão dada.

Em Portugal, em 2021, segundo a Pordata, havia praticamente tantas pessoas casadas como solteiras, na ordem dos quatro milhões para cada grupo. Só que as pessoas casadas estão juntas, à partida, e as pessoas solteiras não. Estão solteiras. Para as pessoas em união de facto, os últimos dados são de 2011, na ordem das 700.000. E ainda sobram os namorados, namoradas e "namorades", que talvez ponham as pessoas solteiras-solteiras num número consideravelmente menor. Se juntarmos a diferença entre homens e mulheres, temos mais homens solteiros do que mulheres, 46,8% e 40,2% respectivamente.

Mas, ao que parece, segundo um estudo de 2017 da empresa britânica Mintel, há mais mulheres solteiras felizes do que homens solteiros felizes e a explicação pode residir no facto de as mulheres trabalharem mais nas e para as relações do que os homens. Quando estão sós, estão mais acompanhadas por si próprias.

Ao que parece também, um estudo americano do Pew Research de 2019 avança que os homens solteiros têm mais probabilidade de se encontrarem desempregados, em situação financeira frágil e sem formação universitária, enquanto as mulheres solteiras ganham o mesmo que recebiam há 30 anos, mas as que têm parceiros vêem os seus rendimentos aumentar em 50%.

A minha pergunta: estar junto compensa? Faço parte do grupo de solteiras-solteiras. Já não estou numa relação sólida há anos suficientes para não me querer lembrar e tenho apenas 33 anos. Sou uma jovem mas não sou uma jovem, mais ou menos como quando se diz a jovens que já não são crianças mas que ainda não atingiram a idade adulta, só que com mais 20 anos em cima.

Conheço as dores e as delícias de não dividir a vida ao meio: a casa vazia para o bem da quietude e para o mal da solidão, o dinheiro para o bem de gastar por uma e para o mal de não partilhar contas por dois, as viagens para o bem do encontro connosco mesmas e para o mal de nos perguntarem como podemos estar sozinhas se somos isto mais isto mais isto, a autonomia para o bem de fazermos o que queremos e para o mal de sermos uma afronta. Fico-me por aqui no rol.

Sou uma mulher independente, valorizo-me e valorizo o meu trabalho. Desconfio que isso toque os homens com quem me cruzo, mais uma vez para o bem e para o mal. Nunca senti o peso da sociedade, nem da família, para ter namorado, para casar ou estabelecer uma união de facto, para engravidar. Mas é cada vez mais evidente que não estou só sozinha em casa, estou também tendencialmente sozinha na minha faixa etária.

É este o peso que me pesa porque os hábitos e as actividades são naturalmente diferentes entre pessoas solteiras e pessoas casadas, com agregados familiares. O meu pára-quedas não assenta como parecem assentar os da maioria das pessoas da minha idade. 'O tempo que és em mim' é o título de uma série espanhola com produção original da Netflix. Conceito, história, actores e actrizes maravilhosos. A actriz principal Nadia de Santiago, no enredo, está a caminho dos 33 anos. Está em causa o fim de uma relação, mas também se percebe como a vida é fatalmente diferente com um parceiro e sem ele, como pode ser tão libertadora e tão penosa das duas formas.

Vi os dez episódios de 11 minutos no domingo das eleições brasileiras, em que justamente ganhou a democracia. Domingo também é o dia de 'Quem quer namorar com o agricultor?', um programa da SIC que fiz questão de assistir uma vez para poder continuar a escrever que o machismo e a falta de educação (e de cultura) são problemas estruturais no nosso país, propagados por meios de comunicação social, em que injustamente perde a democracia.

Não encontro respostas sobre se há um melhor cenário. Ou, respondendo concretamente à minha própria pergunta, sobre se estar junto compensa. Não há respostas. Há fases, há dias, há pessoas. Tenho o tempo que há em mim. De mão dada ou não, tê-lo-ei sempre.

Despeço-me com aquele abraço amigo tão nosso e a promessa de regressar amanhã, com o último episódio da primeira temporada do podcast Ainda Solteiros, cujo tema ainda não decidi, mas que estou em crer que vai ser do teu agrado. Hasta!

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31
Mar23

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Ora viva! 🖖

Que tal encerrarmos a semana com o tema mais quente do Ainda Solteira, aquele de que todos gostamos, por mais que digamos o contrário? Sim, é a esse mesmo que me refiro: sexo, o assunto best-reader de todos os posts e aquele que muito contribuiu para as três distinções como o melhor blog de Portugal nos anos 2020, 2019 e 2018.

O tópico de hoje tem a ver com uma dúvida que a todos atormenta: qual o tempo ideal para uma boa sessão de sexo? O ato sexual é pessoal e íntimo; como tal, difere de casal para casal, de circunstância para circunstância, de libido para libido, de local para local, de cultura para cultura, e por aí fora. O que é consensual em relação a ele é que é natural, benéfico e imensamente prazeroso.

Precisamente por isso desperta tanta curiosidade, concentra tanta expectativa, demanda tanta atenção. Inclusive da ciência, que, volta e meia, vem acrescentar um dado novo à temática. Desta feita, os cientistas quiseram descobrir a duração ideal de uma atividade sexual, até porque estamos numa era em que quase ninguém tem tempo para nada, nem mesmo para a mais agradável de todas as atividades humanas.

A verdade é que não existe um número consensual, pelo contrário, as opiniões dividem-se. Ora vejamos. Da análise das  relações sexuais de 500 casais heterossexuais de cinco países (Espanha, Holanda, Reino Unido, Turquia e Estados Unidos), um grupo de cientistas da Utrecht University, dos Países Baixos, chegou à conclusão que uma relação sexual satisfatória deve durar em média 5,4 minutos.

Atenção que os preliminares não constam da equação, ou seja, este número refere-se apenas ao tempo entre o início da penetração e a ejaculação masculina. Já a terapeuta sexual Holly Richmond defende que nove a 12 minutos é o tempo que uma relação sexual deveria durar, em média. 

Agora que já fiz a boa ação do dia, satisfazendo mais uma curiosidade tua, retiro-me de cena com o sentimento do dever cumprido e sinceros votos de um excelente fim de semana. De volta estarei na segunda-feira para mais um papo amigo. Beijo em ti! 💋

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Ora viva! 👋

Como bem sabes, nos últimos cinco meses, terça-feira tem sido dia de podcast, e assim vai continuar a ser até à proxima semana, altura em que irá para o ar o último episódio da primeira temporada de uma aventura chamada Ainda Solteiros.

É neste contexto que trago um novo conteúdo áudio, desta feita dedicado às boas práticas de saúde e bem-estar. A pedido de muitos, decidi compilar as minhas dicas pessoais num plano a que chamei de 'Emagrece comendo de tudo, mas fazendo escolhas inteligentes' e que visa ajudar as minhas amigas a perderem peso de forma saudável, e sustentável, sem precisão de fazer dieta. 

O sucesso do plano foi de tal modo encorajador, que resolvi abordá-lo no podcast, na expectativa de que possa inspirar outras pessoas a optarem por um estilo de vida (mais) saudável, mais consciente, logo, mais feliz. Como tal, neste 19º programa, o penúltimo da temporada 1, reúno 30 dicas de lifestyle, resultantes da minha experiência e um dos grandes responsáveis pela minha aparência jovem, pelo meu corpinho danone e por uma saúde impecável, não obstante estar a caminhar para a idade de ouro.

Espero que faças bom proveito do episódio, já disponível nos sítios do costume (Spotify, Apple e Google), e que possas adotar as dicas que fizerem sentido para ti.

De volta conto estar na sexta-feira. Até lá, deixo-te com aquele abraço amigo de sempre!

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27
Mar23

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Ora viva!  👋

A mulher cabo-verdiana celebra hoje o seu dia. Sim, nós as criolas somos tão especiais que temos um dia inteiramente dedicado a nós. Na verdade, festejamos a nossa condição três vezes ao ano: no dia 8 de março (Dia Internacional da Mulher), no dia 27 de março (Dia da Mulher Cabo-verdiana) e no dia 31 de julho (Dia da Mulher Africana). É meu bem, ser mulher, africana e... cabo-verdiana não é para todas. 😉

Em mais uma de muitas que vou fazendo, a crónica de hoje visa render homenagem às mulheres, independentemente do continente ou país onde tenham nascido, ainda que com uma ênfase propositada na mulher da minha terra, aquela que mais me inspira e pela qual tenho admiração e adoração infinitas.

Publicado há instantes no Balai Cabo Verde, portal para o qual colaboro como cronista, a (incrível) arte de ser MULHER é na verdade o meu contributo para o terceiro volume da antologia Mulheres e Seus Destinos, cujo lançamento deu-se no passado dia 8 de março, na Praia, minha cidade-natal.

a (incrível) arte de ser MULHER
Bebé. Criança. Menina. Moça. Jovem. Adulta. Idosa. Anciã.
Namorada. Noiva. Esposa. Amante.
Solteira. Casada. Amancebada. Divorciada. Viúva.
Filha. Mãe. Avó. Irmã. Tia. Sobrinha. Enteada. Neta. Nora. Sogra. Cunhada. Madrinha. Afilhada. Prima. Vizinha. Cumbossa.
Amiga. Colega. Companheira. Parceira. Aliada. Adversária. Rival.
Contente. Triste. Feliz. Desgostosa. Amada. Amargurada. Desejada. Rejeitada.
Madura. Infantil. Realizada. Frustrada. Confiante. Insegura.
Bazofa. Desleixada. Primorosa. Caprichosa. Afável. Arrogante.
Mansa. Braba. Humilde. Altiva. Convencida. Modesta. Descarada. Tímida.
Airosa. Desajeitada. Poderosa. Frágil. Subversiva. Encolhida. Orgulhosa. Despretensiosa.
Ativa. Sedentária. Trabalhadora. Preguiçosa. Empoderada. Incapacitada.
Segura. Acuada. Livre. Cativa. Emancipada. Oprimida.
Culta. Ignorante. Letrada. Analfabeta. Refinada. Impolida.
Sensível. Impiedosa. Permissiva. Castradora. Caridosa. Maldosa.
Sorridente. Chorosa. Otimista. Deprimida. Maravilhada. Desapontada.
Justiceira. Vingativa. Corajosa. Amedrontada. Heroína. Vilã. Guerreira. Pacificadora.
Moderna. Conservadora. Curiosa. Alienada.
Gentil. Hostil. Agressiva. Passiva. Doce. Amarga. Amável. Rude.
Preferida. Preterida. Prestigiada. Desrespeitada. Usada. Abusada. Estimada. Desapontada.
Ajuizada. Insensata. Sabida. Ingénua. Oportuna. Inconveniente.
Imprudente. Precavida. Teimosa. Dócil.
Abundante. Desvalida. Esfusiante. Contida. Abençoada. Amaldiçoada.
Íntegra. Desonesta. Sortuda. Azarada. Sorridente. Carrancuda.
Nobre. Plebeia. Distinta. Vulgar. Arretada. Cabisbaixa.
Vencedora. Sofredora. Afetuosa. Severa. Calorosa. Fria. Íntima. Distante.
Resistente. Débil. Mandona. Submissa. Amorosa. Odiosa.
Pura. Impoluta. Casta. Libertina. Íntegra. Devassa. Digna. Desonrada.
Virtuosa. Promíscua. Santa. Pecadora. Divina. Diabólica.
Negra. Branca. Amarela. Vermelha.
Africana. Europeia. Asiática. Americana. Latina. Indígena.
Grande. Pequena. Alta. Baixa. Magra. Gorda. Bonita. Feia. Rica. Pobre. Cosmopolita. Rural.
Princesa. Rainha. Presidenta. Ministra. Governadora. Gestora. Empreendedora. Subordinada. Serviçal. Doméstica.
Educadora. Educanda. Professora. Aluna. Mestra. Aprendiz.
Deusa. Mortal. Humana. Mulher!!!
A MULHER é o que ela quiser!
Uma vez MULHER, para sempre MULHER!

Por hoje é tudo. Regressarei amanhã com mais um episódio do podcast Ainda Solteiros, focado no meu plano 'Emagrece comendo de tudo, mas fazendo escolhas inteligentes'. Até lá, beijo em ti💋 e votos de uma semana esplendorosa.

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