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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Ora viva! 🖖
Para encerrarmos a semana em grande, convido-te a ler a minha crónica de setembro para o Balai Cabo Verde, publicada há instantes. Boa leitura e um esplendoroso fim de semana.
Quem não é bom ímpar...
Por dias a fio, dei voltas à cabeça tentando decidir qual seria o tema da crónica deste setembro, o mês da rentrée, aquele que nos renova o ânimo para o resto do ano.
Era minha intenção falar sobre o Prémio de Mérito Migrante com o qual acabo de ser distinguida na Assembleia da República portuguesa, pelo meu desempenho em prol do empoderamento feminino. Temendo cometer o pecado da bazófia, achei mais altruísta dissecar o poder da dificuldade, título de um livro sobre empreendedorismo feminino, cujo prefácio assinei e em cuja cerimónia de lançamento estou diretamente envolvida.
Nova mudança de ideias levou-me a cogitar a hipótese de escrever sobre a diáspora cabo-verdiana, cujo movimento associativo promoveu, na semana passada, um grande encontro em Lisboa, com o qual tive a oportunidade de colaborar. Por não ser a minha área de atuação, ou seja, para não correr o risco de dar bitaites sem real conhecimento de causa, optei por alterar o rumo dos pensamentos.
A essa altura do brainstorming ocorreu-me anunciar a chegada do Empodera-te! a Cabo Verde, mais concretamente à Praia, minha cidade-natal. Por ainda não querer levantar (publicamente) o véu sobre um evento que irá inspirar, impactar e capacitar as mulheres da minha ilha, acabei por decidir-me por um tema neutro e no qual estou perfeitamente à vontade; até porque já faz alguns meses que não escrevo sobre relacionamentos. Assim, intenta esta crónica esclarecer porque motivo aquele que não é bom ímpar jamais poderá ser bom par, isto é, porque quem não sabe ser feliz solteiro jamais poderá ser feliz emparelhado.
Toda vez que ouço dizer que se quer encontrar alguém para ser feliz sou imediatamente acometida de uma aguda crise de urticária emocional. Tal crença é pura falácia, (convenientemente) alimentada, primeiro, pela literatura e, depois, pelo cinema, duas indústrias que descaradamente lucram bilhões à custa de ingénuos que acreditam piamente que alguém vai irromper pelas suas vidas com a missão de os fazer conhecer a (real) felicidade.
O amor, esse sentimento que inspira poetas e escritores desde os primórdios da civilização moderna, e que tantas vezes nos faz embarcar numa obsessiva odisseia em busca da alma gémea - a tal metade que é suposto completar-nos - pode ser uma dor sem tamanho para aqueles que são incapazes de compreender um detalhe crucial: para ser um bom par é fundamental ser um bom ímpar primeiro.
Imagina um baile, onde todos os casais dançam harmoniosamente, em que cada pessoa encaixa-se perfeitamente no ritmo da música com o seu par perfeito. No entanto, nesse salão, também estão aqueles que não aprenderam a dançar sozinhos, que não se sentem completos por si mesmos. São como números pares, esperando desesperadamente encontrar o seu correspondente.
O relacionamento amoroso é como essa dança. Antes de se unir a alguém, é necessário que o dançarino aprenda a dançar consigo mesmo. O amor-próprio e a autoestima são os passos iniciais dessa coreografia. Quando nos amamos a nós mesmos, tornamo-nos um número ímpar, independente e completo, capaz de dançar a dança da vida com graciosidade, mesmo sem um par.
Amar a si mesmo não significa ser egoísta ou narcisista. Significa reconhecer o próprio valor, cuidar de si mesmo e desenvolver uma relação saudável com o próprio eu. Tornar-se a sua melhor versão possível, nutrir a própria felicidade e bem-estar é um compromisso que cada um de nós deve assumir desde a mais tenra idade.
Somente quando somos ímpares confiantes podemos nos tornar pares que se complementam. Como tal, um relacionamento saudável requer duas pessoas ímpares, completas por si sós, unidas para criar algo ainda mais bonito. Em vez de depender um do outro para preencher vazios emocionais, eles compartilham as suas vidas, sonhos e alegrias.
Lamentavelmente, demasiadas vezes até, vemos relacionamentos onde um ou ambos os parceiros são números pares desesperados, buscando incessantemente validação, amor e felicidade no outro, esquecendo-se de que essas coisas devem primeiro vir de dentro. Relacionamentos assim frequentemente se tornam tóxicos e insatisfatórios, porque ninguém pode preencher permanentemente o vazio emocional de outra pessoa.
Como posso aprender a amar a mim mesmo antes de amar o outro, deves estar a perguntar-te. Começando por te conhecer profundamente. Explora os teus interesses, paixões e valores. Cuida da tua saúde física, mental, emocional e espiritual. Cultiva relacionamentos saudáveis com amigos e familiares. Define metas e trabalha para alcançá-las. E, acima de tudo, pratica a gratidão e a autocompaixão.
Lembrar que "quem não é bom ímpar jamais será bom par" é uma lição valiosa, já que quando somos bons ímpares, quando aprendemos a amar e respeitar a nós mesmos, estamos em muito melhor posição para construir relacionamentos amorosos saudáveis e duradouros. Lembra-te que a verdadeira felicidade está em encontrar alguém que partilha os mesmos valores e te completa, em vez de alguém que preenche as tuas necessidades.
Portanto, antes de saíres à procura do amor, dedica um tempo para te tornares um ímpar confiante. Dança contigo mesmo na pista da vida, aproveita cada passo e, quando encontrares alguém com quem desejas encetar uma dança a dois, a probabilidade de criarem uma coreografia que encantará todos que tiverem o privilégio de assistir à vossa performance é infinitamente maior. Jamais te esqueças que o verdadeiro amor começa em ti e floresce quando dois números ímpares se encontram numa harmoniosa dança de conexão e afeição.
Aquele abraço amigo e até à próxima!
Ora viva! 🖖
As fotos chegaram, pelo que - conforme prometido - eis-me aqui para te por a par de tudo o que aconteceu na gala do passado dia 15 de setembro, durante a qual fui galardoada com o Prémio de Mérito Migrante pelo meu desempenho em prol do empoderamento feminino.
Como bem sabes, a cerimónia aconteceu nas instalações da casa parlamentar portuguesa, a Assembleia da República, o que lhe confere um prestígio e uma responsabilidade difíceis de se traduzir em palavras. A emoção e a comoção estiveram presentes o tempo todo, com momentos absolutamente inspiradores e dignificantes da condição do migrante.
A sessão contou com as presenças da secretária de estado da Igualdade e Migrações, Isabel Almeida Rodrigues, do presidente do conselho diretivo da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), Luís Goes Pinheiro, da vogal da AIMA, Sónia Pereira, e dos dirigentes da Associação Lusofonia, Cultura e Cidadania (ALCC), Edmundo Rodrigo Silveira e Laudicéia dos Santos Nascimento. Por parte da casa anfitriã, estiveram presentes as deputadas Romualda Nunes Fernandes e Susana Amador, de quem tive a honra de receber o prémio e o respetivo certificado.
Recordo que a gala distinguiu 19 personalidades e entidades das áreas da cultura, política, empresariado, empreendedorismo, comunicação, educação, investigação, política, associativismo e organismo público e que o desiderato era "reconhecer e celebrar os inúmeros talentos que escolheram Portugal como sua segunda casa e contribuíram de forma inestimável para o enriquecimento e desenvolvimento deste país".
De acordo com Laudicéia dos Santos Nascimento, vice-presidente da ALCC, promotora da iniciativa, "cada um de vocês, com a sua história única, paixão e dedicação, fez a diferença na sua área de atuação. O vosso mérito não só fortalece a comunidade migrante, mas também ilumina o caminho para muitos outros que sonham com realizações semelhantes."
Aos distinguidos, a organização agradece sinceramente por tudo o que trouxeram para Portugal, deles esperando que continuem a brilhar e a inspirar muitos outros com os seus feitos. "É uma honra tê-los conosco e celebrar o impacto positivo que têm no tecido da nossa sociedade." No meu caso concreto, foram-me endereçadas estas palavras: "desejamos um futuro repleto de sucessos e conquistas, e que esta gala sirva como um lembrete do quão valiosa e apreciada és."
Acredito de todo o coração que, juntamente com os galardoados, autoridades e convidados, todos os migrantes que contribuem direta ou indiretamente em diversas áreas, agregando valor à economia, bem como à interculturalidade deste país, se sentiram representados na segunda edição da gala, apresentada pela poderosa Yulanda Fumane e pelo talentoso Beto Coville.
Termino com o meu discurso de agradecimento na cerimónia, o qual dedico também a ti que tem acompanhado a minha jornada e contribuído para esta conquista.
"Eu tenho um sonho", disse um dia Martin Luther King.
"Eu tenho uma causa", diz, aqui e agora, à vossa frente, Sara Sarowsky.
O meu sonho é a minha causa e a minha causa é o meu sonho. Hoje, a minha causa permite-me realizar o meu sonho.
Eu dedico este prémio, em primeiro lugar, a ti que, na verdade do teu coração, sabes o quanto contribuíste para eu estar aonde eu estou neste preciso instante. Abençoada sou eu por ter-te na minha vida.
Dedico igualmente à pessoa que me indicou, que só há uma hora atrás eu soube quem é. A essa pessoa quero manifestar a minha mais profunda gratidão e dizer: estou à altura da confiança que depositaste em mim.
Dedico também a todos os envolvidos, sem exceção, na idealização e na materialização desta magnífica iniciativa que tanto engrandece e enobrece a condição do migrante.
Dedico ainda ao meu amado Cabo Verde, país que me viu nascer, crescer, florescer e que todos os dias me inspira a ser mais e melhor.
Dedico também a esta casa parlamentar, tão simbólica, emblemática, prestigiante, que abriu as suas portas para nos receber, por nos acolher, com tanta morabeza, como se diz na minha língua materna.
Dedico também a todos os meus colegas que hoje foram galardoados. Eu tenho a certeza que esta distinção é fruto de muito trabalho, de muito mérito, mas sobretudo, de muita resiliência. Bem hajam por não desistirem dos vossos sonhos.
Por fim, eu dedico a cada um que no futuro irá receber esta distinção. Que isto sirva de inspiração e motivação para fazerem por merecê-la. A cada um deles, a cada uma delas, eu quero dizer: "tu importas, o teu projeto importa, a tua causa importa, o teu sonho importa. Acredita nisso, mas sobretudo, acredita que o sonho é possível”. Eu acabo de realizar o meu, quer dizer, um deles, que sonhos tenho eu aos montes.
Muita, muita, mas muita gratidão por me ouvirem. Bem hajam!!!!
Despeço-me com aquele abraço amigo de até breve!
Ora viva! 🖖
Enquanto aguardo pelas fotos oficiais da gala de Mérito Migrante para poder fazer aquela descrição detalhada daquela memorável tarde/noite do passado dia 15 de setembro, e vou dando seguimento a uma semana hiper exigente, consegui uma brecha na minha agenda para vir aqui desafiar-te a fazer um diagnóstico à tua autoestima.
Que ela é essencial ao nosso bem-estar e à forma como interagimos com os outros estamos todos conscientes. O que talvez não seja tão óbvio para muitos é que existe uma série de características identificativas de quem a tem nos níveis desejáveis. Como em tudo na vida, convém que não peque por excesso, muito menos por escassez.
De acordo com o psicólogo André Carrillo, num artigo publicado no portal Psicologia Y Mente, são estes os oito traços de personalidade que pessoas com boa autoestima têm em comum:
1- São confiantes;
2- Eficiência é tudo para eles;
3- Gostam de socializar;
4- Reconhecem as suas qualidades e defeitos;
5- São líderes natos;
6- Envolvem-se ativamente nas atividades;
7- São independentes;
8- Costumam ser altruístas.
Como o tempo por estes dias anda fugidio e o estômago já está a dar horas, despeço-me com aquele abraço amigo de sempre e sinceros votos de um dia fenomenal. Até para a semana!
Ora viva! ✌️
Este nono mês do ano 2023 está a revelar-se repleto de emoções formidáveis, intensas e inesperadas, contudo, lamentavelmente, fugazes. Os acontecimentos têm chegado em catadupa, que pouco tempo sobra para os digerir, antes que novos se façam presentes.
A intensidade é de tal ordem, que mal consigo dar conta do recado. De acordo com as minhas besties, tenho que começar a triar, já que é facto assente que o multitasking nem sempre é garantia de bem-feitura.
Só para teres uma ideia, dos cinco fins de semana deste setembro, não terei um único sábado livre para dedicar à minha pessoa, como tanto gosto tenho em. Habitualmente, o primeiro dia de descanso semanal serve para ir ao ginásio, fazer supermercado, almoçar fora (quando posso permitir-me a esse luxo) e conviver com a malta. Domingo não conta, uma vez que é dia de limpar a casa, lavar a roupa, preparar as refeições e organizar a semana vindoura.
Logo no seu primeiro sábado, fui fazer um serviço de catering ao jantar lá para os lados do Clube de Golf de Lisboa. Tenho até vergonha de lembrar quanto foi que recebi por sete horas de trabalho árduo. Além de produzir eventos, também sirvo em eventos, já que as contas não querem saber de prémios, distinções e afins; elas exigem ser pagas e a única forma que conheço de ganhar dinheiro é trabalhando, seja no que for, desde que dentro da legalidade e da moralidade, obviamente.
No seu segundo fim de semana, estive três dias no Festival de Bem-estar a dar duro para também faturar algum, sem falar da palestra em nome do empoderamento feminino que protagonizei no último dia. No terceiro, este que passou, estive, de manhã, na masterclass de Feng Shui, uma iniciativa do Empodera-te!, em parceria com a Academia da Fama, e à tarde, no tal lançamento de livro de que te dei conta no post anterior.
Neste que vem, de manhã, estarei envolvida noutra masterclass, desta vez, de marketing de conteúdo, em que serei uma das formadoras, e à tarde no Centro Cultural de Cabo Verde (CCCV) para o último dia do Encontro Plataforma Associação Cabo Verde e Diáspora, evento no qual serei uma das moderadores para os grupos de trabalho dedicados aos eventos. Assim, a esta atividade, que arranca na próxima quinta-feira e termina no sábado, dedicarei todo o dia de sexta-feira e a tarde/noite de sábado.
Antes disso, esta tarde, darei uma entrevista para a agência de notícias Inforpress, a propósito da distinção na Assembleia da República, e, mais logo, pelas 20 horas, participarei numa live no Instagram dedicada à temática da masterclass de sábado. Na quarta, à mesma hora, marcarei presença numa mesa redonda online sobre o empreendedorismo, categoria na qual acabo de ser distinguida com o Prémio de Mérito Migrante. Na quinta-feira, faço tenções de marcar presença num festival de lifestyle que vai acontecer em Oeiras.
Continuando a narrativa da minha maratona de acontecimentos, no último sábado deste mês, estarei envolvida - de corpo e alma - no lançamento do livro 'O poder da dificuldade', da autoria de Yulanda Fumane. Para além de assinar o prefácio e ser a mestre de cerimónias, sou uma das coorganizadoras da sessão que vai acontecer no CCCV (onde mais?), no dia 30 de setembro, entre as 15 e as 18 horas.
Este evento tem um significado muito especial para mim por vários motivos. Para começo de conversa, a Yulanda foi uma das palestrantes do Empodera-te! 2, tendo vindo propositadamente do Dubai para tal, sem levar um tostão. Em segundo lugar, porque tenho a oportunidade de assistir de perto à realização do sonho daquela que se tornou uma amiga. Por fim, porque a totalidade da receita da venda da obra será doada a instituições de solidariedade social dos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOPs) que promovam o empoderamento feminino. Agora percebes o porquê de ter-me atirado de cabeça a esta iniciativa?
Em Cabo Verde, o meu amado país-natal, a nossa escolha recaiu sobre a Fundação Dretu, recém-criada pela primeira-dama Débora Katiza Carvalho, a quem tenho a honra de anunciar, em primeira mão, que será a madrinha do Empodera-te! 3, agendado para o último sábado de novembro, na cidade da Praia. Sobre isso darei mais detalhes oportunamente.
Ainda antes do final do mês, darei um saltinho até ao concelho de Amadora para uma palestra às jovens atletas de uma associação sobre a importância dos estudos como a (melhor) saída para uma vida a priori condenada ao estigma, à racialização, ao preconceito, à discriminação e, muitas vezes, à miséria e à violência. É uma das coisas que mais prazer me dá: ter a oportunidade de, através da minha estória de vida e do meu desempenho em prol do empoderamento feminino, inspirar, impactar, mas, acima de tudo, transmitir esperança e confiança.
Como pudeste ler com os teus próprios olhos, esta tua solteira favorita anda numa roda vida, a tentar fazer tudo ao mesmo tempo e em todo o lado. Bem poderia ter assinado o guião do filme Tudo em todo o lado ao mesmo tempo, vencedor de sete Óscars da Academia de Hollywood.
Por hoje é tudo, voltarei em breve para te por a par de tudo o que aconteceu na cerimónia da gala de mérito. Só não o fiz hoje porque estou a aguardar pelas fotos oficiais para poder ilustrar o texto. Até lá, deixo-te com aquele abraço amigo de sempre!
Ora viva! ✌️
Tenho um convite especial para ti: juntares-te a mim no lançamento do terceiro volume da antologia Mulheres e Seus Destinos, com o qual colaboro deste o início. Sob a coordenação da cabo-verdiana Lena Marçal, será lançado este sábado, pelas 16 horas, no Centro Cultural de Cabo Verde, em Lisboa, com entrada livre.
Relembro que foi através deste projeto que eu fiz a minha estreia na escrita literária e que agora já conto com quatro textos publicados. Três para esta colectânea e um para uma outra dedicada ao erotismo no feminino. Para o primeiro volume desta antologia contribuí com a prosa 'Quisera eu ser como tu, mulher', para o segundo com o conto erótico 'A cor do desejo' e para o terceiro com outra prosa, intitulada 'A (incrível) arte de ser MULHER'.
Esta iniciativa tem um propósito solidário, em que a totalidade das receitas da venda dos livros reverte na íntegra para instituições sociais que apoiam a causa feminina em Cabo Verde, o meu amado país-natal. Tudo a ver com este blog, motivo pelo qual gostaria que marcasses presença na sessão, cuja apresentação estará a cargo de Teresa Noronha e Carlos Santa Rita Vieira e terá um momento musical com os artistas Carla Correia, Heloisa Monteiro e Tonecas.
Sobre o projeto Mulheres e Seus Destinos
O III Volume da Antologia Mulheres e seus Destinos, sob a coordenação de Lena Marçal, continua o seu legado e mantém o desígnio de um projeto literário de cariz social, onde cada autora apresenta uma poesia, prosa ou ilustração sobre a temática da mulher.
Relembrando a sua trajetória, ressalta-se que o I Volume contou com a participação de 180 mulheres, de 15 nacionalidades, e o II com 240 mulheres, de 18 nacionalidades. À semelhança das edições precedentes, este terceiro volume assume as mesmas caraterísticas e prossegue na proposta de agregar mulheres de diferentes faixas etárias, diversos quadrantes sociais e, particularmente, escritoras e amantes da escrita livre.
Esta antologia, que explora a vivência do ser mulher, configura-se como uma oportunidade para as ainda desconhecidas no mundo literário trazerem à tona o seu talento e, juntamente com as já habilitadas autoras, contribuírem para a consciencialização e valorização de projetos de solidariedade e de responsabilidade e consciência social. Bem como proporcionar espaços de trocas e de reflexão.
As receitas arrecadadas com a venda dos livros revertem-se, na sua totalidade, para instituições de cariz social. Para este III Volume, a escolha recaiu sobre duas organizações não governamentais: a Associação para o Desenvolvimento de Chã das Furnas, no concelho da Ribeira Grande, ilha de Santo Antão (Cabo Verde), que trabalha no melhoramento da qualidade de vida dos residentes através da promoção do empoderamento de famílias, sobretudo mulheres, desenvolvendo ações de assistência social, cultural e defesa dos interesses dos mais necessitados; e a Fundação Sima Júlia, com sede em São Lourenço dos Órgãos, ilha de Santiago (Cabo Verde), que visa promover a qualidade de vida de pessoas com vulnerabilidade, mormente as da terceira idade, assim como dar cobertura às crianças portadoras de deficiência e em situação de risco.
De recordar que o I Volume teve como beneficiárias a Associação Cabo-verdiana de Luta contra a Violência Baseada no Gênero (ACLCVBG) e a Associação Cabo-verdiana de Luta contra o Cancro (ACLCC). Já o II Volume beneficiou o Centro de Acolhimento para Crianças com Vulnerabilidades Especiais (CACVE), na ilha de São Vicente (Cabo Verde).
O projeto preserva o seu carácter multilingue, incentivando escritos em crioulo, português, francês, espanhol e inglês, atendendo, assim, às solicitações das participantes no país e, sobretudo, na vasta e querida diáspora cabo-verdiana.
Este III Volume, contou com inovações: participação de homens, num total de 41, respondendo assim ao desejo e ao interesse dos mesmos em escrever sobre mulheres; e com 2 livros: 1 de prosas com 97 (87 mulheres e 12 homens), e outro de poesias e pinturas, com 153 trabalhos (124 mulheres e 29 homens), totalizando 250 trabalhos.
É propósito da coordenação continuar com a dinâmica imprimida pelos pontos focais nos municípios e nas comunidades emigradas, já que deram um toque especial durante a organização do último volume, contribuindo para uma maior promoção e divulgação do projeto, que se quer mais efetiva e eficaz e com alcance ainda maior.
Recorde-se que o lançamento do III Volume da antologia aconteceu no dia 08 de março de 2023, data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, prestando assim uma homenagem a todas as mulheres do mundo inteiro.
Com esta saio de cena. deixando aquele abraço amigo de sempre!
Ora viva! ✌️
É com o peito repleto de orgulho e gratidão, mas sobretudo de surpresa e humildade, que venho partilhar contigo esta boa nova: sou uma das premiadas da II Gala de Mérito Migrante, cuja cerimónia acontecerá esta sexta-feira, na Assembleia da República, em Lisboa.
Que fez ela de tão relevante para merecer tamanha honra, deves estar a perguntar. Criei o Empodera-te!, o qual está a afirmar-se como uma referência incontornável no empoderamento feminino na lusofonia. Por diversas ocasiões dei-te conta de acontecimentos promovidos e/ou relacionados com o meu movimento social, que, em apenas oito meses, conquistou tanto e bem mais tem ainda para conquistar.
Convém ressalvar que este prémio, fruto de uma organização da Associação Lusofonia Cultura e Cidadania, em parceria com a Assembleia da República portuguesa, cofinanciado pelo Alto Comissariado para as Migrações e apoiado por várias entidades, não é apenas uma conquista pessoal. É igualmente de todos aqueles que me ajudaram, que acreditaram em mim, que confiam no que estou fazendo e que me acompanham em todos os momentos, sobretudo nos mais desafiantes. Sim, porque não há sucesso sem dificuldade ou apoio.
Sobre a Gala de Mérito Migrante
A II Edição da Gala de Mérito Migrante vai decorrer no dia 15 de setembro, na Assembleia da República, e destina-se a reconhecer o mérito de pessoas e instituições que tiveram a capacidade de transformar um sonho em realidade, criando iniciativas, negócios ou liderando transformações significativas na mudança de mentalidades, ilustrando boas práticas, exemplos de inovação ou de capacidade de gestão e de promover casos de sucesso de migrantes, reconhecendo o contributo para a sociedade portuguesa.
Reconhecer o empenho e dedicação de pessoas, instituições, personalidades e cidadãos anónimos na promoção do bem-estar social e da cidadania ativa; identificar, divulgar e promover boas práticas das (e junto das) comunidades migrantes; sensibilizar a sociedade para a importância do contributo do migrante para o desempenho nacional e prevenir estigmas e preconceitos contribuindo para a dignificação do papel do migrante na sociedade são os objetivos fundamentais para a atribuição deste prémio.
Os premiados são homens e mulheres, rostos anónimos de diferentes origens, raças ou credos que fazem da ciência, da arte, da cultura, da cidadania, entre outros, a sua mais elevada manifestação de determinação e coragem no caminho natural da aventura do homem pela Terra, tendo como meta a evolução e o progresso para dar resposta às necessidades sociais, económicas e culturais a fim de contribuir, com o seu esforço diário, para o crescimento conjunto numa sociedade marcada pela diversidade e que se pretende de crescente tolerância e de afetos partilhados.
Deste modo, a gala de reconhecimento de Mérito Migrante pretende distinguir e incentivar outros migrantes a conquistar o seu espaço no seu percurso de vida, tendo em conta a integração, a celebração da união dos povos e a defesa das liberdades e garantias fundamentais de todas as pessoas, na sociedade de colhimento.
Despeço-me com aquele abraço amigo e a certeza de que caminhamos juntos!!!!! 💪🏻💪🏻💪🏻
Ora viva! 🖖
Se tens acompanhado as minhas publicações nas redes sociais, já deves saber que o fim de semana foi intenso até dizer chega. A todos os níveis. Além do cansaço extremo, pelas incontáveis horas passadas na bilheteira do Festival de Bem-estar, a ver e a ouvir de tudo, os últimos três dias foram de muita emoção.
Abro aqui um parêntesis para lembrar que lidar com o público é uma tarefa que implica um enorme desgaste emocional, muito mais do que físico. Sobretudo quanto parte dessa gente considera que merece aceder a um evento sem pagar ou pagar um preço irrisório, só porque sim, sem atentar-se aos custos que a a sua realização implica. Enfim... só um desabafo.
Voltando à narrativa, a também conhecida como Feira Alternativa correu lindamente, e melhor teria corrido não fosse a dona chuva resolver dar o ar da sua graça em dois dos seus três dias. Na sexta-feira à noite, o público até que resistiu, mas ontem à tarde... não houve determinação ou resiliência capazes de resistir à tromba de água que assolou Lisboa.
Eu sei que a chuva é uma bênção, sobretudo num país em que grande parte do território se encontra em seca severa ou extrema. Mas esta tinha que vir justamente no fim de semana em que decorria a nossa feira, que ainda por cima era ao ar livre? Boicote puro e duro do São Pedro.
Faço questão de referir esse ponto como forma de te fazer entender o significado da presença das pessoas na minha palestra, a qual encerrou o festival. Só mesmo o interesse pela causa e o apreço pela minha pessoa fez com que elas permanecessem até ao final, só para assistirem à minha intervenção. Em nome do empoderamento feminino, dei o meu melhor para lhes proporcionar um momento inspirador, revelador e impactante, no fundo, empoderador.
Reitero aqui a minha mais profunda gratidão e admiração às empoderadas que atenderam ao meu chamado e deram o ar da sua graça no Espaço Crescer. Um bem haja a cada uma que dançou, riu, chorou, emocionou, abraçou, partilhou, acreditou e sentiu a magia do Empodera-te! É isto que me move, é isto que faz com que tudo valha a pena.
Disse o grande Fernando Pessoa que "tudo vale a pena quando a alma não é pequena". Garanto-te que de pequena a minha alma nada tem e que a causa que abracei como propósito de vida vale verdadeiramente a pena. E sou feliz por constatar que cada vez mais mulheres acreditam em mim, no Empodera-te!, na causa, mas, acima de tudo, nelas próprias e no seu direito à capacitação, ao desenvolvimento pessoal, ao autoconhecimento, à igualdade, à liberdade, à sororidade, à equidade e à felicidade.
Cada uma delas são, sem sombra de dúvida, uma Superwoman, com tudo o que precisa para mudar o mundo. E juntas vamos promover uma sociedade mais justa e igualitária. Termino com estas palavras que ontem proferi no final da palestra:
Em nome do empoderamento feminino
Juntemos as mãos
Unamos os corações
Alinhemos os chacras
Iluminemos a alma
Celebremos as conquistas
Despertemos as consciências
Aceitemos as fragilidades
Assumamos o poder pessoal
Lutemos pela igualdade
Ergamos a cabeça e digamos sim, mil vezes sim
A mim, a ti, a ela e a todas as outras deste planeta
Um abraço amigo e até breve!
Ora viva! 🖖
Como este fim de semana vou estar inteiramente dedicada ao Festival de Bem-estar, como já dei conhecimento através das redes sociais, aproveito este momento de pausa numa semana muito corrida para trazer-te mais uma crónica amiga, ainda que não seja inédita.
Ainda que um bocado desfasada no tempo, já que o assunto sobre o qual esta se debruça acabou há exatamente um mês, este meu texto foi publicado no portal de notícias Balai Cabo Verde no passado dia 1 de agosto, precisamente no dia em que arrancou a Jornada Mundial da Juventude a quem dediquei uma reflexão, sob o olhar do lisboeta. Espero que gostes!
Lisboa é palco do sagrado encontro entre o pontífice e a juventude
Lisboa, a cidade das sete colinas, acolhe, de hoje e até domingo, um evento inédito, inesquecível, quiçá irrepetível: a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). É com devoção, entusiasmo e orgulho que o faz, afinal trata-se do sagrado encontro da juventude católica com o seu líder máximo.
A capital portuguesa torna-se assim um ponto de convergência para a fé, a celebração e a diversidade. Semanas há que os seus residentes e visitantes começaram a sentir uma energia singular, especial, mágica. Obras um pouco por toda a parte, ruas ornamentadas com bandeiras dos países representados, murais coloridos, novos painéis de sinalização, mensagens de boas-vindas nos transportes públicos e cartazes afixados em pontos estratégicos eram indícios claros de que se preparava para receber o maior evento da sua história.
As emoções estão à flor da pele, os sentimentos ao rubro, os corações em êxtase. A presença de milhares e milhares de jovens, vindos de praticamente todos os cantos do mundo e unidos numa atmosfera de fé, esperança e comunhão, visando unir suas crenças, valores, sonhos, expectativas e aspirações para o futuro, a ninguém deixa indiferente, a qualquer um comove.
Durante os próximos (seis) dias, os jovens hão de espalhar-se pelas ruas da urbe que viu nascer Luís de Camões, Fernando Pessoa e Amália Rodrigues, participando em iniciativas como missas, orações, workshops, concertos e atividades comunitárias. Nesta primeira semana do mês de agosto do ano de 2023, a pluralidade de origens, idiomas e culturas entrelaça-se com a hospitalidade de quem recebe, numa linguagem universal de amor, fraternidade e solidariedade.
Nas suas artérias é perceptível a disposição vibrante da mocidade misturada com a devoção espiritual, criando uma sinergia única, solene, divina. Os sorrisos radiantes e os cânticos de louvor estão em todo o lado, num inequívoco testemunho da força e da fé que os une. A eminência da presença de Sua Santidade o Papa Francisco, bem como a expectativa de ouvir as suas inspiradoras palavras, faz ecoar nos corações um frenesim de entusiasmo, uma sensação de júbilo, uma aura de esperança, uma lufada de divindade.
A cidade da luz boa é hoje um verdadeiro símbolo da fé cristã, da partilha de experiências e da construção de laços de amizade que transcendem fronteiras, imune às diferenças étnicas, políticas, culturais e linguísticas. As suas calçadas ganharam uma vida muito mais rica e interessante do que aquela que os 4,5 milhões de turistas que anualmente recebe é capaz de proporcionar.
Paira no ar uma aura de união, comunhão, emoção e devoção. Para quem vive no coração da metrópole, a pouco mais de um quilómetro de dois dos principais palcos das atividades, o Parque Eduardo VII e o Terreiro do Paço, como é o meu caso, a vivência desta realidade chamada JMJ assume diferentes contornos, acrescenta novas perspectivas, provoca outras experiências, desperta inéditas emoções. Nestes dias memoráveis, Lisboa afigura-se como um farol de fé, onde os jovens católicos contatam com o seu pastor, estreitando os laços que os unem e fortalecendo a fé que os move.
A importância do evento é pujante, o ir e vir dos peregrinos constante, o aumento da circulação de pessoas flagrante e a troca de histórias e calor humano contagiante. Ouve-se falar praticamente todas as línguas, com predominância – pelas razões óbvias – do inglês, do espanhol e do francês. Entre quem está e quem chega compartilham-se vivências, dificuldades e alegrias, revelando a heterogeneidade e a unidade do catolicismo ao redor do planeta. O gosto em receber, acolher, ajudar, amparar, orientar, desfrutar é algo que se guardará na memória e no coração para todo o sempre.
É legítimo esperar que a JMJ 2023 impacte profundamente todos que dela fizeram parte, sejam residentes ou visitantes, reforçando a crença na força da juventude, no poder da união e no respeito à diferença. Faço votos para que este encontro histórico sirva como uma luz para iluminar o caminho dos mais novos, guiando-os na busca pelo bem comum e na construção de um mundo mais justo e fraterno.
Mas afinal, o que é a JMJ?
É um encontro dos jovens de todo o mundo com o Papa. Foi instituído em 1985 pelo papa João Paulo II. De acordo com a sua organização, é também “uma peregrinação, uma festa da juventude, uma expressão da Igreja universal e um momento forte de evangelização do mundo juvenil”.
Os números da JMJ Lisboa 2023:
– Entre 1 e 1,5 milhões de pessoas;
– Um custo à volta dos 160 milhões de euros;
– Dois concelhos envolvidos e 100 hectares de terreno ocupado;
– Cerca de 16 mil efetivos alocados à segurança;
– Cinco línguas oficiais;
– Um milhão de hóstias e duas toneladas de trigo para o seu fabrico;
– 128 horas de visita do Papa a Lisboa;
– Presença do Papa em 19 cerimónias;
– Mais de 313 mil peregrinos inscritos;
– 151 países representados;
– Cerca de 33 mil voluntários inscritos;
– 737 bispos inscritos;
– 29 cardeais inscritos;
– 350 milhões de euros de retorno financeiro para Portugal.
Nos próximos três dias, se puderes dá um salto até ao Parque de Jogos do Inatel, em Alvalade, de preferência no domingo, que é o dia em que vou dar uma palestra "em nome do empoderamento feminino". Vou lá estar o tempo todo e seria um prazer ver-te por lá.
Aquele abraço amigo e até breve!
Ora viva! 🖖
Para esta primeira segunda-feira de setembro, em que grande parte dos mortais regressa à rotina, proponho dar-te conta da crónica de junho para o Balai Cabo Verde, dedicada a outro dos meus temas favoritos, aquele que me levou a criar o movimento social Empodera-te!, através do qual intento dar um ativo e efetivo contributo para a causa feminina.
Antes disso, deixa-me dizer-te que, tendo em conta as responsabilidades acrescidas que agora tenho em mãos, dificilmente conseguirei cumprir a pauta de três publicações semanais, como foi hábito desde a criação deste blog. Ainda não me decidi se as minhas visitas aqui serão semanais ou bissemanais, o que estou em condições de garantir é que não voltarei a estar ausente por tanto tempo. Tens a minha palavra!
Retomando ao assunto que me trouxe aqui, eis a minha homenagem às mulheres inspiradoras com quem tenho o privilégio de cruzar e conviver nesta minha caminhada. Boa leitura.
Mulheres que impactam são mulheres que importam
No passado dia 20 de junho, tive o privilégio de estar presente na primeira edição da Forbes Women’s Summit, decorrida em Lisboa e focada no "poder do agora". O evento era de requinte, o programa - que juntou líderes inovadoras e visionárias - de excelência e o painel de oradoras de luxo. Tudo foi concebido e concretizado ao pormenor, de modo a que cada um de nós se sentisse bem-acolhido, especial, na verdade. O feminino esteve presente em cada detalhe, cada pitch, cada conversa, cada momento. Do início ao fim, marcado pela entrega de um prémio de mérito à Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud.
Enaltecer a mulher e a sua performance é uma atitude que jamais se esgota na sua significância, na sua relevância, na sua pertinência, na sua magnificência. Prova disso é o movimento social em prol do empoderamento feminino por mim criado em janeiro deste ano e que têm estado a inspirar, impactar e transformar tanta gente em Portugal, em Cabo Verde e até no Brasil.
Por considerar que iniciativas que engrandecem e enobrecem o feminino, causa pela qual sou admiradora confessa e na qual tenho intensificado a minha atuação nos últimos meses, são de se louvar e aplaudir, visa esta crónica partilhar com quem não teve a sorte de estar presente nessa atividade da Forbes Portugal as suas declarações mais impactantes.
A atleta olímpica Patrícia Mamona, a primeira convidada a dar a cara, e voz, deixou claro que "Somos invencíveis se acreditarmos que somos invencíveis" e que a "persistência leva à excelência". Nini Andrade Silva, uma das mais prestigiadas designers de interiores do mundo, que se assume como uma simples garota do Calhau, local onde nasceu, foi das que mais inspirou as dezenas e dezenas de pessoas presentes no Palacete Tivoli. Da boca dela bebi cada palavra, cada afirmação, cada recado, cada recomendação, que passo a citar: "O planeta não precisa de nós, nós é que precisamos do planeta", "Projetei-me no futuro e comecei a andar para lá", "Quem tem mais possibilidade, mais visibilidade, tem a obrigação de ajudar", "Somos todos especiais", "Há que ter respeito pelos outros, respeito por nós próprios, e isso faz de nós pessoas importantes" e "Autenticidade, naturalidade, trabalho bem feito e certeza do que estamos a fazer é o que nos conduzirá ao sucesso".
Da body shaper expert Izabel de Paula, a mais emotiva e emocionada de todas as intervenções, retive que "Ser honesto, humilde e saber fazer as perguntas certas leva-nos aonde quisermos" e que "Nós nascemos para fazer, para ajudar alguém, e essa coisa de ajudar alguém vai ser algo que vai fazer-nos prosperar na vida. Então, cria algo para alguém, para ajudar alguém, que ficarás rico". Por ter-me identificado tanto com o posicionamento dela, convidei-a para testemunhar na terceira edição do Empodera-te!, prevista para janeiro de 2024, na cidade da luz boa. O convite foi aceite de bom grado, já que para esta self-made woman brasileira apoiar é algo que faz parte da sua essência.
Da Rita Piçarra, diretora financeira da Microsoft Portugal, que decidiu reformar-se aos 44 anos de idade, por ter atingido o patamar de estabilidade financeira pela qual trabalhou durante mais de 20 anos, ouvimos que "temos o poder de fazer da nossa vida aquilo que bem entendermos". Das restantes intervenientes, demasiadas para serem citadas uma a uma, destaco as seguintes declarações: "O óbvio para nós pode ser o milagre para alguém", "Dar felicidade aos outros é uma alegria", "É possível sermos a probabilidade de um em um milhão", "Desde que se tenha ambição, pode-se chegar ao topo", "Influenciar é ser autêntico e um influencer tem a responsabilidade para com aqueles que o seguem, mas principalmente, e acima de tudo, para consigo próprio", "Uma das grandes responsabilidades da liderança é falar a verdade" e "O caminho natural do sucesso é mentorar".
Depois de tudo o que acabaste de ler, pergunto: para quando o teu agir? Para quando o teu compromisso contigo e com os outros? Para quando o efetivar da tua pegada neste mundo? Para quando o teu poder do agora?
Aquele abraço amigo e até à próxima!
Ora viva! 🖖
A tua solteira favorita está de volta, cinco meses depois, e intermináveis acontecimentos pelo meio. Quanta saudade de estar aqui, quanta vontade de partilhar coisas, quanta necessidade de voltar a ser a voz amiga dos solteiros da lusofonia.
Escuso dizer que tenho muito para contar, o que prometo ir fazendo aos poucos. Por ora, neste primeiro dia de setembro, o mês da rentrée, ou seja, dos recomeços, trouxe a minha última crónica para o Balai Cabo Verde. Espero que gostes, comentes, partilhes e recomendes.
A felicidade não tem regras
O anúncio de uma conhecida marca de gelados em Portugal, cujo jingle tem tomando de assalto os meus ouvidos ao longo deste verão, inspirou-me a escrever esta crónica, dedicada a um dos meus temas favoritos, aquele sobre o qual jamais me canso de escrever. Consegues adivinhar a que me refiro? Dou-te uma dica: é o mesmo com que me estreei aqui no Balai Cabo Verde, já lá vão dois anos e cinco meses.
Na vida, há poucas certezas. Uma delas é que a felicidade não se encontra num manual de regras, muito menos se sujeita aos caprichos alheios. Ela é uma jornada única e pessoal, uma aventura que nos leva por caminhos inexplorados e desafios imprevistos. É como o vento que toca suavemente a nossa pele, impossível de segurar, mas maravilhoso de se sentir.
Ser feliz não se enquadra em fórmulas mágicas ou padrões pré-definidos. É mais do que apenas um sorriso no rosto; é uma atitude que cultivamos no íntimo, na essência, ao longo da existência. A felicidade reside nas pequenas coisas, nos ínfimos gestos e momentos da vida. Ela está nos raios de sol que atravessam as cortinas pela manhã, no riso inocente de uma criança, no cheiro da terra molhada depois da chuva, no canto de um pássaro, num abraço sincero, num beijo apaixonado, numa presença amiga.
A busca pela felicidade assemelha-se a uma odisseia no espaço, a uma aventura no deserto, a uma expedição à selva, a uma escalada ao Evereste. É notar a alegria nas entrelinhas da vida, mesmo nas situações mais desafiadoras. É encontrar beleza na imperfeição e lições nos obstáculos. A felicidade está entrelaçada com a nossa perspectiva e disposição para abraçar o desconhecido, para aceitar o imprevisto e para gerir o incontrolável.
Ela é um estado de espírito e um estado de espírito feliz transcende as circunstâncias externas. Podemos encontrá-la tanto sob o sol escaldante como sob a chuva fria, tanto nas lágrimas de tristeza como nos sorrisos de alegria. Trata-se de uma escolha diária: ver o lado luminoso da vida, mesmo quando as sombras nos rodeiam. Trata-se de uma vontade imensa, intensa, inabalável, de estar bem e de estar bem com tudo o que nos rodeia.
Praticar a felicidade é uma arte que requer dedicação, disciplina, treinamento e experiência. Assim como qualquer habilidade, exige esforço e persistência. É um ato de autocompaixão e autoaceitação, de aprender a valorizar a jornada tanto quanto o destino. Praticar a felicidade é cultivar relacionamentos saudáveis, perseguir sonhos, abraçar o presente e nutrir a mente e o corpo com boas energias.
Sempre que liberta das amarras das regras convencionais, ela flui como um rio sereno, manifestando-se quando nos permitimos ser autênticos, quando abraçamos nossas peculiaridades e quando escolhemos a gratidão em vez da reclamação. Não é uma meta distante, antes uma experiência que vivemos a cada momento, transformando as nossas vivências numa tapeçaria rica de emoções e recordações.
A felicidade aguarda por aqueles que ousam aceitar a vida de braços abertos e olhos transbordantes de curiosidade e esperança. Então, nessa busca por ela, lembra-te que não há um manual a seguir. Que o caminho é teu, as escolhas são tuas e a jornada igualmente tua. Que possas praticar a arte de ser feliz, encontrando alegria não apenas nos destinos grandiosos, mas acima de tudo nas pequenas coisas, nos pequenos gestos e momentos que compõem o puzzle da nossa existência.
Aquele abraço amigo de sempre e até breve!
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