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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!


23
Dez22

Neste Natal, oferece atenção

por Sara Sarowsky

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Ora viva! 👋

Neste que será o último conteúdo do ano, apresento-te a nova crónica para o portal de notícias do meu país-natal, Balai Cabo Verde, na qual faço uma reflexão sobre o poder da atenção, ao mesmo tempo que lanço o desafio para, ao invés de prendas materiais, oferecermos sentimentos.

Aposto que vais gostar, já que acredito que, tal como eu, a sensibilidade seja a tua melhor conselheira. Boa leitura, Festas Felizes e até para o ano.

A festa maior da civilização moderna está mesmo à porta e variados são os desejos que queremos ver a atravessarem essa porta: reencontros, prendas, tradições, refeições, reuniões, convívios, abraços, partilhas, férias, viagens... no fundo, momentos prazerosos, capazes de renovar em nós a crença de que o amor, a comunhão e a solidariedade são tudo quanto precisamos para sermos e fazermos os outros felizes. Inebriada pela magia da época, dedico esta crónica a todos aqueles que estão dispostos a abrir o coração ao espírito de Natal.

Superada uma pandemia repentina, agressiva, restritiva e condenatória para milhares de vidas, 2022 prometia ser mais condescendente que os seus antecessores. Infelizmente, vimos goradas as nossas expectativas. Um conflito armado - inesperado, desnecessário e arbitrário - trocou-nos as voltas e restituiu às nossas mentes e aos nossos corações sentimentos que julgávamos ultrapassados: medo, incerteza, insegurança, desesperança.

Meses turbulentos (re)vivemos nós ao longo deste ano, quando tudo o que desejávamos era reconquistar a vida de outrora. Este Natal, o primeiro dos últimos dois anos em que não nos é imposto qualquer tipo de restrições, acaba por ter um sabor agridoce. Se, por um lado, recuperamos a liberdade para fazermos o que nos apetecer, irmos aonde quisermos, estarmos com quem desejarmos, por outro, vimo-nos privados da nossa liberdade financeira.

Com a inflação a colecionar recordes e as famílias a perderem poder de compra, esta época festiva está longe de ser aquela com a qual andámos a sonhar desde 2019. Em tempos de vacas magras, raquíticas para muitos, que engordem a criatividade e a solidariedade. Na impossibilidade - ou dificuldade - de podermos desfrutar da abundância e da fartura na sua plenitude, ou seja, de oferecermos prendas dispendiosas, desfrutarmos de uma mesa abastada ou irmos para perto daqueles que estão longe, ofereçamos o mais valioso de todos os presentes, aquele que nada custará e que toda a diferença fará na vida de quem o receber: atenção.

Sabias que, segundo o estudo global da Gallup de 2022, uma em cada cinco pessoas sente que não tem com quem contar; que, de acordo com o The Prince's Trust, 35% dos jovens britânicos entre os 16 e os 25 anos se sentem mais sozinhos que nunca; que o Reino Unido, tal como o Japão, criou um Ministério da Solidão para dar uma resposta concertada ao problema; e que Portugal é o 6º país europeu onde a solidão mais tem aumentado?

O parágrafo anterior é um inequívoco indício de que as pessoas nunca precisaram tanto de atenção, e que dá-la ao outro é de uma generosidade e humanidade ímpar. Oferecer é um ato de amor e o Natal mais não é do que uma festa de amor, em que cada um dá o que tem, pode ou está disposto. "Quem dá o que tem a mais não é obrigado", diz o ditado. Digo eu que "Quem dá o melhor que tem, a mais é obrigado a receber".  

Quando damos o melhor de nós, pomo-nos a jeito para receber o melhor dos outros; como tal, quando dás a tua atenção, estás o oferecer o melhor de ti e a despertar o melhor no outro. Numa sociedade em que mal conseguimos ter tempo para nós mesmos, arranjar tempo para dar atenção ao outro é algo incalculável, inestimável, inolvidável.

Que não restem dúvidas de que o que realmente importa, não apenas no Natal, mas na vida, é a atenção, a intenção, a afeição, a presença. Por disso estar absolutamente convicta, desafio-te a, neste Natal, oferecer atenção, a tua atenção. A, neste Natal, oferecer intenção, a tua intenção. A, neste Natal, oferecer afeição, a tua afeição. A, neste Natal, oferecer presença, a tua presença. 

Neste Natal, oferece-te! Que o (verdadeiro) espírito de Natal se faça presente na tua vida e que tu te faças presente, não somente de corpo, mas sobretudo de coração, na vida daqueles que importam. Será com toda a certeza a prenda mais valiosa que podes oferecer. Feliz Natal!

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20
Dez22

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Ora viva! 👋

Voltei, e comigo trouxe um presente que sei que vais adorar: um novo episódio do Ainda Solteiros, o podcast de solteira para solteiros, o qual vem conquistando a atenção e a admiração das pessoas, e olha que nem todas solteiras. 

No outro dia, recebi uma mensagem de uma ouvinte a dar conta de que "apanhou" o namorado a ouvir-me enquanto lavava a louça. Agora diz-me se não tenho motivos para estar orgulhosa e cheia de mim. Têm sido inspiradoras, deveras motivadoras, as reações que me têm chegado ao conhecimento. Bem mais tenho eu para partilhar, expor, debater, desconstruir, no fundo, para "podcastar".

Por ora fico-me pelo assunto que me trouxe aqui hoje, um novo episódio; e o último do ano, parece-me. Para além do facto de ir tirar uma semana de férias, entre o Natal e o Ano Novo, este período é complicado para conseguir arrastar os convidados até um estúdio, sem falar na disponibilidade deste último em agendar gravações. Em ponderação está a hipótese de eu gravar com o telemóvel, mas tenho sérias dúvidas de que o som terá a qualidade que faço questão.

Vamos ver... em último caso, se conseguir inspiração, gravarei um áudio, apenas para te por a par das últimas e desejar-te uma entrada triunfante em 2023. Apesar de, pelo segundo ano consecutivo, não ir passar as festas com a minha família em França, pretendo abraçar fortemente o modo dolce fare niente nos próximos dias. Não só para descansar, mas sobretudo para me preparar para a reta final do Empodera-te!, o tal evento de 7 de janeiro de que te dei conta noutras ocasiões. 

Bem, já estou a dispersar e a distanciar-me do tema deste post. Vamos lá então... neste oitavo episódio do podcast estive à conversa com a Tercia Lima, com quem partilho praticamente tudo. Nascemos no mesmo ano, no mesmo país, fazemos anos com um mês de diferença, andamos no mesmo liceu, viemos para Portugal quase na mesma altura, moramos na mesma rua, frequentamos o mesmo ginásio, nunca nos casámos, nem vivemos juntas, e fazemos o possível - e, às vezes, o impossível - para sermos felizes.

O que nos diferencia é que ela, além de solteira, é mãe, facto que confere uma perspetiva diferente à sua experiência enquanto celibatária na casa dos entas. Convido-te a conhecer melhor esta miúda gira e traquina, que além de minha bestie, é uma das solteiras mais bem-resolvidas e empoderadas que conheço. Sério, quando crescer quero ser como ela.

O episódio já está disponível no Spotify, na Apple Podcasts e no Google Podcasts (para surpresa minha, há dias descobri que sempre esteve aí, já que a ancoragem automática permite tal coisa). 

Beijo💋 em ti e até sexta, altura em que estarei de volta com o último conteúdo do ano, a nova crónica para o Balai Cabo Verde. Hasta!

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19
Dez22

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Ora viva! 👋

Acaso és daquelas pessoas que acredita em astrologia, mais especificamente, em como ela influencia - para não dizer determinar - a nossa personalidade, logo o nosso comportamento? Apesar de considerada uma pseudociência, ou seja, não reconhecida pela academia como uma ciência de facto e de direito, ao contrário da astronomia, eu acredito na astrologia. Até porque a revejo-me em praticamente tudo o que ela assume como sendo as caraterísticas do meu signo.

Tudo isto para dizer que existem nativos que, pelo signo pelo qual se regem, são mais propensos à solteirice, até porque sabemos nós bem que trocar a liberdade por uma relação duradoura é um compromisso que nem todas as criaturas estão dispostas a fazer. E muitos sequer têm perfil para tal, tamanha a sua natureza indivualista, ou egoísta, como muitos gostam de vaticinar.

Vamos lá então ver quem são os membros do clube "solteiros com orgulho", de acordo com a revista Máxima:

Capricórnio
Teimosos por natureza, os nascidos entre 22 de dezembro e 20 de janeiro sabem bem o que querem e gostam das coisas feitas à sua maneira. É por isso que procuram relacionar-se com pessoas que partilhem da sua tenacidade, mas se não as encontrarem, preferem ficar apenas com a companhia da sua independência.

Peixes
Os nativos do décimo segundo, e último signo do zodíaco, são pessoas calmas e sensíveis, que adoram passar o serão no sofá na companhia de uma manta, de um livro e de um chá. Ocasionalmente dão o ar da sua graça em eventos sociais, mas sempre com a intenção de regressar às águas livres da sua natureza livre, motivo pelo qual encaram a solteirice como uma benção e não uma maldição.

Escorpião
Os nascidos entre 23 de outubro e 22 de novembro tendem a procurar nos outros qualidades semelhantes às suas. Na sua mente, este é um plano sem falhas no que toca a relações amorosas. No entanto, também são muito protetores da sua privacidade e ficam logo em modo defesa quando alguém tenta derrubar as suas barreiras. 

Caranguejo
Os nascidos entre 21 de junho e 22 de julho são conhecidos por serem sensíveis, carinhosos e de gostarem de cuidar dos outros. Porém, a sua sensibilidade extrema torna-os suscetíveis a oscilações de humor, como uma esponja que absorve as emoções à sua volta, e por isso tornam-se cautelosos com quem deixam entrar no seu círculo interior. Uma boa série de televisão é-lhes muito mais atrativo do que um programas a dois. 

Virgem
Este é um dos signos mais workaholics do Zodíaco. Por serem hiper dependentes e gostarem de gastar o tempo livre com os seus hobbies, sem aborrecimentos externos, não costumam ser vistos como um bom par romântico. Na eventualidade de serem convidados para festas ou convívios, há uma grande probabilidade de priorizarem o trabalho ou o seu sono de beleza.

Sentenças astrológicas à parte, estar numa relação amorosa não é para todos e há mesmo quem prefira o celibato ao emparelhamento. Obviamente que isso não quer dizer que não se relacionam sentimentalmente, menos ainda que não sabem aproveitar o lado bom do romance. Envolvem-se, aventuram-se, divertem-se, ou seja desfrutam de tudo a que têm direito, desde que isso não implique um compromisso duradouro ou definitivo. 

Meu bem, por hoje é tudo. Cá te espero amanhã para mais uma conversa amiga entre mim e uma solteira gira e traquina chamada Tercia Lima. Juntas vamos desconstruir um pouco mais as alegrias, amarguras, frustrações e compensações da solteirice de longa duração.

Beijo 💋 em ti e até amanhã!

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Ora viva! 👋

Há cerca de um mês, no post Solteiros: o poder dos números, dei conta dos dígitos à volta da solteirice, uma tendência cada vez mais incontornável a nível global. Não sendo Portugal alheio a esta realidade, que tal hoje analisarmos o poder dos números dos solteiros em território luso, à luz dos últimos dados demográficos da população?

De acordo com os Censos 2021, cujas principais conclusões foram divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), no passado dia 23 de novembro, existem em Portugal mais solteiros que casados e mais divorciados que viúvos, com o número de divórcios a crescer e de matrimónios a descer. 

Os números revelam que 43,5% das pessoas estão solteiras, com quase 2,3 milhões de homens desemparelhados, número ligeiramente superior ao de mulheres na mesma situação (menos de 2,2 milhões). Em termos geográficos, é na Área Metropolitana de Lisboa que se concentra quase metade da população que assumiu estar solteira, ao contrário do Centro, a região com menos solteiros (39,5%).

Só para teres uma ideia, a população com estado civil "casado" representa atualmente 41%, uma redução em 2,2 pontos percentuais face a 2011. São cerca de 4,2 milhões de portugueses casados, menos que os cerca de 4,5 milhões de solteiros.

Quanto aos descasados, a percentagem é, "pela primeira vez, superior ao valor da população com estado civil viúvo", cerca de 7,5%. É na região de Lisboa que se regista a mais baixa percentagem de casados (35%) e de viúvos (6,7%) e a segunda maior de divorciados (9,2%).

A análise do estado civil por sexo revela "algumas diferenças entre homens e mulheres", com os indivíduos do sexo masculino em número superior entre os solteiros e indivíduos do sexo feminino a estarem mais representados entre os viúvos e divorciados. "A proporção de homens solteiros é de 47%, face a 40,3% de mulheres solteiras", esclarece o INE.

É, meu bem, como pudeste constatar, não há volta a dar a esta questão da solteirice e de pouco adianta ignorar tal facto. O que importa mesmo é que consigamos sacudir a pressão para nos emparelharmos no matter what e que estejamos cada vez mais conscientes de que o emparelhamento só faz sentido se for para nos fazer e fazer o outro feliz.

Aquele abraço amigo de bom fim de semana!

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13
Dez22

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Ora viva! ✌️ 

Cá estou eu de volta com mais um episódio do meu, do teu, do nosso podcast Ainda Solteiros, em mais uma conversa amiga, a terceira desta primeira temporada e a segunda com uma celibatária. Neste sétimo episódio estive à conversa com a Inês Monteiro, uma descendente de angolanos, que tem muito a dizer sobre a realidade da solteirice no feminino.

Conheci a Inês - Mella, com prefere ser tratada - na inaguração de uma exposição de pintura, da própria mãe, da qual era ela a curadora. A empatia e a simpatia foram de tal forma instantânea e espontânea que, quando soube que estava desemparelhada, e bem resolvida com isso, desafei-a na hora para dar a sua voz no podcast, já que assume uma visão do celibato digna de ser partilhada, e enaltecida.

No programa de hoje, esta solteira gira, na casa dos 30, assume sem hesitação que já não se mete em relações projetos. Relações projetos, o que é isso? Ouve o episódio que ficarás a saber tudo o que esta menina das artes - ela é curadora e fundadora do atelier colaborativo Moela Analógica - tem a dizer sobre várias questões relacionadas com a solteirice, desde aplicações de engate, encontros amorosos e sexo, acabando no amor próprio.

Disponível no Spotify e na Apple Podcasts a partir de agora, só tens que clicar nos links e... voilá, estarás a ouvir-nos a mim e à convidada desta semana. Fico à espera da tua reação, que sabes que é mesmo importante para mim.

Enquanto isso, deixo-te com aquele abraço amigo de sempre!

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12
Dez22

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Ora viva! ✌️

Da monogamia e da poligamia aposto que já ouviste falar. E da sologamia, acaso farás tu alguma ideia do que se trata? Sabias ao menos que esse conceito existe e que há quem não se fique pela teoria? E se eu te desse uma pista... alguém que tenha contraído matrimónio consigo mesmo? A sologamia é precisamente isso e neste post vou contar tudo o que descobri sobre esta forma de elevar a solteirice a um outro patamar.

Acredites ou não, há cada vez mais solteiros a dizerem "sim" a si mesmos. Quer isto dizer que, ao invés de se casarem com o 'amor da sua vida', optam por casar consigo mesmos. Desilusões amorosas ou, até mesmo, a descrença no matrimónio, justificam a decisão de aderir a uma prática que está a ganhar cada vez mais adeptos, sobretudo em geografias como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Canadá, o Brasil e a Nova Zelândia.

Tal como o nome indica, a sologamia acontece quando um indivíduo decide casar a solo, quer seja por nunca ter chegado a encontrar a cara metade, quer seja porque prefere respeitar o ditado de que "mais vale só do que mal acompanhado". Embora inusitada, esta prática mereceu destaque em Jam, Glee ou O sexo e a cidade, séries que contribuíram ativamente para a sua proliferação e globalização.

Vista como uma solução para quem está farto de ouvir a pergunta "mas porque é que ainda estás solteiro/a?", a sologamia mais não é do que o autocasamento, uma prática não reconhecida legalmente em nenhum lugar do mundo, mas em franco crescimento, ao ponto de já existirem negócios inteiramente dedicados a ajudar os noivos a planearem as suas próprias cerimónias, sendo a maioria dos clientes mulheres "urbanas, bem-sucedidas e educadas".

Num momento em que o número de pessoas não casadas atingiu recordes em vários dos países mais desenvolvidos do mundo, mais do que apenas casar consigo próprio, quem escolhe o autocasamento está fazendo uma afirmação poderosa. Os seus praticantes apregoam que se trata de uma questão de amor próprio e aceitação individuais, uma espécie de reconhecimento como sendo merecedor de amor.

Como deves imaginar, a sologamia não reune consenso, sendo muitas as vozes que se insurgem contra, considerando-a uma manifestação de puro narcisismo ou de "adesão sem sentido a uma instituição patriarcal". O facto é que "as mulheres crescem com histórias de casamentos de contos de fada e a cultura da princesa ainda não está desaparecendo em nenhum lugar. Mas as cerimónias de autocasamento permitem-nos reescrever essa narrativa - não precisamos de um noivo", assume Alexandra Gill, cofundadora da consultoria Marry Yourself Vancouver.

Por mais que a mim faça sentido a promessa de "estar comigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-me, respeitando-me e sendo-me fiel em todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe", o autocasamento é too much para esta solteira aqui. Por mais bem-resolvida que ela esteja em relação ao seu amor próprio e à sua situação amorosa. E tenho dito!

Estarei de volta amanhã com um novo episódio do podcast Ainda Solteiros, no qual estive à conversa com uma miúda gira, que falou da solteirice sem papas na língua e com uma assertividade digna de registo. Até lá, beijo 💋 em ti!

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09
Dez22

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Ora viva! ✌️

Lá se foi o feriado, para tão cedo não vir outro - como deves saber, este ano o Natal e o Ano Novo caem num domingo. Espero também que com ele tenha ido a tempestade que assolou - e assustou - Portugal, mais especificamente a capital. Como residente em Lisboa, cheguei a temer o pior, ao ver imagens e ouvir relatos na primeira pessoa.

Preâmbulo à parte, eis-me aqui para te comunicar que já se encontram abertas as inscrições para aquele evento que vai ajudar-te a ativar o teu poder físico, mental, espiritual e emocional, de que venho falando nos últimos tempos nas redes sociais.

Empodera-te! é o evento certo para quem se interessa pelo empoderamento e ambiciona ativar as quatro áreas-chave do seu poder pessoal: corpo, mente, espírito e coração. Assim, no próximo dia 7 de janeiro de 2023, a partir das 16 horas, no CCCV – Centro Cultural de Cabo Verde, em Lisboa, oito profissionais das áreas de desporto, psicologia, mentoria, liderança, espiritualidade e comunicação vão partilhar as suas experiências, pessoal e profissional, na expectativa de te ajudar a descobrir, ativar e assumir o teu poder pessoal.

Para além das intervenções das personal trainers Tercia Lima e MJL, da psicóloga Gisela Van-Dunann, da mentora espiritual Emilly Oliveira, da mentora de líderes Evódia Graça, da coach de felicidade Raquel Godinho, da agente de mudança Georgina Angélica e desta tua blogger favorita, Sara Sarowsky, a tarde será marcada por vários sorteios - sessões privadas com as oradoras e ofertas de parceiros comerciais: vale de refeição, massagem, manicure, limpeza de pele, acessórios, entre outros.

O evento será seguido de um cocktail de convívio e networking, ao som do DJ JZouk. A participação é gratuita, sujeita a inscrição prévia para o email aindasolteira@gmail.com. Como as vagas são limitadas, quanto mais cedo garantires a tua, melhor!

Bom fim de semana e até para a semana! 

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06
Dez22

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Ora viva! ✌️ 

Já está disponível online mais um episódio do nosso podcast Ainda Solteiros. Naquela que é a sexta aventura áudio, estive à conversa com o José Rui Rosário, um dos rostos de O Lado Negro da Força, movimento em cujo direto marquei presença em janeiro de 2021, como dei conhecimento no post Janeiro termina com live, live e... live.

No programa desta semana, tive o prazer de acolher o meu primeiro convidado do sexo oposto, uma conquista há muito desejada, como bem sabes. Numa conversa presencial amiga e aberta, de solteira para solteiro, este celibatário na idade dourada abriu o coração e a mente para partilhar connosco os desafios da solteirice no masculino.

Porque a causa que nos une é a mesma e a vontade de ser e estar feliz alheia a género, idade, raça ou cor da pele, convido-te a ouvir o novo episódio, disponível nas plataformas Spotify e Apple Podcasts. Igualmente convidado estás para te pronunciares a respeito do que ouviste.

Beijo 💋 em ti e até sexta-feira, altura em que estarei de volta com novidades sobre Empodera-te!, o evento que estou a organizar para o início de janeiro, como tenho dado cavaco nas redes sociais, e cujas inscrições abrem amanhã. Hasta! 👋

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7DE376BA-454F-4CB4-9B18-BD5D87E5ECB1.jpegOra viva! ✌️

Para este início de semana, a primeira de facto e de direito do mês de dezembro de 2022, proponho lançarmos um olhar - mais um - sobre  a questão eternamente discutida aqui no blog e recentemente exportada para o podcast: temos mesmo que emparelhar e procriar, ou seja, é imperativo que sigamos o manual de boas práticas sociais, cumprindo as regras pela ordem em que elas estão estabelecidas?

Num artigo para a Escola do Sentir, as psicólogas Cátia Lopo e Sara Almeida respondem à questão, chamando a atenção para o facto de que, ao tentarmos corresponder aos padrões que esperam de nós, tendemos a sentirmo-nos permanentemente ansiosos e insatisfeitos. Daí que caiba a cada um de nós decidir como quer viver a sua vida, isenta de pressões externas, por mais significativas que elas sejam.

Para entenderes com clareza o que estou para aqui a dizer, o melhor mesmo é leres na íntegra o que elas escreveram:

À medida que vamos crescendo, vamos sendo encaixados no ‘puzzle’ da sociedade. Vão-nos indicando que há uma altura certa para estudar, para ter o primeiro emprego, para ter um carro, casar e ter uma casa.

É verdade que há um conjunto de passos que vão sendo dados por muitos de nós em idades-chave da nossa vida, de uma forma relativamente uniforme. Mas, é ainda mais verdade que ninguém deve precipitar nenhum desses passos apenas porque para os outros chegou a ‘altura certa’.

Não é verdade que estejamos todos preparados para casar na mesma altura ou que alguma vez estejamos preparados para tal. Sempre que, enquanto sociedade, continuamos a perpetuar estereótipos, estamos a anular a individualidade e a singularidade de cada um de nós. Não há datas certas iguais para todos.

Por outro lado, sempre que damos passos para corresponder ao que a sociedade espera, estamos a sabotar-nos e a anular o mais importante que cada um de nós tem: a nossa essência. Como tal, ao tentar corresponder aos padrões que esperam de nós, tendemos a sentirmo-nos permanentemente ansiosos e insatisfeitos. Isto acontece porque, por muito que tentemos corresponder, vai sempre haver mais e mais exigências externas às quais teremos de continuar desenfreadamente a corresponder - primeiro os estudos, depois o trabalho, depois os filhos.

Neste frenesim, a ansiedade aumenta e parece que nada é suficiente para quem está à nossa volta. Ao mesmo tempo, vamos ficando não só ansiosos como altamente insatisfeitos, porque estamos atrás daquilo que os outros esperam e não atrás daquilo que nós próprios queremos para a nossa vida o que, inevitavelmente, nos vai frustrar e fazer-nos questionar a nossa essência.

E este é um cenário vivido com muita frequência por muitos jovens adultos que, por um lado, se veem confrontados com as exigências da sociedade e, por outro lado, se veem confrontados com os seus apelos internos e percebem que não são compatíveis. É aqui que nasce um conflito interno difícil de gerir.

Nestas circunstâncias, cada um de nós precisa de tomar consciência de que os degraus das nossas conquistas são para ser subidos por cada um de nós, de forma única, no nosso tempo e ao nosso ritmo. Tudo chega no seu tempo e encaixa no puzzle da nossa vida, sem que precisemos de fazer um controlo fora do vulgar e sem que tenhamos de nos sentir à margem. Neste contexto, é essencial que comecemos cada vez mais a ter a coragem de assumir quem somos, o que queremos viver e conquistar, mesmo que isso nos torne uma peça que não se encaixa no puzzle da sociedade.

Meu bem, depois do que acabaste de ler, ainda achas que faz sentido entrar ou permanecer numa relação só porque sim, como acontece com tanta gente ao nosso redor? Muito me agradaria saber o que pensas sobre isso, até porque estou a pensarlevar este tema a debate no podcast. 😉

Escuso lembrar-te que amanhã sairá mais um episódio do Ainda Solteiros, desta feita com o primeiro entrevistado, um celibatário dourado que encara a sua situação amorosa com serenidade, sinceridade e sabedoria. Até lá, beijo 💋 em ti!

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02
Dez22

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Ora viva! ✌️ 

Ainda na ressaca da minha estreia na versão 4.5, eis-me aqui para entregar-te uma carta do Pedro Chagas Freitas dirigida ao homem que não te merece. Eu sei que prometi que hoje contaria tudo sobre a minha festa de anos, mas como não me deste os parabéns, não ganhaste o direito a saber tudo o que se passou ao longo do dia 30 de novembro. 😉

Como tal, vais ter que te contentar com este maravilhoso texto de um dos autores mais badalados do momento em Portugal, de quem absorvo todas as publicações. Além de giro que se farta, e alto também, o homem é um mestre na arte de encantar através da palavra. Confere por ti mesma o que quero dizer. ☺️

Não sou mulher de meio copo. Se não está cheio: não o quero. Se não está cheio: nem sequer é um copo. Antes não beber do que beber apenas o possível. O possível que se dane. O possível é demasiado fácil para me arrebatar.
 
Isto para te dizer que me perdeste no dia em que te foste. Sei exactamente como foi, sinto-o exactamente como o senti. Num minuto estavas e no outro minuto já não estavas. Magia negra, talvez. Falaste-me da vida, que tinha de ser assim, que as pessoas, por vezes, têm de tomar decisões. E tu decidiste partir.
 
Há quem diga que tinha de ser, que as decisões mais difíceis são as mais importantes, que há que escolher, muitas vezes, entre o péssimo e o insuportável. Tu escolheste o péssimo e deixaste-me com o insuportável. Mas o que tem de bom o insuportável é que já está resolvido à partida. Não se suporta. E ponto final.
 
Ao contrário do péssimo, o insuportável não te deixa esperança. Sabes que não o suportas, que não há maneira de o suportar. E procuras outros caminhos. O insuportável é muito mais humano do que o péssimo, sei-o agora, que te escrevo estas letras sabendo que estás a milhas daqui e que jamais voltarás. Não suporto a imagem do que fomos, o teu sorriso quando te dizia uma das minhas piadas a que mais ninguém achava piada, a maneira como me fazias rir quando tentavas cozinhar como vias os grandes chefs cozinharem na televisão, e, claro, a forma como a tua pele parecia descobrir a minha. Não suporto o que fomos e isso basta-me para estar pronta para o que quero ser.
 
Um dia vais saber que amar à distância só acontece quando não se ama. Quando se ama, até a distância de um beijo é longe demais. Quiseste testar-nos, colocar-nos à prova. Fizeste promessas de amor eterno e depois o que ficou de ti foi tão pouco. Ficaste de ti.
 
Custou-me, no começo, perceber como poderia existir a vida se não existias tu. Acordava, todos os dias, à procura do teu corpo, à procura do teu colo, à procura da tua mão, e acabava por ficar assim, toda a noite e todo o dia, à procura de ti em todos os locais onde fomos felizes. Nada magoa mais do que a felicidade que não volta, a felicidade que perdeste e que, sempre que a recordas, te martiriza em tão grande como em tão grande te deixou feliz. Mas passa.
 
O melhor da vida é que tudo passa. Passou a procura, passou a mágoa. E ficou isto. Eu e isto. Eu e um buraco sem fundo no centro da vida. E a coragem chegou. Hoje mesmo, agora mesmo, neste momento mesmo. Vou-me embora da distância para sempre. Se temos de estar longe, que nunca o corpo fique fora disso.
 
Da outrora tua,
Eu
 
Aquele abraço amigo e até para a semana!

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