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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!


29
Nov22

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Ora viva! ✌️ 

Cá estou eu com um novo episódio do podcast, o quinto da saga Ainda Solteiros e o primeiro com convidado, neste caso, convidada. Na estreia da rubrica À conversa com..., tive o prazer de contar com a presença da pessoa por detrás do perfil Diário de uma Solteira. A seu pedido, a identidade da entrevistada foi preservada, já que o mistério é precisamente um dos segredos do seu sucesso no Instagram, onde conta com mais de 14 mil seguidores.

Nesta conversa amiga, de solteira para solteira, via Zoom (daí a discrepância em termos de qualidade de som), falou-se um pouco de tudo o que afeta a solteirice, com especial enfoque no facto da felicidade estar acima de qualquer estado civil, cabendo ao solteiro sentir-se (ou não) confortável com a sua condição amorosa. Como tal, o bem-estar emocional do solteiro só dele depende, como podes confirmar no post anterior, Quem é mais feliz: o solteiro ou o casado?

Uma vez que a procura na plataforma SoundCloud tem ficado aquém das expectivas, a partir de hoje, os episódios estarão disponíveis apenas no Spotify e na Apple. Vai lá ouvir o que a Ainda Solteira e a Diário de uma Solteira têm a dizer sobre ser solteira nos tempos que correm. Não te esqueças é de reagir, seja através de recomendação, partilha, comentário, sugestão ou até crítica.

Estarei de volta na sexta-feira, com mais uma crónica amiga e o relato da minha festa de anos. Fico à espera das tuas felicitações, ouviste?

Beijo 💋 em ti!

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Ora viva! ✌️

Na expectativa de que tenhas desfrutado de um ótimo fim de semana, quero propor-te uma reflexão sobre a quem beneficia mais a felicidade, o solteiro ou o casado. Eu sei que estou sempre a bater na mesma tecla, mas, enquanto desencardidora de mentes e ativista pela causa solteirice, não insistir é um luxo a que não posso dar-me. É como se diz, "água mole em pedra dura tanto bate até que fura"...

O mote para escrever sobre esta temática surgiu no sábado, ao longo da gravação do Ainda Solteiros. Durante a conversa com os meus convidados, o tema acabava sempre por vir à baila, não fosse o propósito do podcast refutar a ideia jurássica, porém, ainda vigente, de que solteirice rima com infelicidade.

O que pensam os meus convidados desta questão ficarás a conhecer ao longo dos próximos episódios, com um novo a ir para o ar já amanhã. Por ora, cumpre esta crónica o dever de te fornecer os elementos necessários para tirares as tuas próprias ilações e decidir, com base em estudos científicos, se ser solteiro é sinónimo de liberdade ou se estar casado é sinónimo de felicidade, sem esquecer que esta última depende de inúmeros factores, os quais podem ser atingidos estando solteiro ou não. 

Há estudos que indicam que o casamento aumenta a probabilidade de sobreviver a um AVC e diminuiu o risco de o voltar a sofrer, além de reduzir também os níveis de stress. Em contrapartida, o celibato apresenta uma série de benefícios tanto para a saúde física como para a mental.

Vejamos, pois, algumas delas. Segundo Bella DePaulo, psicoterapeuta norte-amerciana a quem citei nos posts "Solteirona", a palavra que mais estigmatiza a mulher solteira e Solteiros: o poder dos números, os celibatários tendem a ter relações sociais mais fortes. Portanto, duplamente equivocado está quem pensa que solteirice é sinónimo de solidão. Ainda esta manhã partilhei nas minhas redes sociais o post Sozinhos sim, solitários nunca, que ilustra exatamente isso. 

"Ser solteiro aumenta as interações sociais tanto dos homens como das mulheres" garantem as investigadoras norte-americanas Natalia Sarkisian e Naomi Gerstel, num estudo de 2015, que visou descobrir se ser solteiro ou casado influenciava as relações com a família, vizinhos e amigos.

E sabemos bem que as amizades ocupam o pódio na lista de coisas essenciais para se ser feliz. Pessoas que mantém contacto com 10 ou mais indivíduos são significativamente mais felizes do que as que não o fazem, indica um estudo publicado no British Medical Journal.

Por outro lado, os solteiros tendem a ter mais tempo para se dedicarem a si próprios. Um questionário feito a mais de 13 mil pessoas, com idades entre os 18 e os 64 anos, permitiu concluir que aqueles que nunca casaram praticavam exercício físico mais vezes por semana do que os casados ou divorciados.

Os que não estão em relacionamentos tendem igualmente a aproveitar da melhor forma o tempo que passam sozinhos. "Estar sozinho pode ser essencial para nos conhecermos melhor a nós próprios", refere Amy Morin, psicoterapeuta que acredita que passar tempo sozinho pode ajudar-nos a ser mais produtivos e a ter níveis mais elevados de criatividade e intimidade.

Como pudeste ler, benefícios de ser solteiro há, e de que maneira. Contudo, estar num relacionamento apresenta vantagens que os solteiros não usufruem. Os casados são felizes à sua maneira, e podem ser bem mais do que os solteiros se souberem encontrar a fórmula certa. Afinal, "a felicidade só é real, quando partilhada".

Podemos dizer que os solteiros são mais felizes do que os casados? Podemos! Mas não seria uma verdade absoluta, já que a felicidade é um estado de espírito que depende da nossa personalidade, da personalidade do outro e, sobretudo, da forma como encontramos o equilíbrio na relação. O facto é que nem a solteirice nem o emparelhamento trazem qualquer garantia de felicidade.

Por hoje é tudo. Regressarei amanhã, com mais um episódio do podcast, o primeiro em que vou conversar com um solteiro. Hasta!

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25
Nov22

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Ora viva! ✌️ 

Faz hoje uma semana que dei conta que, na véspera, estivera em estúdio a gravar para um programa televisivo, tendo deixado no ar que oportunamente daria mais detalhes. Eis-me, pois, prestes a revelar tudo sobre aquela que é a minha segunda presença no Bem-vindos da RTP África.

Gravado na passada quinta-feira, 17 de novembro, o programa ao qual fui dar o ar da minha graça, como referido no post Somos Todos Solteiros, será exibido hoje, a partir das 17 horas (hora de Portugal), no canal público dedicado ao continente africano. Nele, estarei à conversa com a Nádia Silva (apresentadora) e o Luís Sinate (comentador) sobre um tema deveras pertinente: as críticas, mais concretamente a sua gestão.

Entendeu a direção do programa que, na qualidade de comunicadora (de profissão e de vocação), eu seria uma mais-valia para a análise do modo como enfrentamos as críticas e os motivos por detrás da forma como a elas reagimos, quer venham de familiares, colegas de trabalho, amigos ou até desconhecidos.

De acordo com a sinopse do episódio, "todos nós, em algum momento, fomos críticos e, muito possivelmente, alvo de críticas. No entanto, embora possamos vir a emitir tais críticas com certa facilidade - e até prazer e diversão - recebê-la geralmente não é muito agradável e, para muitas pessoas, pode até ser muito difícil para sua autoestima. Aprender a enfrentar as críticas parece impossível em alguns casos, e em outros pode ser tomado como base para aceitar qualquer tipo de crítica. Por isso, no processo de aprender a enfrentá-las, também é importante sabermos discernir que críticas devem ser levadas em conta e quais não devem, e o que podemos fazer para torná-las algo útil para nós."

É assente no parágrafo anterior que se desenrolou a nossa conversa, fluida, descontraída, desconstruída e muito esclarecedora. Gostemos ou não de o admitir, todos nós tecemos críticas, assim como todos nós somos alvos de críticas, independentemente do facto de o fazermos de modo consciente, intencional, maldoso ou punitivo. É, portanto, fundamental aprendermos estratégias para conviver e lidar com elas, de preferência com objetividade, assertividade, clareza e até compaixão.

Estes e outros tópicos foram abordados no episódio para o qual tenho todo o gosto em convidar-te a assistir. Beijo 💋 em ti e até logo mais na RTP África. Aparece que será uma conversa muito interessante. Palavra de solteira! 

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22
Nov22

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Ora viva! ✌️

Cheguei! Cheguei chegando trazendo mais um episódio do podcast, o quarto da saga Ainda Solteiros e no qual abordo um tema inevitável do atual panorama das relações amorosas: amizade colorida, uma forma de estar no amor que vêm ganhando cada vez mais adeptos e seguidores.

Ora acontece que o que parece ser a fórmula perfeita para o relacionamento ideal pode revelar-se fatal, tanto para a amizade, como para o sexo. Na live de 20 fevereiro de 2021, com a Bia Dias, assumi em direto que sou contra a amizade colorida, por mais que faça por aceitar e respeitar os argumentos daqueles que se apegam apenas aos seus prós. 

Antes disso, num post datado de setembro de 2017, dei conhecimento das razões que justificam a minha aversão a esta modalidade amorosa. Como romântica que sou, acredito que o amor é uma coisa e que a amizade é outra coisa, e que as duas só devem ser misturadas numa taça composta por verdadeiros laços de afeição e não de tesão, se é que me entendes.

Por mais que tenha tentado abrir a mente, e as pernas, o facto é que não me sinto nem um pouco confortável com este tipo de interação amorosa, tendo bem presente na memória o desfecho das poucas experiências que tive nesse sentido, como vais perceber no podcast desta semana. 

É precisamente sobre a minha última traquinice de solteira que se inspira o episódio Amizade Colorida: Sim ou Não?. Nele relato uma história que me aconteceu há pouco tempo, a qual serviu apenas para reforçar a minha convicção de que f*ck friend não é conceito que me cativa, muito menos convence.

O novo episódio já está disponível nos sítios do costume: Spotify, Apple e SoundCloud. Convido-te a ouvir, partilhar, comentar, recomendar, sugerir e até criticar, que é para isso que cá estamos, para falar sem tabus, complexos ou pudores os temas incontornáveis da solteirice. Caso não tenhas ainda ouvido os episódios anteriores, é só procurar por Ainda Solteiros, que o encontras num clique. 

Beijo💋 em ti e até sexta!

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Ora viva! ✌️

Eis-nos prontos para uma nova semana, dela esperando que traga, no mínimo, um acontecimento incrivelmente bom. Esta tua solteira favorita já está em contagem descrescente para iniciar uma nova volta ao sol, motivo pelo qual o seu atual estado de espírito é de inquietude e muita expectativa.

Sobre as minhas 45 velas falaremos noutra altura, que hoje estou aqui para deixar-te um texto de Shani Jay para o site Já Foste, o qual induz-nos a (mais) uma reflexão sobre o quão importante é esperarmos pela pessoa certa, ou seja, por um amor de verdade, e não de fachada, como tantos que abundam pelas estórias da vida.

Fica solteiro até encontrares alguém que se dedique a ti de coração e alma. Até lá, explora e passeia por este belo mundo por conta própria. Mantém o teu coração para ti mesmo. Aprecia-te a ti mesmo. Aproveita e aprecia todos os momentos solitários preciosos, pois tu tens muito pelo qual ser grato na tua vida!

Entende o teu valor. E nunca te acomodes. Continua assim. Não penses que deves dizer sim, quando o que realmente queres é dizer não. Porque sempre haverá mais chances para dizer sim.

Mesmo quando estiveres com medo e te sentires só, continua solteiro. Até conheceres quem vá esmagar todas as tuas dúvidas num piscar de olhos. Alguém que ficará contigo e lutará por ti. Alguém que vai dedicar-se a ti a 100%, sem hesitar ou duvidar.

Alguém que irá lutar por ti desde o momento em que te conheceu até ao final da tua vida, mesmo quando os vossos corpos e mentes envelhecerem. Fica solteiro até encontrares os ombros perfeitos para abraçares e descansares. Fica solteiro até conheceres alguém que ferozmente protegerá o teu coração dos perigos do mundo.

Alguém que vá acordar a cada dia e fazer tudo aquilo que estiver ao seu alcance para amar-te mais ainda do que no dia anterior. Alguém que deixará claro que não vai fugir nem desaparecer. Alguém em quem tu possas confiar, não importa quão difícil estejam as coisas, não importa qual for a situação.

Alguém que não tenha medo de te chamar à atenção quando for preciso, e te dê os melhores conselhos, por mais difíceis e contraditórios que possam parecer no momento. Alguém que, voluntariamente, assuma a tua dor, como se fosse sua. Alguém com quem tu possas contar em todos os momentos, e que te faça ganhar força e esperança quando estiveres a sentir-te sem forças para continuar.

Fica solteiro até que encontres alguém que não desista de ti quando as coisas ficarem difíceis, porque por melhor que seja um relacionamento, haverá inevitavelmente momentos em que as coisas ficarão um pouco mais complicadas. Fica solteiro até que encontres alguém que prove que estará lá por ti e nunca te deixará sozinho.

Fica solteira até encontrares alguém que prove que te merece!

Estarei de volta amanhã com mais um episódio do podcast Ainda Solteiros, dedicado à amizade colorida. Até lá, fica o abraço amigo de sempre e desejos de uma ótima semana!

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18
Nov22

Somos Todos Solteiros

por Sara Sarowsky

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Ora viva! ✌️

Ontem fui dar o ar da minha graça num programa televisivo a ser emitido na próxima sexta-feira, naquela que foi a minha sexta presença à frente das câmaras. Confesso que já estava com saudades das luzes da ribalta, ah estava estava!

Dois anos se passaram desde a minha última aparição na televisão portuguesa, no programa Bemvindos, aonde fui falar do blog, como te deves recordar. Este meu regresso ao estúdio da RTP África, para uma conversa amiga com a Nádia Silva e o Luís Sinate sobre um tema muito atual: a gestão da crítica, é apenas uma amostra do que aí vem.

Tens a minha palavra de que coisas boas estão a caminho e que, conforme elas vão chegando, vou partilhando-as contigo em primeira mão. Porque eu jamais esqueço quem está comigo em todas as horas.

É curioso que este meu regresso à televisão tenha acontecido precisamente no mês do meu nascimento. De facto, novembro costuma ser-me muito auspicioso, como dei conta na publicação Novembro rima com novidades. Esta é, portanto, uma das que referi na publicação que fiz antes de ontem nas redes sociais. As outras, vou revelando aos poucos, que coisa boa convém fazer render até mais não.

Mas não foi esse o motivo que me trouxe aqui hoje. Estou aqui para, confome adiantado no post anterior, dar-te conhecimento da minha última crónica para o portal de notícias Balai Cabo Verde, à qual podes aceder através deste link ou ler já aqui.

Somos Todos Solteiros

Perdi a conta às vezes que escrevi sobre a solteirice, não fosse eu aquela que assume a sua situação amorosa com brio, orgulho mesmo. Em cada uma dessas vezes, defendi que ser solteira não tem que ser um drama, a não ser que assim o queiramos. Mais uma vez, volto a frisar que não apregoo a favor do celibato, mas antes a favor do celibato digno e, porque não, feliz.

Na minha primeira crónica aqui no Balai, já lá vão 20 meses, assumi que a felicidade é também ela solteira. A verdade é que é mesmo! Assim como é verdade que somos todos solteiros. Então não somos? Nascemos desemparelhados, morremos desemparelhados, logo somos anatómica, genética e biologicamente soltos.

Nesse entretanto, entre o nascimento e o falecimento, vamos emparelhando. Ainda bem que o fazemos, caso contrário nenhum de nós estaria cá, já que é precisamente o "emparelhamento" - seja ele de que natureza for - que permite ao ser humano perpetuar a vida.

A consciência de que somos, de facto e de natureza, solteiros não é tão óbvia quanto deveria ser, já que desde a mais tenra idade nos é incutido a crença de que a vida só faz sentido se for vivida au pair, de que para sermos felizes precisamos de ter um outro alguém. Ora acontece que, precisamente pelo facto da felicidade ser solteira, não "precisamos" de ninguém para nos fazer feliz. O que deveriam ensinar-nos desde o berço é que "queremos" alguém para completar a nossa felicidade, para nos deixar mais feliz e não para nos fazer feliz.

Esse discurso, falacioso e tendencioso, é o principal responsável pelos incontáveis casos de infelicidade conjugal, de pessoas que entram e permanecem em relacionamentos que fazem delas tudo menos pessoas felizes. Ter ou estar numa relação, ou seja ser a (feliz) "titular" de um marido/noivo/namorado/namorido, o que lhe quiseres chamar, não é garantia de coisa nenhuma, menos ainda de felicidade.  

Desafio-te a contestar esta minha declaração. A felicidade - minha, tua ou de quem quer que seja - não está afeta a um determinado estado civil ou a uma situação amorosa concreta. Tanto assim é que existem solteiros muito felizes, assim como emparelhados profundamente infelizes.

A constatação da efemeridade das relações amorosas nos tempos atuais, a par da miserabilidade dos relacionamentos existentes, impeliu-me a expandir o meu âmbito de atuação enquanto desencardidora de mentes para assuntos da solteirice, como gosto de me autointitular. Como tal, lancei no início deste mês um programa áudio que visa levar uma palavra amiga a todos aqueles que ainda acusam o constrangimento de ser solteiro.

O podcast Ainda Solteiros foi concebido para dar voz aos corações solitários falantes da língua portuguesa, independentemente do género, orientação sexual, origem ou raça. Os quase oito anos de dedicação a esta causa permitem-me afiançar que a solteirice há muito que deixou de ser uma problemática restringida ao universo feminino. O estar disponível para o (verdadeiro) amor e ele teimar em não se materializar é um drama atual, factual e transversal a todos os géneros e sociedades.

O recém-lançado programa pretende, deste modo, ser um espaço de partilha de experiências, expectativas, sentimentos e emoções, assente numa conversa descontraída de solteiro para solteiro, sem pudor, tabu ou complexo. Ele está aí para os corações que continuam disponíveis, mas nem por isso imunes às cobranças, constrangimentos, pressões e julgamentos, internos e externos. Como tal, o podcast Ainda Solteiros, filho do blog Ainda Solteira, foi idealizado para trazer esperança e divertimento aos solteiros lusófonos, incentivando-os a assumirem a sua situação amorosa com dignidade, respeito, amorabilidade e leveza. 

Porque somos todos solteiros, convido-te a fazer parte deste programa, ouvindo, partilhando, comentando, recomendando, sugerindo, criticando até, e quem sabe aceitando o meu convite para dar a cara por esta causa que é minha e de todos aqueles que estão confortáveis com a sua solteirice.

Aquele abraço amigo e até à próxima!

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15
Nov22

Foto de capa Podcast.png Ora viva! ✌️ 

Conforme adiantado ontem, eis-me de volta com mais um episódio do Ainda Solteiros, o podcast de solteiros para solteiros que, programa a programa, tem estado a conquistar o seu lugar ao sol.

As reações têm sido espetaculares e a interação com os ouvintes muito proveitosa. Portanto, deixo-te à vontade para te pronunciares em qualquer altura, que o me realiza mesmo é saber que estou contribuindo para uma solteirice mais digna, mais livre, mais feliz.

Já te perguntaste o porquê de tamanha cobrança sobre as mulheres solteiras? O porquê de tanta pressão social, familiar, religiosa e até fiscal para que a mulher não fique desemparelhada? Neste terceiro episódio conto a minha experiência pessoal e acendo algumas luzes sobre as respostas a todas estas questões.

O episódio A Solteirice no Feminino já está disponível nas plataformas Anchor, Apple e Soundcloud. Ouve, partilha, recomenda, comenta, sugere, critica, o que entenderes, que este programa é para todos, independentemente da sua situação amorosa. 

Aquele abraço amigo e até sexta, dia em que estarei de volta com a minha última crónica para o Balai Cabo Verde. És capaz de adivinhar qual o tema? 😉

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14
Nov22

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Ora viva! ✌️

Celebrou-se, na passada sexta-feira, o dia dos solteiros. Infelizmente, pelo motivo que referi na publicação anterior, não me foi possível vir aqui deixar-te um texto alusivo à efeméride. O máximo que consegui foi "repostar" nas redes sociais um conteúdo datado de 2019, no qual faço uma reflexão sobre um dia que é dos solteiros, mas que quem festeja é o comércio.

Ainda que já se tenham passado três dias, eis-me aqui a retomar o assunto, almejando chamar a tua atenção para o poder dos números dos solteiros. Este poder, ascendente a olhos vistos, mais não é do que o grande impulsionador desta celebração made in China, mas que se está a alastrar pelo mundo, Portugal inclusive, como já vais ficar a saber.

Antes disso, permite-me um breve enquadramento deste 11/11. Acredites ou não, há já 32 anos que o Single's Day faz parte do calendário dos desemparelhados chineses. Contudo, o seu cunho comercial só foi introduzido em 2009 pelo gigante do comércio eletrónico Alibaba, que o transformou num negócio. E que negócio! De acordo com a Forbes, no ano passado a plataforma online registou vendas superiores a 80 mil milhões de euros.

O décimo primeiro dia do décimo primeiro mês do ano é atualmente o maior dia de compras do mundo naquele país asiático. Em terras lusas, a data (ainda) não é oficialmente assinalada, mas já existem marcas que não esquecem os solteiros e fazem questão de lhes oferecer um miminho. É o caso da Kiehl's, do El Corte Inglés, da Sephora, da Burger King, da Carlsberg e, para alegria minha, da cadeia de hotéis Vila Galé.

É, pois, notório que o (pré)conceito à volta dos solteiros está mudando. Alguns especialistas acreditam que essas mudanças comportamentais e culturais poderão promover a normalização da solteirice, e, quem sabe, ajudar a aliviar a tal pressão sobre os que não têm parceiros que estou sempre a denunciar.

Nos últimos tempos, várias celebridades e influencers têm assumido com orgulho a sua situação de solteiro. A atriz Emma Watson, por exemplo, descreveu publicamente o seu status amoroso como "parceira de si mesma", incentivando outras pessoas a considerar a ausência de um parceiro romântico como positiva e não negativa. Essa é das minhas, tenho que convidá-la para o podcast 😉.

"Quanto mais pessoas aceitarem o seu celibato, mais pessoas se sentirão liberadas para fazer o mesmo", afirma a psicoterapeuta Allison Abrams, de quem falei no post anterior. Os entendidos na matéria esperam assim que esses ventos de mudança continuem a fazer evoluir o julgamento dos solteiros.

Bella DePaulo, a autora que também mencionei na minha última passagem por cá, chama esse processo de "o poder dos números". Segundo ela, "quase toda vez que o Escritório do Censo [dos Estados Unidos] divulga as suas estatísticas, as conclusões indicam um maior número e proporção de pessoas solteiras". "Quando uma grande parcela da população não está casada (só nos Estados Unidos são perto da metade), fica mais difícil insistir que há algo de errado com todos eles", remata a autora.

É meu bem, existe um poder pujante, latente, inexplorado e subestimado por detrás da solteirice. Há muito que venho alertando para esta questão, frisando que o celibato é um mercado com um potencial enorme, que já movimenta bilhões. E esta solteira aqui tem toda a legitimidade para reclamar a sua fatia deste bolo gigantesco. Ai se tem! Mas isso é assunto para outra crónica. 😉

Estarei de volta amanhã com um novo episódio do Ainda Solteiros, o podcast de solteiros, para solteiros, que está a bombar nas plataformas. Até lá, fica com aquele abraço amigo!

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Ora viva! ✌️

Estes últimos dias têm sido uma loucura, daí que a minha presença aqui no blog não esteja a ser tão assídua como seria de prever. Entre a estreia do Ainda Solteiros, os preparativos para a minha festa de aniversário, a organização de um evento para a primeira semana de 2023, os textos para três projetos, a procura de parceiros para o podcast, as consultas de tarot - sim, dou consultas de tarot! 😉 - e as exigências quotidianas pouco tempo tem sobrado para me dedicar a ti. Com muita pena minha, é bom que saibas disso.

Ainda assim, tento dar o meu melhor e fazer tudo o que me é possível, no momento em que me é oportuno. Depois deste parlapiê todo, estou pronta para revelar o tema da crónica de hoje: a solteirona. Pessoalmente, considero a palavra deselegante, maldosa até. Mas o facto é que ela ainda circula pelas bocas de muitas mentes encardidas que insistem em achar que uma mulher solteira depois de uma certa idade é encalhada, logo, solteirona.

Como referi dias há no post Os efeitos nocivos do julgamento social contra os solteiros,constrangimento por ser solteiro não é equitativo. As mulheres são bem mais flageladas, com algumas culturas a imporem o casamento e a maternidade como a única via para a realização pessoal, social e familiar.

Por considerá-lo um tema deveras relevante, o terceiro episódio do podcast, disponível na próxima terça-feira, 15 de novembro, debruça-se precisamente sobre a solteirice no feminino. Nesse entretanto, intento através desta crónica desconstruir algumas das ideias erróneas sobre os indivíduos do sexo feminino que não têm um par ou não estão numa relação amorosa assumida ou oficializada.

A forma como as pessoas se referem às solteiras, em comparação com os homens na mesma situação amorosa, não é nada lisonjeira. Na nossa língua, o termo "solteirona" tem uma conotação bem mais pejorativa que a sua forma no masculino, "solteirão". "Solteirona" ganhou conotação negativa ao longo do tempo, depreciando as mulheres desemparelhadas e alimentando a crença de que elas são fracassadas, problemáticas, rejeitadas, preteridas.

"Segundo a crença popular, as mulheres se preocupam mais com o casamento que os homens", considera Bella DePaulo, autora do livro Singled Out: How Singles are Stereotyped, Stigmatized and Ignored, and Still Live Happily Ever After (publicado em português com o título "Segregados: como os solteiros são estereotipados, estigmatizados e ignorados e vivem felizes". "Por isso, acho que as mulheres solteiras são submetidas com mais frequência a perguntas irritantes como 'está namorando?'".

Já a psicoterapeuta Allison Abrams relembra que mais pacientes mulheres partilham experiências que causaram constrangimento por serem solteiras que os pacientes do sexo oposto. "Os homens solteiros também podem ser tratados de forma depreciativa e arrogante", remata, por sua vez, DePaulo, ressalvando que as pessoas os consideram infantis, incapazes de cuidar de si próprios ou obcecados por sexo.

Toda vez que eu ouço alguém proferir a palavra "solteirona", fico com o pelo eriçado e o coração minguado. Isto porque vem-me à mente a imagem de uma senhora de meia idade, com veruga no nariz, cabelo ralo, dentes amarelados e postura curvada. Afinal, não é esta a imagem da mulher que nunca casou ou procriou que a sétima arte, sustentada pela dona literatura, nos vendeu durante séculos? A par de "encalhada", a palavra "solteirona" é sem sombra de dúvida aquela que mais estigmatiza a mulher desemparelhada. É pois hora de bani-la do nosso léxico e relegá-la à memória do tempo em que não abundavam solteiras poderosas, empoderadas, gostosas, determinadas, conscientes e felizes.

Beijo 💋 em ti e até para a semana, que sexta e sábado estarei a labutar, de manhã à noite, num evento giríssimo chamado Bazar Diplomático. Como deves imaginar, não conseguirei arranjar tempo para vir aqui deixar-te uma crónica amiga. Bom fim de semana!

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08
Nov22

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Ora viva! ✌️ 

Ontem bem que tentei passar aqui para dar-te aquele olá de alegria e deixar uma crónica amiga. Com muita pena minha, não consegui. Foi um dia daqueles, como há muito não tinha, que terminou com uma péssima notícia, a qual custou-me uma noite inteira de sono. Eis-me aqui em modo zombie, com a cabeça a pesar que nem chumbo e o coração feito saltimbanco amador.

A vida é mesmo assim, há dias e dias e após um mau pode sempre chegar um melhor. E este promete ser um dia bom, já que logo pela manhã recebi um email da equipa da Apple a notificar-me de que o episódio de estreia do Ainda Solteiros, o podcast que te apresentei na passada terça-feira, completa hoje uma semana, é o terceiro melhor posicionado, em Portugal, na categoria Relacionamentos e o 58º melhor posicionado na categoria Sociedade & Cultura.

Isto é o que se pode chamar de entrada triunfante 😉. Mesmo estando a receber críticas muito positivas, algumas das quais já aqui partilhei, a constatação de que o meu primogénito entrou logo para o pódio dos podcasts mais ouvidos em terras lusas deixou-me em estado de graça, a rebentar de orgulho. Sou uma mamã babada, assumo, e este bronze chega para reforçar a minha determinação de que é este o caminho para desencardir mentes e dignificar a solteirice.

É, pois, sob esta recompensadora energia que venho trazer-te um novo episódio desta saga criada à medida dos solteiros falantes da língua portuguesa. Neste segundo programa abordo o lado B(om) de ser solteiro, almejando demonstrar que nem tudo é mau na solteirice, pelo contrário. Tem gente que é imensamente feliz, mesmo não estando numa relação amorosa, como é o meu caso. Essa gente, que a sociedade faz questão de constranger, tem mais tempo para si, para os amigos, para a família, para se divertir, ou seja, para ser e estar feliz do jeitinho que lhe apetece, sem hipotecar ou terceriarizar essa felicidade.

O episódio Ser Solteiro é Ser Livre para Ser Feliz já está disponível nas plataformas Anchor, Apple Podcasts, com o ID 1000585469435, e SoundCloud.

Porque do lado M(au) da solteirice estamos nós fartos que o mundo nos relembre o tempo todo, convido-te a ouvir, comentar, partilhar, recomendar, sugerir ou até criticar, que o que me interessa mesmo é conhecer a tua reação.

Beijo💋 em ti e até quinta-feira!

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