Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Ora viva! ✌️
No outro dia contei-te da minha aventura em Peñíscola, naquela que foi uma escapadinha maravilhosa. Também contei que mais teria para relatar, até porque um post, por mais extenso que fosse, jamais seria suficiente para relatar tudo o que experienciei durante aquela semana na costa mediterrânica.
Vamos lá então às peripécias da viagem, ao longo da qual houve de tudo, desde casos de covid, agressão física, dedo entalado a match no Tinder. Ah pois é meu bem, com esta solteira aqui nunca há monotonia. Põe-te confortável que a viagem vai ser longa. E turbulenta, digo já.
O meu drama começou logo no terminal rodoviário de Sete Rios. Cheguei com a devida antecedência, cerca de 40 minutos, e instalei-me confortavelmente, com as pernas esticadas em cima do trolley, aguardando pacientemente a hora de embarcar. Apercebendo que o número de autocarro referido no bilhete, comprado dois dias antes, via internet, não correspondia ao afixado no painel, dirigi-me ao mototista mais à mão, a fim de assuntar o que se passava.
Incapaz de me ajudar a esclarecer a questão, aconselhou-me a recorrer ao balcão de informações. Uma vez lá, a funcionária de serviço comunicou-me que o meu bilhete era válido para uma viagem com a data de dois dias antes. Ou seja, na altura da compra, não selecionei a data pretendida, pelo que o sistema assumiu o dia da compra como o dia da viagem.
Como deves imaginar, não houve apelo ou cara transtornada que me valesse, tive mesmo que comprar um novo bilhete de ida para Aveiro, aonde estaria à minha espera a Clara, para juntas seguirmos rumo a Estarreja, o local de embarque combinado com a agência de viagens responsável pela excursão a Peñíscola.
Okay, essa despesa extra não estava nos meus planos, mas tudo bem, fazer o quê?! Por sorte, havia um autocarro com destino à cidade dos moliceiros para dali a cerca de 15 minutos. Perfeito, pensei para comigo. Lá me dirigi para a linha de embarque indicada no bilhete. Ao olhar para o papel, reparei que a hora prevista de chegada ao destino era 19h55, ou seja, a viagem demoraria mais de quatro horas. Em outras circunstâncias, tal facto pouco importaria. O problema era que o embarque, em Estarreja, com destino a Espanha, estava previsto para as 20h30, o que queria dizer que seria praticamente impossível estarmos lá à hora combinada, já que, de acordo com a previsão da Clara, necessitaríamos de pelo menos meia hora para a deslocação Aveiro-Estarreja.
Já em modo ventilação, e para piorar nesse dia, 11 de junho, fazia um calor desgraçado em Lisboa, dirigi-me novamente à funcionária que me vendeu o bilhete, questionando o porquê de tanto tempo de viagem, já que em circunstâncias normais seriam necessárias apenas três horas. Podes imaginar a resposta dela, naquele tom enfadado que os funcionários do atendimento tão bem sabem fazer: o autocarro faria mais paragens que o habitual.
De jeito nenhum poderia chegar a Aveiro uma hora depois do combinado. Quanto a isso a Clara tinha sido taxativa: chegar com a devida antecedência, de modo a termos tempo para tomar um drink, por a conversa em dia (não estava com ela desde antes da pandemia) e apanhar tranquilamente a A25.
Agora em modo hiperventilação, liguei para a minha amiga, dando-lhe conta da situação. Escusado será dizer que ela, transtornadíssima, disse que não iria dar tempo e que iríamos perder o autocarro. Disse-lhe que, nesse caso ela deveria embarcar sem mim, que eu daria um jeito de ir ter com ela, no dia seguinte ou depois. Não achava justo que ela perdesse a viagem - não reembolsável, tão pouco reagendável - por uma responsabilidade que não era dela.
A esta altura do campeonato já eu estava a suar em bica, com uma vontade enorme de chorar, gritar, bater com a cabeça na parede, esganar alguém... Instintivamente, comecei a ver viagens com destino a Valência, a grande cidade mais próxima do nosso destino. Nem com a Flixbus, a empresa com a qual costumo viajar para França, encontrei a solução para o meu problema. No, niente, nada! Nem nesse dia, um sábado de fim de semana prolongado em Lisboa, nem no seguinte, estava previsto qualquer transporte para lá com partida de Lisboa ou Aveiro.
Continua...
Ora viva! ✌️
Após um fim de semana caseiro, com uma única saída com destino ao ginásio, após duas semanas de ausência, escrevo este post às sete da manhã, já que daqui a nada vou ter que bater ponto. Como disse anteriormente, estes dias tenho estado a fazer trabalho presencial, já que ganhar dinheiro é preciso, equilibrar as finanças depois das férias ainda mais.
Para hoje proponho (mais) uma reflexão sobre o atual estado dos relacionamentos amorosos, os quais perigosamente pendem para uma instantaneidade, superficialidade, descartabilidade e casualidade crónicas. Assim versa esta crónica falar sobre o papel do sexo casual nessa dinâmica. Antes de adentrar pelo tema, aproveito para agradecer à leitora, seguidora e amiga Aleida Semedo, que foi quem partilhou comigo o texto que se segue.
Uma mensagem, um olhar, algumas palavras e pronto!
O sexo ganhou um novo pseudónimo, o aclamado: "FODA".
Então prepare o preservativo, que a noite vai ser de prazer.
Mas a preservação não é só por uma gravidez inesperada ou uma DST, também nos preservamos do compromisso, do apego, das cobranças e também do AMOR.
É mais fácil tirar a roupa do que o sorriso. Tocar o corpo do que o coração.
Preferimos alguém para comer numa noite, a alguém que fique para comer com a gente no café da manhã.
Estamos tão fragilizados com o compromisso que matamos o prazer enquanto a carência nos enterra.
Houve um tempo em que as pessoas faziam amor, e eram felizes.
Mas hoje, elas fodem!!!
E talvez por isso exista pouca gente feliz e tanta gente "FODIDA".
Penso que depois do que acabaste de ler, pouco ou nada há a ser acrescentado.
Beijo em ti 💋 e até quarta!
Ora viva! 🫶
Como te disse no início da semana, estes dias tenho estado a fazer trabalho presencial, um extra para repor as finanças após a escapadela a Peñíscola, motivo pelo qual o tempo e a inspiração andam condicionados.
Como tal, para o post de hoje tive que ir às catacumbas dos meus arquivos pessoais para descobrir um tema que fosse interessante q.b., e ao mesmo tempo tivesse aquela leveza que tão bem cai à sexta-feira. Assim, acabei por descobrir um antigo estudo que explica, por a+b, porque os casais que são realmente felizes não expõem a sua vida nas redes sociais.
Um estudo datado de 2014 e publicado no Personality and Social Psychology Bulletin deixou claro que os casais felizes não expõem os seus relacionamentos na rede e que os que gostam de dar detalhes da sua vida a dois são os mais inseguros. As razões pelas quais não o fazem prendem-se com o facto de não sentirem necessidade de chamarem a atenção para a sua felicidade. Provavelmente, por saberem que a inveja anda sempre à espreita.
Preciso dizer que estes casais, ao invés de estarem na internet a fazer declarações de amor e a postar fotos juntos, procuram passar tempo de qualidade um com o outro?
De acordo com os testes realizados no âmbito do citado estudo, pessoas ansiosas postam mais no Facebook, já que dependem da visão dos outros para avaliar a sua relação amorosa. Pessoas assim buscam a aprovação nas redes sociais como forma de sentirem que o relacionamento é sólido e real. Expor a vida a dois é igualmente uma forma delas provarem a si mesmas que estão numa relação feliz.
Numa época em que (quase) tudo é exposto nas redes sociais, a ideia com que se fica é que o que não foi postado não pode ser provado que realmente aconteceu. Nada mais desfasado da realidade. O que realmente importa acontece na vida real, ou seja, fora do virtual.
A mim, por exemplo, já alertaram para o facto de não revelar muito sobre a minha vida privada nas redes sociais. Volta e meia, lá vou partilhando um ou outro evento, mas porque sinto feeling para tal, não porque sinto que tenho que o fazer para provar seja o que for a quem quer que seja. Capice? 😉
Aproveito o embalo para dar-te conhecimento de sete regras na vida dos casais felizes:
1. Não precisam provar nada a ninguém,
2. Não procuram a aprovação dos outros,
3. Não precisam de validação externa,
4. Não discutem online para todos tomarem conhecimento,
5. Não vivem momentos para serem publicados,
6. Vivem momentos para serem desfrutados e recordados,
7. Fazem declarações ao vivo.
O que importa aqui realçar é que o sentimento que o casal nutre deve ser mais importante que a necessidade de gritar a sua felicidade aos quatro ventos. Casais felizes fazem declarações de amor ao vivo, aproveitam cada momento, fazem planos, sem nenhuma precisão de postar essas coisas na internet para que outras pessoas vejam. Estão tão satisfeitos vivendo o seu amor que dispensam likes, comentários e visualizações.
Beijo em ti 💋 e até para a semana!
Ora viva! ✌️
Falar do comportamento humano face ao amor é como falar do mar, ou seja, é um assunto que nunca se esgota e que sempre tem algo mais a ser descoberto ou acrescentado. Como tal, para hoje proponho falarmos sobre o que devemos ter em comum com um potencial parceiro para que a relação dê certo.
De acordo com um artigo do Psychology Today, assinado por Mark Tavares, a honestidade-humildade, a emotividade, a extroversão, a agradabilidade, a conscienciosidade e a abertura à experiência são os seis traços de personalidade que levam as pessoas em relações longas a acreditar que são semelhantes ao parceiro.
Contudo, um novo estudo publicado na revista científica Journal of Research in Personality, atesta que a primeira - honestidade-humildade - e a última - abertura à experiência - são aqueles que mais pesam na identificação mútua entre o casal. Ou seja, ser honesto, leal e sincero, em vez de ser soberbo, hipócrita e pretencioso, e ser curioso, criativo e intelectual, em vez de desprovido de imaginação, superficial e convencional, são os dois pontos em comum que fazem com que um relacionamento romântico consiga prosperar e perdurar.
Segundo o especialista, "isto pode acontecer porque estes traços são o reflexo de valores pessoais como a igualdade ou liberdade". Segundo esta solteira aqui, isto pode (realmente) acontecer porque quando se é honesto e humilde, a relação tem tudo para dar certo e quem está aberto à experiência de amar e deixar-se amar está preparado para dar o melhor de si, para comprometer-se, para fazer o outro feliz.
Por hoje é tudo, estarei de volta na sexta para mais um papo amigo. Até lá, beijo em ti 💋 e votos de um dia feliz!
Ora viva! ✌️
No último post garanti que estaria de volta ao teu convívio no espaço de uma semana, ou seja, na passada quarta-feira. Por motivos que já te conto, tal não foi possível. Numa daquelas ofertas de last minute, dei uma fugida até à vizinha Espanha, para uma escapadela de uma semana, na companhia de uma das minhas besties.
Na minha vida é mesmo assim, tudo o que vale a pena chega de improviso, sem alarme, nem aviso. No dia em que aqui estive pela última vez, há quase duas semanas, estava eu deitada no sofá, já o dia caminhava para o fim, quando vi a notificação de que tinha recebido um áudio de uma amiga, pessoa com quem tenho uma intensa dinâmica de troca mensagens de voz. Logo a seguir, antes que tivesse tido a oportunidade de o ouvir, entra nova mensagem dela, desta vez de texto, a dizer: "Se puderes ouve isto antes da noite."
Tal pedido tem a ver com o facto de ela saber que costumo ouvir os seus áudios na calada da noite, enquanto vou desfrutando da minha cama de massagem, um ritual que precede o ato de dormir. Ouvir a voz dessa amiga, mansa e cristalina, bem como ficar a par da sua vida, é-me tão prazeroso que faço questão de só ouvir os seus áudios quando estou completamente relaxada, de modo a saborerar com gosto tudo o que ela tem para contar.
Bem, lá ouvi o áudio da Clara, outra escritora de mão cheia que já assinou algumas crónicas aqui no AS. E não é que este continha uma proposta para uma semana de praia em Espanha, num hotel 4*, com tudo incluído, com partida para dali a três dias? Eu que estava sem nenhuma perspectiva para a semana dos feriados de Lisboa, aceitei o convite na hora, sem nem mesmo acabar de ouvir os detalhes.
O curioso é que poucas horas antes, no regresso do ginásio, após uma corrida de 60 minutos, tinha pensado que rumo daria ao fim de semana prolongado. Nos últimos três anos, exceto em 2021 (por motivos mais do que óbvios), aproveitei os feriados de junho para ir "para fora cá dentro". Em 2019, como te deves recordar, fui a Ferreira do Zêzere. Em 2020, ao Algarve. E em 2021, só não "escapei" porque tinha acabado de regressar de Cabo Verde.
E não é que, horas depois de ter "pensado" que "gostaria" de ir para algum lado, chega tal convite, assim do nada? Do nada porque a Clara já me tinha contado que tinha planos de ir de férias com os tios, daí não estar minimamente à espera de tal oferta, ainda para mais no formato "pegar ou largar". Segundo ela, era uma oportunidade de última hora, fruto da desistência de um casal, pelo que tínhamos que confirmar e efetuar o pagamento tão logo possível.
Como tal, na manhã seguinte toda a logística estava tratada: reserva confirmada, pagamento efetuado, voucher emitido, fatura enviada e escapadinha agendada. A parte menos agrdável desta aventura é que a viagem tinha partida do Porto, às oito da noite de sábado. Como a Clara vive em Aveiro, apanhei um autocarro até à cidade dos moliceiros e de lá seguimos juntas para Estarreja, onde embracamos em autocarro turístico rumo a Peñíscola, uma encantadora cidade valenciana, geograficamente posicionada em frente a Maiorca e a duas horas de distância de Barcelona.
Foi uma semana top, a melhor de há muito muito tempo. Mediterrâneo, sol, boa companhia, gastronomia maravilhosa e uma boa dose de dolce far niente era tudo o que eu estava a precisar para restaurar a alma e sentir aquela felicidade que só experimentamos quando viajamos. Infelizmente, tive que levar o computador atrelado, já que, como gestora de redes sociais freelancer, estar desconectada durante muito tempo é um luxo a que não me posso dar.
E pronto! Foi assim que, em menos de 72 horas, vi-me a caminho da terra de nuestros hermanos. A minha sorte é que sou uma mulher vaidosa, pelo que a única coisa que ficou mal resolvida foi a depilação. Tive que me contenter com a gillette, mas como dizem os franceses: "C'est pas grave!".
O universo não é incrível? Ele trata sempre de nos proporcionar aquilo que desejamos ou precisamos, por isso devemos confiar sempre nele. Mais tenho eu para contar sobre esta aventura em terras espanholas, pautada por peripécias, contratempos, risadas, e tudo o mais que (não) podes imaginar.
Só não vai ser hoje, que esta crónica já vai para longa e daqui a pouco tenho que me arranjar para ir trabalhar (esta semana estou a fazer trabalho presencial, pelo que não estranhes não me veres com a frequência desejada).
Beijo em ti e até breve!
Ora viva! ✌️
Buenas! Hoje quero falar contigo sobre as linguagens do amor. Sim, o amor fala e quem quer ser bem-sucedido na arte da conquista e da sedução deve dominar com desenvoltura o seu idioma, mais não seja para deixar bem claro como gosta de tratar os outros, e, sobretudo, de como gosta de ser tratado.
De acordo com Gary Chapman, autor do best-seller The 5 Love Languages, todos nós temos uma linguagem de amor primária e outra secundária. Como tal, é importante que as conheçamos bem, não só para estarmos familiarizados com as nossas necessidades, mas também para podermos responder adequadamente às necessidades daqueles que amamos.
Para este pastor e conselheiro são estas as cinco linguagens do amor:
1. Presentes
Podem ser cartas de amor, flores ou até mesmo chocolates. O importante é que tenha valor (que pode perfeitamente ser sentimental e não material), tanto para quem dá como para quem recebe. A constatação de que aqueles que amamos despenderam dinheiro e/ou tempo para escolher algo para nós faz com que nos sintamos valorizados, estimados, amados.
2. Toque Físico
Abraçar, beijar, acariciar, sexar é outra linguagem do amor. Para as pessoas que apreciam toques físicos constantes trata-se de demonstrações de afeto espontâneas e inequívocas, que as faz sentirem-se amadas, ao mesmo tempo que lhes permite expressarem o seu afeto.
3. Afirmação verbal
Esta linguagem envolve uma comunicação verbal afirmativa, positiva, apreciativa. As palavras positivas têm o poder de fazer com que as pessoas se sintam mais valorizadas, confiantes e amadas. Ou seja, elas tratam de confirmar o amor interno de uma forma externa.
4. Atos de serviço
Ser atencioso com alguém é outra forma de se expressar amor. Quer se trate de fazer as limpezas, cozinhar, dar boleia ou fazer um recado, através destes gestos, uma pessoa sente ou demonstra que gosta da outra, que gosta de cuidar dela, que gosta de agradá-la.
5. Tempo de qualidade
Nesta linguagem tudo se resume ao tempo dedicado à pessoa amada, com toda a atenção completamente virada para ela. Diz respeito a ouvir e compreender a cara-metade, sem deixar que distrações atrapalhem esse momento. Durante esse tempo só a pessoa que está ao lado importa.
Uma vez dado o recado, vou tratar da minha vidinha, que o tempo é pouco e os afazeres mais do que muitos. Como vem aí fim de semana prolongado (esta sexta-feira e a próxima segunda-feira são feriados em Lisboa), só voltarás a saber de mim daqui a uma semana. Eu também sou filha de Deus 😉 e quero aproveitar estes dias para descomprimir e festejar os santos populares sem maiores responsabilidades.
Beijo em ti! 💋
Ora viva! ✌️
No outro dia, uma conhecida minha, numa conversa com outro alguém, referiu-se a mim como "uma mulher de meia idade". Confesso que ouvir tal coisa deixou-me chocada, pesarosa, deprimida mesmo. "Eu, uma mulher de meia idade, desde quando!!??", não parava de pensar. Escuso dizer que a minha cabeça estava formatada para a imagem que sempre tivera da mulher de meia idade: mais para velha, pele enrugada, postura semicurvada, cabelo cinza, olhar vazio, e tal e tal. Não admira ter ficado tão abalada com o aquilo que ouvi.
Superado o choque inicial, e processada com maturidade a questão, tive que me render às evidências de que, de facto, aos 44 anos de idade, sou considerada uma mulher de meia idade. Com a esperança média de vida para o sexo feminino em Portugal a rondar os 83 anos (dados de 2020), estou até mais para idosa do que para jovem. Tal constatação fez-me bater mal da bitola durante algum tempo. Com o passar dos dias, o mal-estar inicial deu lugar à resignação, ao sentimento de que não sou imune à passagem do tempo, por muito que faça. Agora tudo isso, deu lugar ao humor, já que consigo fazer piada com a situação e até escrever sobre isso.
Bem sabes que eu nunca tive problemas com a idade, tanto que a assumo com todos os digitos, sem qualquer pudor ou complexo. Sempre o fiz e pretendo continuar a fazê-lo. Tenho é problemas com o envelhecimento, sobretudo se este comprometer a saúde, o bem-estar e a boa aparência física.
No outro dia, numa das nossas peculiares tertúlias, o tal crush lá do ginásio disse que a morte é o pior que pode acontecer ao ser humano, ao que lhe respondi, sem hesitar, que pior mesmo era envelhecer sem dignidade. Perder as faculdades locomotoras, mentais e intelectuais é para mim bem pior do que morrer.
Se eu morresse hoje, iria em paz. Seria hipócrita se dissesse que não lamentaria não ter (ainda) vivido tanta coisa, não ter realizado uns quantos sonhos, não ter concretizado alguns projetos. No entanto, partiria sem grandes dramas, até porque acredito que a morte é apenas uma passagem para outro plano e que, mais cedo ou mais tarde, a alma, que é eterna, acabará por voltar à vida terrena, num outro corpo, numa outra realidade, numa nova experiência.
A morte não temo eu, mas ver o meu corpo a declinar-se em direção ao sul, entenda-se a pender para baixo, incomoda-me muito. Quando me lembro de como as minhas mamas eram grandes e firmes, de como a minha pele era rija, de como o meu rabo era espetado, de como o meu corpo era naturalmente tonificado, de como, por mais que fizesse carretas, não havia forma de ver uma única ruga no meu rosto, de como tinha energia para tudo e mais alguma coisa, de como a dor era algo que desconhecia...
Hoje em dia, o cenário é bem diferente: não há Push-Up capaz de elevar os meus seios aos níveis anteriores, não há antiaging capaz de impedir o alastrar das rugas, não há musculação capaz de devolver ao meu corpo a robustez de outrora, não há creme capaz de recuperar a natural firmeza da derme, muito menos antídoto capaz de impedir as maleitas próprias da idade.
Reconheço que, para alguém da minha idade, tenho poucas razões de queixa. Estou bem conservada, sei-o bem. No gozo, os meus amigos costumam dizer que sou uma cota jovem, com aparência de 30. Sempre que ouço este tipo de elogios, aceito, regojizo, agradeço e recordo a mim mesma que não é obra do acaso, mas sim o resultado de uma boa genética, bastante cuidado com a alimentação, prática regular de exercício físico, adoção de hábitos saudáveis e muito, mesmo muito, mimo para com a minha pessoa. Amarmo-nos, cuidarmo-nos e orgulharmo-nos - de quem somos, daquilo que somos - é o mais eficaz de todos os elixires da juventude.
Vergar-me à passagem do tempo não é pois opção para mim. Aceito que não posso impedir a velhice de chegar, mas se ela pensa que lhe vou facilitar a vida está muito enganada. Para além do corpo, cuidar do espírito é igualmente importante no retardamento da idosidade. É por isso que, volta e meia, dá-me a louca e faço coisas pouco usuais em pessoas da minha idade. Por exemplo, na semana passada, fiz um piercing... na orelha, não comeces já a imaginar coisas. Ainda bem que não sou apreciadora de tatuagens, caso contrário, em maus lençóis ficaria na próxima vez que tiver um novo vislumbre da crise de meia idade.
No ano passado, deu-me para largar um emprego estável e mudar-me para um novo país, ávida por uma nova aventura, um novo recomeço. Ainda estou a batalhar para conseguir concretizar esse desejo. Por ora, vou-me contentando com pequenas traquinices, como esta do piercing ou aquela de comprar um carro, mesmo não sabendo conduzir. Isso já é estória para outra crónica, que esta já vai longa.
Beijo no ombro 💋 e até à próxima!
Ora viva! ✌️
Com o verão à porta, ou seja com o cuidado com a aparência a multiplicar-se, para hoje poponho falarmos de alimentação saudável, assunto sempre atual e ao qual dou muita importância.
Não é por acaso que se diz que "somos o que comemos". Sensibilidades nutritivas à parte, o facto é que é cada vez mais consensual que a qualidade da nossa saúde, logo da nossa vida, passa, em grande parte, pela qualidade da nossa alimentação. Dito de forma crua e direta: o que pomos na boca determina o que vemos no nosso corpo e o que sentimos na nossa saúde.
A alimentação, que sempre teve um papel essencial na sobrevivência das espécies, assume agora um destaque sem precedentes. A atual crise alimentar, despoletada pela pandemia e agora agravada pelo conflito na Ucrânia, a par da pegada ecológica que muitos dos alimentos vêm deixando no planeta azul, impele-nos a repensar as nossas escolhas, não só em prol da carteira, mas sobretudo em prol da saúde.
Ora viva! ✌️
Neste Dia Internacional da Criança, lanço a ti, e a mim mesma, o desafio de resgatarmos a criança interior que em nós habita. É imperativo reencontrarmos a magia da inocência da vida e a ingenuidade de acreditar que ela vale sempre a pena.
Após ter escrito isto, nem de propósito, apareceu-me no feed do Facebook a seguinte citação: "Hoje, celebro a minha criança interior! Aproximo-me dela devagar, para não a assustar, pego-lhe ao colo e junto-a ao meu coração - mimo-a como ela merece. Dou umas boas gargalhadas, digo-lhe que se pode sentir segura e em paz. Danço a vida ora com leveza, ora com garra. Juntas somos felizes."
Da nossa criança interior poderemos falar com mais vagar noutra oportunidade, que o assunto que me trouxe aqui hoje é a previsão energética para este sexto mês do ano 2022, o qual desejo de todo o coração que seja inesquecível (pelos melhores motivos, claro!).
De acordo com a spiritual coach Isabel Soares dos Santos, é isto que temos a esperar dos próximos 30 dias.
É preciso respirar fundo e agradecer por termos sobrevivido a mais um mês. Como te correu o mês de maio? Também sentiste que um dia estava tudo bem e no dia seguinte já não sabias o que fazer à vida?
Para muitas pessoas, o mês que passou foi uma verdadeira "roller coaster" de emoções, de imprevistos e de tomadas de decisões repentinas. Mas a boa notícia é que sobrevivemos e estamos prontos para abraçar mais um mês.
Junho surge com uma energia mais leve, mas que nos pede para tomarmos a iniciativa. Para, de uma vez por todas, perdermos o medo e arriscarmos a fazer algo que até então achávamos impossível.
Quem conseguir surfar nas ondas de junho irá ser surpreendido com meses extraordinários até ao final do ano.
É momento de arriscar!
💕 Aconselho vivamente a veres o vídeo das previsões, para compreenderes um pouco melhor este junho de 2022.
Desejo-te um mês repleto de amor divino, saúde, abundância e sabedoria interior!
Abraço de Amor,
Isabel 💗
Meu bem, da minha parte, só me resta desejar-te um mês maravilhoso, repleto de acontecimentos bons, pessoas iluminadas e momentos fantásticos!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.