
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Ora viva! ✌️
Julho conhece hoje o seu penúltimo dia e esta semana o seu derradeiro dia útil. Tudo isso para dizer que este será o último post da presente temporada. Como tem sido hábito, irei ausentar-me durante o mês de agosto, para as tão ansiadas, e merecidas, férias de verão. Depois da turbulência das últimas semanas estas saberão ainda melhor.
Por turbulência não me refiro apenas à infeção pelo SARS-CoV-2 da qual padeci semanas atrás, mas sobretudo ao tal mec francês (de quem te dei conhecimento em dois posts distintos), que voltou a dar o ar da sua graça, com o claro propósito de assegurar a sua f*da veranil. Se te disser que não anseio por estar com ele, estaria a mentir. Estaria a mentir ainda mais se não reconhecer o quanto me custa saber que um homem só se interessa por mim na qualidade de objeto sexual. Foi por isso que recusei a proposta para coprotagonizar a terceira temporada da saga Dar o corpo sem entregar o coração, mesmo tendo consciência das "regalias" de que estou a abrir mão.
Sem uma relação amorosa digna desse nome há mais de 10 anos, sou mulher o suficiente para reconhecer que estou particularmente carente, motivo pelo qual apaixonar-me pelo Ben (assim se chama o dito cujo) é mera questão de tempo. Por isso cortei o mal pela raiz, já que, no que diz respeito à minha vida amorosa, ando à procura de soluções e não de problemas. E uma paixão não correspondida acaba invariavelmente em drama, regado a lágrimas, desgosto e sensação de fracasso.
Sei que existem mulheres que lidam bem com relações baseadas somente em sexo. Feliz ou infelizmente, não sou uma delas, e só eu sei o quanto tentei ser. Eu quero ser importante para alguém, quero alguém que esteja disposto a dar-me uma oportunidade, a dar-nos uma oportunidade. Quero alguém que se importe, que se preocupe, que se esforce, que se esmere, que se regozije por me ter na sua vida. Quero alguém que se sinta um privilegiado por poder estar comigo. E o que esse gaulês me faz sentir é precisamente o contrário; em interação alguma senti-me tão desimportante para um homem.
Ainda que a lamente, estou segura da decisão de não voltar a estar com ele. Contentar-me com uma relação baseada em mensagens de WhatsApp, com a periodicidade das necessidades fisiológicas e luxuriosas de uma das partes, atenta contra tudo aquilo que sou e defendo. E se há coisa que pretendo manter é o juramento de jamais voltar a ficar à espera de um contacto, uma manifestação de interesse, uma vontade da outra parte. Ansiosa, impotente e resignadamente.
Peço-te que não fiques a pensar mal dele, achando que se trata de (mais) um sacana da vida. Para o entenderes melhor, convém referir que, há coisa de quatro meses, foi deixado pela namorada de longa data, com quem tinha planos de casar e procriar. Desconfia ele que foi trocado pelo ex, motivo pelo qual anda com o ego ferido e muita vontade de usar as mulheres a seu bel-prazer, sem atentar-se aos sentimentos delas. Ele até é bom gajo, reconheço. É gentil, educado, divertido, generoso e sincero. Encantador, assumo. Apenas não é bom gajo para mim, para o que eu quero em termos de amor. O nosso problema prende-se com expectativas desencontradas, digamos assim.
Agora que te pus ao corrente da minha (má) aventurança amorosa, despeço-me com o abraço amigo de sempre e a promessa de voltar ao teu convívio em setembro. Bronzeada, revigorada e inspiradíssima, conto eu. Feliz mês de agosto para ti!
Ora viva! ✌️
Hoje trouxe a minha mais recente crónica para o portal de notícias Balai Cabo Verde, acabadinho de ser publicado. Bom proveito!
No outro dia, no decurso de um almoço com ex-colegas de trabalho, alguém perguntou-me se na verdade existem mais mulheres solteiras do que homens solteiros. A resposta que dei na altura serve de mote a esta crónica, a qual intenta lançar um olhar sobre a (aparente) discrepância entre os géneros no que toca à solteirice.
Dita a minha experiência que a percentagem de corações solitários está praticamente elas por eles, ainda que com uma ligeira vantagem do sexo feminino, facilmente explicado pela sua predominância em termos populacionais. O que acontece é que para a maioria dos indivíduos do sexo masculino estar solteiro não tem necessariamente que rimar com estar sozinho.
É bem mais fácil - e socialmente tolerável - que os celibatários tenham "amigas", as quais vão rodando consoante o estado de espírito ou apetência sexual. Muito mais à vontade do que nós mulheres em separar o coração da libido, eles lidam e gerem melhor o seu estado civil, mais não seja porque a sociedade é mais branda e condescendente com eles. "Ter alguém" sem assumir uma relação é melhor aceite quando se trata do género masculino; disso não tenhamos dúvida, ainda que nos console pensar o contrário.
Uma mulher que vai colecionando "amigos" é comum e inevitavelmente rotulada de "fácil", "leviana", "promíscua", para não dizer outra palavra de quatro letras começada por p. Nos nossos dez grãozinhos de terra, em que a dimensão do território é inversamente proporcional ao falatório sobre a vida alheia, esta é uma situação flagrante, condicionante, incapacitante. Com a mulher que vai fazendo a sua vida amorosa, à margem do seu celibato, a comunidade é implacável no criticismo, no julgamento, na condenação e na ostracização.
Com os homens a conversa é outra. Em inúmeras paragens deste planeta ficam até bem vistos; afinal, cultivar e perpetuar o dogma do macho alfa valoriza o seu passe perante tudo e todos. Ele é encarado como um servidor social, que mais não faz do que cumprir o seu papel de provedor da satisfação feminina e da perpetuação da espécie. Mulher que vai saltando de par em par de calças incomoda bem mais do que mulher que prefere aguardar pelo par de calças ideal. Homem que adota a mesma postura incorre no pecado mortal de ver sua masculinidade posta em causa.
A eles é permitido provar da doce fragrância do romantismo, desde que isso não comprometa a sua macheza, claro está. A elas injetam-se doses cavalares do mesmo elixir do amor, na expectativa de que se mantenham puras e castas até à chegada do tal dito cujo montado no cavalo branco, o qual, no final da estória, fica-se a saber que não passa de um sapo sob o encantamento de uma fada madrinha ressabiada. Mas isso já é assunto para outra ocasião.
Termino lembrando que, sobretudo no caso dos homens, estar solteiro não implica necessariamente estar sozinho, assim como não ter uma relação assumida não implica estar em abstinência sexual. As coisas são como são e, em matéria de solteirice, cada um conduz a sua vida da forma que melhor lhe convier, que ninguém tem nada a ver com isso. O importante é ser feliz e desfrutar da vida tal como ela se nos apresenta.
Ora viva! 🍀
Que tal retomarmos o assunto do post de 25 de junho, no qual dei-te conhecimento de algumas dicas para atrair coisas boas? Na altura partilhei nove delas, ficando a faltar umas quantas outras. Hoje, primeiro dia útil da última semana de julho - e já em contagem decrescente para a habitual pausa de verão - parece-me um ótimo dia para reforçar o tema, já que sorte, abundância e prosperidade nunca são demais. Vamos lá então a elas:
O dinheiro é um meio e não um fim
O dinheiro é uma energia, pelo que devemos apreciá-lo e aceitá-lo com toda a naturalidade. Com a minha guia espiritual aprendi que não há qualquer problema em gostar de dinheiro, salvaguardando o facto de que ele é que nos deve servir e não o contrário. Por isso, o meu conselho é que o encares como um meio que te permite ter acesso a coisas e experiências, e não um fim do qual podes tornar-te um escravo.
Gastar com responsabilidade
Nunca é demais lembrar que os gastos devem ser feitos com responsabilidade, ou seja, que só devemos gastar o que temos. É por isso que não tenho cartão de crédito, muito menos empréstimo bancário. Evitar gastos supérfluos e desnecessários é uma ótima estratégia para termos sempre dinheiro para o que realmente interesse e compensa. No meu caso particular, quando bate a tentação, faço a seguinte pergunta: "Precisas ou queres?" Se preciso, compro; se quero, repenso. Outra coisa que aprendi em relação ao dinheiro é que atualmente prefiro usá-lo para ter acesso a experiências (viagens, estadias e restaurantes) e não tanto a bens.
Investir em criptomoedas
Um dos negócios do presente, e mais ainda do futuro, são as moedas virtuais. Em dezembro de 2018, investi parte do meu subsídio de Natal na compra de criptomoedas, as quais renderam-me um bom lucro. Infelizmente, por falta de uma cultura financeira elucidativa, investi uma quantia modesta, para eterno arrependimento meu. Meses atrás, voltei à carga, mas o retorno está aquém da primeira aventura. Atenta estou eu a novas oportunidades, pois não tenho dúvidas de que as moedas virtuais são incontornáveis.
Menos reclamação, mais ação
Por ter sido assim em tempos idos, sinto-me perfeitamente à vontade para opinar sobre este ponto. Reclamar a torto e a direito, além de maçador para quem convive conosco, é pura perda de tempo. Pessoas que estão sempre se queixando são tóxicas e pouco propensas a procurar soluções para os seus problemas, daí que recomende que se lamente o que tiver que ser lamentado, sem ir mais além. Quando paramos de nos concentrar no que não nos corre de feição para passar a focar no que podemos fazer para melhor ou atenuar a situação, coisas boas começam a chegar até nós.
Generosidade sim
Esta é uma das mais preciosas dicas que te poderei alguma vez dar. A generosidade atrai generosidade. Com isso quero dizer que quando damos, invariavelmente, recebemos de volta. Ajudar monetariamente alguém precisado é uma das formas mais eficazes para atrair abundância para nós. Mesmo que a pessoa que ajudámos não nos retribua na mesma moeda (coisa que acontece na maioria das vezes), a vida encarrega-se de nos compensar. Lembra-te: é dando que se recebe.
Gratidão sempre
Outra postura que aprendi com a exploração da espiritualidade é que a gratidão é uma via verde para a abundância. Quando agradecemos o universo dá-nos mais motivos para tal, tornando-se num dos poucos círculos viciosos desejáveis à nossa existência. Ser grato funciona como um imã para atrair acontecimentos auspiciosos e pessoas incríveis. Quando ativei essa energia, pequenos milagres tornaram-se presença constante no meu dia a dia.
Ser rico é (também) uma questão de atitude
Pensa como um rico mas age como um pobre, ou seja, gasta somente naquilo que for realmente relevante. Isto remete para o ponto 3 deste texto, no qual chamei a atenção para gastos supérfluos, logo desnecessários. Quem gasta de forma compulsiva e em quinquilharias dificilmente conseguirá conhecer a abundância e a prosperidade, e nisso os ricos self-made têm muito para nos ensinar. Por saberem bem o quanto lhes custou chegar ao topo, eles escolhem muito bem aonde gastar o seu dinheiro, e melhor ainda, aonde investi-lo. Recomendo a leitura de livros sobre a vida de umas quantas individualidades como Tony Robbins, Benjamin Franklin, Arthur Ryan (fundador da Primark), Ingvar Kamprad (fundador da Ikea), Elon Musk (fundador da Tesla) ou Jack Ma (dono da Alibaba), só para citar os mais célebres.
Pensar positivo
Somos aquilo que pensamos, sentimos e proferimos, e isso não é uma mera frase feita. Os pensamentos têm um poder extraordinário na nossa vida, motivo pelo qual devemos escolhê-los com cuidado, e carinho. Eu sou a prova viva disso que acabei de escrever, como já tantas vezes aqui partilhei. A esta altura da minha vida só reconheço uma única ambição de que não estou certa de ser capaz de alcançar, precisamente porque (ainda) não consegui canalizar os meus pensamentos a esse favor. Com a força do pensamento positivo, lá chegarei.
Qualidade ao invés de quantidade
Para o fim deixei a seletividade, um fator decisivo no que toca à sorte, abundância e prosperidade. Com o tempo aprendi que a qualidade vale bem mais do que a quantidade, aplicando-se este mesmo princípio a qualquer esfera da nossa vida, sejam elas pessoais, amorosas ou comerciais. No que toca ao dinheiro, devemos comprar menos vezes, mas bens que duram mais tempo. Ao invés de uma dúzia de malas baratas, prefiro ter duas ou três, de qualidade superior, capazes de durar anos ou até décadas.
E assim dou por concluída a minha missão transmitir, a ti e quem mais se interessar, as minhas dicas e atitudes para atrair mais sorte, abundância e prosperidade. Conto que faças bom uso delas. Um beijo, um abraço e um até quarta!
Ora viva!
Ontem, falei-te de alguns sinais que expressam o interesse de um homem. Mas será que eles estão a par do que (realmente) nos atrai? Cá para mim estão, se bem que não inteiramente. A pensar nisso, escolhi para hoje um artigo que aborda precisamente os aspetos que fazem um homem ser considerado atraente pelo sexo feminino.
De acordo com as conclusões de um inquérito realizado pela agência Synovate, a pedido da Gillete, vestir peças como jeans ou fato e estar barbeado são alguns dos requisitos mais apreciados por elas, sendo a imagem de um homem fardado considerada a que mais desperta a atenção, seguindo-se a de um homem de slips.
Entre as 425 inquiridas deste estudo que visou conhecer as preferências das europeias em relação ao sexo masculino, mais de metade (55%) considera atraente um homem que tem rotinas diárias de cuidado pessoal. Do lado oposto, a velha fantasia do macho encharcado de suor parece estar a perder fãs, já que não passou pelo crivo de ¾ (76%) das inquiridas, que a considerou 'pouco ou nada atraente'.
Para a esmagadora maioria dessas mulheres (90%), com idades compreendidas entre os 18 e os 59 anos, eles são mais atraentes quando são carinhosos com os filhos ou animais de estimação, quando lhes abrem a porta, quando cozinham e quando arrumam a casa.
Quando questionadas sobre as atitudes que estão tradicionalmente associadas ao sexo masculino, os resultados quebram alguns mitos: para 92% das mulheres, dizer palavrões não é 'nada atraente', da mesma forma que andar à pancada ou bater boca com os amigos também são atitudes mal vistas.
Antes de dar por concluída esta crónica, que tal partilhar contigo os itens que menos seduzem o sexo feminino. Aposto que és capaz de advinhar. Não? Não faz mal, eu digo: rastas, piercings e chinelos lideram essa lista. Eu cá para mim, acrescentava ainda as tatuagens de grande porte, mas dado que o estudo foi realizado junto das europeias – coisa que não sou – a minha opinião não passa disso mesmo, um mero bitaite.
Ora viva! 👋
Nunca se falou tanto de saúde mental como neste ano e meio de pandemia, fenómeno que pôs a nu um problema global há muito relegado a um canto da saúde pública. Sobre a saúde mental escuso-me de comentar, já que os meus conhecimentos sobre o assunto limitam-se a uma breve experiência de depressão, há muito debelada. Contudo, de corpo são entendo eu, pelo que parece-me relevante voltar a bater na tecla da importância do movimento na saúde e no bem-estar humano.
Com certeza que já ouviste dizer "mente sã, corpo são", cuja filosofia consiste em procurar o equilíbrio entre o corpo e a mente, numa escolha para viver com qualidade. "O corpo sempre dá sinais de que alguma coisa não está bem e que é hora de pensar em novas atividades que deem prazer e façam bem de dentro para fora. O equilíbrio entre corpo e mente é fundamental pra atingir os objetivos e estar com a saúde em dia", esclarece a nutricionista Mariane Valpassos.
Se invertêssemos a lógica deste pensamento será que obteríamos o mesmo resultado, ou seja, um corpo são implicaria (necessariamente) uma mente sã? A ver vamos! Para começo de raciocínio, é incontestável que uma coisa é indissociável da outra, independentemente do sujeito da frase ser o corpo ou a mente. Um corpo saudável numa mente doente de pouco valerá, assim como uma mente saudável num corpo doente.
Se me fosse dado a escolher, preferiria a segunda opção. Isto porque acredito que uma mente saudável é perfeitamente capaz de proporcionar a motivação certa para corrermos atrás da saúde física. Sem a cabeça em ordem, dificilmente conseguimos fazer o que quer que seja com a nossa vida. Em contrapartida, a pessoa pode até ser a personificação do deus grego Adónis, mas se o tico e o teco não dançarem a mesma música de pouco lhe servirá esse corpo escultural.
Por via das dúvidas, esta mulher aqui opta por cuidar dos dois, em igualdade de circunstâncias, não vá um ficar com ciúmes do outro. Como passo das palavras aos atos? Praticando exercício físico com regularidade, andando a pé sempre que possível, primando por uma alimentação saudável e equilibrada, arranjando tempo para cuidar de mim e dos meus, bebendo muita água, consumindo cinema em dose dupla, dedicando à leitura, viajando toda vez que for possível, dormindo um mínimo de oito horas diárias, fugindo do stress como o diabo da cruz e por aí fora.
Mais teria eu para dizer sobre este tema, porém, fico-me por aqui, que esta crónica inspirou-me a dar uma corrida, rentabilizando assim o tempo nublado que se faz hoje. Cuida da tua mente e do teu corpo, pois ao fazê-lo estás a cuidar não só de ti mas também daqueles que amas.
Aquele abraço amigo e até breve!
Ora viva! ✌️
Após ter-me baldado na sexta-feira, eis-me aqui pronta para mais um papo amigo, desta vez dedicado ao arrependimento, definido pelo dicionário Priberam como o verbo que traduz o sentimento de "lamentar ou ter pena por alguma coisa feita ou dita ou não feita ou não dita." Ensinou-me a vida que mais vale arrepender-me do que fiz (mesmo que não tenha dado certo) do que arrepender-me do que não fiz, pois o não fazer implica que deixei de viver algo.
Sabendo bem que o arrependimento é uma emoção dolorosa, ainda que lhe reconheça a sua utilidade, permite-me partilhar contigo cinco dos arrependimentos mais comuns, de acordo com o especialista Adrian R. Camilleri, num artigo para o Psychology Today. De acordo com este psicólogo, "refletir sobre os arrependimentos mais duradouros é importante, porque eles geralmente remetem a grandes decisões na vida".
“Cada um de nós tem controlo sobre essas decisões – portanto, podemos potencialmente evitar os piores arrependimentos ao termos um plano”, considera ele. Assim, com base na sua experiência, identifica uns quantos arrependimentos-chave que as pessoas tendem a ter quando olham em retrospetiva para as escolhas que fizeram. São eles:
Gostava de ter vivido a vida fiel a mim mesma, e não a vida que os outros esperavam de mim
Seguir religiosamente as normas às custas das próprias emoções, sonhos, paixões e expectativas terá como desfecho a deceção e a amargura.
Gostava de não ter trabalhado tanto
O tempo não é reembolsável, portanto, se o gastares quase todo a trabalhar, não poderás usá-lo para fazer coisas mais significativas, e bem mais prazerosas, convenhamos.
Gostava de ter tido coragem para expressar os meus sentimentos
Seres aberta e honesta sobre os teus pensamentos e sentimentos é única forma de criares laços genuínos com as outras pessoas.
Gostava de ter mantido contacto com os meus amigos
É desanimador estares desconectada daqueles que realmente te estimam, entendem e aceitam tal como és.
Gostava de ter-me permitido ser mais feliz
As expectativas e opiniões dos outros não devem impedir-te de ser feliz, de seres fiel à sua verdadeira essência. Além disso, a felicidade pode ser encontrada na jornada, não apenas no destino, ao qual muitas vezes nunca chegamos.
Como pudeste ler, deixar de ser ou fazer aquilo que nos dita a voz do coração é uma postura que conduz fatalmente a arrependimentos, os quais dificilmente conseguimos resgatar, por mais que assim o desejemos. Por isso, o meu conselho para esta semana que hoje arranca é que (re)penses bem as tuas prioridades e tentes viver a tua vida como queres e não como deves. Capice?
Aquele abraço amigo e até quarta!
Ora viva! ✌️
Só passei para dizer que já obtive alta médica e que estou a caminho de cumprir a tão ansiada - e proclamada - mudança de vida, a qual vai levar-me a "fincar" raízes noutras paragens. Para breve ficam mais detalhes, que agora, depois de 10 dias de isolamento, só quero curtir o sol na pele, o vento no rosto, a esperança no coração e a gratidão na alma.
Por hoje é só, voltarei amanhã para mais uma conversa de solteira para solteira, ou não. Aquele abraço amigo!
Ora viva! 🍀
Um papo domingueiro com uma amiga adorável, e adorada, inspirou-me a escrever esta crónica, dedicada ao mudar de vida, mais concretamente ao momento ideal para o fazermos. Antes de adentrar pelo assunto, abro um parêntesis para fazer uma atualização do meu quadro clínico: há quatro dias que não tenho qualquer sintoma e deverei ter alta depois de amanhã. Escuso descrever o alívio e a gratidão que me assolam, afinal consegui sair ilesa de mais esta provação da vida.
Quanto ao tema de hoje, trouxe um artigo da executive & life coach Mafalda Almeida, que retrata na perfeição aquilo que vai na alma de quem se encontra num momento de viragem da sua vida, como é o meu caso, em que vou abraçar uma mudança radical.
Dedico esta crónica a todas as pessoas que acreditam que existe uma idade limite para seguirem os seus sonhos, para mudarem de vida e seguirem a voz do coração. Esta é uma crença na qual muita gente decide acreditar, e cuja “desconstrução” poderá ser realizada com as ferramentas certas (coaching e mentoria, por exemplo).
Conheço pessoalmente casos de clientes minhas que se agarram com “unhas e dentes” ao vício do ordenado ao final do mês, optando por viverem infelizes o resto das suas vidas, em nome do medo do incerto, em nome dos encargos financeiros e morais, em nome de uma vida que foram construindo e que agora simplesmente está a deixar de fazer sentido.
Sei que é possível mudar, porque eu mesma sou prova disso, e também sei que todas somos capazes de o fazer. Não me estou a referir somente ao âmbito profissional, como certamente já entendeu. Refiro-me a tudo. Conheço pessoas que criaram condições para realmente e finalmente serem felizes, e viverem de acordo com aquilo que lhes faz sentido. E essas pessoas são de todas as idades, de todos os níveis sociais. Ter a oportunidade de as acompanhar, é uma enorme honra, acredite.
Refiro-me a pessoas que colocam alguma situação ou circunstância em causa, em determinada altura da vida, e entram em ação, porque essa circunstância está a tornar-se demasiado incómoda. Tão incómoda que chega a começar a “doer”, como dizemos em desenvolvimento pessoal.
A boa notícia é que não é preciso chegar ao ponto de “dor” para se criar a mudança nas nossas vidas. Basta querer (parece simples, mas eu sei que não é, acredite). Deseja considerar algumas sugestões? Aqui estão elas:
1. Defina para onde deseja ir, e depois disso trace uma estratégia para lá chegar. Essa estratégia deverá envolver todos os recursos de que necessita: Tempo, pessoas, dinheiro, vontade, aprendizagens novas… Do que necessita para que a mudança aconteça? Quando é que considera obter estes recursos? O que vai fazer para os conseguir?
2. Recorde a premissa: se queremos resultados diferentes, devemos fazer as coisas de forma diferente. E… devemos também tomar decisões. Muitas vezes as decisões passam por “deixar algo cair” na nossa vida, principalmente aquilo que não nos está a ajudar a caminhar em frente e que por isso também não nos vai ajudar na mudança que desejamos alcançar.
3. Dê pequenos passos de cada vez, e celebre cada pequena conquista. Em qualquer idade ou circunstância, a celebração é fundamental, no sentido de reforçar o nosso “músculo da coragem” e a nossa confiança.
4. Esteja em constante movimento e aprendizagem. Não existe idade limite para aprendermos, certo?
5. Tenha sempre presente na sua mente que a idade não é um impedimento para nada. Pode sim estar implementada em si como uma crença que está a limitar a sua entrada em ação ou tomada de decisão. Conheço empreendedores jovens que construíram empresas milionárias, tal como conheço pessoas com 50 anos que mudaram completamente o seu contexto profissional e/ou pessoal. Basta querer, e entrar em ação, seguindo sempre o nosso coração, as nossas bases, os nossos valores.
Sabe de uma coisa? A capacidade é um estado de espírito. Fica o desafio! Se existe algo na sua vida que deseje mudar, porque não? Estou por aqui, obrigada pela confiança!
Da minha parte, só tenho a acrescentar o seguinte: a mudança aó assusta até à tomada de decisão. Para o caso de dúvidas persistentes, esta canção dos Humanos vai falar diretamente ao teu coração e ajudar-te no processo.
Boa semana!
Viva! ✌️
Conforme prometido, aqui vai o relato do meu encontro imediato com o vírus SARS-CoV-2, publicado estamanhã no portal Balai.cv.
A crónica de hoje é um testemunho pessoal, provavelmente o mais íntimo que já aqui partilhei. Com ela pretendo, mais do que relatar, alertar para a seriedade de uma doença que só quem dela padece(u) é capaz de perceber. Testei positivo ao SARS-CoV-2, que como bem sabemos é o vírus responsável pela covid-19, a pandemia que assola o nosso planeta há mais de 18 meses.
Mais dramático do que testar positivo, foi tê-lo feito no dia em que foi-me administrada a segunda dose da vacina e a menos de 24 horas de embarcar numa aventura há muito ambicionada. Não faço a mais pálida ideia sobre o local ou o momento em que se deu o contágio. O que sei é que, até receber a comunicação do resultado do primeiro teste (antigénio), não apresentava qualquer sintoma.
Agora, volvidos três dias, e com um teste PCR a confirmar o primeiro diagnóstico, é inegável que o vírus adentrou pelo meu organismo e que está a tentar por todos os meios causar o máximo de estragos possível. Sim, porque este vírus, oportunista como qualquer outro, apossa-se dos nossos pontos fracos e usa-os como arma de arremesso. A batalha é desigual, injusta até, mas esta solteira aqui, uma guerreira nata, pretende lutar com todas as suas forças para amparar os golpes e escapar ilesa ao ataque.
A esta altura da infeção, imagino que o meu organismo esteja mais bagunçado do que o Marquês da Sapucaí em noite de folia carioca. Com a presença de duas doses da vacina, mais o vírus em genoma, o meu sistema imunitário deve estar a sambar - e como - para conseguir sobreviver aos próximos dias. O que me vale é que nele deposito todas as minhas esperanças, orando para que não me falhe nesta hora de aflição, agonia, vulnerabilidade e incerteza.
O meu caso não inspira cuidados maiores, ainda que não esteja assintomática. Todos os dias aparece um sintoma novo; por exemplo, enquanto escrevia este texto dei-me conta que que já não tenho paladar nem olfato. Se estivéssemos em 2019, dir se ia que estou com uma (valente) constipação e que poderia retomar a minha vida normal. Em 2021, diz-se que estou "convidada" e que devo cumprir isolamento.
Toda esta situação permite-me tirar algumas ilações, as quais passarei a mencionar. Primeira, a vacina não protege do vírus, o que ela pode fazer é minimizar o seu impacto, motivo pelo qual as autoridade sanitárias insistem que os inoculados devem continuar a cumprir com todas as regras e recomendações. Segunda, quando ficamos infectados, a primeira inquietação que nos assola o espírito é se fomos transmissores. No meu caso, ao que tudo indica, fui uma hospedeira egoísta, que guardou o mal consigo, não o partilhando com ninguém. Ainda bem que assim é, porque seria um desgosto muito grande gerir a responsabilidade de ter dado atraso na vida de outra pessoa. Os meus contactos já foram testados e todos acusaram negativo. A terceira ilação é que com a covid já não tenho eu que preocupar; afinal, para além das duas doses da Pfizer, já carrego comigo os anticorpos do próprio vírus, Como disse uma colega muito querida, fiquei imunizada para o resto da vida.
Como este vírus sofre mutações a uma velocidade estonteante, todo o cuidado é pouco, daí que relembro que esta doença deve ser encarada com a devida seriedade e as recomendações das autoridades competentes levadas à letra, pois nunca sabemos quando será a nossa vez nem como reagirá o nosso organismo.
E assim vai a vida desta solteira, repleta de aventuras, umas boas, outras nem por isso; contudo, todas uma lição de vida. Cuidem-se e cuidem dos vossos, pois o bicho (ainda) anda à solta, e se corrermos ele pega, se ficarmos ele come. Até à próxima!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.