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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!


girl-2217926_1920.jpgViva! ✌️ 

Proponho aquecermos este dia gélido com um novo relato da minha estória com o tal mec francês, a qual conheceu recentemente desenvolvimentos, inesperados, digo de passagem. Como aqui referi, não era suposto ir a França agora em dezembro, à conta das limitações impostas pela atual situação epidemiológica. Tinha, inclusive, cancelado a viagem que comprara semanas antes. No dia em que era suposto viajar, o "finado" gaulês, de quem não tivera sinal de vida desde aquele monumental "passa sabi", ressuscita do esquecimento para saber se eu iria estar em Capbreton nos próximos dias, já que tinha planos de ir lá passar o Natal.

Escuso dizer que ele não precisou de muitos argumentos para convencer-me a comprar passagem, fazer a mala e apanhar a primeira Flixbus disponível, tudo isso em menos de 72 horas. Pudera, aguardavam-me os braços (e outras partes 😉) de quem sabe como ninguém fazer-me feliz, se é que me entendes.
Desembarquei em Bayonne à primeira hora do dia 24 de dezembro, após uma desgastante viagem de 18 horas.

Faço aqui uma pausa para esclarecer que viagens longas de autocarro não é  coisa que me intimide - até porque alternativa para chegar à cidadezinha aonde mora a minha irmã é praticamente inexistente. Contudo, esta custou-me particularmente, não só pela ansiedade em chegar, maior do que o habitual, como pelo facto de a viatura ter operado na lotação máxima. Ainda que esteja longe de sofrer de covid psicológico (entenda-se, paranóia em contrair o vírus), assumo que senti-me muito desconfortável por passar tantas horas fechada num espaço exíguo, sem ventilação, com cerca de 50 pessoas que conheço de lado nenhum. Enfim... lá consegui fintar o perigo e permanecer sã e segura.


Retomando a narração, por força da conjuntura, só consegui estar com o Ben uma única vez (again!), no dia 26 de dezembro. Entre os 40 minutos de carro que nos separavam, os compromissos natalícios, o recolher obrigatório e o encerramento dos hotéis, foi de todo impossível conseguirmos mais do que isso. Assim, só nos restou vestir novamente a pele de adolescente refém das hormonas e fazer uma nova excursão à floresta, no sítio exato da primeira vez que trocamos calores. Só que uma coisa é curtir dentro do carro em pleno mês de agosto e outra bem diferente é repetir a proeza em finais de dezembro, com temperaturas a rondar os zero graus. Imagina tu o cenário, pior, imagina tu os figurantes...

O que importa aqui frisar é que, não obstante as circunstâncias adversas, voltei a tirar a barriga da miséria e desfrutar de uma aventura que de tão bom que é sabe sempre a pouco. E antes que comeces a ver corações a saltarem do ecrã, vou logo esclarecendo que foi mais do mesmo, ou seja, dar o corpo sem entregar o coração. Desta vez ele confessou que está numa relação de mais de quatro anos e que entre nós trata-se apenas de "passa sabi" na clandestinidade. Não havendo objeções da minha parte em relação às regras do jogo, e precisada de um "bom trato", comi, arrotei e agradeci ao universo por esta nova oportunidade para ser feliz, nas circunstâncias que der para ser, sem fitas nem expectativas, tal como deve ser desfrutada a vida.

Por hoje é tudo, voltarei na segunda para nova conversa amiga. Até lá, recebe um caloroso abraço, capaz de ajudar a repor o índice de calor humano, tão em baixo nos últimos tempos. Au revoir!

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06
Jan21

happiness-1866081_1920.jpgViva! ✌️ 

"Saudade", vocábulo tão revelador da alma lusitana, e sem tradução literal em outras línguas, foi eleita (por cerca de 11 mil internautas que participaram numa votação online promovida pela Porto Editora) a "Palavra do Ano" de 2020. Pessoalmente, adoro-a, até porque também nós os cabo-verdianos dela usamos e abusamos, sobretudo para evocarmos aqueles que toda a nossa existência vemos partir em busca de uma vida melhor. Tão bem a imortalizou a nossa diva Cesária Évora na canção Sodade, que a todos toca fundo e aos crioulos desperta uma lágrima no canto do olho.

Analisando a questão numa perspetiva mais espiritual, a palavra que, a meu ver, melhor resume 2020 é "Desimportância". O ano de que nos despedimos há coisa de seis dias deixou claro que tudo aquilo que considerávamos importante, de um dia para o outro (literalmente falando), deixou de o ser. O que era essencial passou a ser secundário, o que era indispensável passou a ser acessório, o que era urgente passou a ser adiável (sine data em muitos casos).

Diante de uma pandemia, global e mortal, tudo o resto, à exceção da vida e da saúde, perdeu importância, tornando-se assim desimportante. Perante a constatação inequívoca de que essas duas coisas são, na verdade, tudo o que realmente importa, as quezílias pessoais, as zangas familiares, os atritos com vizinhos, as disputas com colegas, os desafetos, os desamores e afins ficaram reduzidas à sua insignificância.

Dois mil e vinte serviu, pois, para nos lembrar que o que importa num instante pode passar a desimportar. Pensa nisso toda a vez que te sentires tentada a dar demasiada importância a coisas que, na verdade, nem são. Coisas que, se pensares com verdade e assertividade, vais chegar à conclusão que têm uma desimportância total, quando comparadas com a vida e a saúde.

Aquele abraço amigo e desejos de um ótimo Dia de Reis. Em terras de nuestros hermanos é dia de trocar prendas. Ouvi dizer que em terras soviéticas também acontece o mesmo. Por cá é dia de desmontar a árvore de Natal e encerrar as festividades com bolo-rei e romã.

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04
Jan21

existence.jpgOra viva! ✌️ 

Inauguramos um novo ano, aquele em que desejamos - com mais fervor do que nunca - que seja generoso, bondoso e afetuoso, repleto de saúde, esperança e harmonia. Escuso dizer que estou otimista em relação ao que ele nos trará, mais não seja porque ser pior do que o ano que lhe precedeu será missão (quase) impossível.

Sobre o que nos reservam os astros para este início de ano, ninguém melhor do que a Isabel Soares dos Santos, provedora das previsões energéticas que aqui costumo divulgar no início de cada mês, para nos dizer como vai ser o primeiro mês deste novo ano, regido por uma carta francamente auspiciosa, já que simboliza o início de tudo.

Eis-nos chegados finalmente ao tão aclamado ano de 2021. Muitos de vós desejam retirar o ano de 2020 do calendário, mas espero bem que não o façam. Dois mil e vinte foi o ano do Despertar, aquele que nos ajudou a abrir os olhos e a compreender como tantas coisas estavam erradas, connosco e à nossa volta. Quando aceitamos despertar, assumimos um compromisso com a nossa mudança interior. E a mudança faz-se a cada dia. Com a sabedoria necessária para ultrapassar cada novo desafio.

Espero que tenhas tido a coragem para despertar em 2020; pois se o fizeste, 2021 poderá ser como uma rampa de lançamento que irá ditar os teus próximos 12 anos. Por isso, está nas tuas mãos escolher qual a melhor rampa de lançamento.

Em janeiro somos abençoados com a carta que simboliza a Existência. Temos assim um convite para nos conectarmos com a nossa verdadeira essência, assumirmos quem realmente somos, sem complexos nem medos. A nova era que estamos a iniciar já não aceita falsas demagogias. Estamos a entrar na era do equilíbrio, da igualdade, da sabedoria da palavra escrita e verbalizada. Por isso, durante este mês, aceita o convite que a tua Existência te está a fazer e assume de uma vez por todas a tua verdadeira Existência. Para isso, faz a seguinte reflexão:
. Quem sou quando ninguém está a olhar? Quem sou quando não tenho de me esconder?
. O que me faz rir e dar gargalhadas até doer a barriga?
. Qual é a memória mais antiga que tenho?
Estas simples perguntas vão ajudar-te a viveres a tua verdadeira Existência!

Desejo-te um mês muito abençoado. Que saibas expor a tua Existência e que nunca aceites nada menos que isso.

Abraço de Luz,
Isabel 💖

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