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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Viva!
Conforme prometido, eis-me aqui para partilhar contigo uma crónica do Spirit_Kind, a tal alma nobre que conheci no curso de coaching espiritual. Espero que gostes da sua narrativa e que o ajudes a analisar com coerência e discernimento o que lhe sucedeu.
Chego a casa e a minha mulher pergunta-me como está a correr o curso de software para a minha empresa.
"Excelente", respondo eu. "Dá para aplicar a quase tudo", remato.
Nisto, os olhos dela fixam-se no crachá que trazia ao peito, no qual era perfeitamente visível o meu nome e o da formação.
"Com que então o software chama-se coaching espirtual?"
Ao dizer isso, afasta-se e vai sentar-se no sofá com uma cara... aquela que as mulheres fazem quando… bem, quando apanham os homens a mentir.
Parecia que o seu sorriso tinha mudado de planeta. Partiu-se-me a alma ver aquele esgar triste, que sabia eu ter sido invocado pela minha mentirinha. Nem tive coragem de dizer mais nada; tinha sido apanhado. Ficámos sem trocar palavra durante um bom tempo. Ao retirar-me para o quarto, despeço-me dela, como de habitual. Da sua boca ouço que sou um mentiroso. “Já não confias em mim, por isso escondeste a verdade de mim”, acusa-me ela.
Respondo:"Pensas que não sei que também me mentes para fumar. Não sou o único mentiroso por aqui!"
E fui-me deitar. Antes de dormir, ainda consegui reunir energia e ânimo para fazer a minha meditação noturna de todo o dia, atento ao facto do despertador tocar dali a menos de sete horas. Mais um dia do curso (da discórdia) aguardava por mim. De manhã, em plena prática da minha rotina matinal de todo dia, eis que, de repente, puff, a resposta chega pela via da intuição. Tinha de ir ter com ela e contar toda a verdade. Ela pensava que eu lhe tinha mentido porque não confiava nela. E não era nada disso. A razão do agir do homem raramente é a mulher. No meu caso era mesmo por egoísmo (será que só penso em mim???).
Passo a explicar. Eu sou uma pessoa muito ocupada e quando paguei o curso estava com saldo negativo na conta. Por estar crente de que conseguiria transformar a desmotivação para não ir em motivação para ir, lá consegui arranjar tempo e forma de acrescentar mais alguns dígitos ao já negativo saldo da conta bancária. Nada muito dramático, afinal o que são 100 euros quando comparados com a expectativa de uma transformação na nossa vida?
Para não ter que justificar o rombo financeiro, menos ainda o interesse em frequentar um curso focado no espiritual, lembrei-me de dizer que o curso era de âmbito profissional. E mais, que seria inteiramente custeado pela entidade patronal. Como temos contas bancárias separadas, pensei que ela não daria pela saída do dinheiro. Fixe! Boa desculpa, não fosse o crachá ao peito atestar o contrário. Era minha intuição contar-lhe tudo isso, de preferência ainda antes de sair de casa, por isso às 07h55 lá fui eu ter com ela. "Sabes, tenho de te dizer a verdade". E acabei mesmo por abrir o coração. Feito isso, despeço-me com um: "Tchau, volto às 22 horas". E lá saí porta fora, rumo ao meu curso, que a bem da verdade era o tudo o que me interessava naquele momento.
Ora acontece que este meu "Tchau, volto às 22 horas" não foi uma pérola, já que poderia ser interpretado como um descaso da minha parte, dando azo a que ela se focasse mais no eu ir estar ausente durante um domingo inteiro – ainda para mais num curso de coaching espiritual – do que propriamente no meu pedido de desculpas. Novo problema tinha eu agora para resolver. A meio da formação senti que devia ligar-lhe a perguntar se estava bem, dizer que se me fosse possível voltar atrás teria contado a verdade desde a primeira hora e que me preocupava com a opinião dela.
À tarde, por volta das 16 horas, lá me aventurei a pegar no telemóvel e esclarecer o mal-entendido de uma vez por todas. O desconforto dela pareceu ultrapassado, não sem o previsível "Podias ter dito a verdade. Podes confiar em mim!" Claro que sim! Claro que sei que posso confiar nela e se não o fiz foi porque não quis correr o risco de ser julgado. Assim lá me saí com uma mentirinha, que poderia ter assumido contornos mais sérios, caso não tivesse a esposa que tenho. Logo eu que detesto mentir. Uma mentirinha por mais inocente que seja será sempre uma nódoa no branco pano da verdade. Uma nódoa que se nota logo. Já passou. Está tudo bem.
Gostaria de saber que leitura fazes tu deste meu pequeno drama doméstico: procedi bem, procedeu ela bem, que terias tu feito para "dar a volta" a uma situação destas?
Viva!
O tal curso de coaching espiritual de que te falei no último post foi tão intenso que passei os últimos três dias adoentada; logo eu que raramente padeço de qualquer enfermidade. Não é por acaso que se diz que quando a alma padece, o corpo é que paga. No meu caso particular, pela intensidade dos sintomas pós-cura, a minha alma deveria estar em agonia.
O mal-estar dos últimos dias foi de tal modo que cheguei a temer que a cabeça e a coluna - as partes mais vulneráveis do meu corpo - simplesmente estilhassassem, tal e qual um espelho que já não é capaz de suportar uma brutal e desconhecida pressão interna. Para além disso, tive a garganta completamente tapada e uma dor generalizada por todo o corpo, como se um rolo compressor me tivesse passado por cima. Segunda-feira arrastei-me penosamente até ao trabalho, mas vi-me obrigada a voltar para casa, pois mal conseguia suster-me em pé. Hoje, já me sinto bastante melhor: a pressão na cabeça vai-se esvaíndo, as dores desaparecendo e o peito descomprimindo. O que mais me aflige neste momento é a tosse, que não há forma de me dar trégua.
Apesar de todo este quadro clínico que acabei de descrever, estou muito grata, e orgulhosa, por passar por tal experiência, prova inequívoca de que, através do meu corpo, o meu espírito está a expulsar sentimentos, memórias, bloqueios e vivências que já não fazem sentido continuar cá dentro. Foi uma experiência tão reveladora, tão transformadora, tão impactante, que deixo para contar de viva voz num podcast que divulgarei no momento oportuno.
Entre as inúmeras aprendizagens, que referirei a seu tempo, o curso permitiu-me o privilégio de presenciar acontecimentos absolutamente incríveis. Restabelecer, digerir, analisar, reformatar e ativar uma nova forma de encarar (e viver) a vida são as palavras de ordem neste momento. Mesmo combalida, não tenho qualquer dúvida em reconhecer o quão positivo está sendo este processo de cura espiritual: limpei a alma, alinhei os chacras, conheci pessoas maravilhosas e resgatei uma parte de mim que temia ter-se perdido para sempre. É-me cada vez mais inquestionável que o caminho da felicidade não pode estar dissociado do bem-estar espiritual, a par do físico e do mental.
Voltarei amanhã com o testemunho de um colega do tal curso, nobre alma que, não obstante o limitado tempo de que dispõe, aceitou o meu convite para ser o padrinho deste blog. O ano mal começou e o AS já ganhou um padrasto e um padrinho. Há coisas fantásticas, não há?
Como diz a minha guru espiritual, a iluminada Isabel Soares dos Santos, quando abrimos o espírito à luz, a magia acontece e os sinais surgem a toda a hora, e das mais diversas e inesperadas formas. Só temos que abrir o coração e deixá-la entrar.
Aquele abraço amigo tão nosso, hoje mais sublime do que nunca!
Viva!
Esta semana não te dei muita atenção, tenho consciência disso. Em minha defesa tenho a dizer que sua excelência, a inspiração, não quis nada comigo, por mais que eu tenha tentado que quisesse. Assim, optei por poupar-te de um conteúdo aquém das tuas expectativas. Prometo resgatar a dita cuja nas próximas horas e para isso já tenho em marcha um plano infalível: um curso de coaching espiritual.
Os próximos três dias serão dedicados ao tratamento, polimento e nivelamento do terceiro elemento do meu bem-estar pessoal: o espírito. Uma intensiva maratona de 20 horas, repartidas pelas próximas 54, por mim aguarda. Transformador é o que augura ser este curso ministrado pela minha guru espiritual e provedora das previsões energéticas do AS, a Isabel Soares dos Santos.
Voltarei para a semana com mais novidades e um espírito resplandecente de inspiração, motivação e dedicação. Até lá, deixo-te com aquele abraço amigo e desejos de um fim de semana de muita luz.
Viva!
Estes dias gélidos só nos fazem salivar (ainda) mais pelas férias, de preferência num sítio que envolva sol, praia, areia branca, cocktails, sunset. Soa-te a paraíso? Sabendo que mais mortais partilham de tal sentimento, esta crónica debruça-se sobre ofertas de férias exclusivas para aqueles que como nós andam com o coração desocupado, mas o espírito escancarado a novas experiências.
Atenta ao drama dos desemparelhados em conseguirem ofertas decentes para os seus momentos de lazer - drama esse que eu mesma farto-me de vivenciar -, a Single Travels propõe para este verão duas viagens às Caraíbas, mais precisamente à República Dominicana e ao México. O que estas têm de diferente das inúmeras outras ofertas disponíveis no mercado? São exclusivas a pessoas solteiras; ou seja, foram concebidas à medida das realidades, necessidades e expectativas de quem está leve, livre e solta, quiçá à procura de aconchego amoroso (se é que me faço entender).
A Riviera Maya Singles Week, que já vai na segunda edição, decorrerá de 7 a 15 de junho e inclui visitar praias paradisíacas, ruínas maias, parques temáticos ecológicos, entre outras atrações. Já a sétima edição do Punta Cana Singles Week decorrerá entre 19 e 27 de junho, sendo perfeita para os amantes de praia e ritmos calientes. Ambas as propostas incluem voos diretos de Lisboa, sete noites de alojamento em resorts de cinco estrelas (em regime de tudo incluído), transfers, seguro de viagem, um coordenador para acompanhar o grupo e ainda um programa com atividades exclusivas.
A promotora destas ofertas propõe assim aos solteiros de Portugal uma semana de férias inesquecível, com dias cheios de diversão e convívio na companhia de outras pessoas descomprometidas.
Single mine, lá porque estamos desemparelhadas não quer dizer que não possamos desfrutar de umas férias de sonho. Acaso ainda não tenhas fechado os teus planos para a próxima temporada de dolce fare niente, anota aí estas duas propostas. Eu estou a ponderar seriamente embarcar nessa; afinal, o pior que poderia acontecer seria desfrutar de uma semana num dos mais cobiçados destinos de férias do mundo.
Vais querer ficar fora desta aventura caribenha com sol, praia, cultura e muita animação? Tens até 1 de fevereiro para te decidires.
Aquele abraço amigo!
Viva!
O calendário determina que hoje é o Dia Internacional do Fetiche, Contudo, quem está a fazer um brilharete à custa desta efeméride é a Polícia de Segurança Pública portuguesa, entidade que volta a não deixar os seus créditos comunicacionais por mãos alheias.
Esta manhã, a PSP usou a sua conta do Facebook para uma "atrevida" publicação, que está sendo um sucesso, com 5,2 mil reações, 280 comentários e 731 partilhas em apenas uma hora. "Se perderem a chave... nós podemos ajudar", escreveu junto a esta imagem das algemas... com bastante pêlo.
Single mine, caso queiras "fetichar" nesta sexta-feira, fica registado que a PSP pôs-se à disposição para ajudar... just in case.
Bom fim de semana e um muy caliente Dia Internacional do Fetiche! 😉
Viva!
A solteirice, a principal motivação por detrás da criação deste blog, é um assunto que aqui nunca se esgota, não fosse ela o tópico à volta da qual se justifica a sua existência, pertinência e preferência. Por falar nisso, já te falei das três surpreendentes vantagens associadas a esse estatuto amoroso? Se sim, toca a rever a lição; se não, eis uma boa oportunidade para atualizares a informação.
Como não me canso de referir (e exemplificar), estar desemparelhada acarreta inúmeros benefícios físicos e emocionais, ainda que quase sempre desmerecidos, muito por culpa desta sociedade madrasta para com as mulheres sem um homem do lado. Para hoje escolhi falar-te de três dos mais incontestáveis, mais não seja por terem sido validados pela ciência.
1. Mais saudáveis
A última publicação do American Time Use Survey indica que os solteiros têm maiores probabilidades de viverem mais tempo do que os emparelhados. Esta ideia é reforçada por outras investigações que comprovam que as mulheres solteiras tendem a fazer exercício durante mais tempo e que os homens celibatários tendem a ter um menor IMC (Índice de Massa Corporal). Para além disso, os descomprometidos pesam, em média, menos 2 kg do que os comprometidos.
2. Mais resilientes
Outras investigações indicam que as pessoas solteiras são mais bem-sucedidas quando se trata de superar lesões ou doenças, e igualmente menos propensas a ter problemas emocionais ou físicos, quando comparadas a pessoas casadas ou divorciadas. Um bom exemplo disso é a dos soldados americanos solteiros apresentarem menores probabilidades de stress pós-traumático quando feridos em combate.
3. Mais felizes
Um outro estudo aferiu que os solteiros têm maior propensão em assumir que a sua vida evoluiu. O tempo pessoal extra para explorarem quem são, aquilo que querem e o que lhes faz feliz justificam esta conclusão. Aliás, um dos estudos mais recentes sugere que as mulheres solteiras e sem filhos são o subgrupo mais feliz da população, como já aqui partilhei no post Mulheres solteiras e sem filhos vivem mais e melhor.
Single mine, retém esta informação, que ela há de ser-te útil naqueles momentos de sufoco emocional em que te indagam quando vais casar e/ou procriar. É só citares estas conclusões empíricas que o interrogatório cessará de imediato. Será? Tenho as minhas dúvidas, mas pode ser que te safes.
Aquele abraço amigo!
Viva!
Como anunciado há uns posts atrás, 2020 trouxe ao AS o tão desejado padrasto, aquele que irá assumir a responsabilidade dos discursos dirigidos aos leitores/seguidores do sexo masculino, que, a bem da verdade, representam quase 50% da minha audiência.
Há muito que ansiava poder dividir o protagonismo das publicações com um autor, ficando a cargo deste os conteúdos direcionados aos solteiros e a meu cargo os conteúdos direcionados às solteiras. Assim, partilho a primeira crónica do Mr. Bali, gaiato trintão, ex-solteiro e bom rapaz, que por acaso também tem um blog muito conhecido na praça, cujo nome prefere omitir. Espero que a escrita dele te cative ao ponto de passares a ser leitor assíduo.
Ninguém entra num novo ano sem pensar: "Este ano é que é". Tomam-se resoluções, fazem-se promessas, mas aí a meio de janeiro já ninguém se lembra de nada e tudo volta a ser como dantes.
Muitos solteiros, trintões e quarentões, pensam estar muito bem na vida, e até acredito que se sintam assim, contudo como é que será daqui a uns anos? Quando os de trinta tiverem cinquenta e os de quarenta tiverem sessenta, como serão os últimos anos destes lobos solitários, garanhões e conquistadores por instinto? Colecionadores de nomes nos seus 'black books' e de histórias das suas quecas e engates fáceis e fugazes numa qualquer discoteca a altas horas da noite? Valerá a pena fazer disto vida?
"Live together die alone" é tão simples quanto isso, por isso se queres mesmo ser um homem novo não é com a mudança do ano que isso acontecerá. É com a tua mudança, pois se nada mudares, nada irá mudar na tua vida.
As mulheres não são fáceis de perceber, é certo, mas são fáceis de agradar ou satisfazer. Para primeiro artigo neste blog, escolhi abordar três valiosas dicas de quem já anda nesta vida há uns anitos e já passou por todas as fases que um homem pode (finalmente assentei e não me arrependo de nada):
Tempo
O tempo é fundamental, em tudo e para tudo. Se queres que algo resulte tens de ter e dar tempo, pois só assim perceberás o que vale (ou não) a pena. Menos horas com os amigos, menos jogos de futebol e mais tempo com quem queres conquistar. Vais ver que rapidamente os teus amigos passam a ser os dela, os dela passam a ser os teus e todos ficam a ganhar.
Surpresa
Ao contrário do que possas pensar, as mulheres não querem o nosso dinheiro, as miúdas talvez pensem nisso, mas as mulheres de hoje são decididas e ganham o seu próprio sustento, por isso, financeiramente, não precisam de nós para nada. O que quero dizer é que não precisas gastar ou investir uma fortuna para a cativar. Convida-a para jantar, marca um restaurante e, por favor, no final da refeição, sem que ela se aperceba, paga a conta sem esperar nada em troca.
Persistência
Encara uma conquista como se de uma final da Champions se tratasse. Se sofreres um golo logo ao início não atires a toalha ao chão e vai atrás do empate e quiçá da vitória. Existem muitas mulheres boas, mas muito poucas boas mulheres, por isso é normal existirem vários pretendentes. Vai à luta, como um homem não como um miúdo endiabrado que se acha a última bolacha do pacote. Vais ver que valerá a pena.
Por hoje é tudo. Voltarei em breve com mais papo de homem para homem. Até lá um abraço.
Mr. Bali, o teu novo cúmplice.
Viva!
Este início de ano tem sido de tal modo turbulento, que só hoje consigo um break para te escrever. De forma resumida, porque o assunto desta crónica é suposto ser outro (vai depender da extensão deste preâmbulo), faço aqui um apanhado dos seus melhores momentos:
Regresso a Lisboa
A turbulência começou logo aí, quando perdi a viagem. Acredites ou não, o ticket continha informação desatualizada sobre o local de embarque. Ou seja, fui parar a um sítio quando o autocarro partiu de outro. Como se não bastasse ter passado uma noite ao relento, em França, em janeiro, vi-me obrigada a comprar uma nova viagem (pelo triplo do valor); isso se quisesse estar de volta a tempo de honrar compromissos assumidos. Para além do enorme desgaste financeiro, físico e emocional, aguarda-me uma exaustiva batalha jurídica com a empresa, a qual está a tentar, de forma indecente, eximir-se da culpa pelo sucedido. Aguarda pelo post onde descrevo detalhadamente (mais) este drama na minha vida.
Situação profissional
Como já aqui referi antes, o contrato de trabalho com a minha entidade empregadora terminava no final de 2019. Quando me propuseram renovar, nas mesmas condições, recusei; afinal porque iria querer continuar num emprego em que era a única do meu departamento que ganhava menos (bastante menos), tinha as piores funções, o pior horário e o vínculo mais precário? Como tinha férias marcadas para as duas últimas semanas do ano, fui à minha vidinha na firme convicção de que iniciaria 2020 sem emprego, mas absolutamente livre para me dedicar ao AS e aos demais projetos pessoais e profissionais que tenho vindo a adiar, precisamente por causa desse trabalho. Esta segunda-feira (6 de janeiro), para incredulidade minha, fiquei a saber que passei a efetiva, e com o mesmo horário que as restantes colegas. Para breve está o ajustamento do meu salário. E esta, hein?
Ano novo, casa nova?
Com este volte-face, que me apanhou de surpresa, os meus planos para este início de ano terão que se reajustar às atuais circunstâncias. E um dos ajustes prende-se com a moradia. Depois de ter ficado sem casa no início do ano passado (como te contei neste post), passei os últimos 12 meses da minha existência em situação de alojamento provisório, numa habitação aquém das condições desejáveis no que ao conforto e à dignidade dizem respeito. À luz desta minha nova realidade laboral, a mudança de residência torna-se, portanto, inadiável. Assim, tenho estado a correr atrás de uma casa nova, no centro de Lisboa, cuja renda seja compatível com o meu salário. Como deves imaginar, será uma missão quase impossível, da qual espero sair vitoriosa.
Outro projeto literário
Há mais de um ano que tenho vindo a alinhavar um projeto literário, desta vez a solo, à volta da cultura cabo-verdiana. À custa da falta de tempo (e de empenho, confesso), os meses foram passando, sem que eu conseguisse dar-lhe corpo. Ao que tudo indica, ele nascerá este ano, provavelmente no segundo semestre. O projeto já foi "comprado" por uma editora, pelo que agora não tenho como não fazer para torná-lo realidade. Árdua tarefa se avizinha: muito trabalho de campo, imensa recolha de informação, inúmeras portas para bater, enorme pedra para lapidar, vários negas para ouvir e tudo o mais. Ou seja, uma grande quantidade de sangue, suor e lágrimas terei eu que dispender nos próximos meses. Só mesmo a antevisão da tal luz ao fundo do túnel para me ajudar a preservar a fé, o foco e a motivação necessários para levar a cabo tal desafio. Toda vez que se justificar (que o segredo continua a ser a chave do sucesso), far te ei um ponto da situação sobre este assunto.
Vida social reabilitada
Assumidamente comprometida com Os meus votos para 2020, sobretudo aqueles que dizem respeito à interação com outros humanoides, o ano começa com uma agitada na minha há muito moribunda agenda social. Este sábado, para além de marcar presença num evento literário, vou ao jantar do tal Grupo Livres para Amar, do qual te falei há uns mesitos. Vamos ver no que vai dar.
Como temia, já não tenho mais "tempo de antena" para abordar o tema que tinha definido para hoje: dicas para atrair sorte, prosperidade e abundância. Fica para a próxima. Um abraço amigo e continuação de bom ano.
Estamos juntos!
Viva!
Para este 2020, que se augura estrondoso a todos os níveis, sequer dei-me ao trabalho de elaborar a tradicional lista de resoluções. Tão somente, registei os meus votos, assumidos às primeiras badaladas do ano, no momento em que punha em prática a tradição de comer uma dúzia de passas correspondendo cada uma delas a um desejo que gostaria de ver realizado nos próximos 12 meses.
Esses votos, os quais encaro como objetivos e não meros desejos, são para serem escrupulosamente cumpridos. Exceto um, relacionado com coração, mais concretamente com a minha paixão crónica aguda pelo tal rapaz lá do ginásio, de quem aqui tenho falado várias vezes.
Embalada pelo otimismo típico do primeiro dia do ano, autoinjetei-me de uma coragem algures perdida no decorrer da minha solteirice de longa duração, e enviei-lhe uma mensagem, nestes termos: "Olá. Que 2020 nos proporcione boas vibrações, novos ares e esperanças renovadas. Feliz Ano Novo!" Que ele leu a mensagem sei eu; que sequer dignou-se a responder (nem que fosse por uma questão de cortesia, para não falar de educação) ficas tu a saber agora. O mesmo já tinha acontecido há cerca de dois meses quando lhe felicitei por mais um ano de vida. Na altura, tal como agora, o dito cujo não reagiu, nem mesmo com um emoji.
Sem margem para uma interpretação dúbia, um dos meus votos para este novo ano - ter uma chance com o dito fulano - sofreu uma baixa logo no dia 1. Sem argumentos capazes de debelar a indiferença, o desprezo e o descaso da dita criatura para com a minha pessoa, não me ocorreu outra solução que não fosse cortar todo e qualquer meio de contacto, ainda que virtual. Trocando por miúdos, deixei de o seguir nas redes sociais e eliminei todas as suas imagens dos meus ficheiros.
À espera de um milagre tenho estado eu nestes últimos cinco anos da minha vida, hoje reconheço. Romantica e ingenuamente esperei este tempo todo que, como se de um passe de mágica se tratasse, ele (finalmente) reparasse em mim e me considerasse digna do seu interesse. Qual quê? Já lá vão mais de 1 800 dias e dele obtive rigorosamente nada.
Recusando comprometer a minha felicidade por mais um minuto sequer, decidi que é, pois, mais do que hora de seguir em frente e dar por arquivado este dossier da minha vida amorosa. É hora de esvaziar o coração desse sentimento não correspondido e dar oportunidade a novas emoções por outras pessoas, quiçá mais merecedoras do meu afeto. Afinal, para que o novo possa entrar é imperativo que o velho lhe ceda o lugar. Assim acontece com os calendários, os relacionamentos, os sentimentos, os projetos, as ideias e as performances.
Confesso que em mais de duas décadas de vida amorosa, jamais me deparei com um par de calças tão inalcançável, tão inabalável, tão imprescritível, tão inexpugnável. Estou em crer que ser me ia bem mais fácil aceder ao Fort Knox do que a esse fulano.
É num misto de frustração e resignação que aqui abro o coração: cansei de esperar, cansei de suspirar, cansei de sonhar acordada, cansei de delirar, cansei de autoalimentar a esperança, cansei de hipotecar a felicidade em nome de um amor inequivocamente não correspondido. Cansei de amar pelos dois, é isso!
Nestes 364 dias que ainda tenho pela frente faço tenções de seguir em frente de peito aberto, coração livre e cabeça erguida. Faço tenções de me permitir dar uma nova oportunidade ao amor, sem estar constantemente a pensar que isso me afastaria (ainda mais) daquele a quem, sem ter a mínima ideia de como, entreguei o coração numa gélida noite de janeiro de 2015.
Através daquele abraço amigo tão nosso, faço-te chegar os meus mais sinceros votos de um 2020 transbordante de afeto, saúde, alegria, sucesso e felicidade. Estamos juntos e misturados!
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