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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!


31
Out19

O amor nos tempos de "entas"

por Sara Sarowsky

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Viva!

Às portas de um fim de semana prolongado – o primeiro de há muito – e comigo ainda a rescaldar da segunda nomeação consecutiva para melhor blog do ano, a crónica de hoje resulta de uma compilação de alguns posts do TheDailyMan, recém-chegado à comunidade Sapo Blogs e cuja escrita cativou-me ao ponto de considerar que também tu gostarias de tomar conhecimento.

O que é o amor, porque sofremos nas relações, como recomeçar depois de uma desilusão amorosa e o drama de amar depois de certa idade são algumas questões que o colega desnuda no seu blog. Para que possas entender melhor o que estou para aqui a escrever, deixo-te com algumas passagens dos seus posts.

Talvez porque nos últimos anos tive duas relações falhadas e isso me tenha afetado de tal forma que me leve a falar disso. Relações na minha idade, nos entas, e com filhos, são uma tragicomédia! Quando estamos numa altura da nossa vida em que pensamos que já vivemos quase tudo que havia numa relação, eis que chega o momento de começar uma relação nos entas.

Voltar a ter uma relação é, por si só, uma aventura! O interesse na pessoa, o abordar, o conquistar, as borboletas, os jantares, as velas, os presentes, as borboletas (sim, outra vez), as conversas, as séries, o sofá, a cama, o chão, o amor... ai o amor... foda-se! Estou a falar em amar de novo, não em sexo de novo! O sexo não magoa, só dá prazer. Amar de novo é que é fodido! Amar de novo alguém com filhos é duplamente fodido!! Não quero que me interpretem mal mas falo por mim e das minhas experiências. Só quem amou alguém com filhos é que sente isso... se não sente então quero dar-lhe os parabéns porque é a pessoa mais sortuda do mundo... ou então expliquem-me como é possível!

Quando é que começamos a amar alguém? É difícil responder a esta pergunta pois todos temos formas diferentes de amar. Uns podem amar em semanas, já outros demoram meses. E também é difícil perceber o que é o amor. Já muitos o tentaram defini-lo, mas o certo é que não há definição possível para amor, pois, para mim, definir algo é pôr barreiras, limites, e amor é um sentimento cabal, intenso, sem inicio ou fim que nos tolda a visão e nos torna irracionais. Amar é um processo lento, contínuo, que se vai entranhando aos poucos até que, quando menos se espera, já cá está. Pelo menos para mim foi sempre assim.

Amei poucas mulheres na minha vida, e apesar de terem inícios diferentes, o certo é que havia um denominador comum em todas: as borboletas estavam lá, assim como o carinho, o amor, o companheirismo, o afeto. E começar uma relação a meio da nossa vida não é, definitivamente, a coisa mais fácil do mundo, principalmente quando a nossa cara-metade não está sozinha. E se no inico são tudo borboletas a fluir, com o tempo vêm os dumbos. É normal que o tempo nos traga a realidade, dura e crua, e com isso venha alguma racionalidade que entretanto perdemos com as tais borboletas. Se no início fazemos um esforço para agradar quem está ao nosso lado, muitas vezes de forma inconsciente, com o tempo vamos lentamente ao centro da nossa personalidade e ao verdadeiro eu. Esse hiato pode demorar semanas ou mesmo meses, mas o certo é que ele aparece. E se entretanto continuarmos felizes, então temos tudo para que a relação dure e o amor se fortaleça. O problema é quando nos apercebemos que afinal as coisas não são como nós pensávamos ou idealizávamos. Quando vemos que afinal os pontos de discórdia começam a ser muitos e as discussões passam a ser rotina. Quando sentimos, com o tempo, que afinal não somos verdadeiramente felizes com a pessoa ao nosso lado ou o que recebemos não é, de todo, aquilo que esperamos! Gestão de expectativas?! Não sei ainda bem, sinceramente, mas acredito cada vez mais nisso!

Single mine
, que achaste destas notas íntimas de um solteiro de curta duração na casa dos quarenta? Espero que te tenham posto a refletir tanto como a mim. Amar não é fácil, falar de amor ainda menos; daí que me fascine tanto ler o que os outros escrevem sobre o assunto.


Termino com um sentido obrigado ao TheDailyMan por ter permitido que eu "exportasse" os seus conteúdos para aqui. A ti, aquele abraço amigo de sempre e desejos de um Halloween recheado de doces e travessuras, mais travessuras que doces, de preferência.

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30
Out19

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Viva!

O dia arranca com o anúncio oficial da nomeação do Ainda Solteira para melhor blog do ano, na categoria Sexo e Diário Íntimo.

Oportunamente, passarei todas as coordenadas sobre como votar. Para já vou celebrar este momento e começar a delinear a estratégia para a campanha eleitoral, que se espera que seja renhida, assertiva e honesta.


Aos que depositaram, ou reforçaram, a sua confiança neste blog, (re)nomeando-o para melhor do ano, um sentido obrigado. Espero que tenham a perfeita noção de que a vocês devo cada conquista, cada realização, cada celebração.

Aquele abraço de sempre, hoje mais amigo ainda!

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28
Out19

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Viva!

Numa busca frenética por um tema inspirador para este post, lá me lembrei de espreitar os rascunhos que vou atirando para os bastidores do AS, à medida que vou sendo acometida por espasmos epifânicos. Foi assim que acabei por resgatar um artigo do Público sobre as selfies, datado de 18 de setembro deste ano. Por se tratar de um assunto atual e pertinente, logo digno do nosso olhar acutilante, eis-me aqui a desafiar-te para um tête-à-tête sobre o fenómeno do autorretrato digital.

Para começo de conversa, não é de hoje que ouvimos, aqui e acolá, que por detrás de muito selfie existe um perfil narcisista, carente e pouco confiante. Verdade seja dita, quem de nós não possui no seu círculo de amizade virtual alguém cujo perfil corresponde na perfeição a esta descrição? Dado que a selfiemania parece ter vindo para ficar – se bem que já tenha visto dias melhores – proponho dissecá-lo comme il faut. Afinal, a ela ninguém sai ileso.

Publicar muitas selfies nas redes sociais leva os fotografados a parecerem mais egocêntricos, inseguros, menos bem-sucedidos, menos simpáticos e menos abertos a novas experiências. Especialmente se essas fotografias intentam evidenciar certas partes da sua anatomia. Por outro lado, publicar fotografias tiradas por outros, posies, está associado a uma maior autoestima e espírito aventureiro. Pelo menos é esta a conclusão de um estudo publicado recentemente no Journal of Research in Personality.

"Mesmo quando duas contas tinham conteúdos semelhantes, os sentimentos dos outros sobre a pessoa que publicava mais selfies eram mais negativos", resume o professor de psicologia Chris Barry, da Universidade do Estado de Washington, na apresentação dos resultados de uma pesquisa que comparou a forma como as pessoas são percecionadas com base no tipo de fotografias que publicam no Instagram. "É a prova de que, independentemente do contexto, há certas dicas virtuais que podem desencadear respostas positivas ou negativas nas redes sociais."

A experiência académica notou também que todos os utilizadores que publicavam fotografias para acentuar alguma caraterística física eram considerados egocêntricos. Nos casos das selfies foram ainda considerados solitários, maus amigos, pouco empáticos para com outros e pouco dispostos a vivenciar novas experiências.

Muito se tem escrito e discutido sobre a cultura selfie estar na raiz de uma geração mais narcisista do que nunca, exposta a novos meios onde o "eu" está acima de tudo e todos. "Estamos cada vez mais acostumados a pessoas vaidosas e posers que não têm mais nada a oferecer que não elas próprias e a sua necessidade de estar numa plataforma pública", considera Jeffrey Kluger, escritor sénior da Time, revista que em 2013 dedicou uma das suas edições à The Me Me Me Generation, onde na capa vinha estampada que "os millennials são narcisistas preguiçosos e egocêntricos que ainda vivem com os pais".

Segundo o jornalista que assina o artigo, "mais do que o narcisismo, os millennials são famosos pelo efeito dele: agir como se o mundo lhes devesse alguma coisa. Não só têm falta de empatia para se sentirem preocupados com os outros, como têm dificuldade em perceber o ponto de vista das outras pessoas, afinal cresceram a ver reality shows, que na sua maioria são documentários sobre o narcisismo", remata Joel Stein.

Se és da safra 1980-2000, mas não te identificas no acima descrito, tens mais do que motivos para te sentires afrontada com tais afirmações. Pudera, não são nada benevolentes, ainda que tenham o seu quinhão de verdade.

Por não fazer parte dessa turma da igualmente apelidada pela sociologia de Geração Y, sinto-me perfeitamente à vontade para mandar este bitaite: independentemente da faixa etária, da classe social ou do traço de personalidade, é incontestável que o mundo anda precisado de mais criaturas desconectadas do virtual, logo conectadas com o real; a sociedade precisada de mais pessoas focadas no outro, logo menos no "em si mesmo"; e nós humanos absolutamente ávidos por menos "me" e mais "we".

Dado que está o recado, dou por concluído este artigo, não sem antes deixar-te com aquele abraço amigo de sempre. Voltarei na quarta!

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25
Out19

Porque ando desaparecida?

por Sara Sarowsky

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Viva!

Se és seguidor assíduo do AS, deves ter reparado que há dias que não dou as caras por aqui, muito menos pelas redes sociais. E provavelmente, deves ter questionado sobre o motivo por detrás deste meu súbito sumiço. Infelizmente, aconteceu-me um pequeno, mas nem por isso menos grave, acidente de percurso que me deixou fisica e psiquicamente abalada, ao ponto de ter perdido o ânimo para tudo, inclusive postar.

Com a inspiração ainda um tanto ou quanto debilitada, eis a versão resumida do sucedido: na passada quinta-feira fiz, pela primeira vez, depilação a laser díodo nas pernas. A sessão não correu nada bem, pelo contrário! Fiquei com queimaduras gravíssimas em ambas, como poderás ver pelas imagens. Nunca tinha passado por nada assim e ainda não tive conhecimento de quem tenha tido, pelo menos com esta proporção.

Nos primeiros dias foi uma tortura sentir a carne a churrascar por dentro e aquele ardor insuportável que só me fazia querer arrancar a pele de uma vez por todas. Depois de duas estadas no hospital, camadas e camadas de pomadas, dores atrozes e muitas lágrimas, tudo leva a crer que está ultrapassada a fase mais crítica. A prioridade agora é tratar das feridas, de modo a sararem, para depois passar à fase da regeneração da derme.

Neste momento o que me preocupa verdadeiramente é a probabilidade (bastante elevada) de ficar com marcas definitivas. Tenho estado a invocar todos os santos, anjos e arcanjos para que tal não se concretize, pois já tenho um complexo terrível dos meus membros inferiores por causa das estrias, nem quero imaginar se agora tiver de lidar com mais estas cicatrizes. Torce por mim, que ando precisada de boas vibrações.

Agora que as dores cessaram é a comichão que não me dá tréguas. Porque a pele não tolera que nada se lhe toque, não fazes ideia do frio com que tenho levado nos últimos dias. Isto porque tenho estado a usar apenas roupas fluídas, aliadas na hora de se manterem apartadas das feridas, mas inimigas na hora de nos proteger das temperaturas mais baixas. É, single mine, esta solteira aqui anda com o estado de espírito mais raso que bandeja de cantina escolar.

Até para a semana, que por hoje é tudo. Fica bem com aquele abraço amigo tão nosso.

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vegan-1091086_960_720.jpgViva!

Como prometido, eis-me aqui com a tal crónica sobre vegansexualidade, aquela que deveria ter ido para o ar na sexta-feira não fosse eu andar a meter o bedelho em conversa alheia.

Um artigo da Visão, datado de 13 de outubro, mas que só recentemente me chegou à vista, deu-me a conhecer uma nova designação sexual: vegansexual. Quanto a ti não sei, mas eu nunca tinha ouvido falar dessa coisa dos vegans só "sexarem" entre si. Ah pois é, ela não só já é uma realidade vincada em vários praticantes da dieta zero consumo de origem animal, como se prevê que no futuro exista em maior número.

A investigadora Annie Potts, a propósito de um estudo sobre consumo livre de crueldade na Nova Zelândia, deparou-se com tantos vegans que se assumiram incapazes de ter relações íntimas com carníveros que não hesitou em inventar o termo "vegansexuais".

Entre os 157 participantes no referido estudo (120 dos quais pertencentes ao sexo feminino), a maioria (63%) afirmou que tinha ou desejava ter um parceiro que também estivesse comprometido com a causa veggie. Uma de 21 anos admitiu mesmo estar a considerar deixar o namorado por este não partilhar do seu ponto de vista. Outra vai mais longe, afirmando que "não gostaria de ter intimidade com alguém cujo corpo é literalmente feito de corpos de outros seres que morreram para o sustentar". Segundo ela, "mesmo que achasse a pessoa muito atraente, não ia gostar de se aproximar dela se o seu corpo fosse derivado de carne".

Se para um fumador beijar quem fume é como lamber um cinzeiro, para um vegan o corpo de quem ingere carne é perfeitamente equiparável a um cemitério, já que no seu entender "os corpos das pessoas que não são vegan têm um cheiro diferente". É caso para nos perguntarmos se, entre os benefícios da dieta vegan, consta olfato ultrassensitivo.

Uma outra entrevistada confessou não cogitar a hipótese de beijar lábios que "permitem que pedaços de animais mortos passem entre eles". Para esta senhora de 49 anos, trata-se, mais do que uma questão de gosto pessoal, de ética sexual. Que dizer depois disto, pergunto-me eu a esta altura da escrita?

Não é de hoje que se fala na ascensão do número de vegans que procuram outros vegans para se relacionar, seja para amizades a preto&branco ou a cores. Uma realidade confirmada recentemente por uma empresa que organiza "speed dates" há cerca de 17 anos, em terras de sua majestade. De acordo com uma sondagem da SpeedDater, 56% dos vegetarianos e vegans dispensem conhecer um comedor de carne.

Ao ponto que isto chegou. Para além da idade, da altura, da cor da pele, do formato do corpo, da tonalidade dos olhos, do tom dos cabelos, etc., etc., etc., agora acrescenta-se um novo critério de seleção (ou exclusão) no campo sexual: tipo de dieta alimentar. Do tipo: "Olá, eu sou vegansexual. Como não como carne, também não "como" quem come carne. Se for esse o teu caso, baza daqui que só de olhar para ti faz-me lembrar um cemitério. Metes-me nojo!"

Por hoje é tudo, voltarei na quarta para mais um bate-papo só nosso. Até lá aquele abraço amigo e desejos de uma semana recheada de sexualidade, seja ela vegan ou não!

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18
Out19

freedom-4503959_960_720.jpgViva!

O artigo sobre vegansexualidade (que já agora vai ter que ficar para segunda-feira) estava quase concluído quando "pausei" para o almoço. Nessa hora e meia – gasta entre uma ida ao correio, uma visita à loja favorita dos meus cachitos e uma esplanada onde degustei a minha pizza di gamberi con tonno – aconteceu algo que mudou por completo o rumo da crónica que tinha prevista para hoje.

Enquanto aguardava pela comida, sentaram-se ao meu lado dois homens, na casa dos 30, que encetaram uma amena cavaqueira em inglês. Vendo ali uma excelente oportunidade para testar a minha escuta do idioma, afinal tenho que pôr em prática os conhecimentos que tenho vindo a adquirir no curso de nível intermédio que estou a tirar, estive particularmente atenta ao desenrolar dessa conversa alheia. 

Em meu abono tenho a dizer que eles é que vieram sentar-se na mesa contígua à minha, quando havia outras disponíveis; sem falar que, estando sozinha, tinha que me entreter com alguma coisa.

Um deles, português, com um inglês quase tão precário como o meu, contou que divorciou-se o ano passado, após um casamento de dez anos. Pelo que confidenciou, foram vários os motivos por detrás da separação: o desgaste de uma relação de mais de 15 anos, o nascimento da filha e as próprias mudanças pessoais. Para rematar o chorrilho, lá argumenta ele que as mulheres são doidas. Ou ouvir isso quase que me esqueço da minha condição de ouvinte clandestina, tamanho o meu desejo em espetar-lhe um garfo na língua. Só consegui refrear esse ímpeto assassino quando me lembrei que, de facto, nós as mulheres somos crazy


O que me leva a escrever-te não é tanto o discurso desse desinfeliz, mas antes a intervenção do seu acompanhante, residente na Polónia, mas cuja fisionomia e pronúncia remetem para sudoeste asiático. Em resposta ao desabafo do outro, diz ele o seguinte: "I’m single because I like to be free". Ao ouvir tal declaração, que tem tanto de verdade como de alarmante, não pude deixar de refletir sobre o que levará um jovem a encarar o casamento como uma prisão. E sabemos nós que ele não é caso único; pelo contrário.

É certo que não sou casada, sequer juntei alguma vez os trapinhos, mas custa-me acreditar que o matrimónio seja isso. Eu, pelo menos, não o consigo encarar dessa forma. Para mim, o matrimónio é para ser visto – e sentido – como uma união de dois corações que se amam, de duas almas que se reconhecem, de duas pessoas que se querem bem, em última estância, de dois indivíduos dispostos a percorrer um caminho de sentido único, ainda que com duas vias. [Desculpa lá a analogia com o código da estrada, mas agora que estou a tirar a carta não quero perder uma única oportunidade para rever a matéria.] 

É o que eu penso, sinto e acredito. Provavelmente, deve ser essa a razão pela qual sou (ainda) solteira. Com essa reflexão, deixo-te com aquele abraço amigo de sempre e desejos de um excelente fim de semana.

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16
Out19

Sapos do Ano: here we go again

por Sara Sarowsky

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Viva!
 
Em relação aos Sapos do Ano, iniciativa que destingiu o Ainda Solteira (AS) como melhor blog de sexualidade do ano 2018, a lista dos finalistas à edição 2019 está para ser conhecida a qualquer momento. Enquanto isso não acontece a organização vai conversando com cada um dos finalistas do ano passado.
 
Assim, ontem foi a vez do AS ser apresentado aos leitores do portal, nestes termos: "Tem a missão de desencardir mentalidades, num mundo completamente sujo e fechado. Diz querer provar que estar solteira é tão bom (ou melhor!) do que não estar. Eu daria uma oportunidade para ler Ainda Solteira e vocês?"

Presumindo que tu também lhe vais dar uma oportunidade, deixo-te com a versão integral do post:
 
Sapos do Ano: here we go again
Prestes a arrancar está uma nova edição dos Sapos do Ano, iniciativa que visa distinguir os melhores blogs do Sapo. Para tal, é preciso passar pelo crivo dos internautas, únicos responsáveis pela escolha dos finalistas, agrupados em 14 categorias: culinária e nutrição; desporto; família; educação; lifestyle, moda e beleza; poupança; fotografia; viagem; opinião; humor; livros; sexo e diário íntimo; animais; e generalista.
 
De acordo com Magda&David, os "culpados" por esta magnífica empreitada, os Sapos do Ano continuam fiel à sua essência, ou seja, destituída de intenções comerciais e/ou promocionais. Trocado por miúdos, isto quer dizer que o que move esta dupla é o desejo de contribuir para o reconhecimento de blogs anónimos alojados nesse portal.
 
Tendo sido uma das vencedoras na edição anterior, na categoria sexualidade, acredito reunir as condições desejáveis para ultrapassar com êxito esta primeira eliminatória. Assim, eis-me aqui a tentar vender o meu peixe com o olho fixo numa segunda distinção.
 
Este ano, a organização resolveu alterar o nome da categoria para sexo e diário íntimo, dando assim um cunho mais intimista, e pessoal, à temática. Confesso que adorei esta novidade, pois o Ainda Solteira (AS) identifica-se bem mais com esta nova designação.
 
Um espaço de partilha de informações, experiências, confidências, angústias e estórias à volta do tema solteirice, o AS, de modo mais ou menos acutilante, tenta com as suas publicações desmistificar e desconstruir a velha máxima de que uma solteira é uma mulher solitária, infeliz ou defeituosa.
 
Porque a solteirice ainda incomoda, é missão principal deste blog desencardir mentalidades, no sentido de provar que uma solteira pode ser tão ou mais feliz que uma emparelhada.
 
É por tudo isso – e mais alguns motivos que irás descobrir depois de o conheceres melhor – que o Ainda Solteira pede que lhe dês uma oportunidade, votando nele para melhor blog do Sapo na categoria Sexo e Diário Íntimo.

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14
Out19

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Viva!

Estou para escrever sobre isto já faz algum tempo, só que entre um post e outro acabei sempre por protelar o assunto. Até que decidi que de hoje não passa. Assim, eis-me aqui para te apresentar o Livres para Amar, um grupo do Facebook no qual me alistei há uns mesitos, quatro para ser mais exata. 

Criado, gerido e moderado pel'A Gaja, uma solteira empedernida cujas aventuras e desventuras amorosas acompanho através das redes sociais, é propósito desse fórum privado "permitir que pessoas solteiras se conheçam e interajam". Assim, demanda a sua mentora que a prioridade das publicações seja dada a posts com perfis, apresentações, temas ou questões diretas.


Não obstante tratar-se de um grupo exclusivo a pessoas disponíveis e livres para amar – solteiras, para quem tem dificuldade em entender a língua de Camões – o bando do chico esperto tem-se por lá infiltrado sempre que possível. Em relação a esses penetras (entenda-se casados e/ou num relacionamento), os membros que os denunciem com vista à sua imediata expulsão de uma comunidade que não é a sua. Nem poderia ser.

Faço aqui uma pausa para deixar um recado a essa malta emparelhada incapaz de perder uma oportunidade para dar uma ciscada em galinheiro alheio: "Tomem vergonha na cara e parem com essa obsessão em estarem precisamente onde não é suposto estarem. Escolhem emparelhar e depois querem fazer vida de leve, livre e solto, como se de facto assim o fossem? O vosso problema não é fome mas gula, não é falta mas gana, não é carência mas promiscuidade. Se estão infelizes, epa, livrem-se da trela e façam-se à estrada da vida. Agora permanecer "busy" e "online" ao mesmo tempo é que não. Isso é imoral, indecente, inconcebível, desleal e imperdoável. Tratem de procurar quem vos ajude a lidar com essa síndrome de engate compulsivo!

Voltando a grupo de que falava há pouco, no que toca ao conteúdo que por lá circula, não obstante a apertada supervisão d’A Gaja, convém saber separar o trigo do joio, pois, como em tudo na vida, há tanto do melhor como do piorio. Volta e meia somos compensados com textos deveras cativantes, como este, por exemplo, cujo autor deu-me permissão para aqui partilhar:

O grupo 'Livres para Amar' não é, nem pode ser visto, como um grupo de desesperados anónimos (por ser fechado) que se lamentam diariamente de não terem uma mulher ou homem com quem partilhar o seu dia a dia.
Quantos de nós aqui estamos solteiros ou divorciados por opção? Não tenho dúvidas que ainda sejamos alguns…
Façam uma experiência: andem pela rua, durante uma hora que seja, e vejam qual a percentagem de casais que vos parecem felizes? Já para não falar em descontar aqueles que se esforçam para transmitir uma união feliz em público, quando em privado…
Façam outra experiência: olhem para a vossa família e verifiquem em quantos casamentos ainda existe cumplicidade entre o casal. Quantas vezes não ouviram: "Foi o homem que escolhi e é esta a minha cruz" ou "Tenho de dar comer a quem tem fome, se não ele procura fora" ou "Fulano ou sicrano vai-se separar. Ai o falatório que vai ser."
Resumindo e indo diretamente à "ferida", conto pelos dedos os namoros/casamentos em que me revejo, que não sejam mais que uma imposição social, só porque: "ah e tal, Maria já estás a caminho dos 30/40 anos. Não achas que está na altura de arranjares alguém?!"
Só a palavra "arranjar" já me faz vomitar.
Na mesma ótica, tenho lido por aqui, e por mais que uma vez, a expressão "encalhada". Considero essa palavra muito infeliz; parece que a maioria dos casais com quem conviveis amiúde e que "desencalharam" são mais felizes que vós, só por viverem na mesma casa (sim, porque muitas vezes é a única partilha que fazem).
Atenção: isto não quer dizer que um verdadeiro amor, alimentado continuamente e incondicionalmente, não seja bem melhor que estar sozinho… Disso também não tenho dúvidas, já amei uma (única) vez e sei como é magnífico. Agora, não façam do ser "solteiro" ou "divorciado" um drama, porque acreditem que somos bem mais felizes que muitos casais. E se não encontrarmos novamente o amor, qual o problema? Vamos casar com a amiga de um amigo que também está "encalhada" só para "português ver"?
Caramba, se encontrarem alguém que vos faça fervilhar por dentro e sentirem que é recíproco não hesitem em arriscar, independentemente do vosso passado. Mas se não encontrarem qual é o mal? Ainda não se paga multa, pessoal 😌
Desculpem a frontalidade, mas considerei importante falar sobre isto.

Como sabe bem ler este tipo de texto, uma verdadeira ode ao nosso estado civil. Termino com esta prece: mais respeito e menos depreciação, que a solteirice não é nenhum cancro social, pelo contrário!

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Ora viva!

Single mine, acaso já ouviste falar do Match 74, a primeira agência de relacionamentos em Portugal, que foi apresentada esta quarta-feira? À conta deste blog, e provavelmente na expectativa de uma divulgação a custo zero, recebi em primeira mão a dica sobre a sua apresentação. 

Mal a recebi, acometida de uma enorme curiosidade, desatei a disparar cliques em busca de mais informações sobre este novo conceito de emparelhamento amoroso em terras lusas. Infelizmente, até à data, só me foi possível atinar com duas fontes: o site da própria agência e um artigo do Público. Portanto, esta crónica assenta em dados recolhidos por via destas duas entidades.

Na minha busca, até tive direito a um ebook gratuito sobre os erros a não serem cometidos no primeiro encontro. Sobre isso falarei noutra altura que o assunto hoje é outro. Falemos então do Match74, uma empreitada do Eduardo Torgal, o coach de relacionamentos que fez parte da equipa de profissionais que acompanhava os concorrentes de Casados à Primeira Vista. Yep, esse mesmo!


"Sem jogos, sem máquinas a testar relações. Aqui não há algoritmos, fotos falsas ou encontros frustrantes. Dedicado a pessoas reais, que querem relações reais", assim se define a agência na sua homepage, assumindo a transparência, o profissionalismo, a confidencialidade e a discrição como os valores pilares da sua estratégia comercial.

Absolutamente consciente da existência de tantos – demasiados até – corações solitários, o Match74 ambiciona fazer a diferença, desempenhando o papel de um cupido real, sério e competente. Como, deverás estar tu a perguntar? Oferecendo aquilo que as apps e sites de encontro não conseguem: proximidade, familiaridade e conectividade com os clientes. Nas palavras do seu mentor, a missão "é juntar pessoas. Ninguém é um número ou apenas um nome. Nós conhecemos a história da pessoa. Queremos ter sempre essa proximidade com os nossos clientes e queremos que as pessoas que não estão confortáveis no Tinder sejam nossas clientes".

Almejando promover relações sérias e duradouras, o especialista em relacionamentos não se inibe em reconhecer que o público-alvo da agência é essencialmente aquele que deseja – e está preparado para – ter uma relação pra valer. Se for para andar na "caranganhada" (expressão típica da minha terra que significa safadice) que façam bom uso dos Tinders da vida, lê-se nas entrelinhas.

Sobre os valores cobrados pelos serviços prestados, só se sabe, para já, que o Love Card, a primeira fase após a entrevista inicial, tem um custo de 140 euros. Daí para a frente, será preço sob consulta, o que é uma forma sutil de dizer que não será para todas as carteiras. Para a minha com certeza que não.

Pelos vistos, ainda não é desta que vou recorrer aos serviços personalizados de um provedor de amor profissional. Só me resta então continuar a aguardar por algum outro casamenteiro certificado mais à medida das minhas possibilidades, uma coisa assim mais low coast, se é que me entendes. Enquanto isso vou postando, cuscando, curtindo a minha solteirice e sendo feliz do jeito que dá.

Aquele abraço amigo e desejos de um ótimo fim de semana!

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09
Out19

À procura do Amor

por Sara Sarowsky

61D5F7AC-E09D-466D-A24E-C7B5AFFFC212.pngViva!

Para tudo que hoje trago uma novidade bombástica, algo que vai revolucionar o atual panorama da procura de amor em Portugal. Qual Tinder qual quê, a resposta às preces da comunidade desemparelhada está na revista Ana, mais concretamente na sua secção de classificados, intitulada À procura do Amor.

 
O nome por si só já nos deixa com as orelhas em pé, mas os anúncios que lá constam deixam-nos com os olhos em bico. Nunca vi ou ouvi falar de nada parecido. Posso dizer que a minha odisseia em busca do amor divide-se entre antes e depois de chegar a esse site, cujo conteúdo é tão surreal que ainda estou a tentar decifrar a sua veracidade. 

Qualquer dia destes dá-me uma louca e tiro a prova dos nove. Escolherei um anúncio à medida, enviarei um sms e depois virei para aqui contar-te que tipo de caramelo me saiu na rifa.
 
Tomei conhecimento da página ontem à tarde, por intermédio de uma colega de trabalho. O que nos divertimos a ler aquelas coisas todas! Fiquei de tal forma fascinada com a descoberta que só pensava em partilhar tudo contigo. Desafio-te, pois, a ir comprovar o motivo do meu fascínio.

Antes disso, convém alertar que o nível gramatical que por lá reina deixa muito a desejar, pelo menos na maior parte das vezes. Só para teres uma ideia, o anúncio mais popular é um em que o "procurante" diz que o seguinte":
Olá procuro ou senhora pode ser casada em sigilo ou casal para momentos íntimos sem stresss para algo íntimo sem compromisso Máximo sijilo ijiene acima de tudo sem tabus aguardote Zona norte.
 
Vai lá ver por ti mesma e depois vem dizer quem é amiga.

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