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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!


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Viva!

 

Começo por pedir desculpa pela ausência (anormalmente) injustificada. Têm sido dias turbulentos, pautados por dramas domésticos psicodélicos, os quais pretendo dar-te conhecimento oportunamente. Para já, digo que estou em Paris com a parte da minha família a que me foi possível juntar este ano.

 

Justificado que está o meu paradeiro, vamos ao propósito deste post: desejar-te um feliz Ano Novo. Não é por acaso que escolhi esta imagem (um registo da época em que eu conjugava reveillon com discoteca) para ilustrar este post. Com ela quero assumir que estou a dar as costas a 2018, não por estar zangada ou ressentida, mas apenas porque é a melhor forma de receber 2019 de braços abertos, cabeça erguida, coração repleto de esperança e espírito vibrante de boas energias.

 

Obrigada por fazeres parte do meu 2018. Conto contigo em 2019?

 

Boas Entradas e até breve!

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26
Dez18

Como começar 2019 em grande

por Sara Sarowsky

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Viva!

 
Agora que o Natal se foi só consigo pensar no Ano Novo. Se 2018 foi um ano excecionalmente generoso para com esta pessoa aqui, as previsões energéticas da minha guru do bem apontam para um 2019 ainda melhor.
 
Sabendo de antemão que o novo ano me tem reservado coisas incríveis, é expectável que tenha estado mais empolgada com o reveillon do que com a consoada, uma celebração da qual me desapeguei há anos. Ao reveillon associo festa, música, dança, espumante, fogos-de-artifício, animação, mas sobretudo, amigos. Não atino com melhor forma de se dar as boas-vindas a um novo ano.
 
Acredito que o modo como viramos o ano é um presságio de como este vai correr, daí que sempre tenha feito questão de receber um novo ano na melhor companhia de todas: amigos. Mesmo quando emparelhada (sim já fui dessas), jamais me passou pela cabeça abrir mão de estar com eles nessa noite.
 
Era minha intenção receber 2019 no calor dos trópicos, ao lado da minha tribo, As Poderosas, coisa que já não acontece desde 2006. Só que com o falecimento da minha avó o meu desejo ficou adiado, dado que mandam os nossos costumes que durante o período de luto a paródia seja banida da agenda social.
 
Mesmo sem estar num clima de grandes festejos, sequer cogito a hipótese de deixar passar a data em branco. Afinal, trata-se da Passagem do Ano, o momento perfeito para renovar as minhas melhores expectativas nos 365 dias vindouros. É neste contexto que, ainda que de forma mais contida, tenha em mente uma noite discreta, pautada por um jantar requintado, regado a bom vinho, comigo espartilhada no vestido deslumbrante de lantejoulas que comprei há dias na Feira Outlet e rodeada do maior número possível de amigos. Na impossibilidade de desfrutar da presença dos que estão longe, contento-me de bom grado com a de todos aqueles que me quiserem dar essa honra.
 
A Fixando, uma plataforma online presente em 14 países, foi um dos que se interessaram em estar comigo nessa noite. Como? Divulgando o AS na sua rede de blogs interna. Em contrapartida eu menciono as suas ofertas para a passagem de ano nesta crónica. Dado que nada tenho a perder (pelo contrário), eis-me aqui a partilhar contigo os seus serviços de catering em Lisboa e no Porto que incluem dezenas de serviços de entrega de comida ao domicílio para todos os bolsos e paladares. Desde comida tradicional, passando por comida étnica ou um sushiman; tudo isso à distância de um clique. Até cachupa, vê lá tu!
 
A sua carta de catering é de tal modo variada que o melhor mesmo é dares um saltinho até ao portal deles, fazeres o registo, selecionares o que queres e solicitares um orçamento. Mais fácil do que isso, só mesmo o Tinder.
 
E já que 2019 promete ser um ano ainda melhor que este, presenteei-me a mim mesma com uma viagem à terra natal do reveillon: Paris, mon amour. Se te quiseres juntar a mim serás mais que bem-vinda, se não vai à Fixando, que lá hás de encontrar tudo que precisas para entrares no novo ano com pé direito ao lado dos que te são mais próximos.
 
Aquele abraço amigo e votos que esta época festiva seja mais um momento em que se acredite que vale a pena viver um Ano Novo!

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18
Dez18

Karma is a bitch when...

por Sara Sarowsky

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Viva!

 

Queres saber quando é que aquela máxima karma is a bitch se cumpre? Quando o teu blog concorre contra o blog da tua antiga entidade patronal (que por acaso eras tu quem geria), em completa desigualdade de circunstâncias, e ainda assim tu ganhas. Contra um adversário com mais dinheiro, mais poder, mais experiência, mais meios, assim como mais estratagemas, tu ganhas. Confusa? Passo a explicar.

 

Por ironia das ironias, um dos adversários diretos do AS na corrida aos Sapos do Ano é propriedade de uma antiga tv star do ramo esotérico, para quem trabalhei há coisa de três anos e tal, na qualidade de social media manager. Ora acontece que no exercício dessas funções coube-me a gestão desse tal blog, cujo nome não menciono por uma questão de respeito para com algumas ex-colegas, cujo único pecado é precisar ter um ordenado. 

 

Nem imaginas o que foi para mim tomar conhecimento que esse blog estava nomeado na categoria sexualidade, sabendo perfeitamente que não cumpria o maior de todos os requisitos exigidos pela Magda & David: não estar associado a nenhuma empresa. A quente, quis logo contactar a dupla, os promotores da distinção, a fim de lhes por a par da situação, já que considerava tremendamente injusto essa concorrência desleal e desonesta. Para além de estar associado a um grupo corporativo, com todas as facilidades comerciais que tal condição implica, os conteúdos desse blog são fakes. Sei do que falo porque já o geri, lembras-te? Fora isso, o pseudoautor sequer usa o nome pelo qual é conhecido na praça, sob pena de ver-lhe descoberta a careca, se é que me entendes...

 

Para não esticar mais esta crónica, que hoje não estou nos meus melhores dias, digo-te que depois de me aconselhar com algumas pessoas da minha confiança – umas recomendaram denunciar o caso à organização, outras expor publicamente a fraude e, por fim, houve aquelas que acharam que o melhor mesmo era dar-lhes um ultimato no sentido de desistirem da nomeação –, optei por não fazer rigorosamente nada. Rien de tout! Não por cobardia ou conivência com a batota, mas simplesmente porque fazia questão de ir a votos contra eles e ganhar por mérito próprio. Não quis de todo perder a oportunidade de esfregar-lhes na cara que quando se tem talento, dedicação, motivação, perseverança e respeito pelas regras do jogo, a vitória é só uma questão de tempo.

 

E não é que consegui? O Ainda Solteira venceu, convenceu e há-de vencer outras vezes, sem que para isso seja necessário eu mexer um dedo na direção desse tipo de gentalha: medíocre e trapaceira.

 

Queres prova maior de que a honestidade, a integridade, a humildade e a decência são o melhor caminho para o sucesso?

 

Fica bem e até à próxima!

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17
Dez18

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Viva!

 

Há coisa de uma hora saiu o anúncio oficial com o resultado das votações aos Sapos do Ano. O Ainda Solteira foi considerado blog do ano na categoria Sexualidade, como poderás comprovar pelo comunicado original:

 

O prometido é devido e hoje cá estamos para vos dar os resultados.

Mas antes...

Queremos deixar aqui os nossos sinceros parabéns aos nomeados, aos finalistas e aos vencedores, principalmente àqueles que não recorreram a estratagemas nem inventaram emails para terem mais nomeações/votações. Honestamente, e como já manifestamos anteriormente, não percebemos o que levou alguns bloguistas a isto, dado que o prémio final dos Sapos do Ano é apenas isto: uma indicação no post de hoje e, talvez, mais alguns visitantes durante o dia de hoje. Depois, se não tiverem qualidade os visitantes não vão regressar e vocês ficam exactamente como estavam antes.

Esta foi a única coisa que nos entristeceu nos Sapos do Ano 2018: haver quem tenha deturpado todo o conceito, achando que ia ganhar mundos e fundos, esquecendo-se que se estavam a enganar a eles próprios porque, realmente de valor, é quem ganhou por mérito e não por estratagema.

Dito isto (que não poderia deixar de ser afirmado de novo), queremos também agradecer a todos as palavras de apoio e de incentivo que nos deram. O nosso mundo ficou certamente mais colorido por vossa culpa. Nós fomos, certamente, os grandes vencedores e nunca vos poderemos explicar o quanto foi bom estar deste lado. 

Fica aqui a nossa promessa. Em 2019 cá estaremos de novo. Marquem nas vossas agendas!

Cremos, no entanto, que não foi para isto que nos vieram visitar hoje. Supomos que queiram saber quem foram os vencedores do Sapo do Ano 2018. E por isso, sem mais demoras ou delongas, senhoras e senhores, meninas e meninas, uma salva de palmas para:

Amigos dos Animais - vencedor na categoria Animais

Mamã Paleo - vencedor na categoria Culinária

Geração Benfica - vencedor na categoria Desporto

Educar com Vida - vencedor na categoria Educação

Ser Super Mãe é uma treta - vencedor na categoria Família

Olhar d'Ouro - vencedor na categoria Fotografia

Desabafos da Mula - vencedor na categoria Generalista

Pequeno Caso Sério - vencedor na categoria Humor

Gadget Man - vencedor na categoria Inovação e Tecnologia

Contos da Menina Mulher - vencedor na categoria Lifestyle, Moda e Beleza

Stoneartbooks - vencedor na categoria Livros

Itugga - vencedor na categoria Opinião

Delito de Opinião - vencedor na categoria Política e Economia

Descontos - vencedor na categoria Poupança

Uma Barriga Renovada - vencedor na categoria Saúde

Ainda Solteira - vencedor na categoria Sexualidade

Mais uma vez, parabéns a todos!

 

Faltam-me palavras para descrever o caleidoscópio de emoções que assolam o meu espírito neste momento. Bem que estava a precisar, depois de um fim de semana marcado pelo falecimento da minha querida avó. Acredito, de todo o coração, que ela intercedeu por mim junto do staff celestial.

 

Muito muito, muito mesmo, obrigada a cada um de vós pelo vosso preciso clique. Sou imensamente grata por ter tanta gente que aprecia e valoriza a minha escrita. A vós devo esta distinção. Sois a razão de existir deste blog.

 

Um agradecimento muito sentido à minha tribo de Cabo Verde, que pôs o arquipélago todo a votar; aos meus colegas de trabalho e, especialmente, às minhas amigas do peito, que foram os melhores mandatários que o AS poderia ter. Um abraço especial à Magda e ao David por esta espetacular iniciativa, um selo de qualidade na blogosfera nacional. Obrigada por tudo.

 

A vitória é de todos nós!

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14
Dez18

Last minute vote

por Sara Sarowsky

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Viva!

 

Amanhã é dia 15 de dezembro. Sabes o que isso significa? Significa que é o dia em que termina prazo para as votações nos Sapos do Ano. Neste último dia de campanha eleitoral, apelo ao teu voto de última hora embalada por esses versos do Agostinho da Silva, citado pelo seguidor MM:
Eu não voto por rótulos. (...)
Eu não quero saber das campanhas eleitorais para nada.
Eu quero saber das ideias que as pessoas têm e da maneira como depois as vão defender e praticar.

 

Conto contigo para eleger o AS como blog do ano na categoria Sexualidade. Vota e põe os teus a votar, que cada voto é um passo em direção à vitória. Não te esqueças que sou a primeira opção da última categoria (mesmo mesmo no final da página).

 

Obrigada e até breve!

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Viva!
 
Hoje quero contar-te a minha (não) estória com o programa de que todos falam mas que poucos admitem visionar. Como já deves ter percebido pelo título e pela imagem, refiro-me ao Casados à Primeira Vista, a controversa experiência social que o canal 3 "franchisou" em terras lusas.
 
Já dele tinha ouvido falar, é certo, mas nunca tinha tido oportunidade de vê-lo passar. Assim, o meu interesse por ele chegou através de uma colega de trabalho, igualmente solteira, com quem desabafei sobre o quão desgastante e infrutífero tornou-se o engate, tanto no mundo real como no virtual. Cansada do desemparelhamento de longa duração, e almejando injetar alguma adrenalina à minha pacata existência amorosa, comentei com ela que estava a ponderar seriamente recorrer àquela agência matrimonial muito conhecida que fica lá para as bandas das Amoreiras e cujo nome opto por não dizer, que não estou para lhes fazer publicidade gratuita.
 
Foi assim que convenci a minha pessoa de que era uma boa ideia participar no programa, até porque o teaser nas redes sociais prometia uma experiência social única – inédita em Portugal –, onde o amor, o romance, o mistério e a aventura seriam os ingredientes-chave. Escusado será dizer que a abordagem pouca convencional do matrimónio e a ruptura com vários tipos de tabus e preconceitos que o formato prometia foram condimentos extras que me aguçaram ainda mais o apetite.
 
Antes de avançar com uma abordagem, achei de bom tom aconselhar-me com o Dr. Tarot, um especialista em desvendar a vida nas cartas. Para tal, valeu-me o dom da minha guru do bem e conselheira espiritual do AS, cujas previsões não poderiam ter sido mais auspiciosas. "É pra avançar e é para avançar já", disse-me com toda a convicção a Isabel Soares dos Santos. Era tudo que eu precisava ouvir para exorcizar de vez aquela vozinha interior que teimava em lembrar-me o quanto da minha intimidade teria que revelar num reality show. Admitamos ou não, o programa mais não é do que isso.
 
No dia seguinte – a arrotar confiança por todos os orifícios, já que tinha o aval dos astros – dediquei a minha pausa para o almoço a redigir uma manifestação de interesse digna de me tornar uma pretendente elegível a um primeiro encontro. Na rede catei um endereço de correio eletrónico para onde enviei o seguinte texto: 
Eu, SS, de 40 anos, 165 cm, 60 kilos, cabo-verdiana e residente no centro de Lisboa, gostaria que considerassem a minha candidatura ao programa. 
Sou licenciada em comunicação empresarial, área na qual exerço funções para uma missão diplomática, como consultora estratégica, e para uma associação profissional, como técnica de comunicação. Fora isso, sou autora do blog Ainda Solteira e social media manager freelancer. 
Pratico exercício físico com regularidade, faço meditação, primo por uma alimentação saudável e estou disposta a sair da minha zona de conforto para encontrar o amor. Para falar a verdade, estou farta dos sites e apps de encontros.
A vida corre-me de feição, faltando apenas o amor, que teima em não acontecer, depois de mais de sete anos desemparelhada. Nunca fui casada nem tenho filhos.
No aguardo do vosso interesse pela minha candidatura, endereço um abraço amigo.
 
Enquanto digitava, uma outra colega – essa sim casada e orgulhosa progenitora de três rebentos – lá me ia alertando para os contras de tal propósito: a exposição mediática, a natureza conservadora das duas instituições para as quais presto serviço, o preconceito social em relação a este tipo de conteúdo televisivo, a possibilidade de ser despedida e a devassa da minha vida privada, só para citar os argumentos mais consistentes; com a mesma eloquência com que eu rebatia os prós: as mais-valias que a fama poderia trazer a este blog, as portas que se me poderiam abrir, a oportunidade de dar voz e cara às solteiras desta vida, a possibilidade de desmistificar alguns preconceitos, os proveitos monetários e por aí fora.
 
Nem bem acabei de enviar o email, eis que recebo uma mensagem automática nesses dizeres: "Agradecemos a sua inscrição no novo programa da SIC! Estamos à procura de solteiros que procurem o seu par ideal! Se é o seu caso, por favor preencha este questionário. Depois de preencher o questionário, aguarde por um contato nosso!
Até breve!"
 
O questionário – extensíssimo, com dezenas e dezenas de perguntas – incidia sobre aspetos da minha vida que eu não tinha a menor intenção de revelar em cadeia nacional, ainda para mais em primetime. Obviamente que tinha consciência que, caso fosse selecionada, estaria sujeita a uma grande exposição mediática, justamente o que eu precisava para impulsionar este blog.
 
Tudo na vida tem o seu preço e eu até estava disposta a pagar aquele que considerava justo: expor grande parte da minha vida sentimental, uma parte da vida familiar e outra da vida social. O que não me passou pela cabeça, em momento algum, era que teria que expor o sítio onde vivo, o local onde trabalho, as pessoas com as quais convivo e os sonhos, planos e projetos mais pessoais.
 
Não que eu tenha alguma coisa a esconder ou algo do que me envergonhar. Simplesmente, não estou disposta a partilhar com desconhecidos aspetos meus tão íntimos, tudo isso ainda na fase de candidatura. Só para teres uma ideia, exigiam fotos da minha pessoa no trabalho, em casa (em dois cómodos distintos), com as pessoas com quem vivo, com os amigos com quem me dou e a executar atividades do dia a dia. Só faltou pedirem fotos da minha pessoa a defecar, passo a ordinarice.
 
Foi assim que uma relação que tinha tudo para acabar num happy end não resistiu à primeira crise, com o encanto a ceder lugar ao desgosto, a esperança a ceder lugar à desilusão e o entusiasmo a ceder lugar à frustração. Foi assim que o casamento à primeira vista acabou em divórcio à primeira crise. Ainda no altar, dei por findo o meu enlace matrimonial com um programa em que, pelo pouco que vi, pelo suficiente que li e pelo muito que ouvi, elas não querem estar com eles e eles não sabem como estar com elas.
 
Despeço-me com aquele abraço amigo e um lembrete de que só faltam 3 dias para o final da votação do Sapos do Ano.

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10
Dez18

O que dizem os teus olhos?

por Sara Sarowsky

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Viva!

 

Parafraseando o apresentador do Alta Definição, intenta esta crónica descortinar até que ponto os olhos são, de facto e de direito, o espelho da alma. Cansados estamos nós de ouvir tal coisa, sem que ninguém nos demonstre, por a+b, qual a percentagem de sinceridade que cada um de nós deposita do seu olhar.

 

Sequer atrevo-me a questionar tal dito popular, até porque a sua veracidade está ao alcance da nossa vista. O que questiono é a qualidade desse reflexo, absolutamente refém do estado de manutenção/conservação do espelho e da mestria de cada ser em deixar transparecer, não só o que lhe vai na alma, mas essencialmente o que lhe apetece e lhe convém. Esta lógica não está a fazer muito sentido para ti? Não te apoquentes, que já desconstruo esta minha teoria.

 

Antes de mais, permite-me esta pequena reflexão: olhamos e somos olhados o tempo todo, desde o dia em que nascemos até o dia em que damos por concluída a nossa missão carnal nesta vida. Mais fácil conseguimos controlar todos os demais sentidos – que já não são apenas cinco como nos foi ensinado toda a vida – do que o nosso olhar. Podemos domesticá-lo, espartilhá-lo e até censurá-lo, mas subjugá-lo por completo, jamais! Agrada-nos? Olhamos! Desagrada-nos? Olhamos na mesma! E esta máxima aplica-se a pessoas, objetos, lugares e acontecimentos.

 

Sabes porque isso acontece, porque é tão difícil deixarmos de olhar para o quer que seja? Porque o olhar é o meio mais imediato e eficaz, no fundo instintivo, de que dispomos para interagirmos com o que nos rodeia. Quando olhamos, olhamos o mundo. No caso das pessoas, que é para onde pretendo direcionar esta crónica, quando olhamos para os seus rostos vemos lá refletidos gerações passadas, tradições, culturas, realidades, crenças, valores, experiências, vontades, expectativas, sonhos e futuro. E sentimentos, acima de tudo. Quando olhamos para o mundo, através das pessoas, vemos um mundo de afetos, de gentes e locais inesquecíveis. Um mundo imenso, infinito, profundo, misterioso e, muitas vezes, inescrutável.

 

É neste contexto que a tal máxima de que os olhos são o espelho da alma faça todo o sentido. Eu acredito que de facto assim seja. Só que existem almas tão imundas, tão carecidas de limpeza, restauro e polimento, que o seu reflexo de nítido pouco ou nada tem, ao ponto de dificilmente conseguirmos descortinar o que realmente lhes vai na alma. No fundo, não passam de almas encardidas, algumas com nódoas reversíveis outras nem por isso.

 

Ao longo da minha vida, tive o desprazer de cruzar com algumas delas. A umas topei logo de caras qual a real natureza da sua índole; a outras, para mal dos meus pecados, só me apercebi demasiado tarde, quando a fatura já era demasiado alta para conseguir liquidá-la a pronto pagamento. Acredito que a pouca experiência de vida e uma bondade inata tenham sido nessas alturas péssimas conselheiras.

 

Hoje sei que os olhos nem sempre dizem a verdade. Também sei que muitos dominam a arte de gerir o olhar consoante a sua conveniência. De forma matreira, astuciosa e até perversa, são capazes de nos envolver numa sequência de falsas boas intenções, das quais só nos apercebemos demasiado tarde, quando já estamos irremediavelmente enredados nas suas teias de inverdades, máscaras e manipulações.

 

Remato o assunto com o repto: dizem os teus olhos aquilo que sentes e sentem os teus olhos aquilo que dizes? Se a tua resposta for sim, dá cá mais cinco que és um humano premium. Caso contrário, se calhar é caso para repensares a tua forma de estar na vida. 

 

Boa reflexão e até à próxima!

 

P.S. - Não te esqueças que já só faltam 5 dias para o anúncio do blog do ano na categoria Sexualidade. Se ainda não me deste o teu voto, toca a despachar e deposita-o já aqui.

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08
Dez18

About last saturday...

por Sara Sarowsky

GalaCB-279.jpgViva!

Como hoje não me apetece escrever, já que tenho que ir dar tarefa ao corpo no ginásio e à carteira nas compras de Natal, deixo-te com este registo da minha passagem por aquela gala de que te falei no post As 41 velas da Sara.

Despeço-me com aquele abraço amigo de sempre e um (novo) pedido para votares no Ainda Solteira para blog do ano na categoria Sexualidade. Na reta final da campanha – falta menos de uma semana para o término da votação – todo o voto é decisivo. Portanto, vota e pede aos teus contactos que votem aqui. Não te esqueças que eu sou a primeira opção da última categoria (bem no final da página).

Bom fim de semana e até à próxima!

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Org_slideshow.jpgViva!

Despertando a libido literária deste blog – por algum motivo está indicado para Sapos do Ano na categoria Sexualidade – esta crónica assenta sobre um estudo recente do Serviço Nacional de Saúde Britânico (NHS) que recomenda aos homens ejaculações mais frequentes, como forma de redução do risco do cancro da próstata.

De acordo com aquela entidade, a probabilidade de aparecimento da doença é menor nos machos que ejaculam pelo menos 21 vezes por mês (o que dá uma média de 0,7 ejaculações por dia), quer seja através de sexo ou de masturbação. Curto e grosso, se bem que há quem prefira comprido e fino ou, melhor ainda, comprido e grosso? Quanto mais vezes "despejarem os colh*es" menos riscos correm eles de vir a contrair o cancro da próstata.

A investigação, publicada no European Urology e baseada na comparação entre homens que ejaculavam 21 vezes mensalmente e homens que ejaculavam entre quatro a sete vezes a cada quatro semanas, permitiu concluir que aqueles que derramavam mais vezes o seu néctar genético estavam menos propensos à doença. A explicação parece residir na possibilidade da ejaculação contribuir para a expulsão de elementos cancerígenos e de infeções da glande. Dado que a inflamação do organismo é uma conhecida causa de aparecimento de doenças de foro oncológico, a ejaculação poderá assim ajudar a atenuar o fenómeno.

O que faz todo o sentido, diga-se de passagem. Longe de mim querer desmerecer as prodigiosas mentes que se dedicam à matéria, mas a verdade é que não é preciso ser-se cientista para chegar à seguinte conclusão: se quando nós transpiramos expulsamos as substâncias nocivas ao normal funcionamento do organismo (vulgo, toxinas), nada mais expectável que a mesma lógica se aplique quando eles expelem sémen.

Solteiro meu que estás a ler isto, pelo bem da tua próstata (em particular) e da tua saúde (em geral), trata de dar largas à tua líbido. A solo, au pair ou à trois, o importante é ejacular. Solteira minha que também estás a ler isto, da parte que te couber trata de garantir que assim seja. Fui clara?

Conto voltar ao teu convívio no sábado. Até lá muitas e boas (que qualidade também conta) ejaculações!

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05
Dez18


Viva!

Já viste a paródia de natal da RFM, uma hilariante versão do hit Toda a Noite do cantor português Toy? Fiquei tão encantada com o vídeo, um dos melhores que me chegou aos olhos e ouvidos nos últimos tempos, que tenho mesmo que partilhá-lo contigo. Assiste já aqui e depois diz-me se não é uma ode à gargalhada.

Não te esqueças que a votação para Sapos do Ano 2018 decorre até o próximo dia 15. Se ainda não deste o teu clique ao Ainda Solteira, faz-me o favor de lá ir depositá-lo o quanto antes, que eu quero é entrar no novo ano com o "selo" de blogger do ano. Não te esqueças que eu sou a primeira opção da última categoria - Sexualidade (localizada no final da página).

Conto com o teu voto e com o de todos os teus amigos/inimigos/conhecidos. Obrigada e até à vitória!

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