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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Partilho contigo o meu último artigo para a Artes&contextos, uam crítica ao filme 'UMA HISTÓRIA DE AMOR E TREVAS', publicada esta sexta-feira.
Baseado nas memórias que Amos Oz tem de crescer em Jerusalém com os pais, nos anos que antecederam ao Estado de Israel, esta obra destaca-se sobretudo por dois motivos: o contexto histórico no qual se insere a narrativa e a iniciação de Natalie Portman, conhecida estrela de Hollywood, nas performances da realização.
Quanto ao filme em si, a ação decorre em Jerusalém, no ano de 1945, altura em que o território encontra-se sob o mandato britânico, e retrata o quotidiano de uma família judia da classe média, composta pelo pai (Arieh), pela mãe (Faina) e pelo filho (Amos). Perante o conflito israelo-palestiniano, estes têm que aprender a lidar da melhor forma possível com o terror da guerra, e as consequentes fugas, a tensão racial, os dramas familiares, bem como as expectativas pessoais de cada um.
Fania, romântica e sonhadora, deposita todos os seus sonhos de uma vida diferente no futuro pós-guerra. Quando a independência não traz consigo o sentido de vida que esperava, ela embarca numa viagem sem volta rumo à tristeza e à solidão. Cada vez mais infeliz no casamento e intelectualmente sufocada, Fania não consegue lidar com o tédio da vida quotidiana. Para se animar e entreter o pequeno Amos, por quem nutre um amor incondicional, ela começa a inventar histórias de aventuras e caminhadas através do deserto. Uma vez sozinha com os seus pensamentos, refugia-se num mundo de fantasias românticas com um jovem e viril desconhecido.
Impotente perante o vazio da sua vida, Fania mergulha numa profunda depressão. Não obstante todos os esforços da família e dos amigos, nada apazigua o seu coração e muito menos acalma a sua angústia. Neste sentido, a morte afigura-lhe como "um amante tenebroso, sedutor e sedento de companhia", ao qual foi-lhe impossível resistir.
Agora a crítica propriamente dita e que não foi publicada por questões de sensibilidade e bom senso.
Em vez de UMA HISTÓRIA DE AMOR E TREVAS, penso que UMA HISTÓRIA DE AMOR E TÉDIO seria um nome bem mais apropriado para o filme. A vida da protagonista foi um tédio. O argumento, o guarda-roupa, o cenário, as falas e o happy end também andaram a deambular lá perto.
Para um filme que se assume como uma história de amor, não me tocou o coração e tão pouco a alma. Talvez por culpa das expectativas demasiado altas que nele depositei. Talvez pela pouca emoção que me despertou. Talvez por não ter conseguido envolver-me na trama. A meu ver, o filme é cinzento.
Estou certa de que o filme poderá despertar outras emoções nos outros, sobretudo naqueles que apreciam cinema de autor, sejam admiradores incondicionais da Portman (que nasceu em Jerusalém, a propósito) e/ou se identifiquem com a causa judaica.
Alguma vez paraste para pensar porque é que nos queixamos? Porque faz bem libertar as emoções dessa forma, certo? Errado!
Falar do que nos aborrece é saudável e até pode pode ajudar a ver as coisas sob outra perspetiva. Reclamar também tem o seu lado bom, já que nos faz extravasar aquilo que nos consome. Mas fazê-lo a toda a hora, além de ser chato e cansativo, pode ter consequências sérias para a nossa saúde mental e mesmo física.
A revista Wired , que cita Jeffrey Lohr, acredita que o hábito de expressar a negatividade não só tende a não nos fazer sentir melhor, como também faz quem nos ouve sentir-se pior. "Expressar a raiva é... semelhante a soltar gases num espaço fechado. Parece uma boa ideia, mas não podia ser mais errada", compara o psicólogo, que estudou o fenómeno.
O autor e investigador Steven Parton explica no Psych Pedia, a "enciclopédia da psicologia moderna" online, que a queixa não só modifica o cérebro para pior, como também tem repercussões negativas graves na saúde mental.
Segundo Parton, quando se tem um pensamento, torna-se mais fácil tê-lo outra vez. Se os pensamentos forem, frequentemente, negativos... Está aberto o caminho para uma posição mais pessimista perante tudo. Mas a negatividade, insiste Parton, é terrível para a saúde física também: enfraquece o sistema imunitário, aumenta a tensão arterial, e, por conseguinte, o risco de doença cardíaca, obesidade e diabetes. A "culpa", neste caso, é do cortisol, a hormona do stress: Quando estamos negativos, liberta-se o cortisol e os seus níveis elevados "interferem com a aprendizagem e a memória, diminuem a função imunitária e a densidade óssea, favorecem o aumento do peso, da tensão arterial, colesterol", enumera.
Pelos vistos, ninguém merece levar com as queixas. Nem quem as faz e menos ainda quem as ouve. Se já não era adepta das reclamações, depois deste artigo então… vou conter-me ainda mais.
Por serem processados ou refinados e por serem suscetíveis de criarem adição, existem alimentos que são considerados nefastos para a saúde.
À cabeça dos desaconselhados está o açúcar refinado, um veneno para o nosso organismo. Quanto mais escuro for, mais vitaminas e sais minerais possui, e mais perto do estado bruto (a cana de açúcar) está. A cor branca significa que o açúcar recebeu aditivos químicos no último processo da fabricação, o refinamento.
No lote dos alimentos proibitivos incluem-se bolachas, tostas, snacks salgados, chocolate branco ou de leite, sumos de fruta (especialmente se açucarados), bolos, doces e sobremesas tradicionais (por conterem açúcar refinado), pão branco, pão industrializado de longa duração, batata branca, fast food, refeições prontas, frutos secos salgados ou fritos, alimentos fritos, refrigerantes de todo o tipo e cereais de pequeno-almoço.
As comidas que encabeçaram a lista das mais aditivas, segundo um estudo publicado no jornal norte-americano Plos One sobre "alimentos que geram adição", liderado por Nicole Avena, foram (por esta ordem): piza, chocolate, batata frita, bolachas e gelados. E os que mais causavam desconforto eram os muito processados.
"Vários estudos sugerem que a comida muito apaladada e muito processada pode provocar mudanças de comportamento e mudanças cerebrais semelhantes às dependências como a das drogas ou do álcool", explicou Nicole Avena.
Companheira, volto a frisar que nunca é tarde para reeducarmos a nossa alimentação e apostarmos numa vida mais saudável. Portanto, hoje é um bom dia para se começar.
Todas nós já fomos (ou somos) ex-quelque chose de alguém. Este artigo da revista Cosmopolitan desafia-nos a descobrir que tipo de ex somos.
- A ex inimiga
No fundo no fundo, é a tentação de todas as ex. E é o pesadelo de todos os homens, uma espécie de Atração Fatal tornada realidade. Quer dizer, se se fizesse uma estatística, se calhar até nem se encontravam muitas candidatas, porque ser ex inimiga dá imenso trabalho: é preciso saber a que horas ele sai para lá ir furar os pneus, é preciso ter disponibilidade para andar a segui-lo de bar em bar a entornar-lhe cerveja gelada pelo colarinho, é preciso coragem para interromper um jantar de amigos e cair-lhe em cima com todos os raios e trovões, ou aparecer no escritório com a Ritinha e o Marquinho pela mão, a gritar que não lhes paga a pensão desde 1984, ou andar a telefonar para todas as namoradas dele a contar todas as sacanices de que ele é capaz ou a impedi-lo de ver os filhos com a desculpa que 'quando éramos casados nunca lhes ligaste nenhuma e agora é que queres ir com eles ao Oceanário'.
- A ex desaparecida
Não há muito a dizer. É isso mesmo: divorciou, morreu. A ex desaparecida acontece na esmagadora maioria quando não há filhos, caso contrário é difícil que ela diga: "Então pega aqui na Aninhas e no Joãozinho que eu vou ali comprar cigarros" e nunca mais volte (embora haja casos, como se sabe). Escusado será acrescentar que a ex desaparecida é o sonho de todos os homens: vê-la desaparecer ao pôr-do-sol como o Lucky Luke, sem deixar saudades nem memórias nem rasto, deixando a casa livre das coisas dela e a vida livre do peso dela, para que ele possa refazer tudo, como se nada se tivesse passado. Mas como a vida não é assim tão simples, a maioria das ex desaparecidas tem tendência para se transformar em ex-fantasma e aparecer na Caras a dizer muito mal dele.
- A ex fantasma
Há várias formas de uma ex se tornar fantasma. Ou porque o assunto ficou mal resolvido. Ou porque algum deles ficou atormentado pelos remorsos. Ou porque ela desapareceu de repente num dia de tempestade e deixou a casa cheia com os livros dela, os CDs dela e o perfume dela. Ou porque ela se recusa a aceitar a desunião e aparece de vez em quando, deixa-lhe mensagens no telemóvel, liga-desliga e/ou parte-lhe o retrovisor, nos casos mais dramáticos. A ex fantasma aparece quando menos se espera. Ele vira a esquina e dá de caras com ela, mais gira e mais magra. Ele abre uma revista e ela está lá na primeira página, numa casa no Alentejo vestida de nativa com um chapéu de palha, estiraçada numa rede e a dizer muito mal dele. Uma ex fantasma também pode existir só na cabeça dele, que são os casos piores. Está-se à mesa e de repente ele diz: "A Joana é que gostava muito de canja", e pronto, está o caldo entornado.
- A ex melhor amiga
Geralmente ninguém percebe por que é que se apartaram. Ele passa o tempo a pedir-lhe conselhos, ela telefona-lhe para saber se ele quer vir ao teatro com ela, à sexta feira é dia de cafezinho juntos, frequentam o mesmo ginásio, fartam-se de dizer como uma separação pode ser uma coisa civilizada e de se apresentarem como a prova disso, e todos os outros casais de divorciados, para se consolarem, dizem que aquilo não é normal. A ex melhor amiga é o pesadelo da atual mulher, a não ser que a atual mulher esteja mesmo segura no seu posto. Geralmente a coisa acaba por rebentar: ou ele volta para a ex, ou ele acaba de vez com essas amizadezinhas, porque as atuais não aguentam tanta 'civilidade'.
- A ex praticamente da família
É uma variante da ex melhor amiga, com a vantagem de se ter tornado, por ironia do destino, amiga de toda a família. Ela fica em casa a tomar conta das crianças se o ex quer sair com a atual, ela dá explicações de matemática ao Luisinho, ela vai à praia com eles ao domingo, ele é operado e ela faz turnos com a mulher para lá ficar no quarto com ele, ela continua a ir tomar chazinho com a ex-sogra, ela até vai às compras com a atual, embora isso já não seja muito bem visto porque ele achará que estão a dizer mal dele pelas costas e a comparar tudo aquilo para que ele não tinha jeito (fazer a cama e escolher melões). Geralmente, uma ex só tem alguma probabilidade de se tornar praticamente da família no caso de uma separação muito muito muito amigável, no caso de nenhum dos elementos ter alguma vez estado a morrer de paixão pelo outro, no caso de não haver filhos (se houver, é mais complicado juntar a criançada toda) e no caso de a ex não estar interessada em refazer a sua vida ao lado de outra pessoa que tenha mais jeito para escolher melões.
- A ex vítima
Há as verdadeiras vítimas e as falsas vítimas. As verdadeiras vítimas são as que foram abandonadas com três filhos nos braços, as que foram trocadas pela melhor amiga, as que foram de férias com ele e voltaram sem ele, as que o aturaram durante 34 anos ao fim dos quais ele lhes comunicou que não aguentava a forma como ela comia a sopa, e as que lhes facilitaram o divórcio só para perceberem, quatro meses depois, que ele não tencionava pagar-lhes nem um tostão para os filhos. As falsas vítimas são as que sempre acharam que iam ficar casadas a vida toda e não aguentaram uma mudança de planos. Estranhamente, são as falsas vítimas que costumam dar mais trabalho e fazer mais barulho, talvez para compensar a ausência de argumento.
- A ex má da fita
A culpa foi dela, diz ele. Toda dela. Foi ela que começou a sair com o Jorge para ir às sessões da meia-noite da Cinemateca. Foi ela que desatou a ficar no escritório todas as noites enquanto ele deitava as crianças e lia todo o Harry Potter em voz alta e fazia as vozes do Capuchinho Vermelho, incluindo a da avozinha. Foi ela que desapareceu para um congresso em Islantilla enquanto ele ficava em casa com os pés de molho num alguidar. Foi ela que lhe pôs as malas à porta quando ele, coitado, murmurou que estava um bocadinho farto da situação. Claro que a outra versão nunca ninguém a ouviu porque ela assim que se assinaram todos os papéis declarou que nunca mais o queria ver na vida e desapareceu.
- A ex espia
Sabe tudo sobre ele. Separaram-se há dez anos, mas ela continua a saber tudo sobre ele. Sabe que à quinta feira é o dia em que vai pôr o carro a lavar, e como é que se chama a namorada, e que embirra com o novo chefe, e que o emprego novo não é exatamente o que ele queria, e que nunca mais ninguém lhe engomou decentemente as camisas, e que nunca mais teve uma conversa intelectual sobre a Janis Joplin, e que precisou de arrancar os dentes do siso (que ele nunca teve) e que nunca mais vai arranjar outra mulher tão boa como ela. A ex espia tem métodos sutis (e menos sutis) que foi aperfeiçoando ao longo dos anos: ouvir as conversas dos filhos ao telefone, interrogá-los assim que chegam dos fins de semana, ir visitar a ex-sogra para levar uns pasteizinhos de nata, como quem não quer a coisa, e ir perguntando aos amigos, aqui e ali. A exespia só pode melhorar se arranjar um novo amor absorvente, o que é difícil de acontecer enquanto estiver mascarada de polícia política.
- A ex da mamã
Quando lhe chegaram as notícias da separação, a mãe dele teve quase mais pena do que ele. A Patrícia era a legítima, e todas as outras são lixo. Aliás, isto não quer dizer que ela sempre tenha amado a Patrícia, é perfeitamente possível que até lhe tenha feito a vida negra enquanto estava casada com o filho, mas uma coisa muito diferente é ele ir agora separar-se da pequena coitada para se concubinar com outra. Ele tentou levar a Clara a jantar lá a casa, e a mãe serviu-lhe a sopa sem sal, pôs-se a ver a telenovela e nunca mais lhe ligou nenhuma. Sempre que ele tem de ir a casa da ex, encontra lá a mãezinha sentadinha ao lado dela no sofá a dar-lhe chazinho de tília e a deitar, a ele, olhares de ódio enquanto a Patrícia funga para cima do lencinho de seda que ela lhe ofereceu (quando até então só lhe tinha dado panos para a loiça comprados na loja dos trezentos). A mãe dele só passará a gostar da Clara se ele passar a namorar a Alexandra, mas mesmo assim não há amor como o primeiro.
- A ex pirata
Ah é? Ah ele trocou-a pela badalhoca da Cláudia? Então já vai ver como elas mordem. A ex pirata não se fica a chorar nos braços da mãe entre as almofadinhas de coraçõezinhos encarnados enquanto ele vai passear para o Guincho. A ex pirata saca-lhe tudo o que pode como compensação pelo seu coração partido: a casa, o carro, os CDs, os de vinil embora não lhe sirvam para nada e ele seja colecionador, o serviço de chá, embora odeie chá, o cão, embora planeie abandoná-lo, e o aquário, embora esteja vazio desde que o tubarão comeu os outros. A anedota preferida dela é aquela da menina que queria a Barbie Divorciada porque trazia o carro do Ken, a casa do Ken e o telemóvel do Ken. Este tipo de ex só descansará quando o vir depenadinho de todo. O ideal dela era vê-lo a arrumar carros no Saldanha, mas como isso geralmente não acontece, ela contenta-se em vê-lo num T0 para lá do fim do mundo, ou melhor ainda, em casa dos pais, a suprema humilhação.
- A ex perfeita
É o pior que pode acontecer a qualquer pessoa. A Ana era linda, loira e magra. A Ana é que fazia bem empadão, a Ana é que dizia umas piadas muito giras, a Ana tinha um sorriso tão bonito, a Ana é que sabia levá-lo, a Ana nunca se zangava... Dá vontade de dizer: 'Então o que é que estás aqui a fazer comigo?' Uma ex perfeita demora mais tempo a passar do que uma escarlatina, e deixa marcas mais profundas. No caso de lhe calhar um destes em profissão de fé, abandone rapidamente o espécime ou prepare-se para esperar muito tempo até que a doença lhe passe.
- A ex independente
Não quer nada dele. Nada. Tirando os filhos. Podes ficar com o carro, a casa e as joias, mas não fiques com ele, como diria a Ágata. Podes ficar com os candelabros da tia Irene, o manjerico do Santo António, os CDs da Adriana Calcanhoto e essa ***** toda, para veres se eu me ralo. A ex-independente faz gala da sua independência, usa-a como bandeira, passeia-se pela rua de nariz levantado. Claro que, meses mais tarde quando tiver de pagar infantário, renda de casa e mulher-a-dias, arrepende-se amargamente de não lhe ter sacado tudo o que podia, coisa que nunca confessará a ninguém.
- A ex sensata
Às vezes só é possível ser-se ex sensata 10 anos depois do divórcio, mas há almas que conseguem a proeza dois dias depois de ele lhes dizer que afinal de quem gosta é da vizinha do 2.º esquerdo. A ex sensata não perde 15 quilos, não chora como se o mundo fosse acabar, nem lhe foge com os filhos para o Paquistão. A ex sensata aparece composta em todas as sessões de divórcio, troca duas ou três palavras como ele como se tivesse acabado de o conhecer, e nem sequer diz mal dele aos amigos, embora lhe apeteça muito. Ele chega a ter remorsos de a ter enganado com a loira. No minuto seguinte, pensa que, se ele soubesse que ela se ia portar assim tão bem, já se tinha separado dela mais cedo.
Assumo: sou uma mistura de ex-fantasma, ex-sensata, ex-desaparecida, ex-independente e ex-perfeita. E tu? Que tipo de ex és tu?
Nos últimos dias tenho refletido bastante sobre as relações, especialmente em como parece cada vez mais difícil as mulheres inteligentes e bem resolvidas conseguirem estabelecer ou manter um relacionamento amoroso verdadeiro e saudável. Sim, porque relações há muitas, mas que valem, de facto, a pena não abundam por aí.
Falo por mim, óbvio, mas também pelas amigas que desabafam comigo e ainda pelas leitoras deste caderno que partilham suas estórias de vida comigo. E a conclusão a que chego é que pessoas inteligentes revelam um maior ceticismo e desapego em relação ao amor. Não porque não lhe reconhecem a importância, mas, essencialmente, por estes três motivos: sabem exatamente o que querem e melhor ainda o que não querem; os seus padrões de exigência são elevados; são tão bem resolvidas que a independência, o amor-próprio, a realização pessoal e os projetos de vida acabam por falar mais alto que o compromisso emocional.
Com isso quero dizer que para estas pessoas o amor não é fácil de encontrar. Eis seis razões que justificam isso:
1. Não é uma prioridade
Na medida em que faz mais sentido a dedicação ao trabalho/carreira, por exemplo, do que um companheiro.
2. Beleza oculta
As pessoas inteligentes, mais do que fisicamente atraentes, possuem uma beleza oculta, ou seja, um tipo de beleza interior que só uma pessoa especial consegue reconhecer e apreciar, sem sentir-se inseguro ou complexado.
3. A inteligência basta
A realização que sentem por serem inteligentes é suficiente para as suas vidas, fazendo assim com que um amor assuma um papel secundário. Não precisam de um relacionamento para se sentirem completos, mas se ele surgir, ele vem para acrescentar valor às suas vidas.
4. Objetividade
Têm a exata noção do que é certo e errado, pelo que muitas vezes fazem questão para o que outro saiba o que está errado na relação. Convenhamos, que nem toda a gente sabe lidar com essa objetividade.
5. Não são fáceis de entender
Por terem uma mente por vezes um pouco complicada, nem sempre conseguem fazer-se entender. Isso não quer dizer que não tentam, mas é difícil e cansativo estar o tempo todo a explicar o que lhes vai na cabeça e no coração.
6. Falta de sutileza
Dado que se focam nas coisas maiores, deixam passar as dicas sutis da outra pessoa acerca de coisas insignificantes. Não o fazem propositadamente, mas ainda assim pode magoar o parceiro.
O amor faz falta? Claro que sim! O amor dá outra cor à vida? Sem dúvida! O amor ilumina o sorriso, aquece a alma, acalma o coração, devolve a paz e ilumina a vida? Absolutamente! Seria mais feliz com ele? Com certeza! Posso viver sem ele? Estou aqui, não estou? Apesar de lhe reconhecer o seu valor, não é coisa sem a qual não possa viver ou ser feliz.
Porque é sexta, porque faz um belo dia, porque fim-de-semana rima com cinema e porque adoro-as, o artigo de hoje é sobre as pipocas e ama fórmula caseira e saudável de as preparar.
Não me recordo de nenhum snack que eu aprecie mais. Até uns dias atrás, comia quase todos os dias - tipo dia sim, dia não - não porque não me apetecesse intensificar o consumo, mas porque evitava abusar do sal e do processamento a que estavam sujeitas. Agora descobri uma técnica de prepará-las em casa, apenas com água, ou seja adição de nenhum tipo de gordura.
A receita é tão simples como isso:
Ingredientes
- Milho para pipocas
- Água
- Sal q.b.
Modo de preparação
Num recipiente de vidro, juntar o milho à água. Por cada colher de sopa de milho, outra igual de água. Acrescentar sal a gosto, misturar tudo e cobrir a tigela com papel aderente (convém fazer 4 furos com um garfo no papel). Depois disso, é só ir ao micro-ondas por alguns minutos (entre 4 a 6, depende do aparelho) em potência máxima. Et voilá! Pipocas quentes, saborosas, saudáveis e à vontade do teu apetite. Nem imaginas o meu estado de êxtase atual por poder comê-las todo santo dia. E sem peso na consciência, nem risco de comprometer o meu corpinho danone. A minha fórmula ideal resulta da mistura de 3 colheres de milho com 3 de água e cerca de 5 minutos no micro-ondas. Atenção, que quanto maior a quantidade de milho, maior o tempo necessário para pipocar.
Tempo de preparação
4-6 minutos
Grau de dificuldade
0
Este snack sabe sempre bem, mas melhor ainda à noite quando bate aquele fomeca traiçoeira que teima em impor-se instantes antes de irmos para a cama. Nestas alturas, o nosso primeiro impulso é atacar o stock de iogurtes, doces, bolachas, torradas ou barrinhas de cereais. Pois eu prefiro atacar as pipocas. Além de saborosíssimas, as pipocas possuem uma enorme riqueza nutricional, já que contêm fibras, polifenóis, antioxidantes, vitaminas do complexo B, manganês e magnésio. Atualmente há pesquisas que mostram que as pipocas podem conter mais antioxidantes e serem mais eficientes ao sistema imunológico do que muitas frutas e hortaliças.
Mas atenção, meu bem, que o seu limite como alimento saudável termina quando começa a adição exagerada de sal, manteiga, conservantes industrializados ou outros aromas e coberturas sobre elas. Daí esta receita ser um verdadeiro presente dos deuses.
Ninguém melhor do que nós mesmos para lidar com a nossa própria vida, sonhos e paixões. Daí que seja imperativo não permitirmos certas coisas por parte dos outros. Coisas essas que pouco ou nada acrescentam à nossa felicidade. Bem pelo contrário!
A meu ver, um dos luxos da idade adulta é o livre arbítrio para podermos decidir quem deve (ou não) fazer parte do nosso círculo de convivência. A nós mulheres então, na qualidade de criaturas confiantes e bem resolvidas, cabe-nos a tarefa - muitas vezes dolorosa e ingrata - de afastar de nós certo tipo de pessoas e de atitudes que simplesmente boicotam a nossa felicidade. O artigo de hoje debruça-se sobre algumas delas:
1. Quem sabe da tua vida és tu
Não permitas que te digam como viver a tua vida, e muito menos que nela interfiram nela, sobretudo em relação ao que deves vestir, com quem deves namorar e o que deves comer.
2. A tua paz de espírito deve ser sagrada
Bane da tua vida as pessoas tóxicas, que servem apenas para perturbar a tua paz de espírito, sugar a tua energia e interferir com o teu bem-estar psíquico e emocional.
3. A tua vida privada deve ser inexpugnável
A vida é tua e só tu sabes as batalhas que enfrentas todos os dias. Por isso mesmo, não temas em manter distância dos bisbilhoteiros e das pessoas que não se importam contigo, mas que, ainda assim, insistem em intrometer-se e dar palpites na tua vida privada.
4. O sonho comanda a vida
Evita contato com todo aquele que faz pouco dos teus sonhos, que os desvaloriza e até ri deles. Em compensação, cerca-te de quem acredita neles e que te pode ajudar a realizá-los.
5. Tolerância zero para com segundas oportunidades
Com isso quero dizer que dar uma segunda hipótese a pessoas que já te desiludiram e nas quais deixaste de confiar é o mesmo que esperar que chova no deserto do Saara. Ou seja, espera-se demasiado tempo para presenciar tal fenómeno. Acreditar nas promessas de quem não soube merecer a tua confiança não passa de ilusão, por isso afasta-te desse tipo de espécie humana.
6. Se conselho fosse bom, seria pago
Todo mundo tem conselhos para dar sobre tudo e mais alguma coisa. Sobre a vida alheia, então…. Perante aquelas pessoas que passam a vida a dizer-te como deves viver a tua, em especial as que não põem em prática o que apregoam, só há uma coisa sensata a fazer: não desperdiçares o teu tempo com elas, já que o mais provável é que não saibam o que é melhor para elas quanto mais para ti.
7. Os fracassos são teus e mais ninguém tem direito a fazer uso deles
Infelizmente, algumas pessoas sentem-se melhor menosprezando os outros. Não permitas que tal aconteça contigo. Mantém-te firme na tua posição e evita o tipo de pessoas que te atira com os fracassos à cara e te faz sentir incompetente ou incapaz.
8. És digna de amor sim e ponto final
Por isso, evita as pessoas que insistem em dizer que és complicada e tal e que deverias mudar. Acredita que existem pessoas que te amam e te aceitam exatamente como és, ou seja, com todos os teus defeitos. São essas que interessa ter sempre por perto. O resto é o resto. E nunca ninguém precisou de restos para ser feliz.
9. Usar e abusar da tua bondade
Permitir que façam uso indevido das tuas qualidades mais altruístas é emocionalmente desgastante e uma batalha inglória. Dás o teu melhor e, em contrapartida, absorvem toda a tua boa vontade, sem falar no teu tempo, sem nada de bom dar em troca. Escusas deixar de ser uma boa amiga para saberes identificar quando alguém te toma por garantida.
10. É a paixão que nos faz querer ir mais além
Não deixes que te desviem da tua paixão, ainda que esta pareça insana, exequível ou incapaz de te garantir o sustento. Permitir que os outros interfiram com a tua verdadeira vocação é abrir mão do melhor de ti e deixar que outros assumam o comando da tua vida.
11. O teu tempo é mais importante de que o tempo dos outros
Não deixes que te pressionem com limites de tempo. As pessoas adoram calendários e prazos, mas isso não quer dizer que tenhas que te regular em função delas. Dá o teu melhor, sempre dentro do teu timing, e deixa a vida te levar.
12. Os artigos é que levam rótulos
Não permitas que te rotulem. As pessoas adoram rotular os outros - vulnerável, emocional, louco, indeciso, chato, exigente, complicado e por aí adiante - porém não és obrigada a aturar isto. Abre mãos de todos os rótulos para não ter que levar com nenhum deles.
13. Os teus planos devem ser a tua prioridade
Não permitas que te façam desistir dos teus planos. E se fores abrir mão deles, que seja por ti e não pelos outros. Na vida há que arriscar e de ter fé, pelo que não vale a pena partilhares os teus planos e as tuas ideias com quem não será capaz de os entender.
14. Os erros alheios não são responsabilidade tua
Não deixes que te culpem pelos erros dos outros e muito menos admitas que te usem como saco de pancada ou bode expiatório para falhas alheias.
15. Cada um tem o lugar que merece na tua vida
Dá a cada pessoa o lugar que ela merecer, caso contrário, corres o risco de te sentires usada, esgotada ou até mesmo dececionada. Se alguém te trata como prioridade, dá-lhe um lugar de destaque na tua vida. Se não, relega-a para os bastidores, de preferência dentro de um armário trancado a cadeado e cuja chave caiu num calabouço.
Para o bem da nossa sanidade mental, social e, porque não dizer física, convém não darmos margens a esse tipo de atitudes, que só servem para nos deixar ansiosos, estressados, diminuídos, infelizes, frustrados e ressentidos. Se para isso tivermos que banir algumas pessoas do nosso convívio…, olha temos pena. O importante é sermos e estarmos felizes, pelo que quem não contribui para tal coisa, não merece fazer parte da nossa vida.
Pertenço ao grupo do Facebook Emprego Lisboa, onde, além de partilharmos as ofertas e oportunidades de trabalho e formação, vamos discutindo tudo o mais que tenha a ver com o drama nosso da procura por um trabalho.
E muito se tem falado entre nós acerca das empresas fakes, que abundam por aí a recrutar incautos e a extorquir dinheiro aos mais despreparados. E a pergunta que a maior parte dos aliciados têm feito é: "como é que conseguiram os meus dados, se não respondi a nenhum anúncio deles?"
Pois, eu tenho a resposta. E esta é verdadeira, pois resulta de uma experiência que fiz - porque não dizer armadilha -, através da qual obtive a prova concreta de como funciona esta dinâmica corrupta e amoral.
Dias atrás, forneci um endereço de e-mail único (que tinha acabado de criar propositadamente para o efeito) a um desses sites que praticamente nos "obriga" a registar para podermos ver as ofertas ou responder a anúncios. Não forneci esse endereço a mais ninguém.
Ontem, toca-me o telefone e uma senhora atipicamente empática diz-me que me estava a contatar na sequência de uma candidatura a uma vaga de apoio ao cliente. Tenho respondido a tantos anúncios que mal me lembro de todos eles, pelo que me dispus a agendar uma entrevista com eles. Diz-me ela que depois enviaria a morada por sms. 30 segundos depois, recebo o tal sms a dizer que a entrevista seria na rua Alexandre Herculano, nº 2. Preciso dizer mais?
Já me tinham contatado da JR Marketing Solutions, da Lemonade e agora foi a VanSN Marketing, membros honorários da nossa lista de empresas fraudulentas.
Após constatar a empresa por detrás do convite de entrevista, pus-me a pensar como é que tinham tido acesso aos meus dados, já que nunca na vida responderia a um anúncio que viesse da parte deles. Ocorreu-me ir checar o inbox desse endereço de e-mail (que não tinha dado a mais nenhum recrutador) e estava lá a mensagem de confirmação da entrevista por parte da VanSN.
Era a prova que me faltava. Ou seja, o site no qual inscrevi-me com esse endereço os forneceu a esse grupo, sem pudor, sem escrúpulos e sem o meu consentimento. Quando digo forneceu, quero dizer "vendeu" ou são eles próprios os donos destes sites.
Por isso, aos camaradas de luta, deixo um alerta: muito cuidado com os sítios onde deixam os vossos dados. Alguns deles são autênticos mercenários que se aproveitam do drama dos desempregados para montar um verdadeiro negócio de base de dados, que depois vendem ao desbarato a empresas fraudulentas do qual todos nós já aqui discutimos.
Ainda há dias, a Sic Notícias exibiu uma reportagem sobre esse submundo do recrutamento, em que ofertas de emprego falsas servem o único propósito de angariar contatos, que mais tarde serão convertidos em bases de dados, que depois serão vendidos a empresas sob a forma de mailing list.
E não penses que as empresas ditas "idóneas" também não fazem isso. Vou dar-te um exemplo: há uns tempos atrás candidatei-me a uma vaga na Nestlé Portugal. E, coincidência das coincidências, a partir daí tenho recebido religiosamente a newsletter deles. Agora a pergunta: como obtiveram eles este meu endereço, que só uso para questões profissionais? Eu candidatei-me a um emprego e não a receber propostas comerciais.
A todos os desempregados que seguem este meu blog despeço-me com um alerta: fiquem atentos a ofertas e sites duvidosos e não se ponham a jeito, pois o mercado de trabalho está cheio de pessoas mal-intencionadas, que não hesitam em lucrar com o infortúnio alheio.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.