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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!

29
Set23

Quem não é bom ímpar...

por Sara Sarowsky

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Ora viva! 🖖

Para encerrarmos a semana em grande, convido-te a ler a minha crónica de setembro para o Balai Cabo Verde, publicada há instantes. Boa leitura e um esplendoroso fim de semana.

Quem não é bom ímpar...

Por dias a fio, dei voltas à cabeça tentando decidir qual seria o tema da crónica deste setembro, o mês da rentrée, aquele que nos renova o ânimo para o resto do ano.

Era minha intenção falar sobre o Prémio de Mérito Migrante com o qual acabo de ser distinguida na Assembleia da República portuguesa, pelo meu desempenho em prol do empoderamento feminino. Temendo cometer o pecado da bazófia, achei mais altruísta dissecar o poder da dificuldade, título de um livro sobre empreendedorismo feminino, cujo prefácio assinei e em cuja cerimónia de lançamento estou diretamente envolvida.

Nova mudança de ideias levou-me a cogitar a hipótese de escrever sobre a diáspora cabo-verdiana, cujo movimento associativo promoveu, na semana passada, um grande encontro em Lisboa, com o qual tive a oportunidade de colaborar. Por não ser a minha área de atuação, ou seja, para não correr o risco de dar bitaites sem real conhecimento de causa, optei por alterar o rumo dos pensamentos.

A essa altura do brainstorming ocorreu-me anunciar a chegada do Empodera-te! a Cabo Verde, mais concretamente à Praia, minha cidade-natal. Por ainda não querer levantar (publicamente) o véu sobre um evento que irá inspirar, impactar e capacitar as mulheres da minha ilha, acabei por decidir-me por um tema neutro e no qual estou perfeitamente à vontade; até porque já faz alguns meses que não escrevo sobre relacionamentos. Assim, intenta esta crónica esclarecer porque motivo aquele que não é bom ímpar jamais poderá ser bom par, isto é, porque quem não sabe ser feliz solteiro jamais poderá ser feliz emparelhado.

Toda vez que ouço dizer que se quer encontrar alguém para ser feliz sou imediatamente acometida de uma aguda crise de urticária emocional. Tal crença é pura falácia, (convenientemente) alimentada, primeiro, pela literatura e, depois, pelo cinema, duas indústrias que descaradamente lucram bilhões à custa de ingénuos que acreditam piamente que alguém vai irromper pelas suas vidas com a missão de os fazer conhecer a (real) felicidade.

O amor, esse sentimento que inspira poetas e escritores desde os primórdios da civilização moderna, e que tantas vezes nos faz embarcar numa obsessiva odisseia em busca da alma gémea - a tal metade que é suposto completar-nos - pode ser uma dor sem tamanho para aqueles que são incapazes de compreender um detalhe crucial: para ser um bom par é fundamental ser um bom ímpar primeiro.

Imagina um baile, onde todos os casais dançam harmoniosamente, em que cada pessoa encaixa-se perfeitamente no ritmo da música com o seu par perfeito. No entanto, nesse salão, também estão aqueles que não aprenderam a dançar sozinhos, que não se sentem completos por si mesmos. São como números pares, esperando desesperadamente encontrar o seu correspondente.

O relacionamento amoroso é como essa dança. Antes de se unir a alguém, é necessário que o dançarino aprenda a dançar consigo mesmo. O amor-próprio e a autoestima são os passos iniciais dessa coreografia. Quando nos amamos a nós mesmos, tornamo-nos um número ímpar, independente e completo, capaz de dançar a dança da vida com graciosidade, mesmo sem um par.

Amar a si mesmo não significa ser egoísta ou narcisista. Significa reconhecer o próprio valor, cuidar de si mesmo e desenvolver uma relação saudável com o próprio eu. Tornar-se a sua melhor versão possível, nutrir a própria felicidade e bem-estar é um compromisso que cada um de nós deve assumir desde a mais tenra idade.

Somente quando somos ímpares confiantes podemos nos tornar pares que se complementam. Como tal, um relacionamento saudável requer duas pessoas ímpares, completas por si sós, unidas para criar algo ainda mais bonito. Em vez de depender um do outro para preencher vazios emocionais, eles compartilham as suas vidas, sonhos e alegrias.

Lamentavelmente, demasiadas vezes até, vemos relacionamentos onde um ou ambos os parceiros são números pares desesperados, buscando incessantemente validação, amor e felicidade no outro, esquecendo-se de que essas coisas devem primeiro vir de dentro. Relacionamentos assim frequentemente se tornam tóxicos e insatisfatórios, porque ninguém pode preencher permanentemente o vazio emocional de outra pessoa.

Como posso aprender a amar a mim mesmo antes de amar o outro, deves estar a perguntar-te. Começando por te conhecer profundamente. Explora os teus interesses, paixões e valores. Cuida da tua saúde física, mental, emocional e espiritual. Cultiva relacionamentos saudáveis com amigos e familiares. Define metas e trabalha para alcançá-las. E, acima de tudo, pratica a gratidão e a autocompaixão.

Lembrar que "quem não é bom ímpar jamais será bom par" é uma lição valiosa, já que quando somos bons ímpares, quando aprendemos a amar e respeitar a nós mesmos, estamos em muito melhor posição para construir relacionamentos amorosos saudáveis e duradouros. Lembra-te que a verdadeira felicidade está em encontrar alguém que partilha os mesmos valores e te completa, em vez de alguém que preenche as tuas necessidades.

Portanto, antes de saíres à procura do amor, dedica um tempo para te tornares um ímpar confiante. Dança contigo mesmo na pista da vida, aproveita cada passo e, quando encontrares alguém com quem desejas encetar uma dança a dois, a probabilidade de criarem uma coreografia que encantará todos que tiverem o privilégio de assistir à vossa performance é infinitamente maior. Jamais te esqueças que o verdadeiro amor começa em ti e floresce quando dois números ímpares se encontram numa harmoniosa dança de conexão e afeição.

Aquele abraço amigo e até à próxima!

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03
Abr23

Sou solteira, sim!

por Sara Sarowsky

6E373445-0E24-49F5-A10E-0071A37DD7F0.jpegOra viva! 🖖

Para este início da semana santa, proponho uma crónica assinada pela Rita Dias e publicada na rubrica Megafone do jornal Público, em 2 de novembro de 2022, através do qual a autora assume, sem complexo nem bazófia, a sua condição amorosa, reconhendo os prós e contras da solteirice feminina e ambicionando esclarecer se estar junto compensa.

Gosto de princípios felizes e de finais felizes, mesmo quando são tristes. Sou romântica. Demorei algum tempo a perceber que isto não corresponde aos princípios tristes e aos finais felizes dos filmes da Disney, que consegui ver infinitas vezes no mesmo dia. O amor real é outra coisa e nem sempre anda de mão dada.

Em Portugal, em 2021, segundo a Pordata, havia praticamente tantas pessoas casadas como solteiras, na ordem dos quatro milhões para cada grupo. Só que as pessoas casadas estão juntas, à partida, e as pessoas solteiras não. Estão solteiras. Para as pessoas em união de facto, os últimos dados são de 2011, na ordem das 700.000. E ainda sobram os namorados, namoradas e "namorades", que talvez ponham as pessoas solteiras-solteiras num número consideravelmente menor. Se juntarmos a diferença entre homens e mulheres, temos mais homens solteiros do que mulheres, 46,8% e 40,2% respectivamente.

Mas, ao que parece, segundo um estudo de 2017 da empresa britânica Mintel, há mais mulheres solteiras felizes do que homens solteiros felizes e a explicação pode residir no facto de as mulheres trabalharem mais nas e para as relações do que os homens. Quando estão sós, estão mais acompanhadas por si próprias.

Ao que parece também, um estudo americano do Pew Research de 2019 avança que os homens solteiros têm mais probabilidade de se encontrarem desempregados, em situação financeira frágil e sem formação universitária, enquanto as mulheres solteiras ganham o mesmo que recebiam há 30 anos, mas as que têm parceiros vêem os seus rendimentos aumentar em 50%.

A minha pergunta: estar junto compensa? Faço parte do grupo de solteiras-solteiras. Já não estou numa relação sólida há anos suficientes para não me querer lembrar e tenho apenas 33 anos. Sou uma jovem mas não sou uma jovem, mais ou menos como quando se diz a jovens que já não são crianças mas que ainda não atingiram a idade adulta, só que com mais 20 anos em cima.

Conheço as dores e as delícias de não dividir a vida ao meio: a casa vazia para o bem da quietude e para o mal da solidão, o dinheiro para o bem de gastar por uma e para o mal de não partilhar contas por dois, as viagens para o bem do encontro connosco mesmas e para o mal de nos perguntarem como podemos estar sozinhas se somos isto mais isto mais isto, a autonomia para o bem de fazermos o que queremos e para o mal de sermos uma afronta. Fico-me por aqui no rol.

Sou uma mulher independente, valorizo-me e valorizo o meu trabalho. Desconfio que isso toque os homens com quem me cruzo, mais uma vez para o bem e para o mal. Nunca senti o peso da sociedade, nem da família, para ter namorado, para casar ou estabelecer uma união de facto, para engravidar. Mas é cada vez mais evidente que não estou só sozinha em casa, estou também tendencialmente sozinha na minha faixa etária.

É este o peso que me pesa porque os hábitos e as actividades são naturalmente diferentes entre pessoas solteiras e pessoas casadas, com agregados familiares. O meu pára-quedas não assenta como parecem assentar os da maioria das pessoas da minha idade. 'O tempo que és em mim' é o título de uma série espanhola com produção original da Netflix. Conceito, história, actores e actrizes maravilhosos. A actriz principal Nadia de Santiago, no enredo, está a caminho dos 33 anos. Está em causa o fim de uma relação, mas também se percebe como a vida é fatalmente diferente com um parceiro e sem ele, como pode ser tão libertadora e tão penosa das duas formas.

Vi os dez episódios de 11 minutos no domingo das eleições brasileiras, em que justamente ganhou a democracia. Domingo também é o dia de 'Quem quer namorar com o agricultor?', um programa da SIC que fiz questão de assistir uma vez para poder continuar a escrever que o machismo e a falta de educação (e de cultura) são problemas estruturais no nosso país, propagados por meios de comunicação social, em que injustamente perde a democracia.

Não encontro respostas sobre se há um melhor cenário. Ou, respondendo concretamente à minha própria pergunta, sobre se estar junto compensa. Não há respostas. Há fases, há dias, há pessoas. Tenho o tempo que há em mim. De mão dada ou não, tê-lo-ei sempre.

Despeço-me com aquele abraço amigo tão nosso e a promessa de regressar amanhã, com o último episódio da primeira temporada do podcast Ainda Solteiros, cujo tema ainda não decidi, mas que estou em crer que vai ser do teu agrado. Hasta!

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17
Mar23

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Ora viva! 👋

Estou sempre a dizer que sexta-feira pede leveza no olhar e emoção no coração. Como tal, proponho encerrarmos esta semana, à semelhança da anterior, com um conteúdo relacionado com um dos meus temas favoritos, o amor. Como referi há dois posts atrás, sinto-o no ar e no que depender de mim vai ele continuar a estar por tempo indeterminado.

Ainda te lembras do Empodera-te!, o tal evento que organizei no início do ano, e que se revelou um sucesso retumbante? Claro que te lembras, ai de ti que apagues da memória esse marco indelével na vida desta tua solteira favorita e da de centena de mulheres e dezena de homens que atenderam ao meu apelo e deram o ar da sua graça no auditório do CCCV - Centro Cultural de Cabo Verde, no passado dia 6 de janeiro.

O impacto dessa iniciativa em prol do empoderamento feminino foi de tal ordem que em breve divulgarei uma segunda edição e um programa de rádio a ele associado. Voltando a esse momento, uma das palestras desse evento inserida no painel sobre o empoderamento emocional, debruçou-se sobre as linguagens do amor. Com uma emotiva intervenção, a educadora e agente de mudança Georgina Angélica explicou quais são e como podemos identificá-las, desafiando a assistência a identificar aquela(s) com a(s) qual(is) mais se identifica(m).

Resgatando esse momento, numa saudosa alusão àquela tarde mágica, venho agora partilhar contigo as linguagens através das quais expressamos a afeição por aqueles que moram no nosso coração, sendo que cada uma delas diz muito sobre a maneira como gostamos de ser tratados (e de tratar os outros).

De acordo com Gary Chapman, autor do best-seller The 5 Love Languages, publicado há mais de 30 anos, todos nós temos uma linguagem de amor primária e uma secundária. Como tal, é importante que as conheçamos bem, não só para estarmos familiarizados com as nossas necessidades, mas também para podermos responder adequadamente às necessidades daqueles que amamos. 

São estas as cinco linguagens do amor, de acordo com o pastor e conselheiro matrimonial que utiliza o termo para explicar as diferentes formas de expressarmos e recebermos este sentimento tão complexo:

1. Presentes
Esta linguagem não envolve necessariamente oferecer ou receber presentes extravagantes. Podem ser cartas de amor, flores ou até mesmo chocolates; o importante é que são símbolos de amor para quem os dá ou para quem os recebe. As pessoas que precisam de presentes sentem-se validadas quando a cara-metade despende dinheiro e/ou tempo para escolher algo para elas.

2. Toque Físico
Ou seja, demonstrar amor através de abraços, carinhos, intimidade, etc. As pessoas que valorizam o toque físico sentem necessidade de demonstrações de afeto constantes para se sentirem amadas e mostrarem aos outros que os amam.

3. Palavras de afirmação
Esta linguagem envolve uma comunicação verbal afirmativa, positiva e que valoriza o outro. Ou seja, garantias que confirmam o amor interno de uma forma externa. As palavras positivas têm o poder de fazer com que as pessoas se sintam mais valorizadas, confiantes e amadas.

4. Atos de serviço
Ser atencioso com alguém é outra forma de se expressar amor. Quer se trate de fazer limpezas, cozinhar, dar boleia ou fazer um recado, através destes gestos, uma pessoa sente ou demonstra que gosta da outra.

5. Tempo de qualidade
Aqui, tudo se resume ao tempo dedicado à pessoa amada, com toda a atenção completamente virada para ela. Diz respeito a ouvir e compreender a cara-metade, sem deixar que distrações atrapalhem esse momento.

Com esta saio de cena com o sentimento de dever cumprido e desejosa de que saibas dar o devido valor a este post amigo. Beijo duplo 💋 e até para a semana!

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13
Mar23

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Ora viva! 👋

Aqui pelos lados da Península Ibérica o calor e o  seu provedor deram o ar da sua graça no fim de semana. Hoje, o cenário é bem diferente, contudo, o facto de estarmos em contagem decrescente para a saída de cena do inverno deixa-nos bem-dispostos, e deveras propensos a abrir o coração ao amor.

Ele já anda no ar desde fevereiro, o mês dos enamorados, e, ao que tudo indica, vai continuar assim. Pelos menos, no que depender de mim. Tudo isso para dizer que hoje vim desafiar-te a assumires o que de facto procuras num companheiro. A minha intenção é descobrir se sabes mesmo o que queres numa relação amorosa e se os parceiros que tens escolhido vão ao encontro dessa certeza. Baralhada? Continua a ler que já vais entender!

Para nos ajudar na (inglória) missão  de tentar entender as motivações humanas no que toca ao amor, chamo à conversa Dan Conroy-Beam, do departamento de psicologia e estudos cerebrais da Universidade da Califórnia (UC), académico que estuda a formação de relacionamentos e tem batalhado para entender se as pessoas realmente escolhem racionalmente os seus pares românticos.

Partindo dos dados de um questionário realizado no início dos anos 2000, a equipa daquela universidade norte-americana transformou algumas sessões de speed dating num campo de estudo, cujos voluntários da pesquisa respondiam, depois de uma série de encontros às cegas, o que procuravam num relacionamento amoroso. O foco dos investigadores era encontrar um padrão que explicasse o código do amor.

Contudo, uma evidência que faz jus ao bom e velho ditado de que "o amor é cego" veio à tona: as preferências dos participantes, na maioria dos casos, não era compatível com os parceiros escolhidos nos encontros. As informações recolhidas fizeram com que os pesquisadores reavaliassem as suas suposições sobre como nascem os relacionamentos amorosos. "Já ouvi pessoas dizerem: 'A atração é como um terremoto. Você simplesmente não pode prever quando isso vai acontecer com antecedência. É inerentemente imprevisível'", partilhou o professor e psicólogo num podcast sobre o assunto.

Na prática isso quer dizer que raramente existe match entre o que procuramos numa relação e a(s) pessoa(s) pela(s) qual(is) acabamos apaixonados. É, meu bem, enquanto os estudiosos não descobrem a fórmula do amor, nós os comuns dos mortais continuamos à mercê do Cupido. E tu já te apaixonaste por alguém que era o contrário de tudo o que procuravas numa relação?

Beijo 💋em ti e até amanhã, dia da estreia de um novo episódio do podcast Ainda Solteiros, dedicado ao erros que os homens cometem nos primeiros encontros. Hasta!

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10
Mar23

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Ora viva! 👋

Começamos a semana com amor, que tal terminá-la com paixão, ou seja, com algo muy caliente, capaz de te libertar da rotina e dar uma incrementada na tua vida sexual (caso tenhas uma, obviamente!). É, meu bem, hoje vou apresentar-te uma dúzia de ideias para passares de sexo bom ou satisfatório para sexo espetacular, inesquecível mesmo. Prepara-te que vem aí conteúdo altamente erótico, capaz de ferir a suscetibilidade dos leitores mais sensíveis. Se calhar deveria acrescentar bolinha vermelha 🔴 a este post 😉.

"Dê um novo alento à sua relação, ao acabar com a ideia de que o sexo tem de ser sempre igual. Desprenda-se de preconceitos, tabus, receios ou vergonhas, porque a intimidade é para ser vivida de forma livre e criativa", aconselha Irina Marques, especialista em sexologia educacional e diretora da Flame Love Shop, uma marca portuguesa de artigos para a sexualidade.

"Ser diferente no sexo não significa que existe um problema, obviamente com exceção do que não é saudável ou implique algum tipo de transtorno. Se assente no diálogo, na confiança e no mútuo acordo, as práticas "kinky" (ou excêntricas) podem ser uma boa oportunidade para quem está à procura e quer explorar novos caminhos na sexualidade. Podem ser muito benéficas para o casal", acrescenta Irina Marques. 

Como tal, propõe estas 12 ideias 'fora da caixa':
1. King Out
"Explore todas as possibilidades do sexo sem penetração, dando foco às suas zonas mais sensíveis e àquilo que o/a excita verdadeiramente. O King Out é uma prática que tem ainda os benefícios de melhorar a comunicação e permitir o orgasmo a quem não o consegue da forma convencional."

2. Dogging
"Exibicionismo, voyeurismo ou swing, no dogging há um pouco de cada. Esta prática de fazer sexo em público, com desconhecidos, enquanto outros observam, pode ser um novo desafio para os casais mais liberais, com relações consolidadas e cúmplices."

3. Kokigami
"Criatividade é o que se impõe nesta arte ou jogo sexual japonês, que consiste em embrulhar ou disfarçar o pénis com origami, para depois ser oferecido ao/a parceiro(a). É uma forma de surpreender o outro com uma prenda 'picante' e bem especial."

4. BDSM, Shibari ou Kinbaku
"Descubra os prazeres de encarnar os papéis de dominador ou de dominado, através das práticas de bondage e disciplina, dominação e submissão, sadomasoquismo (BDSM). Descubra ainda o Shibari, a arte japonesa de amarrar alguém com cordas, e do Kinbaku, em que essa arte é associada a uma vertente mais emocional."

5. Encenações, objetos e disfarces
"Torne reais as fantasias do casal, ao entrar na pele de personagens e encenar diferentes histórias. Não se restrinja na criatividade, procure tudo o que possa tornar a experiência o mais real possível, entre objetos relacionados com o argumento e os disfarces que os aproximem dos personagens."

6. Estimulação com texturas
"Use e abuse de materiais com diferentes texturas, que possam trazer novas sensações. Penas, peles, seda e outros tecidos, algo mais macio ou áspero, húmido ou seco, vale tudo para obter mais prazer. E, se acrescentar uma venda, aumenta a sensação."

7. Filmes caseiros
"Se está preparado(a) para ser protagonista, talvez seja a altura de pensar em produzir o(s) seu(s) próprio(s) filme(s) caseiro(s). Viva toda a emoção de criar o argumento, os personagens e a ação, de preparar e filmar cada ângulo, e, depois, de assistir à história em tela grande." 

8. Menu erótico e sexual
"Crie a sua própria ementa erótica e sexual, e ofereça ao/a seu/sua parceiro(a) a oportunidade de experimentar novas "iguarias". Tal como um menu de restaurante, dê nome às opções e descreva, de forma criativa, o que as compõem. Depois, é só saber o que o outro vai querer como 'prato do dia'."

9. Strap-on
"Este brinquedo, que consiste num género de cinto com um dildo ou vibrador acoplado, destina-se à penetração e pode ser utilizado por ambos os sexos. Se o seu companheiro está renitente sobre esta prática, é importante dialogar e ir devagar."

10. Swing, trios, grupos e bonecos
"Trazer novos elementos para a intimidade pode ajudar a sair da rotina e garantir mais emoção. Se estiverem preparados, podem descobrir a troca de casais e o sexo a três ou em grupo. Para quem não quer ir tão longe, os bonecos sexuais trazem novas possibilidades."

11. Jogos de comida
"A comida está ao lado dos prazeres carnais, por isso não descure também esta opção para apimentar a relação. Leve para a intimidade as sensações frias, quentes ou à temperatura ambiente de gelados, chocolate, natas, mel, ostras ou frutos."

12. Brinquedos, máquinas e aparelhos
"As máquinas e a tecnologia ajudam-nos em muitas dimensões da nossa vida e trazem novos horizontes à intimidade. Experimente o poder dos brinquedos eróticos, das máquinas sexuais e de outros aparelhos que possam amplificar o prazer."

Ui ui, depois desta, retiro-me de cena em brasa e pesarosa de não ter com quem por em práticas estas ideias. Pode ser que tu consigas; se assim for, goza por mim, tá? Beijo duplo 💋 e até para a semana!

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06
Mar23

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Ora viva! 👋

Porque só o amor importa, e convém que a semana arranque sob a mais auspiciosa de todas as energias, proponho hoje irmos à descoberta dos países mais românticos do mundo, aqueles que albergam os casais mais felizes.

Acredites ou não, há um estudo que se debruça sobre a localização geográfica dos emparelhados mais satisfeitos com a sua relação amorosa. Eu, como cusca de primeira que sou, estou sempre atenta a conteúdos do género, já que sei que são do teu agrado. É neste contexto que venho partilhar contigo os resultados de uma pesquisa que visou perceber onde estão no mundo os casais mais apaixonados.

Para descobrir como o amor é diferente de país para país, Piotr Sorokowski e a sua equipa da universidade polaca de Wrocław entrevistaram 9.474 adultos de 45 países, que estão atualmente em vários tipos de relacionamentos. Os dados apurados comprovam que aqueles que vivem em geografias mais multiculturais, com melhor qualidade de vida e maior igualdade de género, são mais românticos.

Segundo o investigador, citado pela New Scientist, o índice de desenvolvimento do país está intimamente ligado a "pontuações de amor" mais elevadas. Ou seja, quanto melhor forem as condições de vida, melhor será também o relacionamento com o parceiro(a).

É neste contexto que os entrevistados húngaros são os que apresentaram "pontuações de amor" mais elevadas, seguidos pela Malásia, Portugal, Estados Unidos e Itália. Em contrapartida, no fim da tabela, com as pontuações mais baixas encontramos a Áustria, Jordânia, Coreia do Sul, Uganda e Paquistão.

O estudo, publicado no mês do amor, permitiu ainda concluir que  os participantes de culturas mais abertas, que enfatizam o bem da comunidade, tendem também a ter "pontuações de amor" mais altas do que países mais "fechados". Sorokowski sustenta que pessoas de sociedades multiculturais tendem a ser mais altruístas em relação aos parceiros, o que pode levar a laços mais fortes.

Eis, pois, o top ten dos países mais românticos do mundo:
1. Hungria
2. Malásia
3. Portugal
4. Estados Unidos
5. Itália
6. Eslovénia
7. México
8. Índia
9. Austrália
10. Polónia

E dos menos românticos:
1.Paquistão
2. Uganda
3. Coreia do Sul
4. Jordânia
5. Áustria
6. Alemanha
7. Nigéria
8. Vietname
9. Turquia
10. China

Com esta constatação de que Portugal leva o bronze dos países onde existem mais casais felizes, renovo as minhas esperanças num desfecho risonho para as minhas aspirações românticas. Despeço-me com aquele abraço amigo de sempre e a garantia de estar de volta amanhã com um novo episódio do podcast, dedicado ao jejum, prática que abracei há quase seis anos e que recomendo vivamente. Hasta!

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Ora viva! 👋

Cheguei, e comigo trouxe um novo episódio do Ainda Solteiros, acabadinho de estrear nas plataformas do costume. Disponível há pouco mais de uma hora no Spotify, na Apple e na Google, intitulei este 15º progama de Toda a verdade sobre a regra dos 90 dias

Ah pois é, conforme adiantado no post anterior, chegou a vez de eu falar-te de uma das mais contundentes e controversas regras de relacionamento, da qual sou defensora convicta, ainda que esteja consciente de que, nos dias que correm, são autênticos unicórnios os homens que aceitam esperar meses e meses para reclamar o seu bilhete premiado, se é que me entendes... 

Como tal, na conversa amiga desta semana faço um apanhado dos motivos pelos quais se recomenda a abstinência sexual nos primeiros três meses da relação. Ao longo de 28 minutos fiz uma viagem que começou nos ensinamentos do Steve Harvey, autor do best-seller 'Comporte-se como uma senhora, pense como um homem', escalou nos argumentos da autora da página 'Artes Família' para, por fim, aterrar nas considerações de Myisha Battle, coach que vem esclarecer a diferença entre os conceitos "fazer amor" e "fazer sexo". Pelo meio, parei aqui e acolá nas minhas próprias experiências pessoais, já que sou absolutamente apologista da ideia de que dar o corpo ao manifesto logo nos primórdios do relacionamento não é uma boa táctica para quem almeja algo mais do que sexo casual.

Convido-te a ouvir, partilhar, recomendar, comentar e assimilar o conteúdo da última aventura de um podcast chamado Ainda SolteirosBeijo beijo 💋e até sexta-feira, altura em que trarei outra mão cheia de passos para te apaixonares por ti!

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24
Jan23

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Ora viva! ✌️

Voltei, e comigo trouxe um novo episódio do podcast, inteiramente dedicado ao assunto mais quente deste blog, aquele que há mais de quatros anos mantém-se no pódio dos mais lidos. És capaz de adivinhar a que me refiro? Não? Dou-te uma pista: é doce como o açúcar.

Acredito que já devas ter ouvido falar de sugar daddies e sugar babies. E de sugar mommies? Tens curiosidade em saber mais sobre o assunto? No programa de hoje irás entender tudo sobre o tema best reader do Ainda Solteira, aquele que conta com mais visitas, mais vizualizações, mais leituras, mais comentários e mais reações, desde a sua publicação, em 22 de janeiro de 2018, e que fala precisamente sobre as mulheres que pagam por amor e sexo.

Ao longo de 29 minutos, vais entender porque cada vez mais homens jovens e atraentes procuram relacionar-se com essas mulheres mais experientes e cheias de poder, dispostas a patrocinar um parceiro mais novo em troca de companhia sexual, sentimental, social e lúdica.

O episódio 10 da saga Ainda Solteiros já está disponível, como de costume, no Spotify, na Apple Podcasts e no Google Podcasts. Corre para ouvir, que eu caprichei na abordagem à questão das cotas jovens que bancam garotões, como se diz no Brasil, em troca de prazer.

Agora falando diretamente para os inúmeros boys que, em reação ao citado post, enviaram mensagens a oferecerem os seus préstimos, é bom que retenham isto: se queres ser um sugar baby, é bom que estejas preparado para estar à altura das sugar mommies, pois elas não brincam em serviço, costumam ser ainda mais taxativas e exigentes do que os sugar daddies.

Traduzindo, não te vais safar apenas com uma carinha laroca e um corpinho tonificado; tens que ter tutano, ou seja, possuir formação e informação. Atenção que não estou a dizer que é mandatório que possuas estudos superiores ou que saibas falar mandarim. Nada disso! Tens é que saber entrar, estar, sair, expressar, conversar, fazer boa figura, no fundo. Ouve este episódio para entenderes a mensagem que te quero passar.

Agora que o recado está dado vou à minha vidinha, que hoje é dia de ir ao ginásio 😩. Após mais de sete meses de baldação, estes primeiros dias têm-me custado horrores. Sinto dor em sítios que nem sabia ser possível sentir dor. Reza por mim, estás bem? 😉

Beijo beijo 💋 e até sexta!

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Ora viva! ✌️

Como há muito que não trago um texto de autor, e tendo em conta que é sexta-feira, ou seja, a inspiração e a criatividade estão nos níveis mais baixos da semana e a nova crónica para o Balai CV não se escreve sozinha, convém lembrar a mim mesma, eis-me aqui para te apresentar Emma John, uma mulher de 40 anos que não quer ter filhos nem marido e que, por isso, assume ter "menos rugas e mais dinheiro".

Eis o artigo do Seu Amigo Guru sobre esta solteira convicta, que, tal como eu, abraçou a causa de desencardir mentes e desmistificar crenças em relação à solteirice no feminino.

O papel das mulheres na sociedade nunca foi simples. Muitas coisas mudaram, mas ainda é uma dura realidade que as mulheres sejam constantemente julgadas ao tomar decisões profundamente pessoais. Se não casarem antes de certa idade, se não tiverem filhos, se não iniciarem uma determinada carreira profissional; muitas mulheres acabam tendo que enfrentar um escrutínio desconfortável de todo o mundo.

Emma John é uma escritora que sabe muito bem o que é isso . Durante os anos de faculdade, ela pensou que conheceria quem se tornaria seu marido, mas não o fez. Ela teve vários relacionamentos, mas todos duraram apenas alguns meses. "Quando fiz 26 anos, conheci Matt, um homem bom e decente por quem eu deveria ter me apaixonado completamente. Mas eu não quis", Emma lembrou.

Suas amigas estavam celebrando seus casamentos e quando ela se tornou a única que não era casada, sua família começou a pressioná-la cada vez mais. "Minha mãe estava tão preocupada com minha suposta solidão que uma vez me deu uma assinatura de um aplicativo de namoro. Alguns teriam ficado ofendidos com algo assim, mas eu vi o lado bom e agradeci a ela”, disse Emma.

Emma garantiu ao site Viralistas que sua solteirice é seletiva e com o tempo ela aprendeu que não precisa de um marido para se sentir completa ou realizada. Apesar de tudo, muitos falam sobre seu "relógio biológico" e avisam que o tempo de ser mãe está se esgotando. Finalmente, Emma decidiu transformar todos aqueles comentários negativos em um livro.

Lá ela fala sobre como está orgulhosa de seu estilo de vida e os benefícios de ter 40 anos e ser solteira sem filhos. "Você vai envelhecer melhor. Você não terá tantas rugas. Pense em todas as horas de sono. Não haverá noites em que seu parceiro ou filho te acordará", recomendou Emma. Não demorou muito para que as suas palavras causassem uma grande comoção.

Muitas mulheres comentaram que se sentiam muito identificadas com ela, mas as críticas não tardaram a chegar. Em todo caso, devemos lembrar como é maravilhoso que cada pessoa tenha a liberdade de escolher seu caminho . O mais importante é que todos se sintam bem com a vida, sem pensar no que vão dizer. Todas as mulheres merecem viver a vida com que sonham sem se sentirem julgadas.

Então, gostaste deste post? Se sim, deixa um comentário ou partilha a tua experiência de solteirice. De volta estarei para a semana, até lá deixo-te com aquele abraço amigo de sempre!

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12
Dez22

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Ora viva! ✌️

Da monogamia e da poligamia aposto que já ouviste falar. E da sologamia, acaso farás tu alguma ideia do que se trata? Sabias ao menos que esse conceito existe e que há quem não se fique pela teoria? E se eu te desse uma pista... alguém que tenha contraído matrimónio consigo mesmo? A sologamia é precisamente isso e neste post vou contar tudo o que descobri sobre esta forma de elevar a solteirice a um outro patamar.

Acredites ou não, há cada vez mais solteiros a dizerem "sim" a si mesmos. Quer isto dizer que, ao invés de se casarem com o 'amor da sua vida', optam por casar consigo mesmos. Desilusões amorosas ou, até mesmo, a descrença no matrimónio, justificam a decisão de aderir a uma prática que está a ganhar cada vez mais adeptos, sobretudo em geografias como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Canadá, o Brasil e a Nova Zelândia.

Tal como o nome indica, a sologamia acontece quando um indivíduo decide casar a solo, quer seja por nunca ter chegado a encontrar a cara metade, quer seja porque prefere respeitar o ditado de que "mais vale só do que mal acompanhado". Embora inusitada, esta prática mereceu destaque em Jam, Glee ou O sexo e a cidade, séries que contribuíram ativamente para a sua proliferação e globalização.

Vista como uma solução para quem está farto de ouvir a pergunta "mas porque é que ainda estás solteiro/a?", a sologamia mais não é do que o autocasamento, uma prática não reconhecida legalmente em nenhum lugar do mundo, mas em franco crescimento, ao ponto de já existirem negócios inteiramente dedicados a ajudar os noivos a planearem as suas próprias cerimónias, sendo a maioria dos clientes mulheres "urbanas, bem-sucedidas e educadas".

Num momento em que o número de pessoas não casadas atingiu recordes em vários dos países mais desenvolvidos do mundo, mais do que apenas casar consigo próprio, quem escolhe o autocasamento está fazendo uma afirmação poderosa. Os seus praticantes apregoam que se trata de uma questão de amor próprio e aceitação individuais, uma espécie de reconhecimento como sendo merecedor de amor.

Como deves imaginar, a sologamia não reune consenso, sendo muitas as vozes que se insurgem contra, considerando-a uma manifestação de puro narcisismo ou de "adesão sem sentido a uma instituição patriarcal". O facto é que "as mulheres crescem com histórias de casamentos de contos de fada e a cultura da princesa ainda não está desaparecendo em nenhum lugar. Mas as cerimónias de autocasamento permitem-nos reescrever essa narrativa - não precisamos de um noivo", assume Alexandra Gill, cofundadora da consultoria Marry Yourself Vancouver.

Por mais que a mim faça sentido a promessa de "estar comigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-me, respeitando-me e sendo-me fiel em todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe", o autocasamento é too much para esta solteira aqui. Por mais bem-resolvida que ela esteja em relação ao seu amor próprio e à sua situação amorosa. E tenho dito!

Estarei de volta amanhã com um novo episódio do podcast Ainda Solteiros, no qual estive à conversa com uma miúda gira, que falou da solteirice sem papas na língua e com uma assertividade digna de registo. Até lá, beijo 💋 em ti!

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