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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!

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Ora viva! 🖖

Se tens acompanhado as minhas publicações nas redes sociais, já deves saber que o fim de semana foi intenso até dizer chega. A todos os níveis. Além do cansaço extremo, pelas incontáveis horas passadas na bilheteira do Festival de Bem-estar, a ver e a ouvir de tudo, os últimos três dias foram de muita emoção.

Abro aqui um parêntesis para lembrar que lidar com o público é uma tarefa que implica um enorme desgaste emocional, muito mais do que físico. Sobretudo quanto parte dessa gente considera que merece aceder a um evento sem pagar ou pagar um preço irrisório, só porque sim, sem atentar-se aos custos que a a sua realização implica. Enfim... só um desabafo.

Voltando à narrativa, a também conhecida como Feira Alternativa correu lindamente, e melhor teria corrido não fosse a dona chuva resolver dar o ar da sua graça em dois dos seus três dias. Na sexta-feira à noite, o público até que resistiu, mas ontem à tarde... não houve determinação ou resiliência capazes de resistir à tromba de água que assolou Lisboa.

Eu sei que a chuva é uma bênção, sobretudo num país em que grande parte do território se encontra em seca severa ou extrema. Mas esta tinha que vir justamente no fim de semana em que decorria a nossa feira, que ainda por cima era ao ar livre? Boicote puro e duro do São Pedro.

Faço questão de referir esse ponto como forma de te fazer entender o significado da presença das pessoas na minha palestra, a qual encerrou o festival. Só mesmo o interesse pela causa e o apreço pela minha pessoa fez com que elas permanecessem até ao final, só para assistirem à minha intervenção. Em nome do empoderamento feminino, dei o meu melhor para lhes proporcionar um momento inspirador, revelador e impactante, no fundo, empoderador.

Reitero aqui a minha mais profunda gratidão e admiração às empoderadas que atenderam ao meu chamado e deram o ar da sua graça no Espaço Crescer. Um bem haja a cada uma que dançou, riu, chorou, emocionou, abraçou, partilhou, acreditou e sentiu a magia do Empodera-te! É isto que me move, é isto que faz com que tudo valha a pena.

Disse o grande Fernando Pessoa que "tudo vale a pena quando a alma não é pequena". Garanto-te que de pequena a minha alma nada tem e que a causa que abracei como propósito de vida vale verdadeiramente a pena. E sou feliz por constatar que cada vez mais mulheres acreditam em mim, no Empodera-te!, na causa, mas, acima de tudo, nelas próprias e no seu direito à capacitação, ao desenvolvimento pessoal, ao autoconhecimento, à igualdade, à liberdade, à sororidade, à equidade e à felicidade.

Cada uma delas são, sem sombra de dúvida, uma Superwoman, com tudo o que precisa para mudar o mundo. E juntas vamos promover uma sociedade mais justa e igualitária. Termino com estas palavras que ontem proferi no final da palestra:
Em nome do empoderamento feminino
Juntemos as mãos
Unamos os corações
Alinhemos os chacras
Iluminemos a alma
Celebremos as conquistas
Despertemos as consciências
Aceitemos as fragilidades
Assumamos o poder pessoal
Lutemos pela igualdade
Ergamos a cabeça e digamos sim, mil vezes sim
A mim, a ti, a ela e a todas as outras deste planeta

Um abraço amigo e até breve!

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Ora viva! ✌️ 

Porque a (boa) alimentação é um tema cada vez mais incontornável na vida daqueles que, como eu, valorizam a saúde e o bem-estar, ou seja, se importam com a qualidade de vida, vou de seguida apresentar-te meia dúzia de alimentos que por saberem e fazerem bem são considerados superalimentos.

Superalimentos são aqueles que possuem propriedades capazes de libertar endorfina, a tal hormona responsável pelo bem-estar, bom humor e tranquilidade, sensações que podemos converter numa única palavra: felicidade.

Estamos sempre a ouvir dizer que o sexo liberta endorfina, que o exercício físico liberta endorfina ou que a exposição ao sol liberta endorfina. O que não é comum ouvirmos dizer é que comer é outra atividade com um enorme potencial de libertação desta hormona essencial ao bem-estar físico, mental e emocional do ser humano.

Só que não é qualquer comida que possui a virtude de deixar um rasto de felicidade pelos organismos por onde passa. De acordo com a Juice Plus+, empresa especializada em saúde e bem-estar, são estes os alimentos que têm o superpoder de nos deixar saciados, saudáveis, relaxados e... felizes.

1. Cacau
O consumo de chocolate em estado puro, em pequenas quantidades diárias, além de melhorar o sistema cardíaco, gera endorfinas, as tais hormonas da felicidade. Os nutricionistas recomendam uma dose diária de 20 gramas, a par de uma dieta equilibrada que inclua atividade física.

2. Ovo
Um dos alimentos que mais contribui para a nossa felicidade, graças à elevada quantidade de hidratos de carbono e abundância de triptofano, uma substância orgânica que contribui para a produção de melatonina e serotonina. A melatonina ajuda a regular o ciclo do sono e a serotonina a regular o apetite e o humor.

3. Aveia
Composta por hidratos de carbono e fonte do aminoácido triptofano, este cereal ajuda o organismo a liberar serotonina e, com isso, provoca a sensação de felicidade. Com o crescimento dos níveis cerebrais de serotonina, os sintomas de depressão e insónia reduzem.

4. Espinafre
Não é por acaso que o icónico Popeye ficava mais forte e saudável sempre que comia este vegetal de folha verde, recomendado como uma boa arma no combate à tristeza, já que contém potássio e ácido fólico.

5. Abacate
Este fruto possui na sua composição B3, uma vitamina que atua sobre o sistema nervoso central. Essa propriedade colabora com a manutenção das hormonas que regulam as substâncias químicas do cérebro e garantem um efeito relaxante e uma sensação de bem-estar.

6. Banana
Uma boa opção para um encontro imediato com a felicidade, já que na sua composição constam triptofano, magnésio, hidratos de carbono, potássio e as vitaminas B6 e B7. Também chamada de piridoxina, a vitamina B6 previne a depressão e a ansiedade, atuando ainda ao nível do sistema cognitivo.

Meu bem, segunda-feira é o dia ideal para melhorares a tua dieta alimentar, mais não seja para compensares os excessos cometidos nas últimas 48 horas. Sim, eu sei o que fizeste no fim de semana passado 😉. Portanto, não vejo nenhuma razão válida para não ires imediatamente ao supermercado abastecer-te com estes seis superalimentos que acabei de te apresentar. Em nome da tua felicidade... capice?

Por hoje é tudo, conto estar de volta na quarta-feira para mais uma conversa amiga. Até lá, fica com aquele abraço amigo e votos de uma semana bem feliz!

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07
Out22

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Ora viva! ✌️ 

Escuso dizer que o responsável por eu não ter dado as caras por aqui na quarta-feira foi o feriado do 5 de Outubro. Resolvi ficar na ronha e nem um convite para uma tarde à turista - a que eu não constumo resistir - foi capaz de me convencer a deixar o aconchego do lar.

Ficar em casa é bom, e recomenda-se! Muitas vezes é tudo o que precisamos para recarregar as baterias, reconectar com a nossa essência e relaxar a mente. É justamente sobre esta prática que eu tanto aprecio que quero falar contigo hoje.

A pandemia impôs um cenário até então desconhecido para a maioria de nós: privação e/ou restrição da liberdade de circulação e, por tabela, da oportunidade de diversão. Tal realidade deixou-nos ávidos por alinhar em tudo e mais alguma coisa, desde que "esse tudo e mais alguma coisa" se passasse fora de casa, ou seja, longe do que nos fizesse lembrar os dias, as semanas, os meses, de confinamento involuntário.

Ansiosos por passar o maior tempo possível porta fora estivemos nós nos últimos tempos. Agora que o furação Covid-19 virou tempestade tropical, e o verão prepara-se para ir visitar o outro hemisfério, é mais do que previsível que as atividades indoor voltem a ganhar protagonismo. Uma delas é o "ficar em casa", considerado por muitos o novo modelo de "sair". Confusa? Passo a explicar.

Equivocado está quem pensa que ficar em casa durante um fim de semana ou um feriado, como foi o meu caso na quarta-feira, é sinónimo de desperdício de lazer, muito menos de depressão ou solidão. Aproveitar o tempo livre nem sempre significa ir a um brunch no spot mais in da cidade, dar um passeio, bater perna no shopping, tomar um copo com a malta ou desbundar pela pista de uma discoteca.

Muitas vezes, o ócio sabe bem melhor quando simplesmente deixamo-nos estar em casa. E olha que não sou só eu que partilho dessa opinião. De acordo com o site Well+Good, ficar em casa um dia inteiro é mesmo o "novo sair", com o terapeuta Ruby Warrington a explicar que "se antes ficar em casa poderia ser sinal de depressão, agora já não. Estamos muito mais conscientes de como as nossas escolhas de estilo de vida afetam a nossa noção geral de bem-estar".

Finalmente, começa-se a assumir que, no conforto do lar, é possível termos acesso a práticas que contribuem significativamente para a saúde física, mental e emocional. Por conhecer bem o poder balsâmico do "ficar em casa", deixo-te algumas dicas sobre como aproveitar o momento caseiro para cuidares de ti e dos teus (se for o caso):

• Praticar exercício físico
Se houve coisa que a pandemia trouxe foi a possibilidade de fazermos praticamente tudo entre quatro paredes. Podes começar o dia com exercícios de ioga, pilates ou - porque não? - zumba.

• Ver uma maratona de filmes/série
É o que mais adoro fazer quando não saio de casa, ficar deitada no sofá e devorar os filmes da Fox Life, um dos quatro canais que assisto religiosamente.

• Experimentar receitas saudáveis
Desperta o masterchef que habita em ti e explora novas receitas. Ao invés do delivery, experimenta preparar algo que te dê prazer comer. Não te esqueças é do vinho, um poderoso aliado nesta aventura home alone.

• Devorar um livro
Há quanto tempo não tens tempo para ler, para devorar aquele livro que há muito clama pela tua atenção? É tão bom passar horas e horas a ler, sem barulho, nem interrupção, simplesmente embrenhada numa história.

• Por a conversa em dia
Há muito que só falas com as tuas besties por SMS, emojis ou jpegs? Nada como um dia sem por o pé na rua para pegares no telefone e ligar – sim, ainda se fazem chamadas telefónicas – para uma ou duas amigas próximas com quem não tens uma conversa decente há séculos.

• Despachar a tralha
Outra forma de rentabilizar o tempo em casa é dar uma organizada nas coisas. Como adoro ter tudo limpinho, arrumadinho e funcional, não consigo entender como existe gente que se sente confortável no meio da porcaria e da desarrumação. Quando fico por casa, há sempre tempo para mandar fora coisas de que já não preciso e que só estão a ocupar espaço e a ganhar pó.

• Cuidar da beleza
Nada como um dia de spa caseiro para nos deixar prontas para enfrentar o mundo com a autoestima no topo. Condições financeiras à parte, podes aproveitar para tratar do rosto (esfoliação, máscara e hidratação), do cabelo (umectação e hidratação), das unhas (manicure e pedicure), do corpo (esfoliação, depilação e hidratação) e até da alma (dormir, dançar e/ou cantar).

Como ficou provado, existe vida - muita até - porta dentro, com a vantagem desta não exigir grandes gastos financeiros, nem ter que aturar um mundo que raramente vibra na mesma energia que a nossa.

Meu bem, aproveita o fim de semana para por em prática estas dicas, que eu vou ali ser feliz - afinal, hoje é sexta-feira - e já volto. Até lá, deixo-te com aquele abraço amigo de sempre!

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Ora viva! 🫶

Na esperança de que tenhas "sexado" bastante desde o último post, hoje venho dar-te conta da Feira Alternativa, evento que acontece este fim de semana em Lisboa e em cuja organização esta tua solteira favorita está envolvida.

A primeira, e única, vez em que lá estive foi a 10 de julho de 2016, um dia que os portugueses jamais esquecerão. Sabes porquê? Porque foi nesse bem-dito dia que Portugal sagrou-se campeão europeu de futebol. 

Há muito que ouvira falar desse evento dedicado ao bem-estar físico, mental e espiritual. Como na época ainda não estava focada nesse tipo de temática, tardei em dar um saltinho até ao Inatel para inteirar-me in loco do que se tratava. 

Lembro perfeitamente que só me decidi a ir porque andava às voltas com uma desagradável intolerância alimentar, que acabou por despoletar uma crise de acne facial. A possibilidade de encontrar uma alternativa de tratamento, de preferência mais eficaz e menos dispendiosa, foi o que me convenceu a deixar a Estefânia e rumar a Alvalade, num sábado em que fazia um calor desgraçado. Até me lembro do trazia vestido, vê lá tu. 

Assim, lá apanhei o 744 da Carris e, meia hora depois, dei por mim apeada num bairro que conhecia só de passagem. Mal transpus a entrada principal, fui assaltada por uma sensação incrível, de puro deleite. Quanta surpresa, quanta descoberta, quanto espanto, quanto encanto. Adorei tudo, mesmo tudo, ao ponto de ter estourado o plafond que tinha definido para gastar nesse dia. Na altura, sobrevivia com 650 euros mensais, o que quer dizer que praticamente vivia contando troquinhos.

Foi o meu primeiro contacto a sério com o "mundo alternativo", digamos assim. Amei descobrir as pedras e os cristais, experimentar uma série de massagens maravilhosas, inteirar-me das últimas novidades da cosmética natural, provar novos paladares, explorar aquelas barraquinhas todas, enquanto ia conversando com os expositores. Só não me aventurei na vidência (tiragem de cartas ou leitura de mãos) porque sabia bem o que iria ser revelado e como não me apetecia ouvir mais do mesmo resisti ao chamamento da curiosidade em saber o que me reservava o futuro.

A esta altura da leitura deves estar a perguntar-te porque nunca mais voltei a frequentar essa feira. A verdade é que não sei. Entre isto e aquilo, acabei por deixar passar todas as edições posteriores e nem o facto de uma das minhas besties fazer parte do staff há anos fez-me revisitar aquela que, a par da Feira Internacional de Artesanato (FIA), é das exposições que mais adoro.

Fiz questão de descrever com tanta parcimónia a minha experiência na feira alternativa, de modo a teres uma ideia concreta do impacto que ela poderá causar em ti. Isso se aceitares o meu convite para lá aparecer entre sexta e domingo. Além de um programa riquíssimo e diversificado, com atividades para miúdos e graúdos, poderás ter a oportunidade de receber aquele meu abraço amigo. É só passar pela bilheteira que lá me encontrarás.

Este link dar te á acesso a toda a informação que precisas para dar um saltinho até Alvalade neste fim de semana. Como sei que por vezes temos preguiça em clicar, deixo-te aqui algumas informações úteis sobre o certame:
- Primeiro evento de terapias alternativas e, até agora, o de maior dimensão.
- 16 edições em Lisboa e 6 no norte do país (Porto e Braga).
- Cerca de 130 atividades (palestras, aulas e workshops) previstas. 
- Mais de 150 expositores, das áreas de terapias complementares, consultas (tarot ou astrologia), alimentação saudável, cosmética natural, produtos esotéricos e artesanato.
- Bilhetes à venda na Ticktline ou à entrada da feira.
- Horários: sexta, das 15 às 23 horas, sábado, das 10 às 23 horas, e domingo, das 10 às 21 horas.
- Preçário: bilhete diário: 7,5€, bilhete fim de semana: 10€ e passe 3 dias: 15€. Crianças até aos 10 anos não pagam.

Agora quero ver-te arranjar desculpa para não dares a cara por lá. Beijo 💋 em ti e até segunda!

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Ora viva! ✌️

Neste que será o penúltimo post da temporada, quero partilhar contigo a minha última crónica para o Balai Cabo Verde, o portal de notícias da minha terra querida. 

Nesta que será a primeira crónica da temporada Verão 2022, quero retomar um assunto por mim abordado vezes sem conta, não obstante haver sempre algum dado novo a ser acrescentado. O dado novo que hoje trago é fruto de um novo estudo - mais um – que estabelece uma correlação (direta) entre a solteirice e a felicidade, sobretudo quando conjugada no feminino.

Desde os primórdios do Ainda Solteira, blog do qual sou criadora e gestora, que não me canso de defender a causa que esteve na origem da sua concepção: a solteirice, mais concretamente, o estar confortável com uma situação que, na maioria dos casos, é alheia à nossa vontade. Foi isso que me motivou a criá-lo e é isso que ainda me motiva a alimentá-lo, não obstante todo o tipo de desafios com que me deparo na concretização dessa intenção. Sete anos depois, continuo firme no propósito de desencardir mentes e de levar uma palavra de esperança às mulheres, inicialmente, e aos homens, mais recentemente, que ainda acusam a pressão social para estar emparelhada(o), mesmo que isso comprometa a sua felicidade e o seu bem-estar emocional.

Defender tal causa, aquela que melhor conheço e que, por isso mesmo, dou a cara sem tabu nem pudor, implica defender pontos de vistas pessoais e transmissíveis, os tais "achismos" de que todo escritor padece, mas, igualmente, partilhar outros pontos de vistas congruentes com os meus. É neste contexto, que, com todo o gosto, replico ideias, teorias e estudos que sustentam aquilo que desde a primeira publicação defendo: a solteirice não é tão feia quanto a família, os amigos, os colegas e a sociedade faz questão de pintar.

O celibato, como tudo nesta vida, reveste-se de um lado B(om) e convém que o exponhamos tanto ou mais do que expomos o seu lado M(au). E pelos vistos são cada vez mais as mentes desencardidas que se interessam por compreendê-lo e desmistificá-lo, não com o intuito de o apresentar como o estatuto amoroso de eleição, mas antes como uma condição que apresenta as suas vantagens, algumas delas (surpreendentemente) melhores que a dos outros estados civis.

Por exemplo, vários estudos conseguiram provar que as mulheres solteiras sem filhos são mais felizes e saudáveis do que as restantes. Mais ainda, o género feminino apresenta um maior grau de satisfação ao permanecer desemparelhado comparativamente ao género masculino. É esta a convicção do especialista em felicidade e professor de ciência comportamental na London School of Economics, Paul Dolan, que, baseando-se em várias pesquisas, garante que as mulheres solteiras sem filhos são as mais felizes.

Quanto a isso, o académico não poderia ser mais peremptório: "Vou fazer um enorme desserviço a essa ciência e apenas dizer: se é homem, provavelmente deveria casar-se; se é mulher, não se incomode". E a explicação, de acordo com o professor, é bem simples: os homens beneficiam do casamento porque "acalmam".

"[Eles] correm menos riscos, empenham-se mais no trabalho e ganham mais dinheiro, e vivem um pouco mais. Elas, por outro lado, têm que aturar isso e acabam por morrer mais cedo do que se nunca se tivessem casado. O subgrupo populacional mais saudável e feliz são as mulheres que nunca se casaram ou tiveram filhos", concluiu o académico. 

Esta é apenas mais uma voz a expressar aquilo que algumas de nós há muito sabemos. Espartilhadas por crenças, preconceitos e estereótipos, nem sempre temos a petulância e a coragem necessárias para sair por aí dizendo de boca cheia que somos mais felizes e saudáveis do que as colegas casadas, mancebadas, divorciadas ou viúvas. Eu como tenho, eis-me aqui a partilhar contigo mais este atestado de validez da solteirice, cada vez mais feliz e saudável.

Aquele abraço amigo e até um dia destes!

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15
Jul22

Tristeza não é depressão

por Sara Sarowsky

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Ora viva! ✌️ 

Tenho por hábito à sexta-feira só falar de temas triviais, pois penso que, após cinco dias consecutivos de compromissos e afazeres, merecemos leveza e descontração. Hoje, contudo, vou abrir uma exceção para falar de um tema um tanto ou quanto deprimente, sem bem que revelante.

A saúde mental nunca esteve tão na ordem do dia como nos últimos tempos, mais precisamente nos últimos dois anos. A pandemia, e o impacto devastador que teve na vida de tanta gente, veio apertar o gatilho de uma arma que há muito estava apontada à cabeça da nossa sociedade.

Eu acredito que o bem estar pleno de qualquer ser humano passa pelo salutar equilíbrio entre o físico, o mental e o espiritual, ou seja, passa por uma perfeita harmonia entre o corpo, a cabeça e alma. Se uma dessas áreas está comprometida, os restantes dois ressentem-se. Quanto a isso não há volta a dar e é bom que tenhamos consciência disso.

A saúde mental é, pois essencial, à felicidade humana. E a felicidade humana é fruto de pensamentos, emoções e sentimentos, uns bons outros maus, mas todos necessários ao nosso autoconhecimento, desenvolvimento pessoal e evolução espiritual.

Aonde quero chegar com esta conversa? Que é natural sentirmos tristeza, que é natural vivermos dias menos bons, que é natural irmos abaixo, que é natural sentirmo-nos esgotados, que é natural perdermos a esperança.

O que não é aconselhável é deixarmos que um estado de espírito, que é suposto ser temporário, se prolongue no tempo, roubando o protagonismo à alegria de viver, assumindo o comando da nossa vida. Cumpre, portanto, esta crónica a missão de te relembrar que a tristeza é uma emoção natural, passageira, necessária até. 

Nos dias de hoje a sensação que dá é que estar triste é algo mau, que faz logo soar os alarmes, como se tivéssemos a obrigação de estar felizes e contentes o tempo todo. Por outro lado, fala-se da depressão ao menor sinal de tristeza. Será que sabemos de facto qual a diferença entre uma coisa e outra, entre estar triste e estar deprimido?

De modo a não haver dúvidas entre uma coisa e outra, eis-me aqui a partilhar contigo as suas principais diferenças, identificadas por Ron Yap, coach de bem-estar mental. São elas:

Tristeza
É uma emoção
Desaparece passado um tempo
Não afeta as rotinas diárias
Permite-nos fazer coisas
Não causa pensamentos suicidas
Está associada a um gatilho específico
Ainda sentimos esperança e que a vida tem significado
Não afeta a saúde física
 
Depressão
É uma doença
Dura algum tempo
Interfere com as rotinas diárias
Provoca fatiga extrema
Causa pensamentos suicidas
É causada por vários motivos ou até mesmo por nenhum
Gera sentimentos fortes de desesperança e insignificância
Causa desconforto, dor, sono e mudanças no apetite
 
Meu bem, como acabaste de ler, tristeza não é depressão, assim como estar temporarimente com o espírito em baixo não é sintoma de doença mental. A depressão sim é um problema de saúde sério, a que não se pode fechar os olhos, menos ainda virar as costas. Eu dela cheguei a padecer, por isso sei do que falo.
 
Toma conta de ti e bom fim de semana! 💋

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30
Mai22

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Ora viva! ✌️

Há dias partilhei contigo algumas Tendências de saúde sexual para 2022, lembras-te? Como nem só da sexualidade se alimenta este blog, hoje vou partilhar mais tendências, desta vez de bem-estar, as quais deveremos ter em conta num futuro próximo.
 
Se houve algo que esta pandemia veio ensinar-nos é que o nosso bem-estar é indissociável do bem-estar do nosso planeta. Um artigo da Rita Caetano, para a revista Saber Viver, incide precisamente sobre esta questão, incontornável nos dias de hoje, até porque mais surtos pandémicos andam à espreita, como esse tal de Monkeypox
 
Dado que o texto é um tanto ou quanto extenso, vou citar apenas as partes que considero essenciais, deixando aqui o link de acesso à publicação original, caso queiras lê-lo na íntegra. Vamos lá então às dez tendências de bem-estar para o futuro recomendadas por vários especialistas, reunidos no Global Wellness Summit (GWS). 
 
1. A saúde do solo
O futuro passa por apostar numa agricultura regenerativa, cujas técnicas restaurem a biodiversidade do solo, responsável pela vida de 90 por cento dos organismos terrestres. Os especialistas acreditam que as quintas (algumas em espaços urbanos) irão aumentar e apelidam-nas de novos spas.
 
2. Acabar com a toxicidade dos músculos
De acordo com um estudo recente, os distúrbios alimentares e a dismorfia muscular estão a aumentar entre o género masculino. Portanto, a grande tendência é falar deste tema, ainda tabu, e acabar com os estereótipos masculinos, alimentados, em grande parte, pelas redes sociais, que parecem incentivar o culto do corpo irrealista.
 
3. Da tecnologia de bem-estar ao bem-estar tecnológico
A tecnologia que mais usamos está a prejudicar a nossa saúde. O tempo que passamos à frente de écrans é altamente prejudicial à saúde ocular e ao ritmo circadiano, já que a luz azul que emite está a afetar o sono e, por isso, a aumentar o risco de depressão, diabetes e doenças cardiovasculares. Como tal, o bem-estar tecnológico, não só atenua o dano tóxico que a tecnologia causa na nossa mente e corpo, como coloca a saúde no centro de como usamos a tecnologia em geral.
 
4. Vida sénior sem limites
Garantem os especialistas em antienvelhecimento que, daqui a uma década, os 90 serão os novos 40, com as pessoas a viver mais tempo e quem tem saúde a ser ativo até mais tarde. O caminho passa pela intergeracionalidade, algo comum nos sítios onde as pessoas vivem mais anos e com mais saúde. Programas de bem-estar para os mais velhos que incluam exercício, aprendizagem ao longo da vida, educação para a saúde e nutricional e programas intergeracionais, ligando jovens a idosos, são altamente recomendados.
 
5. Viagens de bem-estar
Os viajantes dos tempos atuais já não se contentam apenas em contemplar paisagens e monumentos. Têm necessidade de aprender, de crescer criativa e intelectualmente em novos ambientes. A natureza como fonte de cura e de admiração permanece primordial, mas o contacto com os locais ganhou importância, pois serão estes os motores das experiências mais apetecíveis e autênticas.
 
6. Saúde nas mulheres
Tendo em conta a lacuna da pesquisa médica em relação à saúde no feminino, muitas vezes subfinanciadas e pouco investigadas, start-ups e gigantes da tecnologia estão a melhorar a pesquisa nesse campo, através da Inteligência Artificial, aplicações para smartphones, wearables e testes virtuais.
 
7. Templos de bem-estar urbanos
Piscinas, termas, banhos turcos, saunas, hammams (novos ou renovados), praias artificiais ou parques públicos (onde a Natureza e a arte andam de mãos dadas) e aulas de bem-estar pop-up estão a ganhar importância em cidades de todo o mundo de forma acessível e inclusiva. Esta é uma tendência incontornável e que está a ganhar cada vez mais adeptos.
 
8. O regresso da autossuficiência
A fragilidade do planeta e a instabilidade das cadeias de abastecimento, que ficou visível na pandemia e agravada pelo conflito na Ucrânia, assim o obrigam. Este boom da autossuficiência já conduziu à criação de escolas de sobrevivência ao ar livre, crescimento do forrageamento e fabrico de produtos caseiros. Os especialistas dizem que é uma simplificação da vida e do consumo que obriga a pensar sobre os recursos e como são obtidos os alimentos.
 
9. Certificação dos coaches de saúde e bem-estar
A solução para a diminuição dos problemas de saúde que assolam as sociedades modernas pode estar nos coaches de saúde e bem-estar, responsáveis por nos ensinar sobre o que podemos fazer para termos um estilo de vida saudável, seja exercício, meditação, nutrição, etc. O futuro passa pelo trabalho desses profissionais, devidamente certificados, obviamente, em conjunto com médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e personal trainers.
 
10. O metaverso associado ao bem-estar
Os especialistas afirmam que "sinergias sem precedentes entre as indústrias da tecnologia, saúde e bem-estar – incluindo fitness, beleza, alimentação saudável, bem-estar mental, turismo de bem-estar, spas e bem-estar no local de trabalho – estão a desenvolver mundos virtuais que proporcionam uma experiência muito mais imersiva e transformam radicalmente a forma como o bem-estar é entregue aos consumidores". O metaverso é, portanto, uma realidade e a sua entrada no sector do bem-estar inevitável.
 
Por hoje é tudo. Estarei de volta na quarta, para mais um papo amigo. Até lá, deixo-te com aquele abraço amigo tão nosso.

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23
Mai22

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Ora viva! ✌️ 

O post de hoje, na calha desde janeiro, altura em que pretendia aproveitar a leva de resoluções de ano novo, cumpre o propósito de te por a par das tendências sexuais para 2022, ano que já vai praticamente a meio. Como mais vale tarde do que nunca, eis-me aqui a partilhar contigo uma mão cheia das boas práticas a serem implementadas por todos aqueles que pretendem desfrutar de uma vida sexual prazerosa e saudável.

De acordo com um artigo da Vogue, "a sexualidade também faz parte do bem-estar, e isso não passa só por ter relações sexuais mais frequentemente. Passa também por dedicar tempo a conhecer o nosso corpo, a descobrir novas formas de prazer e a melhorar os momentos íntimos que temos, sozinhas ou acompanhadas".

Para tal, cita Megwyn White, sexóloga e diretora de educação da Satisfyer, que define estas cinco tendências como capazes de melhorar as nossas vidas sexuais:

1. Sexo sensorial
Este é o ano de nos conectarmos com os nossos parceiros de todas as maneiras possíveis, seja através do tato, da audição, do olfato ou do paladar. Há que aproveitar toda a capacidade sensorial do corpo para amplificar o prazer que o sexo proporciona, e pode ser tão simples quanto escolher a música certa ou expandir o toque para diferentes zonas do corpo.

2. Storytelling 
O bem-estar sexual passa igualmente por novas experiências que descobrimos sozinhas. Enquanto que há uma tendência a recorrer à pornografia para acompanhar a masturbação, White assume que o storytelling é um recurso que vai ser cada vez mais utilizado em 2022. O que não falta são livros e contos eróticos - que facilmente se encontram online - para dar asas à imaginação.

3. Sex toys discretos
Os brinquedos sexuais podem muito bem ser utilizados fora de portas, como é o caso de pequenos vibradores feitos para aderir à cueca e serem usados em qualquer lugar. White prevê que este tipo de brinquedos sejam cada vez mais utilizados este ano, seja para manter um casal ligado, não obstante a distância física, ou para trazer uma novidade entusiasmante à vida sexual.

4. Sexo anal
Um inquérito levado a cabo pelo Center for Disease Control revelou que 36% das mulheres e 44% dos homens com menos de 55 anos já fizeram sexo anal. Sim, o anal está a ganhar espaço, pelo que vale a pena esclarecer que o sexo anal não se resume à penetração. Existem outras formas de tirar prazer da zona anal, desde experimentar vibradores a utilizar apenas o poder do toque. 

5. Sexo sem preconceitos
A sexóloga espera que em 2022 haja mais abertura para compreender e aceitar diferentes experiências sexuais. Gostos não se discutem e isso também se aplica à sexualidade. Vai sempre haver diversidade e este é o ano para aceitar todas as facetas do prazer sexual e do amor-próprio - mais do que aceitar, experimentar sem preconceitos.

Cumprida a missão de informar e desencardir mentes, só me resta recomendar a adoção destas tendências, de acordo com o mood e o love status de cada um, até porque algumas delas sequer requerem a participação de um segundo elemento. Afinal, o bem-estar sexual é uma questão de sanidade, física e mental.

Beijo 💋 no ombro e até quarta!

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22
Jul21

Mente sã, corpo são

por Sara Sarowsky

sport-4127336_1920.jpgOra viva! 👋

Nunca se falou tanto de saúde mental como neste ano e meio de pandemia, fenómeno que pôs a nu um problema global há muito relegado a um canto da saúde pública. Sobre a saúde mental escuso-me de comentar, já que os meus conhecimentos sobre o assunto limitam-se a uma breve experiência de depressão, há muito debelada. Contudo, de corpo são entendo eu, pelo que parece-me relevante voltar a bater na tecla da importância do movimento na saúde e no bem-estar humano. 

Com certeza que já ouviste dizer "mente sã, corpo são", cuja filosofia consiste em procurar o equilíbrio entre o corpo e a mente, numa escolha para viver com qualidade. "O corpo sempre dá sinais de que alguma coisa não está bem e que é hora de pensar em novas atividades que deem prazer e façam bem de dentro para fora. O equilíbrio entre corpo e mente é fundamental pra atingir os objetivos e estar com a saúde em dia", esclarece a nutricionista Mariane Valpassos.

Se invertêssemos a lógica deste pensamento será que obteríamos o mesmo resultado, ou seja, um corpo são implicaria (necessariamente) uma mente sã? A ver vamos! Para começo de raciocínio, é incontestável que uma coisa é indissociável da outra, independentemente do sujeito da frase ser o corpo ou a mente. Um corpo saudável numa mente doente de pouco valerá, assim como uma mente saudável num corpo doente.

Se me fosse dado a escolher, preferiria a segunda opção. Isto porque acredito que uma mente saudável é perfeitamente capaz de proporcionar a motivação certa para corrermos atrás da saúde física. Sem a cabeça em ordem, dificilmente conseguimos fazer o que quer que seja com a nossa vida. Em contrapartida, a pessoa pode até ser a personificação do deus grego Adónis, mas se o tico e o teco não dançarem a mesma música de pouco lhe servirá esse corpo escultural.

Por via das dúvidas, esta mulher aqui opta por cuidar dos dois, em igualdade de circunstâncias, não vá um ficar com ciúmes do outro. Como passo das palavras aos atos? Praticando exercício físico com regularidade, andando a pé sempre que possível, primando por uma alimentação saudável e equilibrada, arranjando tempo para cuidar de mim e dos meus, bebendo muita água, consumindo cinema em dose dupla, dedicando à leitura, viajando toda vez que for possível, dormindo um mínimo de oito horas diárias, fugindo do stress como o diabo da cruz e por aí fora.

Mais teria eu para dizer sobre este tema, porém, fico-me por aqui, que esta crónica inspirou-me a dar uma corrida, rentabilizando assim o tempo nublado que se faz hoje. Cuida da tua mente e do teu corpo, pois ao fazê-lo estás a cuidar não só de ti mas também daqueles que amas.

Aquele abraço amigo e até breve!

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Cartaz_Live 8.jpgOra viva!

Os benefícios do exercício físico são conteúdos recorrentes por aqui. Além de gostar de movimento, venha ele de onde vier, sou plenamente consciente do quão importante é para o nosso bem-estar geral a prática (regular) de qualquer atividade física.

Assim, era só uma questão de tempo, e oportunidade, até este tema ser mote de uma das minhas lives no Instagram, coisa que acontece já amanhã, na oitava sessão do ciclo 'Saturday Single Spot'. Tendo como convidada a personal trainer Maria João Liso, o direto desta semana irá focar-se, essencialmente, na relação para a vida existente entre o exercício físico e o bem-estar.

A MJ, como carinhosamente lhe trato, é uma das mais competentes e dedicadas treinadoras com que já lidei, tendo, inclusive, protagonizado uma mão cheia de artigos para váras revistas portuguesas. Para além disso, é praticante de OCR (Corrida em Pista de Obstáculos), modalidade desportiva em que um competidor, viajando a pé, deve superar vários desafios físicos na forma de obstáculos. As corridas variam de obstáculos, como Ninja Warrior "Ninja Races", a corridas de pista, a eventos urbanos e cross country.


Para saberes mais sobre esta prática desportiva ou sobre as melhores técnicas para atingir o objetivo de obter e/ou manter a boa forma física é só aceder ao meu perfil sara_sarowsky, amanhã, a partir das 22 horas. A minha convidada vai ainda partilhar dicas de alimentação saudável e os melhores exercícios de acordo com as metas estabelecidas. Faltar é perder!

Aquele abraço amigo de sempre!

P.S. - Tenho dois convites para o Festival do Amor, pelo que se te quiseres juntar a nós, serás mais que bem-vinda.

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