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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!


26907544_1974207196162665_6616936977161673593_n.jpViva!

Depois de quase uma semana sem dar as caras por aqui, eis-me de volta ao teu convívio. Por estes dias o tempo anda tão minguado que me foi de todo impossível reunir as condições desejáveis à boa escrita. Caprichosa como ela só, a vida tem dessas coisas: quando é para acontecer vem tudo em catadupa, sem hora marcada.

O tempo livre, até então dedicado em regime de exclusividade ao Ainda Solteira, sofreu uma drástica redução. Como mais vale tarde que nunca, parece que é desta que, finalmente, me tornarei uma orgulhosa portadora de outro cartão rosa, só que que desta vez emitido pelo IMT, em vez do SEF.

Diz-se que à terceira é de vez, por isso não tenho desculpa, dinheiro e muito menos descaramento, para não picar o ponto na escola de condução durante as próximas semanas.

Como uma mudança (seja ela boa ou má) de solitária só acusa uma costela, estou de malas, caixas e sacos aviados rumo a um novo código postal. É, meu bem, depois de década e meia, vou deixar os domínios da Estefanilândia. O que me consola é que a separação será uma mera questão de localização geográfica, já que faço questão de manter-me por perto, não vá o bairro entrar em depressão por saudade minha.

Agora que já te fiz um breve apanhado do que tem sido a minha rotina nos últimos dias, permita-me partilhar contigo a estória do Bruno M., um militar da marinha e bombeiro voluntário que rompeu com o espartilho social do preconceito e assumiu a sua paixão (e talento) pela arte do bordado em ponto cruz. Sim, leste bem!

Porque a arte não deve (nem pode) ter género e porque sei reconhecer uma boa oportunidade para chegar aos meus leitores masculinos, fica aqui o poderoso testemunho de quem fez de um passatempo pouco comum uma forma de estar na vida e na sociedade.

Ola, bom dia.
Sou o Bruno, tenho 36 anos, sou casado, tenho dois lindos filhos, um de dois anos e meio e outra de cinco anos. Sou militar da marinha há 16 anos, sou bombeiro voluntario, sou pai, marido e tudo o mais que um homem com família é. Mas para além disso tenho um "hobbie" muito pouco comum para um homem: faço ponto cruz…
Projeto este que começou com uma simples oferta a um familiar há cerca de sete anos e aos poucos foi crescendo, ao ponto de atualmente eu ter o certificado de artesão do IEFP bem como a UPA (Unidade de Produção Artesanal). Todo este projeto é dividido a dois, pois a esposa também faz parte dele.

Este meu mail vai ao encontro de duas ideias nossas: levar este nosso projeto o mais longe possível e desmistificar que fazer ponto cruz é só para senhoras.
Somos criadores de muitas peças de designer único (a esposa é formada em designer de equipamentos), bem como outras personalizadas ao pormenor. O cliente pode pedir tudo ao seu gosto. Fazemos de tudo um pouco, pois só assim angariamos alguns euros para desenvolvermos os nossos projetos mais arrojados. Como pegar numa cadeira com mais de cem anos e bordar ponto cruz no acento em palhinha de origem.
Durante estes sete anos andei sempre escondido atrás da nossa marca 'Bis Ponto Cruz', pois tinha medo que as pessoas me descriminassem, o que, de facto aconteceu algumas vezes. Mas aos poucos os amigos foram passando a palavra, ao mesmo tempo que iam dando apoio no sentido de eu olhar em frente e falar abertamente desta minha paixão. O maior salto foi dado quando fomos contactados para irmos a um programa de televisão. De início, recusámos o convite, mas, também aí, os amigos fizeram grande pressão no sentido de darmos a cara e falarmos abertamente do assunto. Foi aí que decidimos avançar e "dar o corpo às balas" pelo nosso projeto e eu sair da sombra da marca e avançar sem medo.
Nesse sentido estou aqui a dar a conhecer um pouco o nosso projeto e a saber em que sentido nos pode ajudar a chegar mais longe. Estamos de mente aberta e recetivos a todas as propostas."

Agora que te inteiraste do caso na íntegra, é fácil perceber porque não poderia deixar de atender ao apelo do Bruno. Afinal, a causa é nobre e a diginificação das escolhas menos convencionais uma prioridade para este blogue.

Noite feliz e uma ótima Semana Santa!

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901973_523719437666192_859167240_o.jpgViva!

A crónica de hoje mais não é que uma singela e "sutil" homenagem à minha pessoa, melhor dizendo a uma certa parte da minha anatomia. Baralhada? Deixa-me só organizar as ideias que já te explico. É que, com esta taça de tinto à minha frente, a escrita só consegue fluir em slow motion.
 
Na qualidade de legítima descendente de Chaka Zulu, fui agraciada pela genética com lábios bem grossos; caraterística esta que, até uns tempos atrás, me causava um atroz desconforto. Isto porque sempre os considerei demasiado vistosos – demasiado eróticos, para ser mais precisa.
 
Na minha pátria-mãe esse atributo físico pouco me embaraçava, já que para os meus uma boca carnuda é praticamente parte do ADN. Afinal, não é por acaso que a raça negra detém o record mundial do perímetro labial (e do outro perímetro também – se é que me entendes. Pelo menos é o que dizem os adeptos do benchmarking). Foco Sara, foco, que se fores por aí esta crónica não poderá ser publicada sem uma bolinha vermelha no canto superior direito.
 
Passando adiante... conto que quando aqui cheguei pela primeira vez, a escassos anos da virada do século, esta obsessão intergalática por uma boca roliça estava longe de atingir as atuais proporções. Antes pelo contrário. Pouco genérico entre a população caucasiana, eles despertavam demasiada atenção, demasiada cobiça masculina, demasiada inveja feminina, demasiados comentários alheios, demasiadas conexões libidinosas.
 
Lembro-me, como se fosse hoje, que no primeiro trabalho que arranjei aqui em Portugal – numa dessas conhecidas cadeias de distribuição de pizza – uma colega me apelidar de "boca de broche". Fiquei para morrer. Aquilo afetou-me de tal modo que não me atrevia a pintar os lábios por nada deste mundo. Só depois de entrar na terceira década de vida é que reuni coragem, autoestima e "tou nem aí para o que os outros pensam" para começar a usar baton. Agora, com mais uma década em cima, ainda não sou capaz de usar baton rouge, por muito que salive por uma boca vermelho escarlate. Hei de lá chegar, nem que leve mais uma ou duas décadas.
 
É melhor retomar o fio à meada que o texto já periga para o longo e ainda nem adentrei no cerne da questão. Que era mesmo qual? Ah, lembrei! Uma homenagem a uma certa parte da minha anatomia. Adivinha a qual delas me refiro? Touché!
 
Um estudo publicado no Journal of Cranio-Maxillofacial Surgery, baseando num inquérito aplicado a mais de mil pessoas de 35 países, concluiu que a maioria delas considera os lábios carnudos o must-have da sedução. De entre esses, os que apresentam um rácio de 1:1 entre o lábio superior e o inferior (ou seja, com tamanho igual) foram percecionados como os mais atraentes. Só para teres uma ideia mais concreta, cai nesta categoria, por exemplo, a atriz Scarlett Johansson e a blogger Lego Luna (eu, me, je).
 
Entendes agora todo esse parlapiê de homenagem? Entendes também o motivo de toda esta minha "humildade"? Afinal, tenho dois bons motivos para todo este "cheia de si".
 
Dou por encerrada este texto dizendo que o responsável por este estudo (do qual tomaram parte 560 cirurgiões plásticos e 560 cidadãos comuns) alertou para o facto de, à semelhança de todas as modas, estas preferências, ainda que universais, não serem imutáveis. Ou seja, o que hoje reune a preferência da maioria, amanhã pode deixar de o fazer. Até lá, o mundo continuará a levar com uma febre que têm levado a que muitos se sujeitam a autênticas carnificinas clínicas só para conseguirem uns lábios à Betty Boop.
 
E com esta volto à minha taça para um merecido brinde a uns lábios que tanto orgulho me proporcionam neste preciso instante. Tchim tchim e até mais!

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3a1c5243-7660-40d2-a7ff-cbe383ca3696_ORIGINAL.jpgViva!

"Chegou a Primavera! A tua equipa do Facebook deseja-te uma estação cheia de luz e beleza.", foi assim que me atinei que o início da nova estação afinal é hoje e não amanhã, como estava em crer. Assim sendo, tive que alterar a pauta do blog e parir a toda a pressa (sem epidural nem cesariana, vê lá tu a minha agonia) este artigo. Afinal, a prima vera bem merece uma homenagem, mais não seja porque é pelas semanas dela que se dá o renascimento de tudo o que esteve hibernado nos últimos gélidos meses.

Se ainda me restasse alguma dúvida quanto ao tema desta crónica, uma memória facebookiana chamou-me a atenção para o facto de nesta terça-feira também se assinalar o Dia Internacional da Felicidade, efeméride instituída pelas Nações Unidas em 2013.

Já que as duas estão juntas desde os primórdios da humanidade, porque não selar o seu enlace com a pergunta da praxe: "Primavera, aceitas a felicidade como tua legítima parceira, prometendo ser-lhe fiel, de dia e de noite, na luz e na escuridão, na residência e na rua, por todos os dias desta estação até que o verão vos separe?" 

Antes de te contar qual foi a resposta da nossa nubente, faço uma pausa para referir que aqueles que entendem do assunto acreditam que a estação das flores está, de facto, intimamente ligada à felicidade, na medida em que promove o aumento e/ou melhoria de uma série de aspetos, tais como:
- contacto com a natureza
- prática do exercício físico
- atividades outdoor
- convívio com os outros
- exposição à vitamina D

Existe, igualmente, uma relação direta entre a estação do ano que ora se inicia e a nossa autoestima; quiçá porque, libertos do vestuário pesado, passamos a dedicar mais atenção àquilo que nos reflete o espelho. Não é nesta altura do ano que se fazem mais planos de emagrecimento, que se idealizam as férias e que se passa mais tempo polindo a calçada? Sem falar nas primeiras excursões à praia, no quente abraço do areal, no arranque da época bronzeal, nos finais de tarde nas esplanadas e nos cocktails nos rooftops. Tudo coisas que contribuem ativamente para a elevação da autoestima humana.

Com mais horas de sol, muitos se despedem dos estados de espírito mais vulneráveis. É na primavera que o índice de depressão costuma atingir os mínimos. Se a tudo isso acrescentarmos os dias ensolarados, as tardes amenas, as árvores em flor, as relvas esverdeadas, os campos floridos, os pássaros tagarelas e as roupas coloridas, é caso para se dizer: "Primavera e felicidade, declaro-vos luz e vida até que o apocalipse vos separe!"

Uma feliz primavera a todos os inquilinos deste planeta!

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14379_1008956015811295_4068888509094163349_n.jpgViva!

Este tempo, deveras deprimente, mais não é do que uma providencial inspiração para as mentes criativas. Isto porque, quando ilhada entre quatro paredes, a criatividade permite-se ser possuída pelo espírito de um totem ancestral perdido algures na memória coletiva da humanidade.

No meu caso, escrever é o melhor remédio; daí que tenha optado por ocupar uma horita (ou duas) deste meu sábado caseiro a dissertar sobre a paixão. Afinal de contas, pode um dia cinzento como este resistir ao seu fogo caliente? No lo creo!

Antes que comeces para aí a fantasiar sobre um possível atentado do Dom Cupido para com a minha pessoa, vou logo dizendo que não é nada disso. Estou apenas me precavendo para o caso de, numa dessas reviravoltas da vida, eu tropeçar no homem da minha vida. Só isso, apenas isso e nada mais do que isso!

Agora falando sério... assumo que a minha intenção é tão somente evitar que toda e qualquer alma desemparelhada seja pega desprevenida quando lhe tomarem de assalto o coração. É por esta razão que partilho contigo algumas declarações de utilizadores da plataforma Wibbitz quando questionados sobre os sinais que os denunciam sempre que estão apanhadinhos por outro alguém:

1. Quando estamos felizes queremos estar perto dessa pessoa, quando estamos chateados continuamos a querer a companhia dela.

2. Quando acordamos ou vemos algo engraçado, é a primeira pessoa com quem queremos partilhar.

3. Quando essa pessoa aparece com um penteado feio e mesmo assim queremos tê-la por perto.

4. Sonhamos com o outro na nossa vida para sempre.

5. A felicidade e bem-estar do outro é mais importante que a nossa própria felicidade e bem-estar.

6. Estamos dispostos a parar um jogo para responder uma mensagem ou atender uma chamada do outro.

Diz-se à boca pequena que "o amor não se explica, sente-se", dito com o qual concordo em género, número e grau. Talvez seja por isso que sempre me custou horrores admitir que estava realmente de quatro por um par de calças. Racional e pragmática como sou, não me era fácil aceitar que algo que não conseguia explicar estava a passar-se comigo. Hoje em dia, no auge das minhas quatro décadas de existência, tenho maturidade suficiente para aceitar que o amor não carece de explicação, mas sim de aceitação. Aceitar que ele é uma benção que deve ser vivido ao máximo (enquanto durar, claro está!).


Mesmo ciente de que podes não te rever nas declarações acima descritas (meras legendas de experiências alheias, ressalvo), cumpre esta crónica o doloroso dever de te lembrar que quando o amor bate à porta, há que escancará-la, sob pena de deixarmos passar a chance de ser feliz au pair. Afinal, o amor é o tempero que dá (mais) sabor à vida. Tenho dito!

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15625710_1427962470577312_5474741587583346355_o.jpViva!

Sabias que a estação do ano em que nasceste tem uma – melhor dizendo, duas – palavras a dizer sobre a tua personalidade? Ah pois é, meu bem, vários estudos constataram que a altura do ano em que nascemos influencia quem somos. Bora desconstruir este post em quatro estações?

Uma série de pesquisas levadas a cabo na última década procurou estabelecer uma correlação entre a época do ano em que o indivíduo nasce e as suas caraterísticas intrínsecas. Ao que se apurou, existe realmente uma influência sazonal nos humanos, através da qual é possível identificar alguns traços de personalidade.

Primavera
Quem nasce nos meses de março, abril e maio regista altos níveis de hipertermia, intimamente ligada ao alto astral. Contudo, nem tudo são flores na personalidade daqueles que nascem nesta estação, já que demonstram ser indivíduos com personalidade do tipo oito ou oitenta: ou extremamente positivos ou muito propensos à depressão.

Verão
Os nascidos nos meses mais quentes do ano são geralmente felizes. A luz solar na altura do nascimento contribui para os altos níveis de hipertermia no organismo. Mas isso não quer dizer que eles não possam também sofrer de transtorno ciclotímico, isto é, do seu humor oscilar entre extremos. Ainda assim, não são dados a transtorno bipolar, com os nascidos em agosto a registarem a menor incidência dessa patologia.

Outono
Os que vêm ao mundo no terceiro trimestre do ano (eu eu eu) são normalmente mais equilibrados que aqueles que nascem nas restantes estações, quiçá por ainda beneficiarem dos resquícios do verão que antecedem o início da estação cinzenta. Apesar de raramente propensos a depressões ou a desenvolverem doenças bipolares, os nativos do outono são bastante irritáveis (eu que o diga).

Inverno
Os nascidos nos meses frios apresentam níveis mais elevados de esquizofrenia, desordem bipolar e depressão. Como tudo nesta vida tem um lado B, os cientistas apuraram que os bebés de inverno são mais calmos e perseverantes. Tem mais: janeiro e fevereiro são os meses mais propensos a ser famoso; isto porque os nascidos nesta estação são mais criativos, ambiciosos e desenrascados.

E não é que, pelo menos no que toca à minha personalidade, bate tudo certinho. Ainda bem porque se algum dia se me proporcionar a oportunidade de ser mãe já sei em que estação do ano proceder à "encomenda".

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171021-snow-interracial-porn-hero_pzb4cp.jpgViva!

Que a atividade física é uma prática associada ao bem-estar está o mundo cansado de saber. Abro aqui um parêntesis para uma definição genérica do conceito: por atividade física entende-se toda a movimentação produzida pela musculatura esquelética com gasto expandido de energia.

Ora, sabemos nós que 'sexar' mexe com uma infinidade de músculos, sem falar que exige um esforço físico que pode ser intenso, moderado ou brando, dependendo da inspiração (e do gosto dos praticantes pela coisa, obviamente!). Mas será que isso é suficiente para que o sexo possa ser considerado um exercício físico digno desse nome?  É isso que vamos ver ao longo desta crónica.

Malgrada a panóplia de dados empíricos existentes sobre os benefícios do sexo na saúde (diminuição do stress, reforço da autoestima e da imunidade, promoção do sono e da longevidade, combate a várias doenças, atenuação da dor, só para citar as mais impactantes), há um aspeto que ainda não é consensual: uma sessão de sexo equivale a uma sessão de exercício físico? Por outras palavras: pinocar é o mesmo que exercitar?

Sobre isso, investigadores canadenses chegaram à conclusão que o sexo é uma "atividade física moderada", equivalente a uma partida de ténis a pares ou uma caminhada cume acima. Quando compararam os efeitos do ato sexual com os de exercícios físicos, eles constataram que, em termos de gasto de energia, em 'sessões' sexuais entre dez e 57 minutos (preliminares incluídos), os homens homens gastam cerca de quatro calorias por minuto, ao passo que as mulheres dispendem apenas metade desse valor. Só para teres uma ideia, os valores para uma corrida na passadeira (considerado exercício físico de alta intensidade) são de 8,5 e 8,4, respetivamente.

Em suma, 'sexar' três vezes por semana, numa média de meia hora, é suficiente para quem apenas deseja manter a (boa) forma física. No caso dos que querem bem mais do que isso, a melhor estratégia continua a ser o ginásio ou exercícios físicos de alta intensidade. Cá para mim, a fórmula ideal resulta da combinação dos dois: sexo + exercício. Afinal, quando nos exercitamos, além de um melhor aspeto, ficamos com mais fôlego e motivação para 'sexar'.

E aí, single mine, que me tens a dizer sobre tudo isso?

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É com o coração inchado de orgulho que te anuncio que ontem (dia 9 de março de 2018), o Ainda Solteira registou o ponto mais alto da sua popularidade, com cerca de 2.500 visualizações. Para aqueles bloggers com pages viwes na casa dos quatro dígitos pode parecer coisa pouca, mas para mim é uma conquista e tanto, digna de partilha e celebração.

Para este sucesso foi decisa o link que o Pedro Neves, membro da equipa do Sapo Blogs, fez do post A culpa de não encontrares o amor é do ‘overdating’. Um profundo e sentido obrigado a ele pela partilha, aos colegas Psicogata, Chic’Ana e David Marinho pelo "favoritismo" e aos leitores pela leitura.

A saltitar de satisfação, despeço-me com um abraço mais amigo do que o costume e desejos de um estupendo fim de semana, de preferência na companhia do sofá, da manta/cobertor, da lareira/aquecedor, da tv/livros/wifi, das pipocas, da versão tua em modo relax e de amigos/familiares.

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11045493_998487843524779_5369584449801655116_o.jpgViva!

No Dia Internacional da Mulher, partilho contigo esta crónica da Paula Cosme Pinto, autora do A vida de saltos altos, sobre a razão porque esta efeméride faz todo o sentido, não obstante as (lamentáveis) posições em contrário.

Amanhã não se celebra o Dia Internacional da Mulher, portanto esqueçam as ofertas de flores e os convites para jantar fora. Amanhã assinala-se, sim, esta data, e fazê-lo é assumirmos coletivamente uma discriminação histórica que recai no sexo feminino. É aquele dia do ano em que não basta falar de direitos humanos, mas sim focarmo-nos numa parte específica da espécie humana que ainda é tratada com menos respeito, dignidade e igualdade. Se têm dúvidas quanto a isto, convido-vos a ler o que se segue.

Vou dar-vos uns quantos exemplos do último ano, que são um espelho claro do que se passa no mundo. Março de 2017: "As mulheres são mais fracas, mais pequenas e menos inteligentes" do que os homens e por isso "devem ganhar menos", palavras ditas por um deputado em pleno Parlamento Europeu, num debate sobre a demografia. Sim, em 2017. Junho: uma mulher dá à luz uma criança sem vida em El Salvador. A gravidez resultara de uma violação, mas ela não teve direito a abortar. O seu atacante não foi preso pelo crime de abuso sexual, mas ela recebeu uma sentença de 30 anos de prisão pelo aborto espontâneo, uma vez que não procurou ajuda médica imediata mal teve as primeiras contrações. Tinha, alegou a acusação, intenção de matar a criança. Setembro, interior do Brasil: uma miúda de treze anos foi brutalmente espancada pelo pai por ter tido relações sexuais pela primeira vez. Levado a tribunal, o homem foi absolvido pelo juiz, que considerou que tudo não passou de um mero "exercício do direito de correção" do progenitor sendo ela menina. Estão a perceber a ideia? 

Mas há mais. Outubro, Nova Zelândia: uma mulher é eleita primeira-ministra e, por ser mulher, a pergunta é repetida pelos seus pares e pela imprensa exaustivamente: "vai ser capaz de desempenhar as suas funções e ser mãe?". No mesmo mês, em Portugal: "O adultério da mulher é um atentado à honra do homem", lê-se num acórdão proferido pelo Tribunal da Relação do Porto, referente a um caso de violência doméstica. E nos Estados Unidos: duas grandes publicações revelam uma dúzia de casos de assédio e abuso sexual perpetuados por um gigante de Hollywwod. Foi só a ponta do icebergue para um movimento global de fim do silêncio das inúmeras vítimas de situações semelhantes, mundo fora. Novembro: Judith Butler, famosa filósofa cujo trabalho se debruça nas questões de género, dá uma conferência em São Paulo e encontra uma multidão à porta com cartazes de ódio e uma boneca com a sua cara que foi queimada entre gritos de repúdio às suas ideias. "Queimem a bruxa", ouviu-se por lá. Dezembro: relatos de ONG's no terreno revelam que as mulheres da minoria rohingya estão a ser continuamente violadas e torturadas por soldados birmaneses. Dois meses depois, sabe-se que funcionários humanitários, que operam em nome das Nações Unidas e de diversas organizações internacionais de caridade, obrigaram mulheres e meninas sírias a trocar favores sexuais por ajuda humanitária, como comida ou boleias. Nojo. Fevereiro 2018: mais de 30 mulheres iranianas são presas por ousarem retirar o hijab em público e ficarem com os cabelos à solta. O que lhes está a acontecer às mãos da polícia ninguém sabe. Há umas semanas, por cá: uma mulher é morta pelo marido, 37 dias depois de ter apresentado queixa contra ele. A situação não foi considerada de risco e os mecanismos existentes nem sequer foram acionados. Infelizmente, podia estar aqui o dia todo a debitar casos destes. 

Bom, mas se estes exemplos, vindos de zonas tão diferentes do mundo, mesmo assim não chegam para perceberem a necessidade de ainda termos de falar especificamente de direitos das mulheres, então vamos a números: sabiam que 1 em cada 3 mulheres em todo o mundo é vítima de agressões físicas, psicológicas e sexuais, pelo simples facto de ser mulher? Ou que, todos os anos, 15 milhões de meninas e adolescentes são obrigadas a casar, o que dá uma média de 28 meninas por minuto? E têm noção de todos os anos, mais de 5 mil mulheres e raparigas são mortas nos chamados crimes de honra, regra geral cometidos pelos pais, irmãos ou maridos? Ou que 8 mil raparigas estão em risco de sofrer mutilação genital diariamente? Feitas as contas, são três milhões de meninas por ano, leram bem. Por cá, foram registados 80 casos entre 2016 e 2017 . Sabem quantas mulheres da União Europeia viveram situações de assédio sexual a partir dos 15 anos? À volta de 83 milhões, ou seja, qualquer coisa como mais de 50% da população feminina a residir nos 28 Estados-Membros. No que toca ao tráfico humano, sabiam que mais de 70% das vítimas são mulheres e meninas, sendo que 3 em cada 4 são depois alvo de exploração sexual? E que feitas a contas às mulheres assassinadas no mundo, mais de metade foram mortas por homens com quem mantinham relações de intimidade? 

Por tudo isto e muito mais, o feminismo – enquanto ideologia que defende a igualdade de direitos, oportunidades e dignidade entre pessoas, independentemente do género – é totalmente necessário e pertinente. Se durante séculos acreditámos e aceitámos que a discriminação que recai sobre as mulheres era só parte da norma, hoje já não é assim. Porque é injusto, tão simples quanto isto. Não se trata de inverter as regras do jogo, trata-se apenas de as equilibrar. Cada vez que repito isto, lembro-me do cartaz de uma senhora com idade para ser minha avó, na grande Marcha das Mulheres: "Não acredito que ainda tenho de andar a lutar por esta merda". Tenho dito!

Depois disto, só me resta desejar-nos um feliz dia e muita reflexão sobre a real importância desta data.

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Diz o ditado: "Ajoelhou, vai ter que rezar!". No post anterior, ajoelhei-me sobre os erros que alguns homens cometem nos primeiros encontros. Neste, vou rezar sobre a razão porque tantos romeus e julietas andam por aí a atuar a solo, não obstante a sua imensa vontade por um dueto.

Numa sociedade que nos oferece de bandeja um buquê de meios e canais (leia-se, sites e apps) que apregoam facilitar o acesso ao sentimento-mor, a pergunta que não posso calar é esta: porque raios então continuamos desemparelhados e/ou secos de afeto alheio? A explicação para este paradoxo parece residir no overdating, isto é na overdose de datings. Em tradução livre para a língua camoniana, o mal dos problemas dos solteiros atuais é o excesso de encontros.

"Como? Esta gaja deve estar a surtar, só pode! Como é que ir a muitos encontros pode complicar a vida daqueles que procuram o amor? Quantos mais encontros se for, mais probabilidade uma pessoa tem de encontrar alguém compatível, certo?" Aposto que foi algo assim que acabou de te passar pela cabeça. Antes que me apedrejes em fórum público, deixa-me dizer-te que esta teoria não é minha, mas sim de quem de direito percebe do assunto.

De acordo com os especialistas em relações, o principal motivo porque a maioria de nós (ainda) se encontra desemparelhada está precisamente na ânsia de encontrar um parceiro, ânsia essa que se traduz em encontros atrás de encontros, que em nada dão.

Ao que os estudos indicam, com o boom de apps de romance, quem está no encontro acaba por, inconscientemente, se focar no próximo em vez de no atual; um problema flagrante numa época em que a frequência de saídas com pessoas novas acelera a olhos vistos, atingindo uma média de dois first dates por semana. Na prática, os praticantes desta autêntica maratona de encontros, acabam por não se permitirem deixar conhecer a fundo, visto estarem numa frenética procura pelo próximo que, creem, será melhor do que o atual.

Apontam aqueles que analisam esta realidade, que o problema começa no facto de se estar constantemente à procura do par ideal no primeiro encontro. Dado que a probabilidade de tal acontecer é mínima, não é dada uma segunda oportunidade a possíveis parceiros. Esta procura 'automática' por alguém é, pois, vista como uma tendência da geração Millennial, que vive da espontaneidade e acaba por esquecer que aqueles com quem tem encontros não são descartáveis.

Insistir over and over again nos primeiros encontros leva a que aquele que procura se canse e se sinta farto de falhar, culpabilizando-se pelo problema e levando-o a desistir de procurar um companheiro. Sobre isso, há que atentar-se ao reverso da moeda: quando se toma o gosto pela atenção que se recebe num primeiro encontro – deveras viciante – entra-se numa espiral de vaidade e futilidade.

Portanto, para quem anda à procura de um chinelo para o seu pé cansado, o melhor mesmo é focar-se numa crush de cada vez e lembrar-se que quando ambas as partes querem embarcar numa relação comme il faut, todo o investimento vale a pena (e, mais importante, a espera).

Acreditar que será através de um 'match' no Tinder ou em qualquer outra app do género que vais encontrar o amor da tua vida é pura utopia. Claro que, volta e meia, a media nos dá conta de um ou outro caso bem-sucedido, mas livra-te de acreditar que isso é regra, e não exceção.

Moral da estória: por mais opções que a tecnologia ponha à nossa disposição, ela de pouco nos vale se não estivermos dispostos a perder tempo para encontrar a 'tal' pessoa. Investir (tempo, sentimentos, expectativas e paciência), single mine, é a chave do sucesso no amor.

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Que achas de hoje falarmos do primeiro encontro, mais especificamente das gaffes que (consciente ou inconscientemente) alguns homens acabam cometendo? Por mais ansiado que ela seja, a eminência da primeira saída com o objeto do nosso interesse é algo que a muito poucos deixa de abalar. Afinal, a par da vontade de agradar, paira no ar toda a espécie de expectativas: levar  a conversação a bom porto, decidir que informações pessoais revelar, acertar nas perguntas, gerir aquele nervoso miudinho que nos acomete sempre que nos sentimos avaliados, e por aí fora.

A pensar nisso, a crónica de hoje é inspirada num artigo da MAAG, que por estes dias foi assuntar junto de várias mulheres quais os temas e atitudes proibidos aos homens no (temido) first date. A conversa com as 18 ladies que aceitaram o desafio, com idades compreendidas entre os 25  e os 66 anos, deu nisto:

1. "Perturba-me a falta de etiqueta à mesa, como lamber a faca. E também não gosto quando não sabem falar, como dizer 'Fui ca (em vez de com) minha mãe à praia'." Luísa, 28 anos

2. "Que não se ria das minhas piadas." Marta, 30 anos

3. "Descuido nos sapatos." Glória, 66 anos

4. "Detesto que se gabem muito, que tenham uma aparência descuidada, que façam muitas perguntas e muitas críticas." Andreia, 38 anos

5. "Pagas tu ou pago eu?" Irina, 29 anos

6. "Falar sobre ex-relacionamentos." Joana, 28 anos

7. "Ter uma atitude altiva para se mostrar uma pessoa confiante, como contar histórias onde foi o maior ou tratar mal o empregado." Ana Luísa, 27 anos

8. "Enganar-se no meu nome." Carmen, 25 anos

9. "Chegar atrasado e tratar-me por boneca ou princesa." Inês, 30 anos

10. "Não tolero erros de português. E se ele der erros na SMS onde estamos a combinar tudo para o encontro, nem apareço!" Rita, 34 anos

11. "Estar constantemente a mexer no telemóvel como quem está a controlar mais alguma coisa… ou mais alguém!" Mia, 36 anos

12. "Falar na mãe." Teresa, 41 anos

13. "Olhar para outras mulheres." Ana, 27 anos

14. "Quando não me perguntam nada sobre mim e não têm assunto." Bárbara, 31 anos

15. "Vais mesmo comer isso tudo?" Patrícia, 30 anos

16. "Odeio homens egocêntricos e não tenho paciência quando se começam a exibir." Magda, 41 anos

17. "Se só falar dele, está cortado da lista." Sandra, 30 anos

18. "Não me beijar." Joana, 25 anos

Se dúvidas houvesse de que pequenos detalhes fazem toda a diferença no primeiro programa a dois, estes testemunhos acabaram de as dissipar. A verdade é que há temas, frases, ações e gestos que são capazes de mutilar um relacionamento ainda no útero da conquista.

Apesar de apontadas ao género masculino, estas podem perfeitamente aplicar-se ao género oposto, razão pela qual todo o cuidado deva ser pouco. Meu bem, se por acaso tens algum encontro na calha, atenta-te a esta crónica, não vás fazer má figura e deitar por terra a oportunidade de te emparelhares.

E com esta retiro-me para os braços do Twoo a ver se consigo fisgar algum incauto ávido por um primeiro encontro.

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