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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!


11760277_1008355739204656_1208297251296028664_n.jpOra viva!

A filial do Sapo na minha terra (leia-se sapo.cv) sugeriu-me – sim, o Ainda Solteira já atravessou o Atlântico, na verdade já deu a volta ao mundo, contando com leitores/seguidores na Indonésia, Biolorússia, Tailândia, Canadá, Japão, Israel, Finlândia e por aí fora  – que a "citasse" mais vezes nas minhas crónicas, não só como forma de prestigiar a marca que acolhe este blogue, mas também de promover o que de melhor se escreve pelas terras da morabeza. Em contrapartida, passará a estar mais atenta à linha de produção do Ainda Solteira, existindo a possibilidade vir a adquirir e/ou recomendar algumas peças da coleção AS Outono/Inverno 2017.

Feita a notificação das minhas últimas conquistas como blogger, passemos então ao tema deste post: a regra dos três simples para tomar decisões, que me chegou ao conhecimento pelos caracteres do referido site.

Não se pode negar que, para a maioria dos humanos, a tomada de decisão não é algo que se encare de ânimo leve. Quanto mais impactante ela for, mais difícil será tomá-la. Isto porque, mais do que correr riscos, toda escolha implica uma renúncia.

Estamos mentalmente programados para ganhar/agregar/acumular e nunca para perder, daí que a tendência seja querer ter (sempre) mais e melhor sem abrir mão do que já se tem. Na minha perspetiva, tal lógica aplica-se a relações, afetos, bens materiais, sucesso, carreira, etc., etc.

Pesar os prós e contras, apesar de uma boa estratégia, nem sempre chega para ficarmos confortáveis com a nossa resolução. Abro aqui um parêntesis para dizer que por tomada de decisão entende-se o processo cognitivo que resulta na seleção de uma opção entre várias alternativas.

É aqui que entra a regra 10-10-10. Inventada por Suzy Welch na obra 10-10-10: Hoje, Amanhã e Depois, este mandamento ajuda a ponderar cenários face a determinada questão, de modo a falicitar o processo de decisão. Para a efetivarmos, só temos que considerar o que aconteceria em 10 minutos, 10 meses e 10 anos. Ou seja, quais as implicações a curto, médio e longo prazo da nossa escolha.

Tomemos como exemplo uma vítima de violência doméstica que, por uma série de razões – medo, dependência financeira, filhos, vergonha, desinformação, amor doentio e sei lá mais o quê – não se decide a romper com o agressor. Vejamos então como esta regra poderá ajudar essa pessoa a decidir-se de uma vez por todas: em 10 minutos, o mais provável é que se sentisse aliviada por, finalmente, fazer algo para acabar com o seu martírio. Em 10 meses, deixaria de ter marcas físicas no corpo e ver desaparecer aos poucos o medo da agressão física. Em 10 anos, poderia ver os filhos a crescerem num ambiente sem violência, encontrar um novo companheiro, recuperar a autoconfiança, em suma, ter uma vida totalmente diferente.

O que importa aqui reter é que esta é apenas uma estratégia que nos incentiva a pensar nas diversas etapas das consequências de uma decisão, ao mesmo tempo que nos permite ter a noção de que o que, de momento, parece custoso, pode, mais para a frente, revelar-se o melhor para nós.

Claro que não é intenção deste ensinamento dizer-nos o que fazer, mas ao menos dá-nos elementos capazes de facilitar o processo de escolha. Ao termos noção das consequências, poderemos ter uma melhor visão do quanto estamos a perder por não fazermos nada para alterar uma situação que não está a contribuir para a nossa felicidade.

Tive uma chefe que me ensinou que mais vale uma má decisão do que decisão nenhuma. Mesmo que os efeitos fiquem aquém das nossas melhores expectativas, pelo menos fizemos algo.

Meu bem, se por acaso precisas tomar uma decisão importante, por favor, atenta-te a estas palavras: 
A inação corrói a alma. 
A impotência destrói o espírito. 
A vitimização mina a autoconfiança. 
Resignar significa desistir. 
Não lutar é o mesmo que abrir mão do direito a algo melhor. 
Não fazer nada é legitimar o que nos faz infeliz. 
Não decidir é morrer por dentro.

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zp_8.jpgOra viva!

Já aqui partilhei que, de há uns meses para cá, tenho praticado jejum semanal, em que, durante 24 horas, ingiro apenas substâncias líquidas: água, água de côco, chás e infusões. Por ser o dia inteiramente dedicado à minha pessoa (faço spa caseiro, durmo mais horas, não saio de casa, não realizo qualquer afazer doméstico, não escrevo e não me conecto com o mundo digital), o domingo ficou instituído como Dia D (Dia de Detox).

Uma coisa é passar o dia no sofá – a dormir, a ver tv, a ler ou a jogar – de estômago vazio. Outra bem diferente é estar na rua à mercê das tentações gastronómicas ou na companhia de terceiros que não cultivam tal hábito. Daí que, nem sempre consiga manter-me absolutamente fiel a esta prática. À parte isso, sempre que me é possível no primeiro dia da semana faço uma desintoxicação ao meu organismo.

E não penses que o que me move é a perda de peso, até porque não tenho o que perder. Move-me querer um estilo de vida mais saudável, logo mais sustentável. Pelo que tenho apreendido das informações que vou recolhendo em palestras, artigos e relatos, estar algum tempo sem receber alimentação sólida faz com que o organismo humano encete um reset dos seus órgãos.

No meu caso, o efeito mais imediato é a redução do perímetro abdominal. O meu ventre é satisfatoriamente plano, mas às segundas-feiras – the day-after jejum – ele costuma atingir valores dignos da minha adolescência. Igualmente notório é o facto da face ficar com uma melhor aparência (tenho pele oleosa com tendência acneíca) e os intentinos assumirem cidadania britânica, ou seja, funcionarem com uma pontualidade irrepreensível.

Por mais que recomende tal procedimento, longe de mim querer impô-lo aos outros. Contudo, não posso deixar de reparar que quando falo disso a maioria das pessoas reage como se eu tivesse sido acometida de uma privação momentânea de sensatez. A esses e a todos os outros que ainda não detêm muita informação sobre o assunto, deixo aqui o parecer de uma especialista brasileira em metabolismo humano.

"Jejuar é uma prática milenar e as suas motivações passam pela purificação espiritual, pelo emagrecimento e pela autodisciplina. Com o aumento de reportagens acerca do tema e do número de celebridades que aprovaram a dieta, houve um retorno dessa prática. Apesar de parecer moda, esta dieta é bem mais séria do que se imagina. O novo jejum intermitente é um tipo de jejum programado que surge com o intuito de melhorar a saúde e não a estética. Pode ser definido pela privação parcial ou total de alimentos em intervalos", considera Flaviane Calônego.

Esta especialista explica ainda que a vantagem é fazer com que a pessoa encare melhor a reeducação alimentar. "Segundo investigadores americanos do National Institute of Health e da University of Southern Califórnia, esse jejum promove ainda uma maior longevidade, pois reprograma o metabolismo, bem como as suas vias de resistência. Os seus reais benefícios à saúde são a maior oxidação ou queima de gordura, a diminuição de colesterol mau (LDL), a redução dos níveis de insulina, a redução do stress oxidativo, a melhoria da mobilidade intestinal, a diminuição da frequência cardíaca e pressão arterial e a redução de apetite e desejos por doces. Além disso, a dieta atrasa o envelhecimento e previne doenças como a obesidade", completa.

Diferente do que muitos acreditam, o jejum intermitente não causa anorexia nem perda de massa muscular, isto, claro, quando bem orientado. Esta dieta pode, pelo contrário, aumentar o nível de massa magra do corpo, melhorando a composição corporal, uma vez que eleva a produção de hormonas de crescimento (gH).

Porém, nem todos os organismos se adaptam bem a este regime alimentar, pelo que se recomende acompanhamento profissional. Penso que está tudo dito, pelo que me despeço com aquele abraço amigo e votos de uma vida mais saudável, seja qual for a(s) prática(s) que adotes.

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28
Out17

Memória de Lux(o)

por Sara Sarowsky

996939_610783658959769_1133267530_n.jpgOra viva!

Em modo diva nostálgica, partilho contigo um dos registos da minha primeira – e única, diga-se de passagem – excursão a uma das mais badaladas casas noturnas lisboetas, o Lux. Noite memorável aquela, que se espelha nesta bela memória.

Antes de me despedir, deixa-me só dizer-te que, enquanto digitava estas linhas, fui acometida de um déjà vu. Há coisas fantásticas, não há?

Que o teu sábado seja tão radiante quanto o dia se faz lá fora!

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28
Out17

Assim era eu há quatro anos

por Sara Sarowsky

996939_610783658959769_1133267530_n.jpg

 Ora viva!

 

Em modo diva nostálgica, partilho contigo um registo de uma saída com as amigas em outubro de 2013, na minha primeira (e única) excursão a uma das mais badaladas casas noturnas lisboetas, o Lux. Noite memorável aquela, que agora resulta nesta bela memória.

 

Antes de me despedir, deixa-me só dizer-te que enquanto digito deu-me um déjà vu. Há coisas fantásticas, não há?

 

Que o teu sábado seja tão radiante quanto este dia!

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26
Out17

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Ora viva!

Com os neurónios um tanto ou quanto abananados por causa de uma constipação que ando a chocar desde ontem e que me tem aqui quase ligada a soro, a crónica de hoje é um artigo repescado de um outro, publicado há exatamente um ano, que lança um olhar sobre a beleza feminina depois dos 35 anos.

Pessoalmente, penso que é por esta altura da vida que as mulheres – aquelas que se amam e se cuidam, obviamente! – atingem o auge da beleza física, intelectual, sexual e social. A propósito disso, a cantora e ex-primeira dama francesa Carla Bruni proferiu este inspirador e tocante testemunho:

Depois dos 35 anos, a beleza é resultado da simpatia, da elegância, do pensamento, não mais do corpo e dos traços físicos.

A beleza torna-se um estado de espírito, um brilho nos olhos, o temperamento.

A sensualidade vai decorrer mais da sensibilidade do que da aparência.

Uma mulher chata pode ser bonita antes dos 35 anos. Uma mulher burra pode ser bonita antes dos 35 anos. Uma mulher egoísta pode ser bonita antes dos 35 anos. Uma mulher deprimida pode ser bonita antes dos 35 anos. Uma mulher desagradável pode ser bonita antes dos 35 anos. Uma mulher oportunista pode ser bonita antes dos 35 anos. Uma mulher cobarde pode ser bonita antes dos 35.

Depois, não mais, depois acabou a facilidade. Depois o que ilumina a pele é se ela é amada ou não, se ela ama ou não, se ela é educada ou não, se ela sabe falar ou não.

Depois dos 35 anos, a beleza vem do caráter. Do modo como os problemas são enfrentados, da alegria de acordar e da leveza ao dormir.

Depois dos 35 anos, a amizade é o creme que tira as rugas, o afeto é o protetor solar que protege o rosto.

A beleza passa a ser linguagem, bom humor. A beleza passa a ser inteligência, gentileza.

Depois dos 35 ,45 ,55 , 65... anos, só a felicidade rejuvenesce.

Um ótimo dia a todas aquelas mulheres de trinta a quem este artigo chegar aos olhos.

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23
Out17

11836787_1018347454872151_1769619252906591079_n.jpOra viva!

Que amor-próprio e amor-alheio passam – e muito – por uma aparência cuidada não deve ser novidade para ti, mais não seja porque, volta e meia, trago o assunto à baila aqui no Ainda Solteira. Por isso mesmo, hoje é dia de rever a matéria dada no que toca ao cuidado com a embalagem corporal.

Mais do que um dado biológico, a idade é um estado de espírito que se sente e se vive, de acordo com a postura e a decisão de cada um. Ainda que consigamos que o espírito passe incólume à passagem do tempo, o corpo dificilmente consegue tal proeza, por mais bem tratado que ele seja.

Quando me dizem que não aparento a idade que tenho, costumo dizer que, apesar de não poder impedir a velhice de chegar, não faço nenhuma tenção de lhe facilitar a vida. É que não mesmo! Envelhecer é uma coisa, outra bem diferente é desmazelar-me só porque a existência vai ficando mais longa. E a diferença entre uma coisa e outra pode residir nesta dezena de dicas compiladas pelo Best Life, que passo a enumerar:

1. Cabelo
Ao contrário do que possas pensar, manter o cabelo comprido com o avançar da idade não contribui em nada para um aspeto jovial, até porque o cabelo tende a ficar mais baço, fino e ralo. Cortá-lo vai, na verdade, fazer com que pareçamos mais novos.

2. Sobrancelhas
Cada vez mais corriqueiro no universo feminino, o hábito de arranjar sobrancelhas, infelizmente, ainda não faz parte da rotina de uma larga fatia do masculino – especialmente os mais velhos. Coisa que se recomenda vivamente, já que se trata de uma ótima forma de parecerem mais moços (e asseados).

3. Rosto 
O rosto tende a alongar à medida que a idade vai galgando terreno, por isso apostar num penteado que enquadre melhor o seu formato, tornando-o um pouco mais arredondado - logo, jovem - é  uma aposta ganha.

4. Vestimenta
Depois dos 30/40 é normal sermos acometidos de uma vontade (insana, diga-se de passagem) de voltar a adotar um estilo mais jovial, quiçá na vã tentativa de fintar a idade. Wrong way my dear, já que isso vai destacar ainda mais a nossa verdadeira idade, sem falar no risco de cair no ridículo. Mil vezes um look mais sóbrio e menos chamativo do que um atestado público de crise de meia idade.

5. Postura 
Puxar os ombros para trás, levantar a cabeça, estender o tronco e endireitar a coluna são formas bem sutis de dar uma renovada no nosso aspeto. Sem falar que confere uma dose extra de confiança.

6. Sorriso
N estudos atestam que pessoas que sorriem mais são vistas como tendo uma aparência mais feliz, logo mais jovem.

7. Hidratação
Quando não hidratamos a pele (por fora e por dentro) o mais provável é que ela acuse mais rapidamente o passar dos anos. Portanto, a palavra de ordem é beber muita água, consumir alimentos ricos em água, vitaminas e minerais e, em hipótese alguma, descurar o uso permanente do protetor solar.

8. Sono
Quando nos dizem que parecemos cansados, na realidade estão a querer dizer-nos que o nosso aspeto não é o mais atraente. Não é à toa que se fala tanto no sono de beleza, daí recomendar-te que dediques mais e melhor tempo ao repouso.

9. Dentição
Dentes brancos e saudáveis são um verdadeiro certificado de beleza, juventude e saúde. Sabendo disso, com certeza que não vais querer descurar os teus.

10. Açúcar 
Está mais do que provado que o consumo excessivo do açúcar compromete não só o colagénio e a elastina da pele – fazendo com que esta mostre sinais de desgaste mais acentuados e/ou precoces – como a própria saúde. Daí que cortar ou reduzir o seu consumo seja uma ótima forma de prevenir ou desacelerar o envelhecimento.


Não há como negar que certos sinais do tempo são praticamente incontornáveis. Igualmente difícil de negar é o facto de ser possível atenuar os efeitos nefastos da passagem do tempo na nossa aparência. Com este artigo, ficou claro que certas práticas – especialmente se conjugadas – são capazes de operar milagres na forma como nos apresentamos ao mundo.

Uma aparência mais jovial, em pouco tempo e sem gastos exorbitantes, é possível sim, desde de assim queiramos! Boa semana e boa remodelação exterior é o que te desejo.

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20
Out17

Sono + Sexo = Felicidade

por Sara Sarowsky

zp_2.jpgOra viva!

Depois de uma semana intensa e de um dia absolutamente extenuante, eis-me aqui aninhada no sofá a desfrutar deste adorável clima de outono, que tardio não deixou os seus créditos por mãos alheias.

Como sexta-feira é para mim – acredito que para ti e o resto da classe assalariada também – o dia mais feliz da semana, pensei centrar a crónica de hoje na fórmula da felicidade, mais concretamente em novos componentes adicionados pela ciência.

Aquando do post Falemos então de felicidade, defendi que a minha fórmula resumia-se a esta simples equação: situação/opção+decisão=felicidade. Numa outra ocasião, assumi estar em crer que o dinheiro é o passaporte direto para a felicidade. Agora, um novo estudo vem acrescentar novos ingredientes à receita do aconchego supremo: o sexo e o sono.

Pesquisadores da Oxford Economics descobriram que estas duas coisas valem muito mais em termos de felicidade do que se possa imaginar, dando um contributo valioso para o bem-estar de uma pessoa.

Um índice desenvolvido por estes doutores apurou que quadruplicar o salário de alguém tem muito pouco impacto positivo na sua felicidade, enquanto que passar mais tempo no quarto (seja para dormir ou sexar) decididamente sim.

Os que dormiam dentro dos parâmetros recomendados (7/8 horas) manifestaram um índice de felicidade 15 pontos acima dos que tinham problemas com o sono. Já no que toca ao sexo, os não e/ou mal f*didos registaram um índice de felicidade sete pontos abaixo dos que se sentiam muito satisfeitos com a sua vida sexual.

Nem mesmo eu que gosto de contrargumentar tudo e mais alguma coisa, consigo rebater estes dados. Quando não consigo dormir como deve ser (fenómeno cada vez mais trivial, para agonia minha), não há felicidade que consiga adentrar pela minha vida. Quanto ao sexo, nem me vou dar ao trabalho de desenvolver, por saber-te a par da minha postura.

Agora a pergunta para um milhão de euros: se bom sexo despoleta bom sono e se bom sono fomenta bom sexo, qual o elemento mais importante desta relação? O sono ou o sexo? Se descobrires a resposta, por favor, partilha-a comigo. Enquanto isso, fica com aquele abraço amigo e votos de um super fim de semana.

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18
Out17

11811576_1018347118205518_6807440337819981053_n.jpOra viva!

No início do ano, aquando do posEntre sadomasoquismo, rendez-vous e sugar baby, fico-me pelo cuddling, fiz referência a um prática emergente nas terras do tio Sam: pagar para ter companhia. Fait attention que não escrevi pagar para ter sexo, mas sim para ter companhia. Ah pois, parece que esta tendência galgou o Atlântico – tal qual os bravos navegadores portugueses séculos idos – e deu o ar da sua graça em território luso.

De acordo com um artigo do Sol, esta moda que "começou nos Estados Unidos, pegou na China e já chegou a Portugal" é um negócio muito simples que consiste em trocar uma certa quantia de dinheiro por um certo período de tempo com um completo estranho, que, durante aqueles momentos, se torna um companheiro.

Por aqui, cabe à plataforma virtual Rental Girlfriends dar as cartas no ramo, ao ponto de poder gabar-se que da sua carteira de prestadoras de serviço contam várias venusianas, todas elas dispostas a ceder o seu tempo (e otras cositas mas, se assim desejarem) a favor de uma simpática quantia em euros.

De uma foma muito sucinta a coisa funciona assim: o cliente – consoante a sua vontade, o seu fundo de maneio, a disponibilidade da prestadora ou a conveniência da entidade patronal – aluga a pessoa por um x número de horas. Feito isso, espera-se que ele dê uns giros com a nova companhia por vários sítios, cabendo a esta vestir a pele de uma namorada comme il faut.

Caso a tua mente esteja para aí a magicar hipóteses e possibilidades, convém registares que os preços variam entre 60 e 80 euros por hora. Pelo menos é esta a informação que consta no referido site.

Ao contrário do cuddling, quiçá por os tugas serem mais travados que os americanos, o contacto físico é terminantemente proibido, estando prevista uma margem de tolerância de até alguns beijos 'extra'. Isso se a contratada se mostrar recetiva a tal, obvimente!

"Não é suposto haver contacto físico. Aqui não há sexo envolvido, está bem explícito nas nossas regras. Tanto que os encontros têm que ser marcados só para sítios públicos, não pode ser em hotéis, por exemplo, para segurança das meninas, embora se as meninas quiserem ter outro tipo de envolvimento isso já é da responsabilidade delas", garantiu um dos sócios deste negócio.

"Os nossos clientes 'compram' habitualmente estas namoradas para passeios, jantares fora e cinema. Queremos dar aos homens uma oportunidade de desfrutar dos benefícios de ter uma namorada sem todos os aborrecimentos. Assim são eles que decidem onde ir e o que fazer, quando querem sair e quando não querem. E tem vantagens em relação às acompanhantes de luxo, que costumam agir de forma linear, estática e transacional, o que faz com que os homens sintam que estão simplesmente a pagar por um encontro sexual. Alugar uma namorada faz um homem sentir como é querido, amado, cuidado e todos os mesmos sentimentos de ter uma namorada real", remata Pedro Santos em entrevista a um pasquim nacional cujo nome recuso-me a citar pelo simples facto de achar que não interessa a ninguém, nem mesmo ao CR7 (se é que me entendes).

Declaro encerrada esta sessão com a seguinte sentença: condenado estará todo e qualquer inupto (esta foi diretamente importada do dicionário, só para me armar em erudita) que ouse cobiçar semelhante serviço!

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16
Out17

zp_16.jpg

Ora viva!

 

Depois de um fim de semana maravilhoso, pautado pelo meu batismo na arte do campismo, eis-me de volta ao teu convívio com esta crónica sobre os benefícios da solidão. É isso mesmo que acabaste de ler: estar só é bom, por mais que tudo o resto nos leve a pensar o contrário.

 

Invulgares são os que realmente desejam a sua própria companhia, é facto. Com muito orgulho, proclamo não pertencer a essa megaturma. Desde que me lembro por gente, apreciei a minha própria companhia, não obstante ser das pessoas mais populares e sociáveis que possas imaginar. Contraditório, não? Esta solteira aqui é assim mesmo, um poço de contradições.

 

Nesta fase da minha vida, à beira dos 40, o meu gosto pelo isolamento atingiu índices narcisitas. Gosto tanto de estar só, ao ponto de, por melhor seja a companhia alheia, passado um certo tempo só penso no momento em que voltarei a desfrutar de mim mesma. Eu sou a minha melhor companhia, essa é a verdade.

 

Entendes agora porque não há maneira de eu levantar a âncora do porto da solteirice onde estou atracada há anos e zarpar rumo à felicidade?

 

Sobre essa questão, o life coach Kali Roger é peremptório quando diz que estar só, nem que seja por breves instantes, é "a chave para encontrar o equilíbrio nas nossas vidas". Não desvalorizando a importância da vida social e dos afetos na sanidade humana, este especialista explica que estar sozinho não é o mesmo que estar só. Indo mais longe, ele assume que a solitude pode mesmo ser a solução para alguns dos problemas mais comuns nos tempos atuais, sobretudo os relacionados com sentimentos, autoconhecimento e autoaceitação.

 

No seu parecer estar só é preciso, até porque chega uma altura em que o nosso corpo começa a emitir sinais de alerta, que convêm não serem ignorados. O aborrecimento constante é um dos primeiros indícios de que é preciso desfrutar mais da própria presença, já que se trata de uma consequência da incapacidade de lidar com as próprias emoções. Outro sinal inequívoco é a falta de energia para levar a cabo qualquer outra atividade que não as rotineiras. Desinspiração, apatia cada vez mais intensa e incapacitante, ansiedade que cresce de dia para dia e tendência para desmarcar todos os planos e compromissos são outros sintomas de que é preciso parar, respirar fundo e dar atenção à própria mente, ficando a sós, numa espécie de retiro ou introspeção.

 

É justamente aqui que a meditação assume o papel de herói salvador da mente, em primeira instância, e da alma, por tabela. Por mais preenchido que costuma ser o teu dia, convém arranjares tempo para refletires sobre o sentido da vida, no que queres, no que te faz bem, no que contribui para a tua felicidade e por aí fora. Caso seja do teu interesse, posso emprestar-te a minha guru do bem, a quem devo uma boa parte do meu atual estado de graça.

 

Falando na primeira pessoa, posso garantir-te que estar só não é sinónimo de estar deprimido, triste, ilhado em casa a carpir mágoas e a ver a vida passar pela janela. Pelo contrário, pode ser o momento em que arrumas as ideias, dás uma agitada nos velhos hábitos, preparas uma bela refeição, degustas um vinho com V, ouves música de qualidade, lês um bom livro, pintas, dança-se, praticas exercício, escreves, autosatisfazes a tua libido ou apenas olhas para o nada e dás asas aos teus sonhos.

 

Resumindo e concluindo: estar só é um momento exclusivamente teu, a oportunidade perfeita para te desligares do mundo e te concentrares na pessoa mais importante da tua vida: TU! E com esta, volto ao aconchego da minha própria pessoa.

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12
Out17

Recordar é viver...

por Sara Sarowsky

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Ora viva!

 

Depois de um almoço dançante na Associação Caboverdeana (acompanhado de uma bela cachupa e um bom Cabriz), seguido de uma deliciosa massagem à coluna, não me sinto em condições de espremer os neurónios para escrever algo mais alentado que estes dois parágrafos.

 

Por estar em dívida contigo, já que ontem não dei as caras por aqui, partilho esta imagem resgatada do bau de recordações do facebook. Ao deparar-me com ela não pude de todo evitar uma onda saudosista em relação ao meu aspeto de há quatro anos. Se ainda me restassem dúvidas em relação à decisão de deixar crescer o cabelo, estam foram completamente dissipadas esta manhã. 

 

Prometo que amanhã voltarei com uma crónica à altura do teu interesse. Até lá, deixo-te com aquele abraço amigo.

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