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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!


30
Mai17

16266033_10206269934106733_2259154537941313837_n.jOra viva!

Como costuma dizer a minha maninha caçula, o rosto é o nosso cartão-de-visita e a melhor carta de recomendação. Nos últimos três semestres tenho travado uma luta titânica contra problemas na pele facial, que começou com borbulhas mutantes e retumbou em horrorosas manchas. Portanto, ninguém melhor do que eu para testemunhar o quanto custa à carteira e à autoestima feminina uma pele problemática.

A pensar nisso, para hoje preparei um artigo que versa precisamente sobre alguns cuidados a ter quando se deseja uma pele bonita, saudável e iluminada. Vou saltar a parte dos cuidados estéticos, dermatológicos e cirúrgicos, que disso tratam os sites especializados na matéria, e focar-me em alguns alimentos que podem revelar-se excelentes aliados da derme perfeita.

Amêndoas: Por conterem vitamina E, um antioxidante natural que funciona como proteção contra o envelhecimento, as amêndoas afiguram-se como um poderoso aliado da pele. As suas gorduras, muito saudáveis, fazem com que esta fique mais luminosa.

Chá verde: Os antioxidantes presentes neste tipo de infusão ajudam a restaurar a elasticidade da pele. A par do branco, o chá verde é igualmente conhecido por melhorar problemas relacionados com a acne.

Caranguejo: O zinco presente neste crustáceo fomenta a redução da inflamação, ao mesmo tempo que minimiza a aparência da acne. Também é conhecido por facilitar a produção de ácido hialurónico que proporciona hidratação à pele.

Grão-de-bico: Composto por proteínas cheias de aminoácidos essenciais para o crescimento e reparação cutânea, este alimento é conhecido por ajudar a diminuir as linhas e marcas escuras. Para além disso, contém ainda cobre que ajuda principalmente na manutenção e resistência da pele.

Laranja: Rica em vitamina C, um antioxidante natural, esta fruta conseguirá agir contra as olheiras e proteger a pele dos danos dos raios UV, ao mesmo tempo que aumenta a capacidade de cicatrização e de produção de colagénio.

Pimentão: O pimentão, a par da cenoura e de todos os vegetais coloridos, bem como os alimentos de origem animal (leite, sardinha e gema de ovos) contem vitamina A, que ajuda na produção de melanina e é um antioxidante natural que promove o rejuvenescimento celular e prolonga a juventude.

Salmão: Por conter ómega 3, uma gordura saudável que promove a recuperação, hidratação e saúde da pele, este peixe promove a produção de colagénio e elastina (dois elementos essenciais para uma pele suave e sedosa).

Como pudeste constatar, ter uma pele bonita e radiante não se alcança só a lavar e a passar cremes. O que comemos também têm uma palavra a dizer na sua qualidade, aliás na nossa saúde em geral. Com certeza já deves ter ouvido dizer que somos o que comemos. A mais pura verdade!

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17884105_1501730543192381_2992898914770885937_n.jpOra viva!

Por mais que tudo e todos nos tentem convencer de que estar emparelhado é melhor do que não estar, o facto é que estar solteiro tem tantas ou até mais vantagens do que estar comprometido. O que se passa é que muitos solteiros, sobretudo as mulheres, que parecem desconhecer (ou fazem questão de ignorar) como tirar partido da sua situação amorosa.

A estas pessoas, dedico a crónica de hoje na esperança de que esta possa ajudá-las a se concentrarem no lado B (leia-se bom) da solteirice. Volto a frisar que não sou contra relações – pelo contrário –, apenas tento focar-me no lado positivo das coisas, sejam elas relações ou acontecimentos.

Esclarecido este ponto, eis algumas vantagens de se estar solteira. Abro aqui um parêntesis para dizer que me dirijo espeficiamente ao género feminino por ser aquele que acusa ressentir-se mais desta realidade.

» Não tens de tomar decisões em função de outra pessoa.

» Tudo começa e acaba em ti. Há coisa melhor do que sermos o centro da nossa atenção?

» O teu tempo livre e o teu dinheiro são para uso exclusivo, já que não tens que partilhá-los com mais ninguém.

» Ficas com mais tempo para te dedicares à carreira e ao que mais te apetecer.

» Desfrutas de uma paz de espírito fenomenal, já que não tens que lidar com o medo de perder alguém ou de ser traído, cenas de ciúmes, zangas, amuos, etc, etc.

» Não tens que vestir a farda de agente KGB. Com isso quero dizer que não tens que estar alerta em relação aonde ele vai, com quem está, com quem partilha fotografias. O mesmo se aplica a telefonemas, mensagens ou amizades (especialmente nas redes sociais).

» És dona e senhora do teu nariz, não tendo que dar satisfações a ninguém.

» Podes viajar quando, quanto, para onde e com quem quiseres.

» Não tens que manter a depilação em dia se não quiseres.

» És leve, livre e solta, ou seja, podes sair, flertar e curtir com quem quiseres.

» A tua vida sexual pode ser à la carte, ou seja, só comes quem queres, quando queres, em que quantidade queres e da forma como te apetecer.

» Tens mais disponibilidade para a família, amigos, colegas, vizinhos, conhecidos, desconhecidos e quem mais cruzar o teu caminho.

» Ficas com todo o tempo do mundo para cuidares de ti e investires na (boa) forma física, vida saudável, beleza e sex apeal.

» Podes vestir o que quiseres sem ter que levar com censuras ou olhares reprovadores.

» Aprendes a desfrutar da tua própria companhia e a descobrir um mundo de coisas que de outra forma não seria possível.

» Descobres que tu és o grande amor da tua vida e que não há amor maior do que aquele que nutrimos pela nossa própria pessoa.

» Podes, a qualquer momento, encontrar outro amor que te complete e te faça (ainda) mais feliz.

Depois do que acabaste de ler, (ainda) sentes que tens motivos para te considerares uma desgraçada?

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mw-1600.jpgOra viva!

Por muito que acredite que o último dia útil da semana mereça leveza, hoje finto esta regra, só minha, para abordar um assunto que é tudo menos soft: homens errados, espécies que, para mal dos pecados das disponíveis "moderadamente românticas", proliferam que nem pragas.

A propósito deste assunto, chamo à conversa o livro Diz-lhe Que Não, publicado há coisa de meses pela jornalista, e colega de blogging, Helena Magalhães. Faço aqui um parêntesis para referir que este foi-me recomendado pela seguidora LS, que, ao lê-lo, achou que este tinha potencial para servir de inspiração a uma crónica (ou mais, quem sabe). Não poderias estar mais certa, minha querida, a quem aproveito para agradecer (publicamente) pela dica.

Voltando ao Diz-lhe Que Não, imagino que a esta altura da leitura já devas estar a interrogar-te: dizer que 'não' a quem? Aos homens errados e às relações fast-food, ao que mais seria?

Para começo de conversa, a autora assume claramente que existe uma linha muito clara que separa o "eu quero" do "eu preciso". Com isso quer ela dizer que todas nós queremos um homem, mas nem todas precisamos de um para ser feliz. Como é o meu caso e o de algumas minas da minha tribo. 

À semelhança do que não me canso de apregoar, considera a autora que "existem muitas pessoas que não conseguem viver sozinhas, porque não têm capacidade de estar consigo próprias, ou ir jantar ou ao cinema ou ao café sozinhas, e o que acontece é que muitas vezes estão em relações de 'merda' só porque não conseguem estar sem ninguém, e isso é ridículo".

Ainda que as mulheres sejam mais propensas a "envolver-se e permanecer numa relação que não é, de todo, saudável", não penses tu que este é um drama exclusivamente feminino. Nada disso! Também eles embarcam em vínculos (emocionais ou sexuais, é-me indiferente o nome que lhes queiram dar) estéreis, cujas motivações resumem-se a essencialmente três: "despejar os colhões" (sei que a expressão é um tanto ou quanto ordinária, mas dado que se trata da mais pura verdade, dispensemos a luva de pelica), ter quem lhes afague o ego e lhes preste assistência toda vez que o défice de atenção lhes bater à porta.

É por isso que é importante aprender a ter coragem de dizer 'não' aos homens inadequados, assim como às relações que não acrescentam valor à nossa vida. Para Helena Magalhães, "a pessoa errada será sempre a pessoa errada", pelo que insistir no erro de pouco ou nada adiantará, já que a felicidade que essa relação poderá trazer será sempre uma miragem, tal e qual uma alma perdida no deserto do Saara, a que se agarra com unhas e dentes como forma de continuar a acreditar que (ainda) há vida pulsando.

Ao longo do livro é clara a mensagem que a escritora tenta passar às single ladies: mais saudáveis são aquelas que conseguem pensar 'eu quero um homem, mas não preciso'. Sabe-se lá por carência, desespero, solidão, pressa ou pressão social, imensas pessoas acreditam que precisam de outro alguém para serem felizes. Errado! Precisamos de outra pessoa para ser mais feliz. A nossa felicidade depende única e exclusivamente da nossa própria pessoa.

Quanto a isso, a opinião dela vai de encontro à minha: antes temos que aprender a (con)vivermos connosco próprios e com os outros e a ter a liberdade de sermos felizes, independentemente da situação em que nos encontramos e de quem dorme do outro lado da nossa cama.

Outro ponto digno de partilha é a abordagem que Magalhães faz do amor nos tempos atuais. Na sua opinião, hoje em dia este sentimento é encarado como um 'bicho papão', ao ponto de, se nos declararmos a alguém, o mais provável é essa pessoa 'fugir a sete pés'. "Acho que isso reflete um bocado a geração em que vivemos agora. Com todas estas formas de namorar virtuais e tão descartáveis, a palavra amor tornou-se num tabu autêntico, falar de amor é tabu". E continua: "Acho que isso faz com que deixássemos de investir tanto nas pessoas, porque temos aquela noção de que existem mais pessoas disponíveis. Ao primeiro problema que existe saltamos logo fora, porque temos mais 500 pessoas na aplicação para ‘rodar’ e dizer que ‘sim’ ou que ‘não’. Isto veio mudar a forma como nos relacionamos, como nos sentimos e como lidamos com o amor, porque na verdade e, apesar de estar todos conectados nas redes sociais, ao fim e ao cabo não estamos com ninguém, estamos sozinhos em casa a teclar e não fazemos mais nada".

Não poderia terminar esta crónica sem fazer referência a um outro aspeto convergente entre mim e a autora: o dar o corpo ao manifesto a custo zero (como costumo dizer), sobretudo no primeiro encontro. A propósito disso, eis a perceção dela: "Hoje em dia, os primeiros encontros tornaram-se atos sexuais, porque o sexo é o encontro, e se alguém diz que não, parte-se para outra pessoa. Por isso é que digo que as pessoas estão desinteressadas, porque querem tudo muito rápido, tudo a acontecer neste momento, o agora, e se demoramos um bocadinho desaparecem... Mesmo quando dizemos, 'vamos jantar' ou 'vamos ao cinema', desaparecem, porque há outra pessoa que quer dar o que eles querem".

Preciso escrever mais? Ao devorar a escrita dela até parecia que estava a ouvir a os meus próprios pensamento. Será que existem almas-gêmeas literárias? A existir, a Helena Magalhães é uma forte candidata à minha.

Bom fim de semana, solteira minha, e aproveita estes dias de pausa para interiorizar a palavra de ordem deste artigo: left-swiped (na linguagem das apps de engate) aos homens errados.

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25
Mai17

beded5272d48bc02bc6b093086c287c2_L.jpgOra viva!

A crónica de hoje mais não é do que a partilha do testemunho da jornalista Raquel Costa, sobre um assunto freguês deste blog: relações amorosas versus sites/aplicações de encontros. Acerca disso, escreve ela o seguinte:

Sou uma frequentadora assídua de aplicações que promovem o conhecimento de pessoas com os mesmos interesses amorosos, vulgo apps de engate (desculpa, mãe, é verdade).

Para os menos versados nesta matéria, aplicações para telemóvel como o Tinder e o Happn funcionam desta maneira: aparecem no ecrã homens (ou mulheres, consoante os gostos de cada um) que estão nas imediações da zona onde nos encontramos. O nome, a idade, uma breve biografia (opcional) e uma quantidade variável de fotografias permite-nos fazer "sim" ou "não" no potencial candidato. Ao fazer "não", o indivíduo desaparece para todo o sempre do nosso alcance (cuidado com os dedos de manteiga!). Ao fazer "sim", inicia-se uma espera que pode demorar um segundo...ou para sempre.
É a espera pelo "match". O "match" significa que a outra pessoa também nos fez "sim" e que, a partir daí, já é possível estabelecer um diálogo.
Depois...começa o jogo.
A maioria das pessoas que está no Tinder procura companhia. Uns dizem que procuram sexo, outros um vago "conhecer pessoas". Mas a realidade é mais simples. Companhia, seja forma de uma relação física fugaz, de um café, de uma conversa.
Estou, de forma intermitente, nestas aplicações, há dois anos. Já contactei com todo o espectro de seres do sexo masculino: os casados e felizes, os casados e infelizes, os que estão em processo de separação (de fugir!), os solteirões inveterados. Os traumatizados, os descompensados, os que perderam qualquer réstia de sanidade e criam identidades falsas e vidas imaginárias. E, claro, pessoas normais.
O que temos em comum, homens e mulheres? Estamos sós. Estamos sós num mundo cheio de gente, sós em vidas cada vez mais preenchidas, com inúmeras solicitações profissionais, sociais, com tempo para tudo menos para o que é mais importante: a tarefa árdua, extenuante, nem sempre agradável de conhecer outra pessoa. Criar intimidade é um processo demorado, os intervalos do romance são tudo menos um mar de rosas e as apps de engate não nos dizem que a pessoa que está do outro lado também arrota, solta gases e tem mau acordar.
Este é o lado pessimista da situação.
O lado otimista e maravilhoso de ser solteiro/divorciado/disponível em 2017, na era das apps de engate, é este: temos a liberdade de escolher. Sabemos mais, esperamos mais. Queremos verdadeiramente ser felizes, embora nem sempre saibamos como lá chegar.
Se isso justifica continuar no Tinder? Justifica, pois!

Não obstante ter já dedicado uns quantos posts a esta temática, é sempre bom inteirar-nos da perspetiva alheia sobre o mesmo assunto. E este, devemos reconhecer, traduz-se num relato bem conseguido do que se passa no mundo das relações virtuais.

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24
Mai17

Já ouviste falar do Homem 3D?

por Sara Sarowsky

2017-french-farmers-calendar-fred-goudon-2.jpgOra viva!

Estou ciente de que não tenho por hábito vir aqui às quartas, o meu dia zen, dedicado à espiritualidade, mas não consigo esperar para partilhar contigo algo que acaba de me chegar aos ouvidos e que achei simplesmente genial.

Tem a ver com uma nova espécie masculina, apelidade de Homem 3D: Despesa, Desgosto e Desespero.

Ka ka ka ka ka ka. Feliz dia, meu bem, e mantém-te a léguas desse tipo de gajo.

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2017pperosporto12.pngOra viva!

Convicções e preferências à parte, é dado empírico que o sexo é um elemento sine qua non para a condição humana. Imensuráveis, incontestáveis porque não assumir, são os benefícios desta prática que estimula a produção de hormonas associadas ao prazer, à felicidade e ao bem-estar, sem esquecer a preservação da espécie, a mais impactante de todas.
 
Precisamente por ser tão bom, a sua não prática repercute-se, sob os mais diversos aspetos, na nossa disposição em geral. Por saber muito bem o que isso é, o artigo de hoje debruça-se sobre algumas das consequências da falta de sexo, elencadas pelo Vida Ativa, página da qual sou leitora assídua:
 
Stress e compulsividade
A falta de atividade sexual pode aumentar os níveis de stress no corpo, assim como os picos de hipertensão. Além disso pode traduzir-se em reações mais extremas, como roer as unhas, morder os lábios ou comer compulsivamente. 
 
Insegurança, ansiedade e depressão
Apesar de não ser uma consequência taxativa, é algo que pode acontecer com frequência. Isto porque a prática sexual ajuda a melhorar a autoestima de um indivíduo, na medida em que faz com que este se sinta desejado, atraente e com as necessidades (básicas) satisfeitas. 
 
Redução da libido
Apesar da relatividade da condição humana (com isso quero relembrar que tudo varia de pessoa para pessoa), a falta de sexo reduz a produção das hormonas que estimulam o desejo sexual, o que faz com que, quando não há prática, a vontade para momentos íntimos pode ser cada vez menor.
 
Saúde cardiovascular
Relacionados com o aumento do stress, os problemas cardiovasculares são outra das consequências da ausência de atividade sexual. As pessoas que não a praticam de forma regular apresentam picos mais elevados de pressão arterial, em resposta a momentos de elevado stress. Achas que é à toa que o sexo é apontado como o mais completo – e, já agora, prazeiroso – exercício físico?
 
Disfunção erétil
Tal como a prática regular de exercício físico contribui para manter uma boa resistência física, também a prática regular de sexo contribui para conservar a potência sexual. Em virtude disso, a sua falta pode propiciar a disfunção erétil.
 
Dores menstruais
Este é um dos impactos associados ao género feminino, visto que fazer sexo com frequência estimula a libertação de uma maior quantidade de estrogénio, uma hormona que vai ajudar a reduzir as dores menstruais.
 
Músculos vaginais
Outra consequência exclusiva das mulheres, dado que os músculos da vagina podem deixar de responder tão bem à excitação e à penetração, tendo maior dificuldade em relaxar nesses momentos.
 
Pouco sono
Não, não é um mito que se dorme mais e melhor após o coito. A explicação é tão simples quanto isso: a atividade sexual ajuda a libertar oxitocina, uma hormona que contribui para um sono mais tranquilo e reconfortante.
 
Se dúvidas houvesse quanto ao papel (fundamental) do sexo no conforto físico, emocional e psíquico do ser humano, estas acabam de ser dissipadas. Dado que solteirice não tem que implicar necessariamente abstinência sexual, toca a "sexar", que da vida só se leva o que se viveu. Nada mais!

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vicio.jpgOra viva!

Depois de um fim de semana absolutamente escaldante (literal e figurativamente falando), a semana aqui no Ainda Solteira arranca com uma crónica sobre o fascínio humano pelo perigo, mais concretamente pelo que se sabe que faz mal.

Inspirada pelo artigo Porque É que Gostamos Tanto do Que Nos Faz Tão Mal?, sob a chancela da Elle, começo por reconhecer que já não me revejo nesses comportamentos autodestrutivos, se assim o posso chamar. É à maturidade, à experiência de vida e, sobretudo, à memória que devo essa sensatez para manter longe tudo que não me seja benéfico.

Não penses que já não cometi "pecados", mesmo sabendo que ia pagar caro por eles. Oh se já, em relação a relacionamentos então…. Só que cheguei a um ponto existencial em que faço questão de aprender com os erros, ou seja, fico-me pela primeira vez; às vezes até arrisco uma segunda, só para reforçar a primeira conclusão.

De acordo com a citada revista, não é de hoje que os estudiosos tentam perceber a razão que nos leva a desejar – algo ou alguém – mesmo sabendo, a priori, que as consequências dessa escolha poderão não ser positivas. Ao que tudo indica é na necessidade de obtenção de um prazer que vale pelo momento único em que é sentido, independentemente do que pode vir a acontecer, que pode residir a resposta a esta questão. Há um dito popular na minha terra que resume perfeitamente isso: "Depois da diversão, a morte não é nada".

Não conseguir resistir a alimentos que engordam ou mutilam a saúde; envolver-se com pessoas com o mesmo padrão de comportamento e que, invariavelmente, resultam em deceções ou incorrer ou reincidir em hábitos que podem colocar a integridade física em risco são apenas alguns exemplos capazes de ilustrar o acima exposto.

Quanto a possíveis explicações, as primeiras teorias culparam a dopamina, a fonte de prazer responsável por nos levar a gestos imponderados. Contudo, estudos posteriores concluíram que as sensações agradáveis não dependem diretamente desta hormona, uma vez que essa substância é igualmente libertada em momentos de medo e stress.

Ou seja, por si só, a dopamina não produz bem-estar nem conduz diretamente à busca descontrolada do prazer. O que ela provoca, isso sim, é a vontade de ter prazer, pelo que foca a nossa atenção na obtenção real desse prazer. Porém, não cabe a ela a responsabilidade por atos de insensatez, já que, quando o seu alerta é ativado, os mecanismos de aprendizagem e memória ficam mais apurados. É o sistema de defesa a entrar em ação.

Como uma droga, a dopamina desperta-nos, intensifica as vivências, estimula os sentidos. Mas, quando as coisas correm mal, ela também está presente e "grita" para não repetirmos a experiência. A ser assim, voltamos à questão inicial: o que nos leva a gostar tanto do que nos faz mal? De acordo a Elle, esta deve-se à submissão do nosso lado racional aos nossos instintos. Uma vez à mercê dos nossos desejos, é nessas alturas que cometemos os mais graves erros.

Em situações extremas, a procura obstinada do prazer pode conduzir-nos ao vício, seja ele em substâncias, pessoas ou situações. E aqui a situação já é grave ao ponto de só restar uma solução: pedir ajuda, antes que seja tarde.

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17990533_1606728599367364_7112559947092262722_o.jpOra viva!

Nada dura para sempre. Esta constatação aplica-se tanto à vida humana como à maioria das relações, sejam elas românticas ou sociais. É precisamente sobre este último tipo de ligação afetuosa, a amizade, que versa esta crónica.

O término de uma amizade dificilmente passa incólume aos intervenientes. Dependendo da antiguidade e da intimidade, essas podem ser profundas, ao ponto de deixar um vazio na nossa vida por tempo indeterminado. Eu, por exemplo, ao longo da vida, fui perdendo vários amigos pelo caminho. A rutura com alguns deles foi mais um alívio do que outra coisa qualquer, mas houve outros que até hoje lamento.

Isso porque a minha amizade por eles não poderia ser mais genuína, enraizada nos meus melhores sentimentos. A última então… duvido que algum dia venha a superar, pois amava verdadeiramente aquela pessoa, a primeira amizade que fiz na faculdade, com quem partilhei coisas únicas.

Dado que não é minha intenção estar para aqui a carpir as minhas mágoas, passo então a citar alguns tópicos de reflexão, elaboradas pela psicóloga Ellen Hendriksen, no sentido de nos ajudar a detetar alguns sinais de que uma amizade caminha a passos largos para o precipício:

Essa amizade é um jogo de interesses?
Há quem se relacione apenas pelo que os outros podem fazer por elas. No caso de reconheceres um amigo que constantemente te cobra favores ou está sempre a pedir-te dinheiro emprestado ou mesmo a tentar vender-te alguma coisa, abre a pestana: em vez de uma amizade podes estar a viver simplesmente uma transação.

Estão a desencaminhar-te?
É normal os amigos se influenciarem entre si. O que não é normal é quando eles te desviam do bom caminho. Por exemplo, se queres deixar um vício, ter um estilo de vida mais saudável ou abraçar algum hobby e eles te criticam, boicotam a tua motivação ou solicitam a tua presença justamente nas alturas em que te dedicas a essas atividades.

Estás a ser manipulado?
Geralmente quando se é manipulado, só se apercebe quando se deixou de viver essa situação. No entanto, fica atento no caso de teres um amigo que te faz sentir mal contigo mesmo. Outro sinal de alerta é se agora que olhas para ti percebes que, inconscientemente, mudaste a tua postura e o teu comportamento por essa pessoa.

São amigos apenas porque são parecidos um com o outro?
Vidas semelhantes ou traços de personalidade idênticos, muitas vezes, conduzem a uma amizade forçada. Estudos indicam que aqueles que tinham amizades desse tipo desvalorizam esses aspetos e concentraram-se no que verdadeiramente constrói a relação: confiança, honestidade, respeito e companheirismo.

És o único a contribuir para a relação?
Se para ti está sempre tudo bem, mesmo quando falham contigo, ou se és o único que se esforça por preservar a relação, de acordo com a conveniência da outra parte, apesar de saberes que não fariam o mesmo por ti, provavelmente, estás a viver uma relação desequilibrada, em que és o único a fazer por.

Podem contar um com o outro?
Os conceitos "recíproco", "mútuo" e "partilha" estão muitas vezes associados a estudos sobre a amizade, pelo que se nenhum destes termos te vem à cabeça quando falas do teu amigo, talvez seja melhor repensares a vossa relação. As boas amizades são baseadas em equilíbrio e apoio mútuo.

Podes ser tu mesmo?
Estudos realizados durante décadas afirmam que ligar-se a pessoas com as quais podemos ser verdadeiros é dos maiores contributos para a saúde e felicidade. Se pensas duas vezes antes de agir de determinada forma e mudas o teu comportamento na presença da outra pessoa, então não lhe podes chamar amigo.

Como pudeste constatar, há amigos que não são dignos desse nome. Por mais que a tua amizade seja sincera e verdadeira, há que saber reconhecer quando ela não é recíproca muito menos saudável. Há um tempo para tudo na vida e se calhar este é o tempo de reavaliares o teu conceito de amizade e pores alguns pontos nos is. Afinal, a presença das pessoas na nossa vida só se justifica se for para contribuir para a nossa felicidade. Caso contrário, não deverá haver lugar para elas.

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16
Mai17

Conectados, mas sem conexões

por Sara Sarowsky

bigstock-love-family-technology-inte-61722956.jpgOra viva!

Olha só este genial texto da Bia Lopes, publicado no obvius, sobre a dinâmica das relações nos tempos atuais.

"Não há dúvidas sobre os benefícios da tecnologia. Sem ela, por exemplo, não me seria possível escrever esse texto a essa hora da noite sem incomodar meu companheiro de quarto. No momento não disponho de lâmpada acesa, nem de papel, caneta ou máquina de escrever, mas o aparelho celular resolve o problema. Acontece que nem só de bondade vive a ciência. Com ela, manias, fobias, dependências e mais outra leva de complicações também se instalaram em nossas vidas. É como uma rede infinita de conexões que poderiam nos manter ligados uns aos outros, mas estão nos afastando cada vez mais. Ou ando vendo coisa onde não tem?

Estamos nos aproximando de quem está longe e nos distanciando de quem está perto. Não podemos deixar o amigo virtual mais de cinco minutos sem resposta, enquanto o que está sentado à mesa bem à nossa frente é obrigado a esperar quase a noite inteira.

Então, qual o sentido dessas relações? Sou uma pessoa nostálgica. Podem me chamar de velha, mas sou do tipo que diz "no meu tempo as coisas eram diferentes". E eram mesmo. Talvez essa geração nunca saiba a graça que há em receber um telefonema sem ser previamente avisada pelo WhatsApp ou passar dias e noites suspirando, pensando numa maneira de dizer a quem a gente gosta o quanto a gente gosta, sem nos escondermos por trás das mensagens inbox. No meu tempo era olho no olho, expectativa, frio na barriga. Mas quem liga para um olhar quando as emoções podem ser expressadas via emoticons? Estamos substituindo o cotidiano real pelo virtual. E ainda há quem diga que é romântico. #chateada

Não, não sou contra a tecnologia. Eu mesma a uso (e até abuso, confesso) diariamente. Ela facilita o meu trabalho, economiza o meu tempo, me distrai, informa, situa, orienta, ensina, me abre portas e… É muita coisa, viu? Sem contar que ela permite realmente o encurtamento de certas distâncias. Parentes e amigos que moram longe podem participar do dia a dia do outro, mesmo que virtualmente. Tenho alguns amigos que se conheceram pelas redes sociais, casaram, tiveram filhos e estão juntos até hoje. Os benefícios são incontáveis. O problema é que os malefícios também.

Incontáveis vezes perco a noção do tempo olhando coisas que em nada me acrescentam. Sabe aquele vizinho que nem te conhece bem, mas sabe tudo da sua vida? É como me sinto nas redes sociais. Às vezes acabo sabendo tanto da vida da pessoa sem sequer ter lhe dirigido um "oi", que me sinto constrangida.

Nossa vida virou um grande reality show, onde alguns mostram o lado que melhor lhes convém e outros não conseguem manter por muito tempo as aparências. Só que neste caso não há uma premiação milionária, garantia de fama ou contratos publicitários. É a nossa vida que está em jogo. É o nosso tempo que está sendo desperdiçado. E no final não dá para resetar ou reiniciar o sistema. Não se pode simplesmente desativar uma conta e criar outra. Talvez por isso as pessoas se refugiem tanto no mundo virtual. A vida real dá muito mais trabalho.

Os celulares se tornaram nossos companheiros em praticamente todos os momentos do dia, o que me faz pensar que nunca estamos 100% ligados à realidade. As refeições são devoradas em meio a inúmeras pausas. As atualizações da timeline não podem esperar, mesmo que elas só estejam mostrando um mero "like ou share".

Aliás, é bom aproveitar a pausa para gostar e partilhar aquele post que você achou genial. E não esqueça de responder aos amigos que chamaram no "whats". Como assim, não há nenhuma mensagem por lá? Então é hora de conferir como está seu pacote de dados ou se sua última mensagem foi visualizada, afinal de contas a única que não pode lhe bloquear nesse cenário é a sua comida.

Resolvi deixar meu celular de lado por um período do dia e comecei a observar as pessoas ao meu redor. E, confesso, me senti meio esquisita sabendo que faço parte dessa geração de "cabeças baixas". Ninguém olha mais para a frente, nem para o lado, muito menos para trás. O display é o campeão das atenções. Não se fazem mais amizades nas salas de espera e não temos tempo para ouvir o desconhecido que sentou ao nosso lado no autocarro. Não nos desconectamos sequer para ir à casa de banho. Trocamos as refeições em família pela companhia de milhares de pessoas que, assim como nós, buscam desesperadamente por atenção. Somos solitários em meio a uma multidão. E eu temo que em breve as relações se resumam a add, chat e unfollow.

Há uma linha ténue entre o saudável e o vício. Para isso existe o bom senso. O uso inteligente evita o dependente. É muito bom trocar mensagens online, mas emoticon nenhum substitui um abraço. Conversar olho no olho ajuda a fortalecer a relação muito mais do que um bonequinho segurando um coração. Passar algum tempo se distraindo com o que as aplicações podem nos oferecer é útil e até muito divertido. A questão é quando a utilidade dá lugar ao prejudicial. Que saibamos diferenciar o hábito do excesso. Que a ciência nos traga o avanço e não um retrocesso. Que a tecnologia encurte a distância e não as relações."

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Ora viva!

Depois de um sábado pautado por fortes emoções religiosas, musicais e futebolísticas, eis-nos aqui, prontos para mais uma semana, na qual, estou em crer, depositamos as nossas melhores expectativas. Feito o preâmbulo, que tal me contares como correu o teu fim de semana F.

Mudando de assunto, o artigo de hoje versa sobre um assunto que acredito ser-te tão caro como o é para mim: o sucesso. Em relação a isto, opina o Insider Pro que a diferença entre aqueles que tudo alcançam e os outros reside nestas dez imagens que se seguem.

Visto concordar, em grande parte, com a posição deles, é com todo o gosto que partilho contigo a estória ilustrada do sucesso versus fracasso, neste dia em que se inicia mais uma semana laboral, desta vez sem quaisquer feriados ou tolerância de ponto, como nos habituamos nas últimas semanas.

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b84111852__750x0.pngQuanto a ti não sei, mas neste exato momento estou fazendo para que esta semana seja pautada por vários momentos de sucessos e conquistas. Este post é o primeiro deles. Feliz semana, meu bem!

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