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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!

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Ora viva! 🖖

Se me segues nas redes sociais, já deves saber que estou prestes a dar à luz ao terceiro evento do Empodera-te!, o movimento social em prol do empoderamento feminino que tanta alegria e desafio me tem trazido nos últimos 10 meses.

A propósito disso, partilho contigo um inspirador texto de um dos palestrantes da segunda edição - ocorrida a 27 de maio, no Centro Cultural de Belém - e que vai continuar connosco nesta edição de estreia no meu país-natal, onde acredito que terá um impacto ainda maior do que em Portugal.

Eis, pois, as inspiradoras palavras que o neurocoach e hipnoterapeuta Heitor Fox dedicou ao Empodera-te! Cabo Verde, previsto para o próximo dia 25 de novembro, no Salão de Banquetes da Assembleia Nacional, na cidade da Praia.

Caros amigos e amigas,

Marquem o vosso calendário para um evento absolutamente imperdível. O Empodera-te! com a Sara Sarowksy regressa este ano para a sua terceira edição, e estou honrado em participar como um dos oradores e coaches que irão partilhar novos caminhos no empoderamento feminino. 🌟

👏 Imagine uma tarde recheada de inspiração, aprendizagem e crescimento pessoal, tudo isto focado em levantar a voz e a visão das mulheres empreendedoras. A missão é simples, mas profundamente significativa: inspirar, capacitar e transformar.

O grande filósofo Sócrates uma vez disse "Conhece-te a ti mesmo." No Empodera-te! levamos essas palavras ao coração. Vamos aprofundar o autoconhecimento, fortalecer a inteligência emocional e, acima de tudo, equipar as mulheres com as ferramentas necessárias para navegar no mundo dos negócios e na vida.

👩‍🚀No universo do empreendedorismo feminino, cada pequeno passo pode tornar-se um gigante salto para a humanidade. E é por isso que a mentoria e a consultoria são elementos centrais deste evento. Ofereceremos orientação e estratégias, apoiadas pela neurociência e pela psicologia, para ampliar não só o potencial do teu negócio, mas também do seu bem-estar emocional.

Mas há mais, a saúde mental e o bem-estar serão igualmente celebrados. Como disse o grande cientista Carl Sagan "A compreensão é uma forma de ecstasy." Então, preparem-se para uma jornada de crescimento e empoderamento que nutrirá tanto a mente quanto o espírito.

É mais do que um evento; é uma revolução. E nessa revolução todas e todos são bem-vindos. Por isso, se és uma mulher empreendedora, este é o teu chamado. Se és um homem engajado com esta causa, este é o teu apelo.

📌 Marquem na agenda: 25 de novembro, entre as 14:30 e as 19:30, na cidade da Praia.

Espero ver-vos lá para, juntos, escrevermos mais um capítulo desta história fascinante de empoderamento e crescimento.

Até breve e até lá, empoderem-se!

Depois desta, só tenho a dizer: que a magia do Empodera-te! esteja contigo. Ontem, hoje, amanhã e sempre! 💪🏻💪🏻💪🏻

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23
Out23

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Ora viva! 🖖

Apesar de estar a ser difícil arranjar tempo para aqui vir deixar-te aquela palavra amiga, não penses que esqueci de ti. Tanto é que, com apenas 15 minutos de pausa entre uma tarefa e outra, fiz questão de vir aqui trazer-te a minha última crónica para o Balai Cabo Verde, publicada na manhã desta segunda-feira. 

Sororidade: o segredo da aliança feminina

No vasto panorama da vida, onde as cores e texturas da sociedade se emaranham, existe um laço especial que muitas vezes passa despercebido, mas que é essencial para o progresso das mulheres num mundo onde as sombras do patriarcado insistem em persistir. Este laço é um compromisso tácito entre mulheres para se apoiarem, colaborarem e caminharem juntas, lado a lado.

Como tal, se me pedissem para escolher uma palavra que melhor descrevesse este ano, não hesitaria em eleger a sororidade. Com algum embaraço, assumo que dela só ouvi falar há coisa de meses, cinco para ser mais precisa. Foi por altura dos preparativos para a segunda edição do Empodera-te!, movimento social em prol do empoderamento feminino por mim criado em janeiro último e pelo qual acabo de ser distinguida, na Assembleia da República, com o Prémio de Mérito Migrante. De lá para cá, adotei-a como filosofia de vida e propósito maior da causa que me move.

Caso não estejas familiarizado com o termo, abro aqui um parêntesis para esclarecer que ele está relacionado com a irmandade, empatia e união das mulheres e que é aquele que na perfeição descreve a solidariedade e a parceria entre elas. Assente na ideia de que devem apoiar, empoderar e ajudar umas às outras, ao invés de competir, criticar ou desmerecer, ele reconhece que as mulheres enfrentam desafios únicos, os quais só serão eficazmente superados quando entre elas reinar a união.

Como tal, a sororidade é uma poderosa ferramenta para a criação de comunidades mais fortes e igualitárias. Por desafiar nocivos estereótipos e normas comportamentais, ela ajuda a construir um mundo onde as mulheres possam prosperar juntas, enfrentando os desafios que a sociedade reiteradamente apresenta. Numa era (ainda) moldada pela desigualdade de género, as mulheres têm enfrentado obstáculos desde que da costela de Adão Deus fez Eva. Essa sociedade patriarcal de que tanto se ouve falar e que o mais recente mega sucesso de Hollywood achou por bem colorir de rosa, muitas vezes as empurra para uma competição insana, injusta e inglória, como se houvesse apenas um lugar no topo para uma delas.

A verdadeira sororidade rejeita tal narrativa, limitada, incapacitante, castradora. Ela celebra o sucesso de cada mulher como uma vitória coletiva. Ela se manifesta na forma como uma discípula de Eva apoia a colega no trabalho, oferece palavras de encorajamento quando a autoestima da sua semelhante vacila e compartilha conhecimento e oportunidades com as restantes, num claro lembrete de que, quando se unem, são capazes de alcançar mais do que poderiam sozinhas.

A rivalidade feminina, tantas vezes alimentada e perpetuada por quem dela só sabe tirar proveito, é um obstáculo que a sororidade tenta superar. Em vez de ver outras mulheres como ameaças, ensina a vê-las como aliadas, lembrando que o sucesso de uma não diminui o potencial de outra. Pelo contrário, quando uma sobe, ela cria degraus para que outras a possam seguir.

Por experiência própria, estou em condições de recomendar a sororidade como uma boleia de luxo para o empoderamento feminino. Ela não só nos nutre a confiança, como nos encoraja a encontrarmos a nossa voz e a reivindicar a nossa vez, ao mesmo tempo que nos inspira a correr atrás dos nossos sonhos e a assumir o comando da nossa vida, imunes ao status quo que o tempo todo nos diz que não seremos capazes. Quando nos apoiamos uma às outras, tornamo-nos mais fortes, mais resilientes e perfeitamente capazes de desafiar as normas dessa tal sociedade patriarcal que o filme Barbie romantizou.

Engane-se quem tiver a ingenuidade de pensar que a sororidade é um caminho fácil. Ela exige que enfrentemos inseguranças e preconceitos entranhados há tanto tempo no nosso ADN social e familiar que chegamos a acreditar que não sabemos ser diferentes. Ela demanda que reconheçamos que cada uma de nós enfrenta lutas únicas e que a colaboração é a chave para as superarmos.

À medida que olhamos para o futuro, a sororidade afigura-se como uma força vital para a equidade de género e igualdade de oportunidades. Ela desafia as estruturas de poder arraigadas, que há demasiado tempo perpetuam a descriminação e a marginalização feminina. Portanto, é minha intenção contribuir para que a sororidade continue a florescer, iluminando os nossos caminhos em direção a uma sociedade mais justa e igualitária. Afinal, estamos a falar da aliança secreta que desafia as sombras do patriarcado, mostrando que a solidariedade entre mulheres é um poderoso catalisador para a mudança.

Que a sororidade esteja contigo. Hoje e sempre. Até breve!

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Ora viva! 🖖

Bem sei que tinha prometido regressar no feriado. Também sei que à palavra dada não se falta. Ainda assim, não consegui. Estava tão cansada, que simplesmente decidi não ligar o computador e passar o dia no sofá a ver episódios atrás de episódios de Lei & Ordem - Unidade Especial.

Também sou filha de Deus e só eu sei o quanto precisava desse momento de dolce fare nienteComo penitência, eis-me a escrever-te num domingo, ainda que só vás ler este post na segunda-feira. Perante a perspetiva de (mais) uma semana intensa pela frente, não me resta outra opção que não seja adiantar trabalho, e se tiver que fazê-lo em dia sagrado, que seja.

Preâmbulo feito, estou aqui para te dizer que se já estava difícil encontrar o amor, a busca agora exige cada vez mais recursos financeiros. Além de um significativo aumento no valor das subscrições em quase todas as aplicações de encontro, o Tinder, provavelmente a mais popular de todas, acaba de lançar uma oferta destinada àqueles que querem a todo o custo - literalmente falando - encontrar a sua felicidade amorosa. De facto, só um querer muito grande para os fazer despender quase meia centena de euros por mês. 

A recém-lançada subscrição é para aqueles que não querem mesmo perder a oportunidade de conversar com outros utilizadores — mesmo que não tenham dado match. Ou seja, se antes só podíamos meter conversa com quem tivesse gostado de nós, o utilizador que tiver aderido a essa modalidade já pode contactar com o seu crush mesmo sem haver reciprocidade de interesse.

Lançado no passado dia 22 de setembro e disponível para menos de 1 por cento dos utilizadores, os "extremamente ativos", de acordo com a empresa, o plano Select custa cerca de 470 euros por mês. Para além de poderem enviar mensagens a pessoas com as quais não chegaram a fazer match, os que aderirem a este plano premium vão poder aceder ao modo de pesquisa VIP para que outros utilizadores possam ver o seu perfil após o swipe right (movimento que significa que está interessado na pessoa).

Os utilizadores elegíveis irão receber um convite do próprio Tinder para poderem aceder ao Select. Os perfis em causa têm de cumprir algumas exigências, como uma fotografia verificada, uma biografia, cinco interesses, pelo menos quatro fotografias no perfil e detalhes sobre o tipo de relação que procuram. 

É, meu bem, a procura por um amor que valha a pena está-se a tornar uma aventura cada vez cara para quem busca e lucrativa para quem facilita essa busca. Para quem tem muitos dígitos na conta, as possibilidades acabam de aumentar com este novo serviço pago do Tinder. Para aqueles cujo saldo bancário tem mais zeros à esquerda do que à direita, a esperança continua a residir na sorte, a quem cabe sempre a última palavra em matéria de amor.

Despeço com aquele abraço amigo de sempre!

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Ora viva! 🖖

Por causa de um novo desafio profissional no qual vou estar envolvida de hoje até ao final do mês, o meu tempo ficou ainda mais limitado - se é que isso é possível. Mesmo assim, consegui arranjar algum para vir cá deixar-te aquele post amigo do costume, ainda que a horas tardias.

Desta vez, trouxe a minha entrevista à agência noticiosa cabo-verdiana Inforpress, a propósito do Prémio de Mérito Migrante com o qual fui galardoada no passado dia 15 de setembro, como deves estar farta de me ouvir dizer.

Lamento voltar a bater nesta mesma tecla, mas como deves imaginar convém-me fazer render este peixe o máximo que puder, pois trata-se de um prestígio demasiado grande para deixar cair no esquecimento sem dar luta. Até porque preciso de patrocínios para as minhas próximas iniciativas.

Voltando à entrevista, publicada na manhã desta segunda-feira, a matéria foi assinada pela jornalista Dulceneia Ramos e nela anuncio a chegada do Empodera-te! a Cabo Verde. Boa leitura.

Portugal: Mentora do 'Empodera-te' e vencedora do Prémio Mérito Migrante vai levar projeto a Cabo Verde

A cabo-verdiana mentora do 'Empodera-te' e vencedora do Prémio Mérito Migrante 2023, Sara Sarowsky, vai levar a Cabo Verde, em Novembro, o projecto, como forma de ajudar as mulheres a assumirem o comando da sua vida.

Em declarações à Inforpress, a autora, cronista, bloguer, podcaster, palestrante e criadora de conteúdos contou que o "Empodera-te", que adoptou, tem como nome de família Sanches, que também classifica o projecto como um movimento, explicou que o mesmo surgiu em Janeiro deste ano, na sequência do podcast 'Ainda Solteiros', estreado em Novembro de 2022.

Assim, no dia 07 de Janeiro de 2023, apresentou o projecto, em Lisboa, no Centro Cultural Cabo Verde (CCCV), que teve como padrinho o artista Dino d’Santiago e por causa da muita procura, repetiu o evento no dia 27 de Janeiro, na mesma cidade, no Centro Cultural de Belém (CCB), que teve como madrinha a esposa do embaixador de Cabo Verde em Portugal, Manuela Brito.

"A minha referência é sempre Cabo Verde, terra que me viu nascer, crescer e florescer. É por isso que estou com o coração cheio, porque agora estou a conseguir levar o “Empodera-te” para Cabo Verde, Cidade da Praia, no dia 25 de Novembro", disse, ressaltando a importância do dia, já que vai ser na Semana da Erradicação da Violência contra Mulher.

Sara Sarowsky já tem o lugar para o evento que vai ter também, à margem, outras actividades, como uma feira de negócios de mulheres, apresentações de dois livros e um passeio para o interior da ilha de Santiago, tendo em conta que vão estar a participar pessoas de outras nacionalidades, nomeadamente moçambicana, brasileira e portuguesa, que nunca foram a Cabo Verde, ou mesmo cabo-verdianos que já não ia há muito tempo.

"O 'Empodera-te' é assente em quatro pilares: empoderamento físico (corpo), empoderamento mental (mente), empoderamento espiritual (espírito) e empoderamento emocional (coração)", indicou a produtora de eventos nascida e criada em Cabo Verde e radicada em Lisboa há mais de 15 anos.

A mentora justificou que esse projecto começou logo por ter um "grande impacto", porque foi logo depois de dois anos "muito complicados" por causa da pandemia, que mexeu também com a saúde mental por causa da pandemia.

Em Cabo Verde, o evento terá como madrinha a primeira-dama, Débora Katisa Carvalho, e embaixadora oficial a Lena Marçal, mas também terá a vertente solidárias, visto que as duas autoras que vão lá apresentar as suas obras irão reverter o montante da venda dos livros a duas instituições.

A moçambicana Yulanda Fumane, residente no Dubai, vai apresentar o seu livro 'O poder da dificuldade', no dia 30 de Novembro, em que paret da receita arrecadada vai para a 'Fundação Dretu', e a brasileira Angela Pinheiro, com o seu livro 'Decretos mágicos', no dia 28 de Novembro, em que parte da venda da obra deverá reverter-se para a Fundação Orlando Pantera.

Para a cabo-verdiana, que foi galardoada com o Prémio Mérito Migrante na categoria 'Empreendedorismo' na segunda edição do evento organizado pela Associação Lusófona, Cultura e Cidadania (ALCC), que teve lugar no dia 15 de Setembro, na Assembleia da República de Portugal, foi uma das "melhores surpresas" que já teve.

"Não estava à espera de ser galardoada com o Prémio Mérito Migrante. O que estou a fazer está no início, mas o galardão dá-me muito mais moral e motivação para continuar e é essa grandeza que quero levar para Cabo Verde", frisou.

Com formação académica em comunicação empresarial e pós-académica em marketing estratégico, audiovisual e multimédia, Sara Sarowsky desempenhou funções em instituições, como Embaixada de Cabo Verde em Portugal, a Ordem dos Engenheiros de Portugal e Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSi).

Também é autora 'Ainda Solteira', criado em Junho de 2015 e distinguido por três anos consecutivos (2018, 2019 e 2020) como melhor blog de Portugal na categoria de 'Sexo e diário íntimo'.

Aquele abraço amigo e até quinta (vou aproveitar o feriado para vir aqui dar-te aquele olá de alegria)!

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29
Set23

Quem não é bom ímpar...

por Sara Sarowsky

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Ora viva! 🖖

Para encerrarmos a semana em grande, convido-te a ler a minha crónica de setembro para o Balai Cabo Verde, publicada há instantes. Boa leitura e um esplendoroso fim de semana.

Quem não é bom ímpar...

Por dias a fio, dei voltas à cabeça tentando decidir qual seria o tema da crónica deste setembro, o mês da rentrée, aquele que nos renova o ânimo para o resto do ano.

Era minha intenção falar sobre o Prémio de Mérito Migrante com o qual acabo de ser distinguida na Assembleia da República portuguesa, pelo meu desempenho em prol do empoderamento feminino. Temendo cometer o pecado da bazófia, achei mais altruísta dissecar o poder da dificuldade, título de um livro sobre empreendedorismo feminino, cujo prefácio assinei e em cuja cerimónia de lançamento estou diretamente envolvida.

Nova mudança de ideias levou-me a cogitar a hipótese de escrever sobre a diáspora cabo-verdiana, cujo movimento associativo promoveu, na semana passada, um grande encontro em Lisboa, com o qual tive a oportunidade de colaborar. Por não ser a minha área de atuação, ou seja, para não correr o risco de dar bitaites sem real conhecimento de causa, optei por alterar o rumo dos pensamentos.

A essa altura do brainstorming ocorreu-me anunciar a chegada do Empodera-te! a Cabo Verde, mais concretamente à Praia, minha cidade-natal. Por ainda não querer levantar (publicamente) o véu sobre um evento que irá inspirar, impactar e capacitar as mulheres da minha ilha, acabei por decidir-me por um tema neutro e no qual estou perfeitamente à vontade; até porque já faz alguns meses que não escrevo sobre relacionamentos. Assim, intenta esta crónica esclarecer porque motivo aquele que não é bom ímpar jamais poderá ser bom par, isto é, porque quem não sabe ser feliz solteiro jamais poderá ser feliz emparelhado.

Toda vez que ouço dizer que se quer encontrar alguém para ser feliz sou imediatamente acometida de uma aguda crise de urticária emocional. Tal crença é pura falácia, (convenientemente) alimentada, primeiro, pela literatura e, depois, pelo cinema, duas indústrias que descaradamente lucram bilhões à custa de ingénuos que acreditam piamente que alguém vai irromper pelas suas vidas com a missão de os fazer conhecer a (real) felicidade.

O amor, esse sentimento que inspira poetas e escritores desde os primórdios da civilização moderna, e que tantas vezes nos faz embarcar numa obsessiva odisseia em busca da alma gémea - a tal metade que é suposto completar-nos - pode ser uma dor sem tamanho para aqueles que são incapazes de compreender um detalhe crucial: para ser um bom par é fundamental ser um bom ímpar primeiro.

Imagina um baile, onde todos os casais dançam harmoniosamente, em que cada pessoa encaixa-se perfeitamente no ritmo da música com o seu par perfeito. No entanto, nesse salão, também estão aqueles que não aprenderam a dançar sozinhos, que não se sentem completos por si mesmos. São como números pares, esperando desesperadamente encontrar o seu correspondente.

O relacionamento amoroso é como essa dança. Antes de se unir a alguém, é necessário que o dançarino aprenda a dançar consigo mesmo. O amor-próprio e a autoestima são os passos iniciais dessa coreografia. Quando nos amamos a nós mesmos, tornamo-nos um número ímpar, independente e completo, capaz de dançar a dança da vida com graciosidade, mesmo sem um par.

Amar a si mesmo não significa ser egoísta ou narcisista. Significa reconhecer o próprio valor, cuidar de si mesmo e desenvolver uma relação saudável com o próprio eu. Tornar-se a sua melhor versão possível, nutrir a própria felicidade e bem-estar é um compromisso que cada um de nós deve assumir desde a mais tenra idade.

Somente quando somos ímpares confiantes podemos nos tornar pares que se complementam. Como tal, um relacionamento saudável requer duas pessoas ímpares, completas por si sós, unidas para criar algo ainda mais bonito. Em vez de depender um do outro para preencher vazios emocionais, eles compartilham as suas vidas, sonhos e alegrias.

Lamentavelmente, demasiadas vezes até, vemos relacionamentos onde um ou ambos os parceiros são números pares desesperados, buscando incessantemente validação, amor e felicidade no outro, esquecendo-se de que essas coisas devem primeiro vir de dentro. Relacionamentos assim frequentemente se tornam tóxicos e insatisfatórios, porque ninguém pode preencher permanentemente o vazio emocional de outra pessoa.

Como posso aprender a amar a mim mesmo antes de amar o outro, deves estar a perguntar-te. Começando por te conhecer profundamente. Explora os teus interesses, paixões e valores. Cuida da tua saúde física, mental, emocional e espiritual. Cultiva relacionamentos saudáveis com amigos e familiares. Define metas e trabalha para alcançá-las. E, acima de tudo, pratica a gratidão e a autocompaixão.

Lembrar que "quem não é bom ímpar jamais será bom par" é uma lição valiosa, já que quando somos bons ímpares, quando aprendemos a amar e respeitar a nós mesmos, estamos em muito melhor posição para construir relacionamentos amorosos saudáveis e duradouros. Lembra-te que a verdadeira felicidade está em encontrar alguém que partilha os mesmos valores e te completa, em vez de alguém que preenche as tuas necessidades.

Portanto, antes de saíres à procura do amor, dedica um tempo para te tornares um ímpar confiante. Dança contigo mesmo na pista da vida, aproveita cada passo e, quando encontrares alguém com quem desejas encetar uma dança a dois, a probabilidade de criarem uma coreografia que encantará todos que tiverem o privilégio de assistir à vossa performance é infinitamente maior. Jamais te esqueças que o verdadeiro amor começa em ti e floresce quando dois números ímpares se encontram numa harmoniosa dança de conexão e afeição.

Aquele abraço amigo e até à próxima!

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25
Set23

IMG_6336-ARTHURQM17.jpg Ora viva! 🖖

As fotos chegaram, pelo que - conforme prometido - eis-me aqui para te por a par de tudo o que aconteceu na gala do passado dia 15 de setembro, durante a qual fui galardoada com o Prémio de Mérito Migrante pelo meu desempenho em prol do empoderamento feminino.

Como bem sabes, a cerimónia aconteceu nas instalações da casa parlamentar portuguesa, a Assembleia da República, o que lhe confere um prestígio e uma responsabilidade difíceis de se traduzir em palavras. A emoção e a comoção estiveram presentes o tempo todo, com momentos absolutamente inspiradores e dignificantes da condição do migrante.

A sessão contou com as presenças da secretária de estado da Igualdade e Migrações, Isabel Almeida Rodrigues, do presidente do conselho diretivo da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), Luís Goes Pinheiro, da vogal da AIMA, Sónia Pereira, e dos dirigentes da Associação Lusofonia, Cultura e Cidadania (ALCC), Edmundo Rodrigo Silveira e Laudicéia dos Santos Nascimento. Por parte da casa anfitriã, estiveram presentes as deputadas Romualda Nunes Fernandes e Susana Amador, de quem tive a honra de receber o prémio e o respetivo certificado.

Recordo que a gala distinguiu 19 personalidades e entidades das áreas da cultura, política, empresariado, empreendedorismo, comunicação, educação, investigação, política, associativismo e organismo público e que o desiderato era "reconhecer e celebrar os inúmeros talentos que escolheram Portugal como sua segunda casa e contribuíram de forma inestimável para o enriquecimento e desenvolvimento deste país".

De acordo com Laudicéia dos Santos Nascimento, vice-presidente da ALCC, promotora da iniciativa, "cada um de vocês, com a sua história única, paixão e dedicação, fez a diferença na sua área de atuação. O vosso mérito não só fortalece a comunidade migrante, mas também ilumina o caminho para muitos outros que sonham com realizações semelhantes."

Aos distinguidos, a organização agradece sinceramente por tudo o que trouxeram para Portugal, deles esperando que continuem a brilhar e a inspirar muitos outros com os seus feitos. "É uma honra tê-los conosco e celebrar o impacto positivo que têm no tecido da nossa sociedade." No meu caso concreto, foram-me endereçadas estas palavras: "desejamos um futuro repleto de sucessos e conquistas, e que esta gala sirva como um lembrete do quão valiosa e apreciada és."

Acredito de todo o coração que, juntamente com os galardoados, autoridades e convidados, todos os migrantes que contribuem direta ou indiretamente em diversas áreas, agregando valor à economia, bem como à interculturalidade deste país, se sentiram representados na segunda edição da gala, apresentada pela poderosa Yulanda Fumane e pelo talentoso Beto Coville.

IMG_6290-ARTHURQM17.jpgTermino com o meu discurso de agradecimento na cerimónia, o qual dedico também a ti que tem acompanhado a minha jornada e contribuído para esta conquista.

"Eu tenho um sonho", disse um dia Martin Luther King.
"Eu tenho uma causa", diz, aqui e agora, à vossa frente, Sara Sarowsky.
O meu sonho é a minha causa e a minha causa é o meu sonho. Hoje, a minha causa permite-me realizar o meu sonho.

Eu dedico este prémio, em primeiro lugar, a ti que, na verdade do teu coração, sabes o quanto contribuíste para eu estar aonde eu estou neste preciso instante. Abençoada sou eu por ter-te na minha vida.

Dedico igualmente à pessoa que me indicou, que só há uma hora atrás eu soube quem é. A essa pessoa quero manifestar a minha mais profunda gratidão e dizer: estou à altura da confiança que  depositaste em mim.

Dedico também a todos os envolvidos, sem exceção, na idealização e na materialização desta magnífica iniciativa que tanto engrandece e enobrece a condição do migrante.

Dedico ainda ao meu amado Cabo Verde, país que me viu nascer, crescer, florescer e que todos os dias me inspira a ser mais e melhor.

Dedico também a esta casa parlamentar, tão simbólica, emblemática, prestigiante, que abriu as suas portas para nos receber, por nos acolher, com tanta morabeza, como se diz na minha língua materna.

Dedico também a todos os meus colegas que hoje foram galardoados. Eu tenho a certeza que esta distinção é fruto de muito trabalho, de muito mérito, mas sobretudo, de muita resiliência. Bem hajam por não desistirem dos vossos sonhos.

Por fim, eu dedico a cada um que no futuro irá receber esta distinção. Que isto sirva de inspiração e motivação para fazerem por merecê-la. A cada um deles, a cada uma delas, eu quero dizer: "tu importas, o teu projeto importa, a tua causa importa, o teu sonho importa. Acredita nisso, mas sobretudo, acredita que o sonho é possível”. Eu acabo de realizar o meu, quer dizer, um deles, que sonhos tenho eu aos montes.

Muita, muita, mas muita gratidão por me ouvirem. Bem hajam!!!!

Despeço-me com aquele abraço amigo de até breve! 

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21
Set23

Como vai a tua autoestima?

por Sara Sarowsky

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Ora viva! 🖖

Enquanto aguardo pelas fotos oficiais da gala de Mérito Migrante para poder fazer aquela descrição detalhada daquela memorável tarde/noite do passado dia 15 de setembro, e vou dando seguimento a uma semana hiper exigente, consegui uma brecha na minha agenda para vir aqui desafiar-te a fazer um diagnóstico à tua autoestima. 

Que ela é essencial ao nosso bem-estar e à forma como interagimos com os outros estamos todos conscientes. O que talvez não seja tão óbvio para muitos é que existe uma série de características identificativas de quem a tem nos níveis desejáveis. Como em tudo na vida, convém que não peque por excesso, muito menos por escassez.

De acordo com o psicólogo André Carrillo, num artigo publicado no portal Psicologia Y Mente, são estes os oito traços de personalidade que pessoas com boa autoestima têm em comum:
1- São confiantes;
2- Eficiência é tudo para eles;
3- Gostam de socializar;
4- Reconhecem as suas qualidades e defeitos;
5- São líderes natos;
6- Envolvem-se ativamente nas atividades;
7- São independentes;
8- Costumam ser altruístas.

Como o tempo por estes dias anda fugidio e o estômago já está a dar horas, despeço-me com aquele abraço amigo de sempre e sinceros votos de um dia fenomenal. Até para a semana!

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Ora viva! ✌️

Este nono mês do ano 2023 está a revelar-se repleto de emoções formidáveis, intensas e inesperadas, contudo, lamentavelmente, fugazes. Os acontecimentos têm chegado em catadupa, que pouco tempo sobra para os digerir, antes que novos se façam presentes.

A intensidade é de tal ordem, que mal consigo dar conta do recado. De acordo com as minhas besties, tenho que começar a triar, já que é facto assente que o multitasking nem sempre é garantia de bem-feitura. 

Só para teres uma ideia, dos cinco fins de semana deste setembro, não terei um único sábado livre para dedicar à minha pessoa, como tanto gosto tenho em. Habitualmente, o primeiro dia de descanso semanal serve para ir ao ginásio, fazer supermercado, almoçar fora (quando posso permitir-me a esse luxo) e conviver com a malta. Domingo não conta, uma vez que é dia de limpar a casa, lavar a roupa, preparar as refeições e organizar a semana vindoura.

Logo no seu primeiro sábado, fui fazer um serviço de catering ao jantar lá para os lados do Clube de Golf de Lisboa. Tenho até vergonha de lembrar quanto foi que recebi por sete horas de trabalho árduo. Além de produzir eventos, também sirvo em eventos, já que as contas não querem saber de prémios, distinções e afins; elas exigem ser pagas e a única forma que conheço de ganhar dinheiro é trabalhando, seja no que for, desde que dentro da legalidade e da moralidade, obviamente.

No seu segundo fim de semana, estive três dias no Festival de Bem-estar a dar duro para também faturar algum, sem falar da palestra em nome do empoderamento feminino que protagonizei no último dia. No terceiro, este que passou, estive, de manhã, na masterclass de Feng Shui, uma iniciativa do Empodera-te!, em parceria com a Academia da Fama, e à tarde, no tal lançamento de livro de que te dei conta no post anterior.

Neste que vem, de manhã, estarei envolvida noutra masterclass, desta vez, de marketing de conteúdo, em que serei uma das formadoras, e à tarde no Centro Cultural de Cabo Verde (CCCV) para o último dia do Encontro Plataforma Associação Cabo Verde e Diáspora, evento no qual serei uma das moderadores para os grupos de trabalho dedicados aos eventos. Assim, a esta atividade, que arranca na próxima quinta-feira e termina no sábado, dedicarei todo o dia de sexta-feira e a tarde/noite de sábado.

Antes disso, esta tarde, darei uma entrevista para a agência de notícias Inforpress, a propósito da distinção na Assembleia da República, e, mais logo, pelas 20 horas, participarei numa live no Instagram dedicada à temática da masterclass de sábado. Na quarta, à mesma hora, marcarei presença numa mesa redonda online sobre o empreendedorismo, categoria na qual acabo de ser distinguida com o Prémio de Mérito Migrante. Na quinta-feira, faço tenções de marcar presença num festival de lifestyle que vai acontecer em Oeiras.

Continuando a narrativa da minha maratona de acontecimentos, no último sábado deste mês, estarei envolvida - de corpo e alma - no lançamento do livro 'O poder da dificuldade', da autoria de Yulanda Fumane. Para além de assinar o prefácio e ser a mestre de cerimónias, sou uma das coorganizadoras da sessão que vai acontecer no CCCV (onde mais?), no dia 30 de setembro, entre as 15 e as 18 horas.

Este evento tem um significado muito especial para mim por vários motivos. Para começo de conversa, a Yulanda foi uma das palestrantes do Empodera-te! 2, tendo vindo propositadamente do Dubai para tal, sem levar um tostão. Em segundo lugar, porque tenho a oportunidade de assistir de perto à realização do sonho daquela que se tornou uma amiga. Por fim, porque a totalidade da receita da venda da obra será doada a instituições de solidariedade social dos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOPs) que promovam o empoderamento feminino. Agora percebes o porquê de ter-me atirado de cabeça a esta iniciativa?

Em Cabo Verde, o meu amado país-natal, a nossa escolha recaiu sobre a Fundação Dretu, recém-criada pela primeira-dama Débora Katiza Carvalho, a quem tenho a honra de anunciar, em primeira mão, que será a madrinha do Empodera-te! 3, agendado para o último sábado de novembro, na cidade da Praia. Sobre isso darei mais detalhes oportunamente.

Ainda antes do final do mês, darei um saltinho até ao concelho de Amadora para uma palestra às jovens atletas de uma associação sobre a importância dos estudos como a (melhor) saída para uma vida a priori condenada ao estigma, à racialização, ao preconceito, à discriminação e, muitas vezes, à miséria e à violência. É uma das coisas que mais prazer me dá: ter a oportunidade de, através da minha estória de vida e do meu desempenho em prol do empoderamento feminino, inspirar, impactar, mas, acima de tudo, transmitir esperança e confiança.

Como pudeste ler com os teus próprios olhos, esta tua solteira favorita anda numa roda vida, a tentar fazer tudo ao mesmo tempo e em todo o lado. Bem poderia ter assinado o guião do filme Tudo em todo o lado ao mesmo tempo, vencedor de sete Óscars da Academia de Hollywood.

Por hoje é tudo, voltarei em breve para te por a par de tudo o que aconteceu na cerimónia da gala de mérito. Só não o fiz hoje porque estou a aguardar pelas fotos oficiais para poder ilustrar o texto. Até lá, deixo-te com aquele abraço amigo de sempre!

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Ora viva! ✌️ 

Tenho um convite especial para ti: juntares-te a mim no lançamento do terceiro volume da antologia Mulheres e Seus Destinos, com o qual colaboro deste o início. Sob a coordenação da cabo-verdiana Lena Marçal, será lançado este sábado, pelas 16 horas, no  Centro Cultural de Cabo Verde, em Lisboa, com entrada livre.

Relembro que foi através deste projeto que eu fiz a minha estreia na escrita literária e que agora já conto com quatro textos publicados. Três para esta colectânea e um para uma outra dedicada ao erotismo no feminino. Para o primeiro volume desta antologia contribuí com a prosa 'Quisera eu ser como tu, mulher', para o segundo com o conto erótico 'A cor do desejo' e para o terceiro com outra prosa, intitulada 'A (incrível) arte de ser MULHER'.

Esta iniciativa tem um propósito solidário, em que a totalidade das receitas da venda dos livros reverte na íntegra para instituições sociais que apoiam a causa feminina em Cabo Verde, o meu amado país-natal. Tudo a ver com este blog, motivo pelo qual gostaria que marcasses presença na sessão, cuja apresentação estará a cargo de Teresa Noronha e Carlos Santa Rita Vieira e terá um momento musical com os artistas Carla Correia, Heloisa Monteiro e Tonecas.

Sobre o projeto Mulheres e Seus Destinos

O III Volume da Antologia Mulheres e seus Destinos, sob a coordenação de Lena Marçal, continua o seu legado e mantém o desígnio de um projeto literário de cariz social, onde cada autora apresenta uma poesia, prosa ou ilustração sobre a temática da mulher.

Relembrando a sua trajetória, ressalta-se que o I Volume contou com a participação de 180 mulheres, de 15 nacionalidades, e o II com 240 mulheres, de 18 nacionalidades. À semelhança das edições precedentes, este terceiro volume assume as mesmas caraterísticas e prossegue na proposta de agregar mulheres de diferentes faixas etárias, diversos quadrantes sociais e, particularmente, escritoras e amantes da escrita livre.

Esta antologia, que explora a vivência do ser mulher, configura-se como uma oportunidade para as ainda desconhecidas no mundo literário trazerem à tona o seu talento e, juntamente com as já habilitadas autoras, contribuírem para a consciencialização e valorização de projetos de solidariedade e de responsabilidade e consciência social. Bem como proporcionar espaços de trocas e de reflexão.

As receitas arrecadadas com a venda dos livros revertem-se, na sua totalidade, para instituições de cariz social. Para este III Volume, a escolha recaiu sobre duas organizações não governamentais: a Associação para o Desenvolvimento de Chã das Furnas, no concelho da Ribeira Grande, ilha de Santo Antão (Cabo Verde), que trabalha no melhoramento da qualidade de vida dos residentes através da promoção do empoderamento de famílias, sobretudo mulheres, desenvolvendo ações de assistência social, cultural e defesa dos interesses dos mais necessitados; e a Fundação Sima Júlia, com sede em São Lourenço dos Órgãos, ilha de Santiago (Cabo Verde), que visa promover a qualidade de vida de pessoas com vulnerabilidade, mormente as da terceira idade, assim como dar cobertura às crianças portadoras de deficiência e em situação de risco.

De recordar que o I Volume teve como beneficiárias a Associação Cabo-verdiana de Luta contra a Violência Baseada no Gênero (ACLCVBG) e a Associação Cabo-verdiana de Luta contra o Cancro (ACLCC). Já o II Volume beneficiou o Centro de Acolhimento para Crianças com Vulnerabilidades Especiais (CACVE), na ilha de São Vicente (Cabo Verde).

O projeto preserva o seu carácter multilingue, incentivando escritos em crioulo, português, francês, espanhol e inglês, atendendo, assim, às solicitações das participantes no país e, sobretudo, na vasta e querida diáspora cabo-verdiana.

Este III Volume, contou com inovações: participação de homens, num total de 41, respondendo assim ao desejo e ao interesse dos mesmos em escrever sobre mulheres; e com 2 livros: 1 de prosas com 97 (87 mulheres e 12 homens), e outro de poesias e pinturas, com 153 trabalhos (124 mulheres e 29 homens), totalizando 250 trabalhos.

É propósito da coordenação continuar com a dinâmica imprimida pelos pontos focais nos municípios e nas comunidades emigradas, já que deram um toque especial durante a organização do último volume, contribuindo para uma maior promoção e divulgação do projeto, que se quer mais efetiva e eficaz e com alcance ainda maior.

Recorde-se que o lançamento do III Volume da antologia aconteceu no dia 08 de março de 2023, data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, prestando assim uma homenagem a todas as mulheres do mundo inteiro.

Com esta saio de cena. deixando aquele abraço amigo de sempre!

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Ora viva! ✌️ 

É com o peito repleto de orgulho e gratidão, mas sobretudo de surpresa e humildade, que venho partilhar contigo esta boa nova: sou uma das premiadas da II Gala de Mérito Migrante, cuja cerimónia acontecerá esta sexta-feira, na Assembleia da República, em Lisboa.

Que fez ela de tão relevante para merecer tamanha honra, deves estar a perguntar. Criei o Empodera-te!, o qual está a afirmar-se como uma referência incontornável no empoderamento feminino na lusofonia. Por diversas ocasiões dei-te conta de acontecimentos promovidos e/ou relacionados com o meu movimento social, que, em apenas oito meses, conquistou tanto e bem mais tem ainda para conquistar.

Convém ressalvar que este prémio, fruto de uma organização da Associação Lusofonia Cultura e Cidadania, em parceria com a Assembleia da República portuguesa, cofinanciado pelo Alto Comissariado para as Migrações e apoiado por várias entidades, não é apenas uma conquista pessoal. É igualmente de todos aqueles que me ajudaram, que acreditaram em mim, que confiam no que estou fazendo e que me acompanham em todos os momentos, sobretudo nos mais desafiantes. Sim, porque não há sucesso sem dificuldade ou apoio.

Sobre a Gala de Mérito Migrante

A II Edição da Gala de Mérito Migrante vai decorrer no dia 15 de setembro, na Assembleia da República, e destina-se a reconhecer o mérito de pessoas e instituições que tiveram a capacidade de transformar um sonho em realidade, criando iniciativas, negócios ou liderando transformações significativas na mudança de mentalidades, ilustrando boas práticas, exemplos de inovação ou de capacidade de gestão e de promover casos de sucesso de migrantes, reconhecendo o contributo para a sociedade portuguesa.

Reconhecer o empenho e dedicação de pessoas, instituições, personalidades e cidadãos anónimos na promoção do bem-estar social e da cidadania ativa; identificar, divulgar e promover boas práticas das (e junto das) comunidades migrantes; sensibilizar a sociedade para a importância do contributo do migrante para o desempenho nacional e prevenir estigmas e preconceitos contribuindo para a dignificação do papel do migrante na sociedade são os objetivos fundamentais para a atribuição deste prémio.

Os premiados são homens e mulheres, rostos anónimos de diferentes origens, raças ou credos que fazem da ciência, da arte, da cultura, da cidadania, entre outros, a sua mais elevada manifestação de determinação e coragem no caminho natural da aventura do homem pela Terra, tendo como meta a evolução e o progresso para dar resposta às necessidades sociais, económicas e culturais a fim de contribuir, com o seu esforço diário, para o crescimento conjunto numa sociedade marcada pela diversidade e que se pretende de crescente tolerância e de afetos partilhados.

Deste modo, a gala de reconhecimento de Mérito Migrante pretende distinguir e incentivar outros migrantes a conquistar o seu espaço no seu percurso de vida, tendo em conta a integração, a celebração da união dos povos e a defesa das liberdades e garantias fundamentais de todas as pessoas, na sociedade de colhimento.

Despeço-me com aquele abraço amigo e a certeza de que caminhamos juntos!!!!! 💪🏻💪🏻💪🏻

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